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CONTABILIDADE E GESTÃO DE 
MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Cassiana Bortoli 
 
 
2 
TRATAMENTOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS RELACIONADOS A PMES 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Seja bem-vindo(a) a mais uma aula de nossa disciplina! 
Vamos aqui tratar dos seguintes temas relacionados aos tratamentos 
contábeis específicos relacionados às PMEs: 
1. Estoques; 
2. Ativo Imobilizado e redução a valor recuperável de ativos (Impairment); 
3. Ativos Intangíveis; 
4. Instrumentos financeiros básicos e o custo dos empréstimos; 
5. Disclosure de PMEs. 
Após o estudo dos temas abordados, faça os exercícios disponibilizados 
ao final da aula para fixação do conteúdo. 
CONTEXTUALIZANDO 
A compreensão dos tratamentos contábeis voltados para as micro, 
pequenas e médias empresas é indispensável para aqueles que se interessam 
pelo mundo dos negócios e que, portanto, necessitam compreender a essência 
dos valores contidos nas demonstrações contábeis. Essa necessidade se dá 
para todos os stakeholders e, principalmente, para os sócios e gestores desses 
empreendimentos, os quais necessitam conhecer a real situação das empresas 
e os instrumentos utilizados para fins de mensuração, reconhecimento e 
posterior divulgação de tais valores. 
TEMA 1 – ESTOQUES 
O estoque é considerado um dos ativos mais importantes para uma 
empresa, seja ela industrial ou comercial. Ao se tratar de PMEs, é atribuído ainda 
mais importância a esse ativo tangível, pois uma vez que esses são bem 
estruturados, há maior chance de a companhia aumentar seu patrimônio líquido. 
O estoque pode ser segregado em mercadorias para venda, produtos acabados, 
produtos em elaboração, matérias-primas, almoxarifado, importações em 
andamento, adiantamentos a fornecedores de estoques e ativo biológico, 
 
 
3 
devendo ser dessa forma classificadas as contas sintéticas do estoque sempre 
correspondente às atividades da empresa (Silva; Marion, 2013). 
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprova o pronunciamento 
Técnico Geral pela Norma Brasileira de Contabilidade (NBC TG) 1000 (Revisão 
1 – R1) que trata da Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. O 
referido pronunciamento trata, dentre outros itens, da obrigatoriedade de divulgar 
separadamente os valores dos estoques (Conselho Federal de Contabilidade, 
2016, p. 23): 
1. Mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
2. Que se encontram no processo produtivo para posterior venda; 
3. Na forma de materiais ou bens de consumo que serão consumidos no 
processo produtivo ou na prestação de serviços. 
Os estoques podem ser considerados um direito de propriedade, uma vez 
que considerar apenas como posse da empresa descaracteriza a ideia de 
manutenção para venda, ou ainda como matéria-prima para posterior venda 
(Silva; Marion, 2013). Ludícibus (citado por Silva; Marin, 2013, p. 92) 
compreende que os estoques são representados por: 
 Itens que estão sobre posse da empresa, mas que são de propriedade de 
terceiros (seja por consignação, beneficiamento, guarda ou outro motivo); 
 Itens adquiridos ainda em trânsito, quando o comprador é responsável 
pelo frete, FOB – Free On Board (diferentemente de quando o frete é por 
conta do cendedor, CIF – Cost, Insurance and Freight); 
 Itens da empresa remetidos à terceiros devido a interesse de compra (por 
consignação, por exemplo), cuja propriedade se mantém com a empresa; 
 Itens da empresa que estão armazenados, beneficiados ou de outra forma 
em posse de terceiros. Assim, torna-se evidente a necessidade do 
controle e manutenção dos estoques das companhias. 
1.1 Controle dos estoques 
Os estoques devem ser bem adquiridos e estruturados para que as 
empresas consigam efetuar suas respectivas vendas e auferir os lucros 
desejados. Do contrário, uma mercadoria mal adquirida pode resultar em perda 
de capital. Há indícios de que escrita e até mesmo a contabilidade tenha se 
originado pela necessidade de controlar a riqueza, o patrimônio, e até mesmo os 
 
 
4 
estoques. No contexto de uma empresa, o controle dos estoques deve assegurar 
o saldo de disponibilidade para atender às necessidades e evitar compras 
desnecessárias. Dessa forma, conhecer os estoques de forma quantitativa e 
qualitativa é essencial na prática da gestão (Silva; Marion, 2013). 
Silva e Marion resgatam alguns pontos destacados por Dias (2008, p. 25), 
mostrando que há necessidade de: 
 Determinar quais itens e quantidades desses devem permanecer em 
estoque; 
 Determinar periodicidade de abastecimento; 
 Determinar quantidade de compra dentro do período; 
 Efetuar solicitação de compra de estoque ao setor de compra, 
especificando produtos e quantidades necessárias; 
 Receber, armazenar e guardar os materiais adquiridos e estocados para 
as necessidades operacionais; 
 Fornecer informações sobre posição do estoque, quantidade e valor; 
 Efetuar levantamento periódico dos estoques para verificação das 
quantidades e qualidade dos materiais estocados; e 
 Identificar itens obsoletos e danificados e retificar o saldo reportado. 
O controle do estoque pode ser efetuado de forma periódica – em que o 
inventário é feito num período determinado; ou permanente – é realizada sempre 
que for necessário movimentar a mercadoria, seja pela compra ou pela venda. 
A primeira forma, a periódica, é feita com menor frequência do que se considera 
ideal para o controle dos estoques; essa basicamente ocorre quando há 
necessidade de compra ou, em muitos casos, nem mesmo nesses momentos. 
As empresas possuem um nível de controle significativamente maior sobre seus 
estoques e atividades que sofrem influência desses estoques quando adotam o 
controle permanente. Apesar disso, em ambas as formas, é necessário que 
sejam realizadas descrições detalhadas dos materiais para o controle (Silva; 
Marion, 2013). 
Para detalhar os estoques, a ficha de controle é o instrumento mais 
comumente utilizado. Essa ficha deve apresentar a data, quantidade, preço 
unitário e total correspondente às entradas e saídas, bem como o 
correspondente saldo para cada item do estoque. Para manutenção da ficha, 
 
 
5 
deve ser considerado o preço unitário de compra contendo seus custos de 
aquisição, transformação e outros custos inerentes ao processo. Veja a seguir: 
 
 
 
6 
Tabela 1 – Ficha de controle de estoque 
 
Data 
 
Histórico 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
Quantidade Preço 
Unitário 
Valor 
Total 
Quantidade Preço 
Unitário 
Valor 
Total 
Quantidade Preço 
Unitário 
Valor 
Total 
 
 
 
Fonte: Dutra, 2012, citado por Silva; Marion, 2013. 
1.2 Custos dos estoques 
Conforme a NBC TG 1000 (R1), os custos de aquisição abrangem o preço 
de compra, tributos de importação e outros tributos (com exceção daqueles 
recuperáveis), transporte, manuseio e outros custos diretamente atribuíveis à 
aquisição de bens acabados, materiais e serviços, além dos descontos 
comerciais, abatimentos e outros itens similares que devem ser deduzidos na 
determinação dos custos de compra de mercadoria. Os custos de transformação 
dos estoques, por sua vez, incluem custos diretamente relacionados às unidades 
de produção, tal como mão de obra direta. Além disso, há os custos indiretos de 
produção, fixos e variáveis, que devem ocorrer de forma sistemática na fase em 
que os produtos em elaboração se convertem em produtos acabados. 
Alguns custos são excluídos dos custos dos estoques e reconhecidos 
como despesas no período em que são incorridos de acordo com a NBC TG 
1000 – R1: 
 Quantidade anormal de material, mão de obra ou outros custos de 
produção desperdiçados; 
 Custos de estocagem, a menos que tais custos sejam necessários 
durante o processo de produção, antes do estágio de produção mais 
avançado; 
 Despesas indiretas administrativas que não contribuem para colocar os 
estoques até sua localização econdição atuais; 
 Despesas de vendas. 
Empresas prestadoras de serviço podem ter serviços sendo executados 
e, dessa forma, deve ser mensurado e registrado na conta estoques de serviços 
em execução. Os custos desse estoque compreendem mão de obra e custos de 
pessoal diretamente envolvidos na prestação de serviço, incluindo pessoal de 
supervisão e custos indiretos atribuíveis. Outra situação específica para 
atribuição dos custos abrange a produção agrícola que a entidade colhe de seus 
 
 
7 
ativos biológicos, os quais devem ser avaliados no reconhecimento inicial pelo 
valor justo menos as despesas estimadas para vender no ponto de colheita. 
1.3 Métodos de avaliação de estoques 
Na concepção de Silva e Marion (2013), o método de avaliação de 
estoques surge devido à necessidade de controlar o custo de uma mercadoria 
quando unidades idênticas de mercadorias são adquiridas por diferentes custos 
unitários durante um período. Assim, no momento da venda, é preciso identificar 
seu custo unitário utilizando um dos seguintes métodos de avaliação: PEPS 
(primeiro que entra é primeiro que sai – FIFO – first-in, first-out); UEPS (último 
que entra é o primeiro que sai – LIFO – last-in, first-out); ou custo médio 
ponderado. Essa é uma escolha contábil que implica em diferentes custos de 
estoques e, consequentemente, em lucros distintos para cada um dos métodos. 
No entanto, dentre esses métodos, apenas o PEPS e o custo médio ponderado 
são aceitos no Brasil pela legislação fiscal. 
Ao escolher o PEPS, o estoque final é composto pelos custos mais 
recentes, uma vez que os estoques mais antigos são os primeiros que saem. 
Ademais, com a tendência de elevação dos preços pela inflação, o estoque tende 
a possuir saldos mais elevados, bem como os custos das mercadorias vendidas 
tendem a ser menores e os lucros maiores. Ao escolher o custo médio 
ponderado, o estoque final é composto pelos custos médios. E, se comparado 
ao PEPS, com o passar do tempo tende a haver pequenas elevações nos preços 
dos estoques, uma vez que tais elevações são diluídas a todas as unidades em 
estoques. Assim, quanto maior for a quantidade de um item mantido em estoque, 
menor tende a ser o impacto das elevações em seus respectivos valores 
unitários e, consequentemente, no saldo em estoque. Nessa linha, os custos 
tendem a ser maiores do que os PEPS, caso a empresa enfrente consequências 
crescentes de inflação e menos lucro. Percebe-se que a escolha do método de 
avaliação de estoque pode impactar valores distintos nas demonstrações 
contábeis e devem refletir de forma distinta a cada um dos stakeholders. 
Vamos utilizar um exemplo para que você possa perceber e acompanhar 
as variações para cada um dos três métodos, sendo que no Brasil é permitida a 
utilização de apenas dois deles. Suponhamos que a empresa Doces e Sabores 
efetuou três remessas de compra e duas de venda de um mesmo doce no mês 
de abril de 2019, conforme apresentado a seguir: 
 
 
8 
 02/04/2019 – Compra de mercadoria, 15 unidades, preço unitário R$ 4,50; 
 08/04/2019 – Venda de mercadoria, 14 unidades, preço unitário R$ 10,50; 
 12/04/2019 – Compra de mercadoria, 21 unidades, preço unitário R$ 4,70; 
 25/04/2019 – Compra de mercadoria, 40 unidades, preço unitário R$ 4,45; 
 29/04/2019 – Venda de mercadoria, 30 unidades, preço unitário R$ 10,00. 
Quadro 1 – Método PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) 
Data Histórico 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. 
02/04 NF 1708 15 4,50 67,50 15 4,50 67,50 
08/04 NF 1032 14 4,50 63,00 1 4,50 4,50 
12/04 NF 1891 21 4,70 98,70 
1 4,50 4,50 
21 4,70 98,70 
25/04 NF 1996 40 4,45 178,00 
1 4,50 4,50 
21 4,70 98,70 
40 4,45 178,00 
29/04 NF 1105 
1 4,50 4,50 
32 4,45 142,40 
21 4,70 98,70 
8 4,45 35,60 
30 138,80 
04/2019 76 344,20 43 201,80 32 4,45 142,40 
 
Quadro 2 – Método UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) 
Data Histórico 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. 
02/04 NF 1708 15 4,50 67,50 15 4,50 67,50 
08/04 NF 1032 14 4,50 63,00 1 4,50 4,50 
12/04 NF 1891 21 4,70 98,70 
1 4,50 4,50 
21 4,70 98,70 
25/04 NF 1996 40 4,45 178,00 
1 4,50 4,50 
21 4,70 98,70 
40 4,45 178,00 
29/04 NF 1105 30 4,45 133,50 
1 4,50 4,50 
21 4,70 98,70 
10 4,45 44,50 
32 147,70 
04/2019 76 344,20 43 196,50 32 147,70 
 
Quadro 3 – Método do Custo Médio 
Data Histórico 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. 
02/04 NF 1708 15 4,50 67,50 15 4,50 67,50 
08/04 NF 1032 14 4,50 63,00 1 4,50 4,50 
12/04 NF 1891 21 4,70 98,70 
1 4,50 4,50 
21 4,70 98,70 
22 4,69 103,20 
25/04 NF 1996 40 4,45 178,00 
22 4,69 103,20 
40 4,45 178,00 
62 4,54 281,20 
29/04 NF 1105 30 4,54 136,06 32 4,54 145,14 
04/2019 76 344,20 43 199,06 32 4,54 145,14 
A partir dos quadros apresentados e do Quadro 4, que você verá a seguir, 
é possível perceber que o valor da receita não é afetado e o custo da mercadoria 
vendida é diferente, para cada um dos métodos, pois os custos unitários são 
distintos para cada uma das vezes em que são adquiridas novas unidades de 
 
 
9 
estoque do doce, de forma que o critério de baixa das unidades do estoque 
interfere no custo e, consequentemente, no saldo final em estoque. Nesse 
sentido, o controle de estoque é considerado uma importante ferramenta de 
gestão, servindo para evidenciar a quantidade de itens disponíveis em estoque, 
o custo das mercadorias adquiridas e vendidas, bem como o custo da 
mercadoria mantida em estoque. Tais informações são imprescindíveis para a 
formação do preço de venda, o qual influencia na sobrevivência da empresa 
(Silva; Marion, 2013). 
Quadro 4 – Resumo: principais diferenças entre os métodos de avaliação de 
estoques 
DESCRIÇÃO PEPS UEPS 
CUSTO 
MÉDIO 
Receita com venda da mercadoria (Preço*Quantidade) 447,00 447,00 447,00 
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) 201,80 196,50 199,06 
Lucro bruto (Receita - CMV) 245,20 250,50 247,94 
Estoque Final (Estoque Inicial + Compras - CMV) 142,40 147,70 145,14 
1.4 Manutenção de estoques 
Os estoques mantêm valores significativos de uma empresa, e se esta 
mantiver um mesmo nível de crescimento, a tendência é que os estoques se 
tornem permanentes. Manter elevados níveis de estoques pode comprometer o 
capital de giro da empresa e, consequentemente, a sua sobrevivência. Existem 
algumas formas de reduzir sensivelmente o volume de dinheiro investido nesses 
ativos, para os quais sugere-se a pesquisa adicional segundo os autores Júnior, 
Rigo e Cherobim (2010) e Assaf Neto (2016). No entanto, é necessário manter 
um nível adequado de estoques para as finalidades básicas, as quais, segundo 
Júnior, Rigo e Cherobim (2010), podem ser: 
 Estoques operacionais, funcionais ou mínimos: representa a quantidade 
suficiente para garantir a operação e desenvolvimento da empresa. Os 
níveis de estoques precisam ser adequados às entradas e saídas de 
materiais e produtos, de acordo com as características específicas do 
processo de compra, transformação e venda da mercadoria. Para as 
empresas de atividade comercial, os estoques devem estar associados 
às expectativas de venda. 
 Estoques de segurança: são estoques adicionais de materiais e produtos 
necessários para o processo produtivo, que são mantidos para superar 
 
 
10 
imprevistos de fornecimento que possam afetar a produção e, 
consequentemente, as vendas. Essa atitude aumenta os níveis de 
estoque da empresa por medida de segurança, aumentando também os 
riscos, uma vez que afeta o giro da empresa. Contudo, tal ato é justificado 
pela continuidade do fornecimento dos produtos aos clientes. 
 Estoques especulativos: são mantidos para que a empresa possa se 
beneficiar e reduzir os efeitos negativos de variações nos preços dos 
materiaisno mercado. As empresas tendem a efetuar compras adicionais 
de estoques em momentos de volatilidade nos preços, principalmente 
antes de um aumento das matérias-primas necessárias, para evitar que 
esses onerem os custos de produção. Essa decisão, de utilizar estoques 
especulativos, deve ser analisado com cuidado, analisando a relação 
custo-benefício. 
TEMA 2 – ATIVO IMOBILIZADO E REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE 
ATIVOS (IMPAIRMENT) 
Sobre os estoques e ativos imobilizados, a NBC TG 1000 (R1) destaca 
que a maior parte dos ativos não financeiros, os quais a entidade reconhece 
inicialmente pelo custo histórico, são, posteriormente, avaliados sobre outras 
bases de mensuração. Têm-se como exemplos descritos nessa norma: (a) a 
empresa avalia o ativo imobilizado pelo menor valor entre o custo depreciado e 
o valor recuperável deste; (b) a empresa avalia os estoques pelo menor valor 
entre o custo e o preço de venda estimado descontado das despesas de 
produção e de venda; e (c) a empresa deve reconhecer a perda por redução de 
valor recuperável relacionado aos ativos que estão em uso ou mantidos para 
venda (NBC TG 1000 R1, 2016). 
Ativos imobilizados são bens tangíveis de longo prazo, que ocupam seu 
espaço e são considerados bens fixos (mesmo que utilizado para fins de 
produção ou transporte). Podemos utilizar, como exemplo, móveis, utensílios, 
máquinas, equipamentos, instalações, terrenos, veículos, dentre outros. A Lei 
6.404/1976 sofreu alterações pela Lei 12.973/2014, a qual altera de R$ 326,61 
para R$ 1.200, o valor do custo de aquisição de bens de ativo não circulante, 
imobilizado e intangível, que pode ser deduzido como despesa operacional no 
valor modificado ou prazo de vida útil superior a um ano (Silva; Marion, 2013; 
Brasil, 2014). Silva e Marion (2014) destacam que os imobilizados que não 
 
 
11 
possuem mais uso ou capacidade de uso, não devem se manter registrados 
como ativo imobilizado. Assim, deveria haver o questionamento sobre o bem ser 
de longa duração; caso não for, registra-se como despesas, mas no caso de ser, 
deve-se questionar, ainda, se o ativo é usado para um fim de produção. Caso a 
resposta seja negativa, deve-se registrar como investimento, e havendo resposta 
afirmativa, registra-se ou se mantêm registrado como imobilizado. Ativos 
adquiridos com intenção de venda, ou no surgimento da intenção de venda 
daqueles existentes não devem ser classificados como imobilizados, mas sim 
como investimentos. 
Em conformidade com a NBC TG 1000 (R1), os custos do ativo 
imobilizado abrangem: (a) o preço de aquisição, incluindo taxas, tributos não 
recuperáveis, deduzidos dos descontos e abatimentos; (b) custos para deixar o 
ativo em condição de funcionamento (frete, montagem, instalação e testes); (c) 
estimativa de desmontagem, remoção e restauração do ativo. Para a referida 
norma, não são considerados custos do imobilizado: (a) de abertura de novas 
instalações; (b) de inserção de novo produto; (c) custos de administração e 
treinamentos para novos negócios; (d) administrativos e indiretos; e (e) de 
empréstimos. O reconhecimento deve ser equivalente à aquisição do ativo à 
vista na data em que ocorreu. No caso de a aquisição ter sido realizada a prazo 
e os respectivos pagamentos ocorrerem após a contratação normal, o 
reconhecimento deve ocorrer pelo valor presente dos pagamentos futuros. A 
norma trata, ainda, que a entidade deve mensurar o ativo imobilizado após o 
reconhecimento inicial, devendo-se aplicar a depreciação ou quaisquer perdas 
por redução ao valor recuperável (impairment). 
2.1 Depreciação 
A depreciação ocorre devido ao desgaste de um bem, assim, deve ser 
realizada ao longo de sua vida útil. Alguns fatores podem acelerar o processo de 
depreciação, alterando o valor residual ou a sua vida útil. Se isso ocorrer, a 
entidade deve registrar a mudança ocorrida. A depreciação de um ativo 
imobilizado se inicia no momento em que este está disponível para uso 
(condições de uso e local adequado) e se encerra quando for baixado. Não é 
mais necessário efetuar a depreciação de um bem somente quando este for 
baixado (ou totalmente exaurido), não devendo este ser encerrado apenas por 
estar ocioso ou não ser utilizado no processo produtivo. 
 
 
12 
Para determinar a vida útil, a própria NBC TG (R1) (2016) orienta que a 
depreciação seja feita considerando: (a) uso esperado pelo ativo – pela 
capacidade esperada ou produção em itens; (b) desgaste ou quebra do ativo – 
pelos fatores operacionais; e (c) obsolescência técnica ou comercial – pelas 
mudanças ou melhorias na produção ou, ainda, pela demanda de mercado; (d) 
limites legais ou semelhantes ao uso do ativo – pelo término de contrato (de 
arrendamento, por exemplo). 
Silva e Marion (2014) descreve que a depreciação deve ser reconhecida 
ainda que o valor justo ultrapassar o valor contábil, desde que seu valor residual 
não ultrapasse o valor contábil. A manutenção do ativo e prorrogação de sua 
vida útil não elimina a necessidade de depreciá-lo. O valor justo representa o 
valor que um ativo pode ser trocado, um passivo liquidado ou ainda uma relação 
em que não haja privilégios entre as partes. Já o valor contábil é o valor pelo 
qual um ativo ou passivo é reconhecido na demonstração; balanço patrimonial. 
2.1.1 Métodos de depreciação 
 O método de depreciação adotado por uma empresa deve refletir o padrão 
de consumo dos benefícios econômicos futuros. O método de depreciação deve 
ser revisado ao final de cada ano de atividade a fim de detectar se houveram 
alterações significativas no padrão de consumo anteriormente previsto. Assim, 
uma vez que são detectadas alterações, o método deve ser alterado e registrado. 
Alguns dos métodos de depreciação a seguir são utilizados: método linear ou 
quotas constantes; método do saldo decrescente duplo e método das unidades 
produzidas (Silva; Marion, 2014). 
O método linear determina valores idênticos de depreciação para cada 
ano de vida útil de um determinado ativo. Este é calculado dividindo o valor 
depreciável (valor de custo – valor residual) pelo tempo de vida útil. Podemos 
usar como exemplo um bem cujo valor de custo seja R$ 20.000, com valor 
residual de R$ 4.000 e vida útil de 10 anos. Assim, calcula-se o valor da 
depreciação anual = [(20.000 – 4.000) / 10]. Caso o ativo seja utilizado em 
apenas uma parte do ano, a depreciação é dividida proporcionalmente a esta. 
O método do saldo decrescente duplo aponta uma despesa periódica e 
decrescente em relação à vida útil de um ativo. Podemos utilizar como exemplo 
um ativo com vida útil de 10 anos com taxa do saldo decrescente duplo de 20%, 
conforme calculo = [(1/10)*2], ou seja, [10%*2]. Tendo como base o exemplo 
 
 
13 
utilizado no método linear, veja os valores de depreciação para cada um dos 
anos: 
Quadro 5 – Depreciação pelo método do saldo decrescente duplo. 
Ano Custo 
Depreciação 
acumulada 
no início do 
ano 
Valor 
contábil no 
início do ano 
Taxa de 
saldo 
decrescente 
duplo 
Depreciação 
do ano 
Valor 
contábil no 
fim do ano 
1 20.000 20.000,00 20% 4.000,00 16.000,00 
2 20.000 4.000,00 16.000,00 20% 3.200,00 12.800,00 
3 20.000 7.200,00 12.800,00 20% 2.560,00 10.240,00 
4 20.000 9.760,00 10.240,00 20% 2.048,00 8.192,00 
5 20.000 11.808,00 8.192,00 20% 1.638,40 6.553,60 
6 20.000 13.446,40 6.553,60 20% 1.310,72 5.242,88 
7 20.000 14.757,12 5.242,88 20% 1.048,58 4.194,30 
8 20.000 15.805,70 4.194,30 194,30 4.000,00 
9 20.000 16.000,0021.3 4.000,00 4.000,00 
10 20.000 16.000,00 4.000,00 4.000,00 
E, por fim, o método de unidades produzidas aponta o mesmo valor de 
despesa com depreciação para cada unidade produzida, ou unidade utilizada no 
ativo (como horas). A taxa de depreciação anual podo ser calculada pelo número 
de unidades produzidas pelo ativo, dividido pelo número total de unidades 
estimadas para serem produzidas durante toda a vidaútil do bem. Utilizando o 
mesmo exemplo, considere um custo de R$ 20.000 e um valor residual de R$ 
4.000, com vida de 15.000 horas de atividade. Assim, calcula-se = [(20.000-
4.000)/15.000], ou seja, R$ 1,07 por hora. Para o primeiro ano, a empresa 
estipula o consumo de 1.300 horas, assim, o custo seria = [(1.300*1,07)], ou seja, 
R$ 1.391 de depreciação por unidade no primeiro ano. 
Para determinar as taxas de depreciação, Silva e Marion (2014) trazem as 
tabelas do Decreto n. 3.000/1999, do Regulamento do Imposto de Renda: 
Quadro 6 – Estimativa de taxa de depreciação para fins tributários 
Itens 
Taxa anual de 
depreciação 
Anos de vida útil 
Terrenos Não existe Indeterminado 
Móveis e Utensílios 10% 10 
Veículo 20% 5 
Máquinas e Equipamentos 10% 10 
Instalações 10% 10 
Edifícios 4% 25 
Equipamentos de Informática 20% 5 
 
 
 
 
14 
Quadro 7 – Coeficientes para cálculo de depreciação acelerada 
Horas de Operação Coeficiente 
08 horas 1,0 
16 horas 1,5 
24 horas 2,0 
Ressalta-se que o Decreto n. 3.000/1999, que trata do Regulamento do 
Imposto de Renda, foi inteiramente revogado por outros decretos. Contudo, para 
fins gerais, os Quadros 6 e 7 ainda são utilizados. Para a obtenção de 
informações mais específicas sobre o Imposto de Renda, sugere-se a consulta 
da Instrução Normativa RFB n. 1700 (Brasil, 2017) e RFB n. 1881 (Brasil, 2019). 
2.2 Redução ao valor recuperável de ativos 
Os ativos imobilizados que forem considerados relevantes e que 
apresentarem indicativos de desvalorização devem ser testados a fim de 
detectar o valor recuperável estimado. O impairment deve ser realizado nos bens 
do ativo não circulante, bem como aqueles mantidos para venda. O bem pode 
estar registrado contabilmente por um valor superior ao seu valor recuperável, 
seja pelo uso ou venda. O valor recuperável pode ser entendido pelo maior valor 
entre o valor justo líquido e as despesas de venda de um bem e seu valor de 
uso, ou seja, capacidade de geração de fluxos de caixa futuros. Anualmente, as 
empresas devem testar os ativos para analisar se estes perderam valor, de forma 
que esteja reconhecido bens acima de seu valor recuperável. 
TEMA 3 – ATIVOS INTAGÍVEIS 
A palavra intangível vem do latim tangere, ou tocar. Dessa forma, o 
intangível representa os bens que não podem ser tocados, pois não possuem 
existência física (Silva; Marion, 2014). Esses são limitados aos direitos e 
benefícios que estes conferem ao seu proprietário. A NBC TG 1000 (R1) define 
por ativo intangível um bem não monetário identificável fisicamente. Pode-se 
dizer, igualmente, que são ativos incorpóreos, cujo valor é limitado aos seus 
respectivos direitos e benefícios. Ativo intangível é considerado uma área de 
difícil compreensão por muitos pesquisados, portanto, destaca-se que a NBC TG 
1000 (R1) trata sobre o assunto em duas seções: 18 – Ativo Intangível Exceto 
Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill), e 19 – Combinação de 
Negócios e Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill). Outra 
 
 
15 
seção da norma trata ainda dos ativos intangíveis mantidos para venda no curso 
normal dos negócios, na Sessão 23. 
A norma destaca ainda que não podem ser considerados ativos 
intangíveis os ativos financeiros e os diretos de exploração de recursos minerais 
e suas reservas (por exemplo, petróleo, gás natural e recursos não regenerativos 
similares). Além disso, podem ser considerados ativos intangíveis aqueles 
incorpóreos que estão sob controle da empresa e que são capazes de gerar 
benefícios futuros: alguns investimentos de longo prazo – gastos realizados com 
bens de capital; goodwill – ágio (expectativa de rentabilidade futura = diferença 
entre o valor pago e o valor de mercado) na aquisição de investimentos; marcas 
(identificação de uma empresa com seus produtos) e patentes (direitos 
exclusivos de produção e venda de produtos); desenvolvimento de software – 
produto desenvolvido para der comercializado ou vendido, sendo parte ou não 
de um produto físico; franquias – exploração do direito de uso da marca; direitos 
autorais – direito exclusivo de publicação e venda; licenças – permissão para 
fazer algo; dentre outros (Silva; Marion, 2014). 
O reconhecimento dos ativos intangíveis, conforme a norma, requer que 
a empresa demonstre: (1) que esse se enquadre e se defina como tal; e (2) 
satisfaça os critérios de reconhecimento, ou seja, que tenha probabilidade de 
benefícios econômicos futuros e que possa ser mensurado confiavelmente. Silva 
e Marion (2014) preocuparam-se com a significação da mensuração confiável e 
destacam que, para isso, é necessário que sejam cumpridas as seguintes 
funções: fidedignidade e representação – representar fielmente os fenômenos; 
verificabilidade – consenso entre os indivíduos responsáveis pela mensuração 
sobre o valor e sobre a utilização adequada do método; e neutralidade – não há 
viés. 
Contudo, o ativo intangível deve ser reconhecido no balanço apenas se: 
(1) for provável que gere benefícios econômicos futuros à entidade; (2) o custo 
puder ser mensurado com confiança; e (3) for possível identificá-lo e separá-lo 
da empresa, ou seja, que pode ser vendido, transferido, licenciado, alugado ou 
trocado, seja individualmente ou em conjunto a um contrato de ativo ou passivo 
a esse relacionado, segundo a NBC TG 1000 – R1. Essa norma trata, também, 
do momento em que um ativo intangível deve ser baixado: (1) no momento da 
venda; ou (2) quando não se pode esperar benefícios econômicos futuros 
associados a esse. Para não cometer erros enquanto ao processo de 
 
 
16 
reconhecimento e/ou baixa, destaca-se algumas características que diferenciam 
os ativos intangíveis: (1) inexistência de usos alternativos; (2) falta de 
separabilidade; e (3) maior incerteza com relação à recuperação. 
Os ativos intangíveis, adquiridos em combinação de negócios, são, 
normalmente, mensurados e reconhecidos pelo seu valor justo. A união de 
entidades ou negócios, a qual produz demonstrações contábeis de uma única 
entidade, da adquirente, se for mensurada com confiabilidade suficiente, é 
registrado a valor justo. Contudo, é necessário que esses ativos possuam as 
características destacadas no parágrafo anterior para atender aos critérios do 
ativo intangível. O reconhecimento inicial de um ativo intangível deve acontecer 
pelo custo, o qual compreende o preço de compra (incluindo os tributos de 
importação e compra não recuperáveis e deduzidos dos descontos e 
abatimentos) e os demais custos diretamente atribuíveis à elaboração. No 
entanto, se o ativo intangível for adquirido em combinação de negócios, o custo 
do ativo é o seu valor justo. 
A empresa pode gerar um ativo intangível internamente e, assim, 
reconhecer os gastos incorridos internamente para a sua geração, como 
despesas no momento da ocorrência, a não ser que tais gastos se tornem parte 
do custo de outro ativo. Os gastos com pesquisa devem ser registrados 
contabilmente como despesa no momento em que forem incorridos, ou seja, 
fazem parte do resultado do exercício. No entanto, aqueles gastos incorridos na 
fase de desenvolvimento podem ser registrados como ativo intangível se for 
comprovada a viabilidade técnica e econômica, de forma que comprove os 
benefícios futuros gerados a partir desse. Uma vez que o gasto for registrado 
como despesa, este não deve ser reconhecido em data futura como custo (e 
assim registrado em seu ativo intangível) (Silva; Marion, 2014). 
A norma, além disso, orienta que o ativo intangível deve ser considerado 
como tendo vida útil finita. No entanto, ativos intangíveis originados de direitos 
contratuais, por exemplo, não podem ter vida útil superior ao direito. A 
amortização desse ativo deve ser registrada como despesa, e deve ter início 
apenas a partir do período em que esse ativo está disponível para utilização. Aentidade deve escolher o método de amortização que reflita a forma que a 
empresa espera consumir os benefícios econômicos futuros associados. De 
forma geral, é entendido que o valor residual do ativo intangível é igual a zero, a 
menos que: (1) exista compromisso da empresa para com terceiros para comprar 
 
 
17 
o ativo ao final de sua vida útil; ou (2) exista um mercado ativo para esse ativo, 
de modo que seja possível estimar seu valor por meio desse e que tal mercado 
exista até o final de sua vida útil. 
Sobre o ativo intangível, a entidade deve divulgar, para cada classe: (1) 
vida útil e taxas de amortização; (2) método de amortização; (3) valor contábil 
bruto e valor das amortizações acumuladas para o início e o final do período; (4) 
conta da demonstração do resultado em que incidem qualquer amortização 
proveniente desses ativos; e (5) conciliação a valor contábil no início e no final 
do período (devendo constar adições, baixas, aquisições por meio de 
combinação de negócios, amortização, impairment e outras alterações). Além 
disso, deve ser divulgado: (1) descrição, valor contábil e período de amortização 
remanescente de qualquer ativo intangível individual que seja material para as 
demonstrações contábeis; (2) os ativos intangíveis adquiridos por meio de 
subvenção governamental e inicialmente reconhecidos a valor justo (o valor justo 
reconhecido inicialmente e seus respectivos valores contábeis); (3) existência de 
valores contábeis dos ativos intangíveis para o qual a entidade tenha titularidade 
restrita ou que tenham sido dados como garantia de passivos; e (4) os valores 
respectivos aos acordos contratuais para aquisição de ativos intangíveis. Além 
do mais, segundo essa norma, devem ser divulgados os valores gastos com 
pesquisa e desenvolvimento reconhecidos como despesa do período. 
TEMA 4 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS E CUSTO DOS 
EMPRÉSTIMOS 
 Outro importante item para as Micro, Pequenas e Médias Empresas – 
MPMEs, que são destacados na NBC TG 1000 (R1), são os “Instrumentos 
Financeiros Básicos” – Seção 11, e os “Outros Tópicos sobre Instrumentos 
Financeiros” – Seção 12. A Seção 11 exige o uso do método do custo amortizado 
para todos os instrumentos financeiros básicos, exceto para investimentos em 
ações preferenciais não conversíveis e não resgatáveis, e ações ordinárias não 
resgatáveis, negociadas em mercados organizados ou cujo valor justo possa ser 
avaliado em valor confiável. 
Podem ser considerados como instrumentos financeiros básicos: (1) 
caixa; (2) instrumento de dívida (como, por exemplo, conta bancária, títulos ou 
empréstimos a receber ou a pagar) que atenda alguns requisitos; (3) 
compromisso de receber um empréstimo que (a) não pode ser liquidado em 
 
 
18 
dinheiro, e (b) quando o compromisso é executado, espera-se que o empréstimo 
atenda aos requisitos; e (4) investimentos em ações preferenciais não 
conversíveis e ações ordinárias ou preferenciais não resgatáveis. 
O instrumento financeiro que atender a todos os requisitos de (1) e (2) 
deve ser contabilizado pelo método do custo amortizado de acordo com a NBC 
TG 1000 – R1: 
1. Retornos ao detentor são: (a) uma quantia fixa; (b) uma taxa de retorno 
fixada ao longo da vida do instrumento; (c) um retorno variável que, por 
toda a vida do instrumento, é idêntica à taxa de juros observável ou cotada 
(como, por exemplo, a LIBOR); ou (d) uma combinação de tal taxa fixa e 
da taxa variável, desde que ambas as taxas, fixa e variável, sejam 
positivas. Para cálculo de retorno de juros de taxa fixa e variável, o juro é 
calculado multiplicando-se a taxa aplicável pelo valor principal em aberto 
no período. 
2. Não há disposição contratual que possa, por si só, resultar na perda do 
titular da quantia principal ou quaisquer juros atribuídos ao período 
corrente ou aos períodos anteriores. 
3. As disposições contratuais que permitem que o emissor (devedor), pague 
antecipadamente um instrumento de dívida, ou permitem que o titular 
(credor) resgate antecipadamente, não são contingentes em relação a 
eventos futuros. 
4. Não há retornos condicionais ou disposições de reembolso, exceto para 
o retorno da taxa variável descrita em (1) e pelas disposições de 
pagamento antecipado descritas em (3). 
A partir do momento em que um ativo ou passivo é reconhecido 
inicialmente, a entidade deve mensurar e registrar pelo custo da transação, a 
menos que se caracterize por uma transação financeira. Se o acordo constituir 
uma transação financeira, este deve ser avaliado com base no valor presente 
dos pagamentos futuros, descontados pela taxa de juros de mercado para um 
instrumento de dívida semelhante. Ao final de cada exercício, a empresa deve 
avaliar os instrumentos financeiros sem nenhuma dedução dos custos de 
transação de que esta possa vir a arcar com a venda ou alienação. 
O custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro, de acordo com a 
mesma norma (NBC TG 1000 – R1), deve ser apresentado na data de 
divulgação, liquido das quantias: (1) valor condizente ao reconhecimento inicial; 
 
 
19 
(2) menos qualquer amortização do principal; (3) diminuído ou acrescido da 
amortização acumulativa, por meio do método de taxa de juros efetiva, de 
quaisquer diferenças do reconhecimento inicial e do valor no vencimento; e (4) 
menos, no caso do ativo financeiro, qualquer redução à valor recuperável ou 
reconhecimento de perda por provável não recebimento. 
Ao final de cada exercício, para efetuar a divulgação, a empresa deve 
avaliar se há evidências objetivas quanto ao valor recuperável dos ativos 
financeiros avaliados com base no custo ou custo amortizado. No caso de a 
empresa detectar a perda, esta deve registrar o impairment. Tais evidências 
objetivas, incluem dados observáveis que chamam a atenção do titular do ativo, 
os quais podem ser: (1) dificuldade financeira visível e significativa do emissor 
ou devedor; (2) quebra de contrato, devido à inadimplência total ou parcial 
(podendo ser, inclusive, apenas do principal ou dos juros); (3) concessão de algo 
(descontos, por exemplo) devido à dificuldade financeira; (4) probabilidade 
significativa que o devedor declare falência ou efetue outra forma de 
reorganização financeira; e (5) indícios de redução de fluxos de caixa futuros a 
partir de dados observáveis, de forma que seja possível a mensuração. Além 
disso, mudanças no ambiente tecnológico, econômico ou legal em que a 
empresa opere, podem ser utilizadas como evidências de impairment. A 
empresa deve avaliar todos os seus instrumentos patrimoniais, 
independentemente se sua importância, seja de forma individual ou em grupo, a 
depender das características de risco. 
TEMA 5 – DISCLOSURE DE PMEs 
A NBC TG 1000 (R1) traz interpretações e comunicados que tratam das 
exigências contábeis enquanto ao reconhecimento, mensuração, apresentação 
e divulgação. A norma reconhece que muitas incertezas que cercam eventos e 
circunstâncias são divulgados, obedecendo ao princípio da prudência. A 
divulgação em período intempestivo faz com que ocorra a perda da relevância 
dessa informação. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: (1) 
Balanço Patrimonial – BP; (2) Demonstração do Resultado – DR; (3) 
Demonstração do Resultado Abrangente – DRA; (4) Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL; (5) Demonstração do Fluxo de Caixa 
– DFC; e (6) Notas Explicativas – NE, contendo o resumo das políticas contábeis 
 
 
20 
significativas e demais informações exploratórias dessas. As referidas 
demonstrações contábeis devem abranger o período de divulgação. 
As empresas devem apresentar o conjunto completo de demonstrações 
contábeis, inclusive informações comparativas, pelo menos com frequência 
anual. Quando a data de encerramento do período de divulgação for alterada e, 
assim, as demonstrações contábeis forem apresentadas para um período maior 
oumenor que um ano, a empresa deve divulgar as informações sobre: (1) o fato; 
(2) as razões que a levaram a utilizar demonstrações por período diferente ao 
padrão (um ano); e (3) os fatos que tornam informações contidas nas 
demonstrações não inteiramente comparáveis, de um período para o outro, 
escolhas contábeis. Em notas explicativas, o resumo das principais práticas 
contábeis deve ser exposto, devendo constar: (1) a base de mensuração 
utilizada na elaboração da informação; e (2) outras práticas contábeis que sejam 
consideradas relevantes, pela empresa, para a compreensão das 
demonstrações contábeis, de acordo com a NBC TG 1000 – R1. 
A referida norma recomenda que a empresa divulgue, em notas 
explicativas, informações relativas aos pressupostos utilizados na geração das 
informações e que provocam incertezas enquanto às estimativas de fluxos de 
caixa futuros. Dessa forma, os usuários da informação passam a ter ciência 
sobre o risco significativo de alteração do material e nos valores registrados nos 
ativos e passivos durante o exercício financeiro seguinte. Assim, a respeito dos 
ativos e passivos que apresentam algum grau de incerteza, devem ser 
divulgados em notas: (1) sua natureza e (2) os respectivos valores registrados 
ao final do período de divulgação. 
Quando a empresa adere a uma mudança na prática contábil devido à 
mudança na norma, e essa implica em efeitos sobre o exercício corrente ou 
quaisquer períodos anteriores, ou, ainda, possa ter efeitos em períodos futuros, 
a empresa deve divulgar: (1) a natureza de alteração da prática contábil; (2) para 
o exercício corrente e anterior, esta deve apresentar, na medida do possível, o 
ajuste de cada conta afetada pela alteração; (3) igualmente, deve-se apresentar, 
na medida do possível, o valor correspondente aos ajustes; e (4) deve-se 
apresentar explicações no caso de não ser possível determinar os valores 
referentes aos itens (2) e (3). 
Entretanto, quando a mudança na prática contábil ocorre de forma 
voluntária, implicando em efeitos sobre o exercício corrente ou quaisquer 
 
 
21 
períodos anteriores, a empresa deve divulgar: (1) a natureza de alteração da 
prática contábil; (2) os motivos de que a nova prática torna as informações mais 
relevantes e confiáveis à prática adotada anteriormente; (3) na medida do 
possível, os valores correspondentes aos ajustes das contas devem ser 
divulgados de modo separado para: (a) o exercício corrente; (b) os exercícios 
anteriores; e (c) de modo agregado, para exercícios anteriores aos 
apresentados; e (4) deve-se apresentar explicações no caso de não ser possível 
determinar os valores referentes ao item anterior (3). A empresa deve divulgar, 
também, de acordo com a norma, qualquer mudança das estimativas contábeis 
e seus efeitos sobre os ativos, passivos, receitas e despesas no exercício 
corrente e para os exercícios futuros, se conseguir estimar. 
As empresas podem vir a cometer erros matemáticos na aplicação de 
práticas contábeis, omissões e interpretações erradas dos fatos, e até fraude. 
Assim, na medida do possível, a empresa deve corrigir os erros 
retrospectivamente, devendo: (1) reapresentar as demonstrações contábeis 
anteriores em que o erro ocorreu; e (2) se o erro ocorreu antes do período mais 
antigo apresentado, deve-se recalcular os saldos iniciais das contas de ativo, 
passivo e patrimônio. Sobre tais erros, a empresa deve divulgar: (1) a natureza 
do erro; (2) para cada erro, deve ser apresentado, na medida do possível, o valor 
correspondente a cada uma das contas; (3) assim como, na medida do possível, 
deve ser apresentado o valor da correção no período mais antigo; e (4) uma nota 
explicativa no caso de não ser possível a divulgação dos valores referentes aos 
itens (2) e (3). 
TROCANDO IDEIAS 
Você já havia lido ou estudado sobre os tratamentos contábeis específicos 
para as MPEs apresentados nesta aula? Conhecia os diferentes métodos de 
controle de estoques e compreendia o impacto desses nos valores de saldo de 
estoque, custo e, consequentemente, no lucro? Compreendia como se dá o 
procedimento de redução a valor recuperável dos ativos (impairment)? Tinha 
conhecimento sobre o que é um ativo intangível e como se dá a sua 
mensuração? Conseguia distinguir quais são os instrumentos financeiros 
básicos e como a mensuração desses instrumentos pode afetar o custo dos 
empréstimos? E, por fim, sabia qual era o conjunto completo de demonstrações 
 
 
22 
contábeis cabíveis às MPEs, bem como os cuidados e conteúdos 
imprescindíveis de divulgação? 
A partir da concepção sobre esta aula, que trata dos tratamentos 
contábeis específicos às MPEs, é possível compreender a importância dos 
cuidados a se ter com os registros iniciais das informações contábeis, bem como 
o acompanhamento dos ativos e passivos registrados, além do impacto da forma 
de avaliação e reavaliação para com as contas patrimoniais e de resultado. É 
também possível compreender que as normas de contabilidade não ditam, para 
todos os fatos, os procedimentos que devem ser adotados, mas as 
possibilidades de mensuração e formas de registro. Isso porque, a depender do 
tipo de empresa, os ativos e passivos devem ter importâncias formas de 
utilização distintas, para cada um de seus ativos e passivos. Dessa forma, cabe 
ao profissional contábil a escolha dos procedimentos contábeis que melhor 
refletem o valor do ativo, quando há discricionariedade na norma. E, assim, 
haverá implicações em valores atuais e futuros. 
NA PRÁTICA 
Responda às questões a seguir (as respostas encontram-se ao final deste 
documento). 
1. Suponhamos que a empresa Doces e Sabores efetuou duas remessas de 
compra e três de venda de um mesmo doce no mês de maio de 2019, 
conforme apresentado a seguir: 
 10/05/2019 – NF 2032 de Compra, 50 unidades, preço unitário R$ 4,48; 
 13/05/2019 – NF 1207 de Venda, 35 unidades; 
 17/05/2019 – NF 1278 de Venda, 22 unidades; 
 20/05/2019 – NF 2101 de Compra, 25 unidades, preço unitário R$ 4,72; 
 27/05/2019 – NF 1299 de Venda, 30 unidades. 
Considere o saldo final do mês de abril de 2019 (conforme exercício 
desenvolvido no decorrer dessa aula) e efetue o controle dos estoques pelos 
dois métodos permitido pela Legislação Brasileira: PEPS e Média Ponderada. 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
a. No mês 05/2019, houve entradas de 75 itens por um valor total de R$ 342,00 
para ambos os métodos de controle de estoques. 
 
 
23 
b. No mês 05/2019, houve saídas de 87 itens por um valor total de R$ 389,91 e 
de R$ 394,92, respectivamente para PEPS e Média Ponderada. 
c. Há uma diferença de R$ 4,50 entre os saldos finais de mercadorias mantidas 
em estoque em relação as duas técnicas de controle (PEPS e Média 
Ponderada). 
d. O custo das unidades mantidas em estoque no final de maio é de R$ 4,72, 
considerando o método PEPS. 
e. O custo das unidades mantidas em estoque no final de maio é de R$ 4,61, 
considerando o método Média Ponderada. 
Questão para fórum de discussão: 
De que forma o teste de impairment pode contribuir para a qualidade da 
informação contábil? Quais são os impactos que este pode gerar na tomada de 
decisões gerenciais? 
FINALIZANDO 
Anteriormente conhecemos um pouco sobre o ambiente contábil das 
PMEs: (1) contabilidade como ferramenta de controle da gestão; (2) 
contabilidade PMEs e sua aplicação (CPC – PME); (3) diferenças entre CPC – 
PME e o conjunto completo de pronunciamentos contábeis; (4) pronunciamentos 
necessários na adoção inicial do CPC – PME; e (5) estrutura e funcionamento 
de empresas de serviços contábeis. Além disso, pudemos aprofundar alguns 
pontos específicos do pronunciamento contábil destinado às micro e pequenas 
empresas, conhecendo alguns tratamentos contábeis relacionados aos: (1) 
estoques; (2) impairment; (3) ativos intangíveis; (4) instrumentos financeiros 
básicos e custos dos empréstimos; e (5) disclosure,sendo que o conhecimento 
desses pontos é fator crucial para a apresentação e divulgação adequada das 
demonstrações contábeis aos seus interessados, de modo a demonstrar 
fidedignamente os valores que representam a situação econômico financeira das 
empresas. 
O pronunciamento contábil voltado para a elaboração das demonstrações 
contábeis das micro e pequenas empresas oferecem formas de mensuração 
distintas para os ativos e passivos, os quais impactam nas receitas e despesas 
e, consequentemente, nos lucros da empresa. Dessa forma, torna-se 
 
 
24 
imprescindível que o profissional contábil haja com ética, de forma a realizar as 
escolhas contábeis que demonstrem a real situação das empresas, de forma que 
tal essência prevaleça em relação à maximização do interesse próprio do gestor 
e/ou da empresa. Assim, a utilização da discricionariedade nas escolhas 
contábeis vem a ser um ponto positivo das normas, de forma que a contabilidade 
pode ser flexível os procedimentos podem ser repensados, uma vez que seja 
detectada a necessidade. 
 
 
 
 
25 
REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2016. 
BRASIL. Lei n. 12.973, de 13 de maio de 2014. Diário Oficial da União, Brasília, 
DF, 13 maio 2014. 
BRASIL. Receita Federal. Instrução Normativa RFB n. 1700, de 14 de março 
de 2017. 
_____. Instrução Normativa RFB n. 1881, de 3 de abril de 2019. 
CFC – Conselho Federal de Contabilidade. NBC TG 1000 (R1). Contabilidade 
para pequenas e médias empresas, 2016. Disponível em: 
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG1000(R1).pdf>. Acesso em: 
11 out. 2019. 
LEMES JÚNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração 
financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010. 
SILVA, A. C. R. da; MARION, J. C. Manual de contabilidade para pequenas e 
médias empresas. São Paulo: Atlas, 2013. 
 
 
 
26 
RESPOSTA 
1. c. 
Resolução: 
(Método PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair e Método do Custo Médio) 
Data Histórico 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. 
01/05 
 
32 
 4,45 
 
142,40 
10/05 NF 2032 
 
50 
 4,48 224,00 
 
32 
 4,45 
 
142,40 
 
50 
 4,48 
 
224,00 
13/05 NF 1207 
 
32 
 4,45 142,40 
 
47 
 4,48 
 
210,56 
3 
 4,45 13,35 
17/05 NF 1278 
 
22 
 4,48 98,56 
 
25 
 4,48 
 
112,00 
20/05 NF 2101 25 4,72 118,00 
 
25 
 4,48 
 
112,00 
 
25 
 4,72 
 
118,00 
27/05 NF 1299 
 
25 
 4,48 112,00 
 
20 
 4,72 
 
94,40 
5 
 4,72 23,60 
05/2019 
 
75 
 342,00 
 
87 
 389,91 
 
20 
 4,72 
 
94,40 
 
 
Data Histórico 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. Qtd. Preço U. Valor T. 
01/05 
 
32 
 
4,54 
 
145,14 
10/05 NF 2032 
 
50 
 
4,48 
 
224,00 
 
 
82 
 
4,50 
 
369,14 
13/05 NF 1207 
 
35 
 
4,50 
 
157,56 
 
47 
 
4,50 
 
211,58 
17/05 NF 1278 
 
22 
 
4,50 
 99,04 
 
25 
 
4,50 
 
112,54 
20/05 NF 2101 
 
25 
 
4,72 
 
118,00 
 
 
50 
 
4,61 
 
230,54 
27/05 NF 1299 
 
30 
 
4,61 
 
138,32 
 
20 
 
4,61 
 92,22 
05/2019 
 
75 
 
 
342,00 
 
87 
 
 
394,92 
 
20 
 
4,61 
 92,22 
 
Diferença no saldo final: 94,40 – 92,22 = 2,18. 
Resposta à questão para fórum de discussão: 
O teste de perda por valor recuperável de ativos tem sido considerado um grande 
avanço para a contabilidade, uma vez que estreita as relações entre a 
contabilidade financeira e gerencial, propiciando avanços na qualidade da 
informação contábil gerada e divulgada, quando do reconhecimento, pois os 
 
 
27 
valores expressos na divulgação das informações contábeis se aproximam da 
real situação da empresa, servindo para a tomada de decisões, tanto para os 
usuários internos, quanto para os usuários externos. Ao se tratar de um 
impairment sobre os estoques, há de se pensar sobre a viabilidade da 
concretização da venda, ajuste do preço de venda ou, ainda, leva a empresa a 
considerar outras possibilidades sobre o ativo. Em relação a um imobilizado, este 
deve levar os gestores a refletir sobre a permanência do bem na empresa, 
possibilidade de troca, manutenção ou, simplesmente, venda.

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