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DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DEFINIÇÃO É caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, geralmente progressiva, associada a resposta inflamatória pulmonar desencadeada por exposição a partículas ou gases irritantes. O grau de obstrução das vias aéreas e a quantidade de tecido danificado determinam a severidade da doença. EPIDEMIOLOGIA A DPOC é uma das principais causas mundiais de morbilidade e mortalidade, e resulta num peso económico e social simultaneamente substancial e progressivo. Estima-se que cerca de 24 milhões de pessoas nos EUA têm limitação do fluxo de ar, das quais cerca de 16 milhões têm diagnóstico de DPOC. A DPOC é a 3ª principal causa de morte, resultando em mais de 140.000 óbitos a cada ano — DPOC aumentou 64% (de 40,7 para 66,9/100.000) e permaneceu estável desde então. As taxas de prevalência, incidência e mortalidade aumentam com a idade. ETIOLOGIA Tabagismo Exposição à poluição. Ex. forno à lenha Poluição do meio ambiente ou ocupacional Fatores genéticos. (deficiência de alfa 1-antitripsina), anormalidades pulmonares pregressas (infecções na infância), hiperresponsividade de vias aéreas, idade avançada. Sintomas respiratórios Tosse Dispnéia Secreção Brônquica DPOC BRONQUITE OBSTRUTIVA CRÔNICA ENFISEMA PULMONAR BRONQUITE CRÔNICA OBSTRUTIVA É A INFLAMAÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR, CARACTERIZADO POR SECREÇÃO EXCESSIVA DE MUCO HIPERTROFIA GLÂNDULAS SUBMUCOSAS NA TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS E AUMENTO ACENTUADO DAS CÉLULAS CALCIFORMES DAS PEQUENAS VIAS AÉREAS. ESTÁ ASSOCIADA A INFECÇÕES RECIDIVANTES DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR ENFISEMA PULMONAR É UMA PNEUMOPATIA COMPLEXA CARACTERIZADA POR DESTRUIÇÃO DE ALVÉOLOS, AUMENTO DOS ESPAÇOS AÉREOS DISTAIS AO BRONQUÍOLO TERMINAL E DETERIORIZAÇÃO DAS PAREDES ALVEOLARES (protease-antiprotease e elastase) PERDA DA ELASTICIDADE E REDUÇÃO DO SEU LÚMEN A DESTRUIÇÃO DA PAREDE ALVEOLAR CAUSA PERDA DOS PONTOS DE FIXAÇÃO DAS VIAS AÉREAS TERMINAIS AOS ALVÉOLOS, COM COLAPSO EXPIRATÓRIO DOS MESMO, LIMITAÇÃO DO FLUXO AÉREO E HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS História de tosse e escarro de longo prazo e frequente Crises frequentes Geralmente insidiosa, surgindo em um período de anos Presença de tosse produtiva que dura pelo menos 3 meses a 1 ano por 2 anos sucessivos Produção de secreção gelatinosa espessa; são produzidas quantidades maiores durante infecções superpostas Sibilo e dispnéia à medida que a doença progride Hipoxemia crônica Hipertensão Pulmonar ( cor pulmonale - alteração na estrutura e no funcionamento do ventrículo direito , causada por uma doença pulmonar.) BRONQUITE CRÔNICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS De início gradual com progressão constante Dispnéia, menor tolerância aos esforços Discreta expectoração de secreção A tosse pode ser mínima a não ser quando há infecção respiratória Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax ( tórax em barril) Uso de musculatura acessória Respiração com lábio semi serrado Oxigenação normal ENFISEMA PULMONAR DISTÚRBIOS ASSOCIADOS À OBSTRUÇÃO AO FLUXO AÉREO DIAGNÓSTICO INSPEÇÃO Tórax hiperinsuflado Dispnéia/taquipnéia Tempo expiratório prolongado Respiração com lábio semicerrados Uso da musculatura acessória Cianose Tórax em tonel Cor Pulmonale; Edema MMII, turgência jugular AUSCULTA ENFISEMA PULMONAR Diminuição murmúrio vesicular, diminuição da elasticidade e expansibilidade do tórax, percussão diminuída e aumento to timpanismo BRONQUITE CRÔNICA Sibilos, roncos, estertores creptantes e subcreptantes, diminuição murmúrio vesicular EXAME FÍSICO FENÓTIPO Bronquite Crônica Hipersecreção pulmonar Blue bloater - Inchados azuis Enfisema Pulmonar Perda da elasticidade pulmonar Pink Puffer ou Soprador Rosado ESPIROMETRIA Espirometria (Diagnóstico e Prognóstico) VEF1/CVF < 70% mesmo após broncodilatador VEF1 <80% do previsto CVF reduzido e FEF25-75% muito reduzido ESPIROMETRIA: NORMAL X DPOC EXAME RADIOLÓGICO RX tórax: pouco sensível; escassa informação Insuflação Espessamento de paredes brônquicas Associação patologia cardíaca EXAME TOMOGRAFIA TC tórax: mais sensível nas alterações observadas Bolhas enfisematosas Áreas de rarefação parenquimatosa Sinais indiretos de HTP OUTROS EXAMES Gasometria: Presença de hipoxemia (PaO2<60 mmHg) Presença de hipercapnia (PaCO2>45mmHg) com ou sem aumento compensatório do bicarbonato Hemograma: Presença de poliglobulia (Ht>55) Avaliar possibilidade de infecção DIAGNÓSTICO DIFERENCIADO Asma Insuficiência cardíaca congestiva Bronquiectasia Tuberculose Bronquiolite obliterante TRATAMENTO MELHORAR SINTOMAS PREVENIR A PROGRESSÃO DA DOENÇA AUMENTAR A TOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA PREVENIR E TRATAR AS COMPLICAÇÕES PREVENIR E TRATAR AS EXACERBAÇÕES REDUZIR A MORTALIDADE RISCOS E SINTOMAS TRATAMENTO Reduzir os fatores de risco Tratamento da DPOC estável Farmacológico Não farmacológico Tratamento das exacerbações TRATAMENTO Intervenção em todos os estágios da doença Cessação tabágica Exercício Mudança do estilo de vida Vacina da gripe (e Pneumonia, se aplicável) Prevenção de exacerbações Medicação Nutrição adequada DIMINUIÇÃO DOS FATORES DE RISCO Educar o paciente sobre a sua doença Orientações quanto a cessar o tabagismo Estratégia mais rentável e eficaz de evitar o desenvolvimento e progressão da DPOC DIMINUIÇÃO DOS FATORES DE RISCO Diminuir exposição laboral, domiciliária e exterior a fumos e poeiras TRATAMENTO DPOC ESTÁVEL Tratamento Farmacológico Oxigenoterapia Reabilitação pulmonar Cirurgia BRONCODILATADORES Broncodilatadores: Para TODOS pacientes sintomáticos com DPOC. Brometo de tiotrópio é 1ª linha (duração + prolongada e menos efeitos adversos). β2-agonistas inalatório de ação longa (salmeterol e formoterol) Corticóides sistêmicos (DPOC asmática com resposta espirométrica documentada; VEF1 < 50% c/ exacerbações frequentes). OXIGENOTERAPIA Oxigenoterapia de longa duração A Oxigenoterapia de longa duração (OLD) melhora a sobrevida, a tolerância ao exercício, o sono e o desempenho cognitivo. Prescrita a doentes com DPOC GOLD IV com: PaO2 arterial < 55 mmHg ou SatO2 < 88% com ou sem hipercapnia PaO2 entre 55 a 60 mmHg ou SpO2 de 88% se Sinais de hipertensão pulmonar ou de insuficiência cardíaca Policitémia (hematócrito > 55%) REABILITAÇÃO PULMONAR Todos os pacientes com DPOC se beneficiam Melhora os sintomas Diminui a resistência aos exercícios e fadiga Melhora qualidade de vida Aumenta a participação nas atividades de vida diária CIRURGIA Remoção de bolhas e cirurgia de redução de volume pulmonar podem resultar numa melhoria da espirometria, do volume pulmonar, da capacidade de exercício, da dispneia, da qualidade de vida e, possivelmente, da sobrevida. Transplantação pulmonar resulta numa melhoria da função pulmonar, da capacidade de exercício, da qualidade de vida e, possivelmente, da sobrevida. DPOC- EXACERBAÇÃO Aumento e/ou alteração do aspecto da expectoração. Sibilos, opressão torácica. Indisposição, fadiga e diminuição na tolerância aos exercícios. Irritabilidade, tremores,confusão mental, sonolência, coma e convulsão. Febre (nem sempre é presente) Aumento da dispnéia e da tosse. TRATAMENTO 1. Tratar fator precipitante (Infecção, TEP, pneumotórax, isquemia cardíaca, arritmia e ICC 2. Melhorar a oxigenação do paciente (Manter SaO2 entre 90 e 92%) 3. Diminuir a resistência das vias aéreas (Broncodilatadores, corticóides e fisioterapia respiratória) 4. Melhorar a função da musculatura respiratória (Suporte ventilatório não invasivo, nutrição adequada,ventilação mecânica) TRATAMENTO
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