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Como é o centro cirúrgico?

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INTRODUÇÃO 
. O Centro Cirúrgico pode ser definido como o local onde são realizados os procedimentos anestésico-cirúrgicos. Frequentemente, também é o ambiente em que ocorre a recuperação anestésica e pós-operatória imediata. É na sala cirúrgica onde efetivamente se consuma o ato operatório, mas além do conjunto de salas cirúrgicas, o centro cirúrgico é formado também por diversas salas de suporte projetadas e construídas de forma a assegurar as condições de logística, equipamentos, assepsia, funcionalidade, conforto, eficiência e segurança necessárias para a execução das operações de diferentes níveis de complexidade.
LOCALIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO
O Centro Cirúrgico deve estar situado próxima aos locais cuja demanda de pacientes é maior e aos locais fornecedores de seus principais insumos e serviços. Na prática, deverá estar situado em áreas adjacentes às Unidades de Emergência, Internação e Tratamento Intensivo, Banco de Sangue e Centro de material e Esterilização. Preferencialmente, deve localizar-se em andares superiores, ao abrigo da poluição aérea e sonora.
O porte do centro cirúrgico é diretamente relacionado ao porte da instituição hospitalar. De acordo com as normas de 1995 do Ministério da Saúde, pode-se estabelecer, em hospitais gerais, a relação de 2 salas cirúrgicas para os primeiros 50 leitos e para cada 50 leitos adicionais ou fração – ou para cada 15 leitos cirúrgicos –, uma outra sala deverá ser acrescida. Para estabelecimentos especializados (cardiologia, cirurgia e outros) deve ser feito um cálculo específico. Embora essas normas tenham grande utilidade para a estruturação básica de um hospital, o número de salas cirúrgicas deve ser estabelecido individualmente de acordo com as características peculiares de cada instituição e da sua clientela 
O tamanho da sala de cirurgia depende da especialidade a que a mesma se destina, em função dos equipamentos e aparelhos que necessitam abrigar. Independente da área ocupada, a sala deve ter a largura mínima de quatro metros.
ZONAS DO AMBIENTE CIRURGICO
O Centro Cirúrgico é dividido em 3 zonas, de acordo com o nível de contaminação: zona de proteção, zona limpa e zona estéril.
Zona de proteção - Consiste nos locais destinados à entrada ou saída de pessoal ou material no centro cirúrgico. Tem como objetivo proteger o ambiente cirúrgico contra a entrada de objetos e materiais contaminados e evitar a disseminação de germes a partir dessas mesmas fontes. É composta por: vestiário, área de transferência, expurgo e corredor externo. Zona limpa - É composta por vários setores de serviços auxiliares ao ato cirúrgico, como conforto médico, sala da enfermagem, sala de espera dos pacientes em pré-operatório, sala de recuperação anestésica, sala de materiais, serviços auxiliares (como a radiologia) e lavabos.Zona estéril (ou asséptica) - É considerada a região com menor grau de contaminação e onde é obrigatório o uso da máscara. Consiste, basicamente, nas salas de cirurgia, no corredor de acesso e nos lavabos (utilizado para lavagem de mãos, antebraços e cotovelos antes da paramentação), salas de cirurgia.
Em cada zona, os indivíduos devem estar vestidos de acordo com as vestimentas e materiais de proteção adequados. Na zona de proteção, os profissionais vestem os pijamas cirúrgicos, a touca/gorro e propés; na zona limpa, há a colocação da máscara cirúrgica para entrar na zona estéril, onde a equipe cirúrgica irá colocar o avental cirúrgico e as luvas.
EQUIPE CIRÚRGICA
A equipe cirúrgica são constituídas por profissionais que prestam assistência sistematizada e global ao paciente. O tamanho da equipe cirúrgica varia de acordo com o tipo de intervenção a ser realizada e é composta, basicamente, pelo médico cirurgião, médico anestesista, primeiro e segundo auxiliares e instrumentador. O circulante (técnico de enfermagem) estará na sala de cirurgia ajudando a equipe com os materiais necessários e qualquer tipo de suporte, porém não participa do ato operatório.
Médico anestesista - É responsável pela escolha do melhor tipo de anestesia (juntamente com o médico cirurgião), autorização do início da cirurgia, monitorização dos sinais vitais do paciente e suspensão ou interrupção da cirurgia em caso de risco de morte do paciente. Médico cirurgião- É o profissional que realiza o procedimento cirúrgico. A ele cabe a integral responsabilidade do ato operatório, sendo responsável pelo planejamento, execução e comando, mantendo a ordem no campo operatório. Suas atribuições se iniciam no pré-operatório, com a indicação, conveniência e preparo cirúrgicos, e continuarão após o ato operatório, com o acompanhamento do paciente. Médicos auxiliares - Eles auxiliam no procedimento cirúrgico, exercendo atividades delegadas pelo cirurgião. • O primeiro auxiliar é responsável pelo pré-operatório, posicionamento do paciente, antissepsia da pele do paciente e colocação dos campos cirúrgicos. Durante o ato operatório, se posiciona à frente do cirurgião e o auxilia nas manobras. • O segundo auxiliar é um componente eventual e tem um papel mais passivo, colabora nas manobras de afastamento, permitindo ao 1o auxiliar maior liberdade de ação, e substitui o 1o auxiliar ou o instrumentador quando necessário. Instrumentador - É a pessoa encarregada da entrega e do recebimento dos instrumentos utilizados durante a operação; solicita antecipadamente o material necessário para a cirurgia. Elemento de maior mobilidade no campo cirúrgico, mantém contato com as enfermeiras. Deve manter a ordem e limpeza do campo cirúrgico, substituindo compressas, colocando gazes e retirando fios e instrumentos deixados sobre o paciente. Em procedimentos menores, sua função pode ser delegada ao primeiro ou segundo auxiliar.
· A posição dos membros varia de acordo com a cirurgia a ser realizada, porém, o primeiro auxiliar fica sempre à frente do cirurgião, com o instrumentador ao seu lado, enquanto o segundo auxiliar fica ao lado do cirurgião.

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