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Cozinha Asiática - apostila ampli

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Cozinha Asiática
UNIDADE 1 - Gastronomia russa e chinesa
Aula 1 História da gastronomia russa e chinesa
Introdução
Quando o assunto é cozinha asiática, o que vem primeiro à sua mente? Talvez sejam pratos japoneses ou chineses, certo? Ou ainda os mais exóticos, das cozinhas da Tailândia, Coreia, Índia ou Indonésia. É importante saber que a gastronomia asiática é riquíssima devido aos diversos países e suas diferentes culturas presentes no continente. E nesta primeira aula vamos falar sobre a gastronomia dos seus dois maiores países. Dê uma olhada no mapa logo a seguir:
Mapa do oriente. Fonte: Freepik.
Como você já descobriu que vamos falar sobre as cozinhas da Rússia e da China, eu faço um convite para começarmos nossa viagem por esses dois deliciosos países! E você nem precisa fazer as malas. Vamos lá?
História da gastronomia russa e chinesa e suas adaptações pelo mundo
Começamos com o maior país da Ásia e também do mundo. A história da Rússia se iniciou com um grupo de eslavos por volta de 500 d.C. Com muitas invasões estrangeiras, disputas e guerras, novos territórios foram comprados, transformando a Rússia na potência que é hoje.
Por sua vasta extensão, é possível imaginar que nem sempre a comida foi farta entre os russos. Nessa terra de extensões amplas, existe uma variação climática dentro de seus limites. Durante os invernos longos e rigorosos, era necessário utilizar os recursos disponíveis para terem pratos que os ajudassem, inclusive, a suportar o frio. Durante o inverno, que pode durar até seis meses sem que o sol apareça, os tubérculos e os pães fazem parte da maioria dos cardápios. Já no verão, é a vez dos vegetais e das frutas aparecerem com frequência. Os peixes também são abundantes em função dos mares e rios próximos. É interessante imaginar uma gastronomia que apresenta tantos pratos frios e refrescantes e, ao mesmo tempo, iguarias fumegantes, o que deixa a cozinha russa ainda mais deliciosa. A maioria dos pratos remetem aos camponeses, com comidas saudáveis e simples, como a sopa Borsch, que leva a beterraba como principal ingrediente. 
Atualmente, nas refeições principais é possível encontrar carnes, aves e peixes, além de sopas, saladas e legumes cozidos. Muitos pratos tradicionais, como estrogonofe de carne e salada russa, que você vai conhecer, ainda são os favoritos. Viu só como a cozinha russa é rica e deliciosa? E agora é hora de mudar de país: vamos para a China.
A China é o país mais populoso do mundo, mas não é só este dado que impressiona. Sua cozinha também é uma das mais impactantes, capaz de aguçar nossos sentidos.
A cozinha chinesa é uma das mais antigas que se tem conhecimento e sua história inicia com um achado arqueológico do mais antigo macarrão, há 4 mil anos. Alguns fatos têm sido importantes para o desenvolvimento da gastronomia chinesa ao longo dos séculos. A Dinastia Tang (618-907) foi palco para o incremento de uma gastronomia requintada. 
Um dos costumes mais marcantes e ainda atuais é a tradição de beber chá, que se intensificou a partir do século V. Entre os séculos X e XIII, durante a Dinastia Song, a população chinesa teve acesso a uma melhor qualidade de vida, com a evolução do comércio e dos postos de trabalho. Com mais acesso inclusive a diferentes alimentos, os chineses puderam finalmente consolidar sua gastronomia, transformando-a numa verdadeira alquimia.
A preocupação com uma alimentação equilibrada e nutritiva ampliou as formas de preparo dos alimentos. Foi durante o período da Dinastia Yuan que a China teve os primeiros contatos com o Ocidente e pôde experimentar novos ingredientes e métodos de preparo de diferentes cozinhas, que trouxe à tona parte do que conhecemos como gastronomia chinesa atualmente. A partir do século XIV, com a descoberta do “Novo Mundo”, essa influência se fortalece quando o país começa a receber alimentos até então desconhecidos, como milho, amendoim e batata-doce, além de outros vegetais e carnes.
Tendo esse primeiro cenário da cozinha da Rússia e da China, vamos nos aprofundar?
História da gastronomia chinesa
Como você notou, o clima influencia diretamente a alimentação na Rússia. As conservas e as carnes defumadas também têm destaque no cardápio russo. Isso, novamente, em função dos rigorosos invernos: era necessário desenvolver formas de conservar os alimentos por mais tempo.
A gastronomia russa tornou-se mais abrangente quando outros alimentos começaram a entrar no país. O impacto da influência de vizinhos de território, como Armênia e Geórgia, estão presentes até hoje nas produções que levam grão de bico, nozes e trigo. Pratos árabes também influenciaram a gastronomia russa: cordeiro grelhado no espeto, folhas de uva recheadas e o baklava, um doce de massa filo feito com mel e nozes. Para quem prefere frutas, figos, cerejas, maçãs, uvas, pêssegos e melões são as mais procuradas.
A religião dominante na Rússia é pertencente à Igreja Ortodoxa Russa, um ramo do Cristianismo Ortodoxo Oriental. E os feriados religiosos estão diretamente ligados a refeições especiais como forma de celebração, sendo a Páscoa, ou Paskha, o mais importante do
calendário ortodoxo. É comum jejuar no período que antecede a Páscoa, excluindo carne e laticínios da dieta russa. Mas, conforme a Páscoa se aproxima, um banquete é preparado para a ocasião. O kulich (um pão alto e doce feito com nozes e frutas secas e coberto com glacê) é uma das sobremesas mais tradicionais no Jantar de Páscoa.
A cozinha chinesa também recebe influências do clima, mas pode-se afirmar que ela se fundamenta em cinco características que devem ser encontradas em seus pratos: cor, sabor, aroma, textura e forma. Outra particularidade é a combinação dos ingredientes. Para que sejam seguidas as características citadas anteriormente, os ingredientes selecionados devem apresentar variedades de cores, texturas e formas, estas algumas vezes conseguidas nos cortes ou mesmo no formato dos alimentos. Além disso, o apelo visual também deve ser considerado, sem nos esquecermos do principal de cada prato: o sabor, que podem ser similares ou contrastantes. Um último ponto referente à escolha dos ingredientes é que sua combinação assegure uma quantidade adequada de nutrientes de determinada refeição. 
Para o desenvolvimento de pratos com que despertam nossa atenção aos elementos sensoriais, é fundamental que haja organização. E antes de começar a cocção, a mise en place deve estar pronta: ingredientes porcionados, cortados no tamanho e na forma e de acordo com o tempo de cocção de cada um, preferencialmente na ordem em que serão inseridos na panela. Você se lembra das cinco características que devem ser encontradas nos pratos da cozinha chinesa? Pois bem, para que sejam mantidos cor, sabor, aroma, textura e forma dos ingredientes, a cocção deve ser feita rapidamente. Os ingredientes que demoram mais tempo para serem cozidos serão inseridos no recipiente de cocção antes dos demais. 
Duas cozinhas com tanta história merecem toda nossa admiração, não é mesmo? E você vai conhecer mais sobre elas nas próximas aulas.
Como a gastronomia chinesa influenciou outros países asiáticos
Enquanto pratos criados na Rússia acabaram se espalhando por alguns países, dentro e principalmente fora da Ásia, a cozinha chinesa se destaca de outra forma. A China possui uma gastronomia tão rica em todos os aspectos que suas características influenciaram diretamente a cozinha de outros países asiáticos, especialmente com seus utensílios e suas técnicas.
A China pode ser dividida em quatro grandes regiões culinárias: 
· 
· Beijing (Pequim): situada no norte da China, foi residência do Império Chinês e centro cultural, comercial e político. Lá atuavam os melhores chefs do país e os pratos mais requintados surgiram aí, como o Pato de Pequim. Há também pães, macarrão e dumplings.
· Shanghai: maior cidade da China, fica no litoral. Possui pratos com peixes e frutos do mar e molhos à base de shoyu. Arroz e chás acompanham as refeições, que possuem também sopas e ensopados.
· Canton: na região sul se encontra
o mais variado e apreciado cardápio da cozinha chinesa. 
· Sichuan: possui um clima montanhoso e fica no interior da China. É o local onde mais se encontra a combinação de sabores doce, salgado, azedo e apimentado em um único prato.
Dos principais utensílios utilizados na cozinha chinesa, que se alastraram por outros países também, estão:
· 
· Wok: panela multiuso de fundo arredondado e laterais inclinadas, distribui rapidamente e igualmente o calor, usada para frituras e cozimentos. 
· Cutelo oriental: utilizado para cortar carnes e vegetais, especialmente o corte julienne asiático, mais fino e delicado que o tradicional.
· Hok: concha de cabo longo utilizada nos preparos da wok, que ajuda a manter as mãos do cozinheiro longe do calor.
· Vok-chan: espátula, também de cabo longo, que auxilia a mexer rapidamente os ingredientes na wok.
· So-hok: peneira utilizada para escorrer o excesso de óleo das frituras, retirar ingredientes fritos e cozidos do óleo ou da água quente e também para amolecer macarrão, mergulhando a porção para cozimento rápido.
· Khuai-chi: palitos de bambu com haste longa, geralmente utilizado para manusear ingredientes nas frituras por imersão. 
Quanto às técnicas, podemos afirmar que, ao contrário dos pratos russos, geralmente compostos por cozidos longos e utilizando os mesmos utensílios que os europeus usam no dia a dia, os preparos chineses são rápidos, mas o que pode parecer simplesmente praticidade tem seu fundamento histórico. Como já citado anteriormente, a importância da mise en place perfeitamente elaborada antes do início da cocção é em função da constante escassez de combustível para cozinhar no país, como a madeira em épocas remotas. Sendo assim, os chineses investem o máximo de tempo na preparação dos alimentos especialmente nos cortes, para que o cozimento seja o mais rápido possível. 
A maior parte do cozimento é feita em uma panela só, a wok, e geralmente leva poucos minutos. O método de fritura é muito utilizado para carnes, peixes ou vegetais, jogados rapidamente em óleo quente, garantindo o valor nutricional e a preservação de sabor e cor dos alimentos. Cozinhar alimentos no vapor é outro método rápido, também utilizado para manter sabor e valor alimentar. E para comer, os famosos “pauzinhos”, chamados de chopsticks, são os talheres oficiais. 
Agora pense: quantas cozinhas de países asiáticos possuem características similares à chinesa, seja no modo de preparo, cozinhar e servir? Ficou claro compreender como a China influenciou cozinhas de todo o continente asiático!
Saiba mais
Você já deve ter ouvido falar sobre a cerimônia do chá na China. Mas você sabe, detalhadamente, como ela acontece? É um verdadeiro ritual de experimentação que nos leva para séculos atrás. Veja nesta matéria toda a delicadeza que a cerimônia envolve.
Aula 2 Gastronomia russa
 
Introdução
Como você viu na aula anterior, a gastronomia russa faz parte da cozinha asiática. A Rússia é um país de dimensões continentais que possui uma cozinha riquíssima em ingredientes e técnicas. 
E agora que você já teve um panorama sobre a gastronomia russa, é hora de entrar nesse universo e conhecer melhor os seus pratos.
Você vai encontrar receitas que soam familiares, como o strogonoff, e também outras não usuais aqui no Brasil, como a vatruchka.
Com tantas variedades de sabores, não é fácil encontrar restaurantes russos, se compararmos com os japoneses, chineses e até coreanos. Então, conhecer as características dessa cozinha singular certamente fará de você um profissional mais completo!
Preparações práticas: Strogonoff, Salada Russa; Salada Olivier e Shashlyk
Existem alguns conceitos sobre a gastronomia russa que devem ser destacados. Mas antes de falarmos especificamente sobre isso, há outras informações que são importantes para entendermos a formação dessa cozinha.
A Rússia possui uma diversidade gastronômica grande, em função principalmente da sua extensão, que aborda diferentes climas e biomas, mas mantem-se simples e saudável. O ponto comum é a baixa temperatura presente em todo o país, praticamente durante todo o ano, o que leva à necessidade de uma culinária bastante calórica, com alto uso de carboidratos e gorduras, se comparada com a de outros países.
É bem comum encontrar sopas como entradas e pratos temperados com diversas especiarias, especialmente a páprica e as sementes de mostarda. As conservas de vegetais, como pepinos, cenouras e cogumelos, e carnes curadas também estão presentes nos cardápios e, por essa forma de conservação, podem durar mais tempo que outros alimentos in natura. 
Um ingrediente bem comum nas terras russas e que não temos costume de utilizar aqui no Brasil é o creme de leite azedo. Você pode encontrar uma colherada dela numa sopa, em forma de molho na salada ou complementando pratos quentes, como é o caso do strogonoff.
Itens mais sofisticados, como peixes e até caviar, também aparecem em algumas preparações em função da proximidade aos mares. Por ser relativamente barato, o caviar vermelho e também o preto, podem aparecer até no café da manhã, que em terras russas, é mais reforçado, lembrando quase um almoço. 
Já pensou se por aqui também tivéssemos a oportunidade de apreciar essa iguaria logo cedo? Questões culturais sempre despertam nossa curiosidade, especialmente quando diferem tanto do nosso dia a dia. Então, vamos conhecer mais sobre isso.
Preparações práticas: Borscht; Blini e Golubtsi
Agora que você já compreendeu os conceitos da cozinha russa, vamos entender como eles aparecem e caracterizam seus diversos preparos. 
Diferentemente dos países mais orientais, como China, Japão e Coreia, no geral, as técnicas utilizadas na cozinha russa não diferem muito das clássicas europeias. Selar, saltear, brasear, assar são alguns dos métodos utilizados. Para as sopas, os legumes são cozidos. Se assados, conservam ainda mais o seu sabor. E depois são incorporados a saborosos e fumegantes caldos de carne ou aves.
Além das aves, as proteínas mais apreciadas e presentes nos preparos são as carnes de porco e carneiro. Porém, no seu prato mais emblemático, o strogonoff, a carne bovina é utilizada. E com uma técnica especial, que traz mais camadas de sabor: além de deglaçar, o conhaque também é utilizado para flambar a carne. Existem diversas receitas de strogonoff e até sua origem é controversa, mas a páprica e as sementes de mostarda estão sempre presentes. 
Por ser uma cozinha quente e de cozimentos longos, os cortes não influenciam tanto no preparo dos alimentos, como acontece, por exemplo, na cozinha chinesa. Claro que é necessário ter cuidado em cortar vegetais e carnes sempre em tamanhos parecidos para que levem o mesmo tempo de cocção. 
E um dos vegetais mais presentes é o repolho. Sua textura firme e sua longa durabilidade colaboraram para que ele se adequasse muito bem ao país, seja nas conservas, nos pratos quentes ou nas saladas.
Aliás, sabia que a nossa salada de maionese foi inspirada na salada Olivier? Levando legumes cozidos e um molho de maionese, a versão russa do nosso prato levava ainda lagosta, língua de vitelo e caviar, ingredientes de difícil acesso nos dias atuais. O que realmente foi mantido no prato é a mistura de legumes cortados em cubinhos.
Vamos nos aprofundar e conhecer algumas receitas?
Preparações práticas de sobremesas: Vatruchka, Pão de mel de Tula e Pastilá
Vamos aplicar os conhecimentos desta aula e transformá-los num jantar russo?
Começamos com a borscht, uma sopa que leva a beterraba como principal ingrediente e é perfeita para aquecer o corpo durante o rigoroso inverno russo. Mas também pode ser consumida gelada durante o verão, quando os vegetais estão mais saborosos.
Depois, passamos para o strogonoff, talvez o prato russo mais emblemático, reconhecido mundialmente e que usa a técnica de flambar.
Por fim, vamos aprender a fazer vatruchka, uma sobremesa de nome difícil que é na verdade um pão doce aberto recheado de maçãs e mel, cujo formato e significado remetem ao fogo de uma lareira.
Ingredientes:
· 
· 5 beterrabas
· 1 cebola
em cubos pequenos
· 1 cenoura em cubos pequenos
· 1 talo de salsão em cubos pequenos
· 30 g de manteiga sem sal
· 20 g de açúcar
· 1,5 L de caldo de carne
· Suco de meio limão
· Q.B. sal 
· Q.B. pimenta do reino moída
· 200 g de creme de leite (fresco ou de lata)
· Endro fresco para decorar (caso não encontre, pode substituir por outra erva de sabor delicado, como o tomilho ou a salsa).
Preparo:
1. 
1. Preaqueça o forno a 180 °C por 10 minutos. 
2. Lave bem as beterrabas. Embale cada uma numa folha de papel alumínio e asse por aproximadamente 40-50 minutos até ficarem macias. Caso não tenha todo esse tempo disponível, cozinhe-as, mas saiba que no forno, o sabor ficará mais concentrado.
3. Assim que estiverem prontas, retire do forno e deixe amornar. Descasque as beterrabas e corte em cubos. Reserve.
4. Numa panela, acrescente a manteiga. Assim que derreter, junte a cebola, a cenoura e o salsão. Deixe suar por alguns minutos. 
5. Acrescente as beterrabas assadas, o açúcar e o caldo de carne. Aumente o fogo e, assim que ferver, tampe a panela e deixe cozinhar por 20 minutos.
6. Transfira a mistura para o liquidificador e bata com cuidado, segurando a tampa, pois o vapor pode empurrá-la. Para ser mais seguro, bata em duas etapas. Acrescente o suco de limão e acerte sal e pimenta.
7. Essa sopa pode ser servida quente ou fria. Para servi-la quente, aqueça novamente, se necessário. Para servi-la fria, deixe na geladeira por pelo menos uma hora.
8. Sirva com endro ou outra erva e acrescente sobre a sopa o creme de leite batido.
Ingredientes:
· 
· 30 ml de sopa de óleo
· 100 g de cebola em brunoise
· 500 g de carne bovina cortada em tiras (sugestão: filet mignon)
· Q.B. sal 
· Q.B. pimenta do reino moída
· 50 ml de conhaque
· 30 g de manteiga sem sal
· 15 g de farinha de trigo
· 15 g de mostarda seca moída (pode substituir por 30 g de molho de mostarda)
· 240 ml de caldo de carne natural 
· 120 g creme de leite
· salsa fresca ou ciboulette para decorar
Preparo:
1. 
1. Aqueça o óleo em uma panela funda. Adicione a cebola e mexa até caramelizar.
2. Adicione a carne e deixe caramelizar rapidamente, sem que esteja totalmente cozida. Adicione sal e pimenta. Adicione o conhaque e flambe a carne. Assim que a chama cessar, reserve a mistura em outro recipiente.
3. Derreta a manteiga nessa mesma panela. Adicione a farinha e mexa para cozinhar o roux. Adicione a mostarda e, em seguida, o caldo de carne quente. Mexa constantemente até o molho espessar.
4. Adicione o creme de leite, misture bem e volte a carne para a panela, aquecendo com cuidado para não ferver. 
5. Decore com a erva fresca e sirva bem quente, com batatas cozidas e amassadas.
Ingredientes da massa: 
· 
· 400 g de farinha
· 10 g de fermento biológico seco
· 240 ml de leite (separe um pouco mais, caso a massa fique muito seca)
· 25 g de açúcar
· 50 g de manteiga derretida
· Pitada de sal
· 1 ovo para pincelar (não vai na massa)
· Q.B. óleo para untar a assadeira
Ingredientes do recheio:
· 
· 5 ou 6 maçãs 
· 40 g de manteiga
· 40 g de mel
· 100 g de açúcar
· Suco de um limão 
· Q.B. canela 
Preparo: 
1. 
1. Comece pela massa, fazendo uma esponja com o leite, o açúcar, o fermento e um pouco de farinha. Deixe fermentar até começar a formar bolhas.
2. Misture a esponja com o restante dos ingredientes e sove até ficar uma massa lisa.
3. Deixe a massa fermentar num bowl coberto por aproximadamente 1 hora ou até dobrar de volume. 
4. Enquanto isso, descasque e corte as maçãs em pedaços pequenos. Deixe num bowl com o suco de limão, o açúcar e a canela. Mexa bem.
5. Numa panela, aqueça a manteiga com o mel, acrescente as maças e deixe cozinhar por 10 minutos, até as maçãs ficarem macias.
6. Quando a massa estiver fermentada, retire do bowl e aperte para tirar o ar dela. 
7. Preaqueça o forno a 200 ºC.
8. Divida a massa em esferas do tamanho de um ovo.
9. Estique um pouco a massa com as mãos até chegar a 10 cm de diâmetro e pressione o fundo de um copo para fazer uma cavidade na massa. O recheio será colocado aí.
10. Unte a assadeira com óleo e distribua as vatruchkas, deixando um espaço entre uma e outra. Passe o ovo com uma colher de água (eggwash) por toda a massa e coloque o recheio nessa cavidade.
11. Asse as vatruchkas por aproximadamente 25 minutos ou até ficarem douradas.
Saiba mais
Que o strogonoff é russo você já entendeu. Mas é impossível imaginar um belo almoço brasileiro sem a presença desse prato, que muitas vezes já foi considerado como cafona. 
Veja nessa matéria "Diferença entre strogonoff russo e versão brasileira" como ele chega por aqui e suas variações em relação à versão original.
Aula 3 Gastronomia Chinesa I
Introdução
Chegou a hora de iniciarmos nossa viagem pela China!
A China é um país de cultura riquíssima, cheia de cores, sabores, texturas e com todas as outras características importantes da cozinha asiática. Além disso, os hábitos culinários do país influenciou uma série de outros países, tanto no uso de alguns ingredientes, como nas técnicas utilizadas.
E se engana quem acha que a China só tem o yakissoba como prato representante de sua cultura. Nesta aula, vamos conhecer outras preparações para que você possa fazer um verdadeiro banquete chinês. 
Coloque sua mochila nas costas e vamos lá para o outro lado do mundo!
Preparações práticas: Guiozas e entradas variadas
Existem alguns conceitos sobre a gastronomia chinesa que devem ser relembrados.
A China é o país mais populoso do mundo e esse fato reflete diretamente em sua gastronomia. E por ter uma cozinha tão emblemática, ela acabou influenciando diversas preparações em outros países do continente asiático.
Na China há um ditado popular que diz: “a comida é o céu para as pessoas”, o que mostra como a cozinha chinesa é renomada, de preparo meticuloso e de muita atenção aos sentidos despertados durante a degustação. Essas características estão presentes há séculos, tanto que os cozinheiros chineses eram tratados com reverências.
Quando falamos em cozinha chinesa, é comum lembrarmos de pratos que levam macarrão e arroz. O arroz é um dos alimentos básicos no país, consumido em praticamente todas as refeições. O macarrão é geralmente feito com farinhas de trigo ou de arroz e também aparece em diversos pratos. As carnes também são bastante consumidas, sendo a de porco a mais comum. Mas também encontramos pratos como a carne de vaca, carneiro, pato e frango. 
Por ter uma dieta equilibrada, os vegetais também estão presentes. Folhas como repolho, espinafre, couve-flor e brócolis, e também berinjela e rabanete, são presença constante em saladas ou refogados. Já os cogumelos e as cebolas aparecem em diversos pratos. Outro vegetal bastante consumido é o broto de bambu.
Os temperos e demais ingredientes utilizados na cozinha chinesa para trazer mais sabor aos pratos merecem destaque. São muitas as especiarias utilizadas, e suas combinações resultam em sabores especiais. Os mais consumidos são gengibre, cebolinha, coentro e diversas pimentas.
Preparações práticas: Arrozes chineses, vegetais e temperos típicos
Agora que você já compreendeu os conceitos da cozinha chinesa, vamos entender como eles aparecem e caracterizam seus diversos preparos. 
Começando pelas entradas, os rolinhos são as mais famosas e lembradas. Trata-se de um tradicional pastel de massa fina, geralmente recheado com um refogado de repolho, cenoura e carne bovina ou suína, acompanhado de molho agridoce. Em diversos países, os recheios foram se adaptando. No Brasil, por exemplo, é possível encontrar até de queijo com goiabada, mas vale saber que é uma invenção nossa, já que essa combinação não faz parte da tradição chinesa. E você vai aprender a fazê-lo nesta aula.
Presentes em restaurantes sofisticados ou em barracas de comida de rua, os empanados também são bastante consumidos como entradas e podem ser de vegetais ou carnes. O da foto é de frango.
Comuns aqui no Brasil também, os guiozas são bolinhos recheados, cujo fechamento da massa é feito à mão e com diferentes finalizações. Geralmente são recheados com uma mistura
de vegetais e carne suína. São cozidos no vapor, nas panelas de bambu encaixadas numa panela com água fervente, e podem também ser fritos rapidamente em pouco óleo para finalizar.
Nos pratos principais, o yakissoba e os arrozes fritos se destacam. E a técnica mais comum de preparo na China é o stir-fry, técnica de cocção na qual os ingredientes são fritos rapidamente na wok com óleo, enquanto são agitados.
Preparações práticas: yakissoba e variações de massas chinesas
Vamos aplicar os conhecimentos desta aula e transformá-los numa deliciosa refeição chinesa?
Começamos com o rolinho chinês (também conhecido como rolinho primavera), uma das mais tradicionais entradas. 
Depois, passamos para o yakissoba, talvez o prato chinês mais emblemático, reconhecido mundialmente e que usa a técnica de stir-fry.
Por fim, vamos aprender a fazer banana caramelada, uma sobremesa que parece fácil de ser feita, mas requer cuidados para ficar ainda mais deliciosa.
Rolinho chinês (ou rolinho primavera)
Ingredientes:
· 
· 10 folhas de massa de rolinho primavera quadradas (caso não encontre, pode substituir por massa de pastel)
· 400 ml de óleo para fritar
· Ingredientes para o recheio:
· 4 folhas de acelga
· ½ cenoura
· 1 galho de salsão
· 1/8 de repolho branco
· 50 g de patinho moído (ou outra carne bovina magra)
· 50 g de camarão
· Q.B. sal
· Q.B. pimenta do reino
· Q.B. óleo de gergelim
· ½ ovo para selar a massa
Preparo: 
1. 
1. Acrescente um pouco óleo de gergelim na wok bem quente.
2. Corte a cenoura e o salsão em “julienne asiático”; o repolho e a acelga em chiffonade.
3. Escalfe rapidamente os camarões e reserve.
4. Salteie a carne na wok e adicione os legumes. Cozinhe rapidamente. Adicione o camarão. 
5. Tempere com sal e pimenta.
6. Finalize com um fio de óleo de gergelim torrado. 
7. Deixe o recheio resfriar em uma travessa. Quando estiver frio, aperte bem com a mão para escorrer o excesso de líquido.
8. Vire a massa na sua frente em formato de losango. Recheie no meio e feche os rolinhos, primeiro dobrando a parte de baixo para cima, depois as laterais para dentro, até formar um envelope. Role essa parte para cima, apertando para ficar bem firme. Sele a última parte com o ovo batido.
9. Frite por imersão em óleo a 170 graus até dourar.
10. Escorra e sirva com molho agridoce. Você encontra molhos agridoces prontos em mercados.
Yakissoba 
Esta receita leva carnes de porco e de frango, mas pode ser substituída por carne bovina, e também por lulas e camarões.
Ingredientes: 
· 
· 100 g de macarrão tipo yakissoba (encontrado em mercados)
· 20 ml óleo de soja
· 50 g de brócolis japonês 
· 50 g de cenoura 
· 50 g de cebola 
· 50 g de acelga 
· 30 g de broto de bambu (em conserva) 
· 20 g de cogumelo de sua preferência
· 50 g de carne suína 
· 50 g de peito de frango 
· 40 ml de molho de soja
· Q.B. açúcar
· Q.B. sal
· Q.B. pimenta do reino
· Q.B. óleo de gergelim para finalizar
· 300 ml de caldo de frango natural 
Preparo: 
1. 
1. Cozinhe o macarrão (ainda resistente à mordida), escorra bem e reserve. 
2. Cortar os legumes e as carnes em fatias. 
3. Aqueça bem a wok, acrescente o óleo de soja e frite o macarrão até dourar. Retire, escorra o óleo e mantenha num prato. Cubra para manter aquecido. 
4. Na mesma wok, frite rapidamente a carne de porco e de frango. Retire, deixe escorrer e reserve.
5. Na wok, acrescente os legumes, do mais rígido para o mais macio e frite rapidamente. Volte as carnes para a wok.
6. Adicione o molho de soja, os temperos e o caldo.
7. Dissolva o amigo em um pouco de água e acrescente no caldo para espessar até o ponto nappé leve para médio.
8. Adicione o fio de óleo de gergelim e cubra o macarrão com essa mistura.
Ingredientes:
· 
· 3 bananas nanicas maduras e firmes
· 50 ml de água 
· 250 g de açúcar 
· 15 ml de vinagre de vinho branco 
· 1L de óleo de soja para fritura 
· Q.B. gergelim branco e preto para finalizar
Para a massa de empanar:
· 
· 150 ml de água 
· 1/2 clara de ovo 
· 5 ml de óleo de soja
· 150 g de farinha de trigo 
· 10 g de amido de milho 
· 10 g de fermento químico
· Q.B. sal
Preparo: 
1. 
1. Para a massa de empanar, misture todos os ingredientes, exceto o fermento, até incorporar. Acrescente o fermento somente na hora de fazer o empanamento.
2. Para a calda, derreta numa panela o açúcar com a água até a calda ficar dourada. Abaixe o fogo e mexa até ficar em ponto de caramelo, com cuidado para não queimar.
3. Aqueça o óleo até temperatura média (170 graus).
4. Corte cada banana em 4 partes.
5. Passe rapidamente pela massa de empanar. Verifique se todo o pedaço está coberto por massa.
6.  Frite até dourar e passe no caramelo.
7. Retire e coloque num prato untado com óleo e polvilhe o gergelim.
Saiba mais
Se você já comeu algum prato chinês, com certeza recebeu um biscoito da sorte no final da refeição. Mas você sabe qual é sua origem? A matéria Como surgiu o costume dos biscoitinhos da sorte chineses? conta tudo.
Aula 4 Gastronomia Chinesa II
Introdução
Até agora você já conheceu bastante sobre a cultura, a história e alguns conceitos bastante importantes da cozinha chinesa e percebeu o quão rica e fascinante ela é, não é mesmo? 
E a última parte da nossa viagem por esse país incrível está apenas começando.
Nesta aula, vamos conhecer algumas preparações que utilizam as diversas proteínas nos pratos principais, como frutos do mar e carnes bovina, suína e de aves. 
Dentre elas estão a tradicional carne de porco agridoce e o pato de Pequim. Vamos passar também pela confeitaria chinesa, com o preparo do Red Bean Bun, um leve pãozinho assado no vapor recheado com pasta de feijão doce.
Preparações práticas: preparações com frutos do mar.
Shangai é a maior cidade do território chinês. Localiza-se no litoral e é a principal representante dessa região. Em função disso, os pratos com frutos do mar são comuns e muito apreciados.
Uma das preparações típicas é o caranguejo peludo de Shangai, preparado no vapor nas panelas de bambu. Os camarões também aparecem, especialmente acompanhados de vegetais. Lembra-se do método stir-fry? Ele continua sendo o principal pelas terras chinesas também com as carnes.
A carne mais apreciada entre os chineses é a carne de porco. A criação de suínos na China é bem desenvolvida e voltada para a alimentação, enquanto que o rebanho de bovinos é menor e voltado para os trabalhos na lavoura. Com isso, essa carne torna-se mais dura, mas ainda assim tem parte de seu consumo garantida.
Quanto às aves, você já deve ter visto o imponente pato de Pequim ou pato laqueado. Na região de Pequim, ao norte da China, era a residência do Império Chinês e, para atender aos mais exigentes paladares, foi para lá que os melhores chefs chineses foram levados. 
E para fechar os banquetes chineses, as sobremesas que são bastante diferentes das tradicionais francesas, também fazem sucesso. 
Vamos conhecer esses pratos?
Preparações práticas: preparações com proteínas (bovina, suína e aves)
Um dos pratos mais apreciados na China é o Pato de Pequim ou pato laqueado. Embora seja considerado uma nobre iguaria, seu preparo é relativamente simples, mas demorado.
O pato inteiro, inclusive com cabeça, como você pode ver na figura, deve ser escaldado com água fervente e temperado por dentro com uma mistura de mel, molho de soja, óleo de gergelim, gengibre, vinagre e algum tipo de corante vermelho, como colorau. Parte dessa mistura é utilizada para banhar o pato várias vezes, que fica suspenso, e formar a tradicional casquinha laqueada. Após isso, ele é assado até dourar bem e exposto nas vitrines dos restaurantes.  
A carne bovina também aparece em alguns pratos, geralmente com brócolis, e você vai conhecer esta receita logo mais. Lembre-se que alguns princípios fundamentais da cozinha chinesa aparecem nessa preparação, de cortes precisos e regulares e com o vegetal cozido apenas ao ponto de ser confortável para a mastigação. 
Além do caranguejo peludo, lagostas, lulas e polvo também são frequentes em ensopados ou grelhados em alguns pratos.
Você já deve ter visto também alguns
espetos “exóticos” de insetos e outros animais não convencionais nos nossos hábitos alimentares, mas como a alimentação também é cultura, ela muda a cada localidade e acaba refletindo as características de seus países.
Vamos agora aos preparos de algumas dessas receitas?
Preparações práticas de pratos típicos da gastronomia chinesa
Vamos aplicar os conhecimentos desta aula e transformá-los numa deliciosa refeição chinesa?
Começamos com a carne bovina com brócolis. O prato é fácil de ser reproduzido por aqui e nos lembra os sabores e aromas do outro lado do mundo.
Depois, passamos para o char siu, carne de porco marinada numa mistura agridoce, considerada uma das melhores iguarias do mundo!
E por fim, vamos aprender a fazer o red bean bun, o bolinho doce chinês bem tradicional nas sobremesas.
Ingredientes:
· 
· 200 g de contrafilé 
· 150 g de brócolis japonês
· 20 ml de molho de soja
· ½ dente de alho
· 1 talo de cebolinha
· 5 g de amido de milho
· 1 clara
· 10 g de gengibre
· Q.B. sal
· Q.B. açúcar
· Q.B. pimenta do reino
· Q.B. óleo de soja
· Q.B. óleo de gergelim
· Gergelim branco para finalizar
Preparo: 
1. 
1. Corte finamente bem o alho e o gengibre. Corte a cebolinha em rodelas finas. Corte o brócolis em floretes médios. Reservar. 
2. Corte a carne em fatias finas. 
3. Misture a clara de ovo com o sal e uma colher de amido de milho. Banhe a carne nessa mistura. 
4. Aqueça bem a wok e sele a carne com óleo. Retire, escorra o excesso de óleo. Reserve.
5. Na mesma wok, doure o alho e o gengibre picado. 
6. Acrescente o brócolis e os temperos.
7. Adicione a carne para saltear tudo rapidamente. 
8. Finalize adicionando o amido dissolvido na água, a cebolinha, o óleo de gergelim e o gergelim branco para decorar.
9. Ajustar a consistência (nappé leve) do molho com água se for preciso.
Char siu (Porco oriental)
Conhecido como porco oriental, essa preparação acompanha arroz, massa e também pode ser agregada a uma deliciosa sopa.
Ingredientes: 
· 
· 1 lombo de porco
·  1/2 xícara de molho de soja
·  1/3 xícara de mel
·  1/3 xícara de ketchup
·  1/3 xícara de açúcar mascavo
·  1/4 xícaras de vinagre de arroz (ou outro vinagre claro)
·  2 colheres de sopa de molho hoisin
·  mix de pimentas a gosto
·  cebolinha para decorar
 Para o molho hoisin:
· 
·  3 colheres de sopa de molho de soja
·  2 colheres de sopa de pasta de amendoim
·  1 colher de sopa de mel 
·  2 colheres de chá de vinagre branco
·  1/8 colher de chá de molho de alho
·  2 colheres de chá de óleo de semente de gergelim
·  20 gotas de molho de pimenta jalapeño ou habanero
·  1/8 colher de chá de pimenta-do-reino
·  Para a pasta de ketchup:
·  1/2 xícara de ketchup
·  1/2 xícara de molho de soja
·  1/4 xícara pasta de pimenta (ou a gosto)
Preparo: 
1. 
1. Para fazer o molho hoisin, misture todos os ingredientes até ficar bem homogêneo.
2. Misture o molho de soja, o mel, o ketchup, o açúcar mascavo, o vinagre de arroz, o molho hoisin, o mix de pimentas e a pasta de pimenta em uma panela em fogo de médio a baixo. Mexa até ficar bem misturado e levemente quente por 2 a 3 minutos. Não deixe ferver.
3. Corte o lombo de porco em postas grossas e coloque em um saco plástico próprio para assar.
4. Despeje a marinada no saco com a carne de porco.
5. Retire o máximo de ar e feche.
6. Vire o saco algumas vezes para cobrir todos os pedaços de porco com a marinada.
7. Leve à geladeira para marinar por no mínimo 2 horas e no máximo 48 horas.
8. Em uma churrasqueira, coloque o carvão e, ao chegar em braseiro alto (forte), unte levemente a grelha e jogue lascas de madeira específicas para defumação.
9. Retire a carne de porco da marinada e agite para remover o excesso de líquido.
10. Descarte a marinada restante.
11. Deixe a carne grelhar por aproximadamente 20 minutos.
12. Leve para uma panela e vá acrescentando água aos poucos. Repita até a carne ficar cozida, durante cerca de 30 a 40 minutos.
13. Em um recipiente, faça a pasta de ketchup misturando o ketchup, o molho de soja e a pasta de pimenta.
14. Assim que a carne estiver pronta, pincele com a pasta de ketchup e sirva.
Já comeu pão assado no vapor? Essa receita vai surpreender seu paladar!
Ingredientes:
· 
· Para a pasta de feijão (recheio):
· 1 xícara de feijão vermelho chinês, feijão azuki, cerca de 200g
· 3 xícaras de água
· 1 xícara de açúcar
· pitada de sal
Para o pãozinho: 
· 
· 200 g de recheio de pasta de feijão vermelho
· 300 g de farinha de trigo
· 30g de açúcar
· 1,5 colher de chá de fermento químico
· 150 ml de água morna 
· 1 colher de sopa de óleo (preferencialmente óleo de milho)
· pitada de sal
 Preparo:
1. 
1. Comece pela pasta de feijão. Lave o feijão vermelho e deixe de molho por pelo menos 8 horas ou durante a noite. Escorra cozinhe na pressão por cerca de 40 minutos ou até ficar bem macio. Esmague o feijão com uma espátula dura. Adicione o açúcar e aqueça em fogo lento para cozinhar até formar uma textura pastosa. Deixe esfriar. 
2. Para a massa, em uma batedeira com gancho (ou a mão), coloque todos os ingredientes e bata por cerca de 8 minutos em velocidade baixa. 
3. Forme uma bola com a massa e reserve por 1 hora ou até dobrar de volume (o tempo necessário depende muito da temperatura ambiente). 
4. Adicione cerca de 2 colheres de sopa de farinha na massa e continue amassando por 2 minutos em velocidade baixa na batedeira. 
5. Em seguida, transfira e divida a massa em 6 ou 8 porções. 
6. Molde cada porção em uma bola redonda. Pressione-o para deixar as bordas finas e centro mais grosso. Coloque cerca de 1,5 colher de sopa de recheio de feijão vermelho no centro. Sele completamente e vire-o e molde-o em uma cúpula. 
7. Coloque os pães em papel manteiga e, em seguida, coloque na panela de vapor. 
8. Cubra a tampa e descanse por mais 15 a 20 minutos em temperatura ambiente.
9. Acenda o fogo para aquecer a água e cozinhe os pãezinhos no vapor por cerca de 30 minutos. Desligue o fogo e aguarde 5 minutos antes de saborear. 
10. Reaqueça os pães no vapor se estiverem resfriados.
Saiba mais
Algumas comidas de rua da China causam arrepios só de pensarmos que o seu consumo é normal no país, tanto nas feiras de rua quanto em restaurantes sofisticados. Espetos de cobras, aranhas e filhotes de patos são alguns dos exemplos. Você teria coragem de experimentar? Na matéria Comidas exóticas da China – você encararia essa aventura?, uma brasileira conta sua passagem por uma feira repleta dessas iguarias.
Aula 5 Revisão da unidade
Introdução a História e gastronomia da Rússia e China
Chegamos ao final desta unidade e agora é hora de revisar os principais aprendizados sobre essas duas cozinhas. Vamos lá?
Começando pela gastronomia russa, vale lembrar que sua extensão territorial acaba apresentando variedades de preparo pelo país todo, mas existe uma característica em comum: o impacto que o clima tem nas cozinhas. Os invernos longos e rigorosos levaram os habitantes a desenvolver métodos de preservação dos alimentos, como a defumação e a conserva. Os tubérculos, as sopas e os pães fazem parte da maioria dos cardápios invernais, e no verão, dão lugar às frutas e aos vegetais frescos. Os peixes também são abundantes em função dos mares e rios próximos. O creme de leite azedo e as especiarias estão presentes em diversas preparações, especialmente nas que levam carne de porco ou carneiro, as mais consumidas no país. A gastronomia russa recebe influência de alguns pratos árabes e num país com uma comida tão diversa, também existe o costume de jejuar, especialmente em função de práticas religiosas. O caviar é bem comum e pode aparecer no café da manhã. Os pratos mais emblemáticos da cozinha russa, além de diversos cozidos são: a sopa borscht, strogonoff, vatruchka. 
Mudando de país, a cozinha chinesa sempre possuiu preocupação com uma alimentação equilibrada e nutritiva. A gastronomia do país também recebe influências do clima, mas pode-se afirmar que ela se fundamenta em cinco características que devem ser encontradas em seus pratos: cor, sabor, aroma, textura e forma, além da combinação dos ingredientes.
Uma indicação importante na cozinha chinesa é que a mise en place deve estar pronta: ingredientes porcionados, cortados no tamanho e na forma e de acordo com o tempo de cocção de cada um, preferencialmente na ordem em que serão inseridos na panela. Ao contrário dos pratos russos, geralmente compostos por cozidos longos e utilizando os mesmos utensílios que os europeus usam no dia a dia, os preparos chineses são rápidos e as técnicas utilizadas influenciaram diversos países asiáticos. A maior parte do cozimento é feita em uma panela só, a wok, e geralmente leva poucos minutos. O método de fritura rápida chamado stir-fry é muito utilizado para carnes, peixes ou vegetais. Cozinhar alimentos no vapor é outro método rápido, também utilizado para manter sabor e valor alimentar. E para comer, os chopsticks, são os talheres oficiais. 
Os principais pratos da cozinha chinesa, além do sofisticado pato de Pequim e do tão esperado biscoito da sorte, são: rolinho primavera, yakissoba, carnes com vegetais (a exemplo da produção de carne bovina com brócolis, existem diversas variações), char siu (ou porco oriental), bananas carameladas, red bean bun (pãozinho assado no vapor com recheio de massa de feijão azuki). A China é um dos países em que o chá está mais presente e acompanha também as refeições.
Você se lembrava de todas essas informações? Saiba que a qualquer momento você pode revisar seus materiais e buscar novas informações para ampliar seus conhecimentos e, consequentemente, se tornar um profissional mais completo e competente!
Estudo de Caso
Vamos colocar em prática tudo que você aprendeu nesta unidade tão rica?
Imagine a seguinte situação: uma grande empresa chinesa acaba de abrir uma filial no Brasil e está em busca de um chef para preparar e servir o jantar de boas-vindas para a sua equipe de profissionais, todos recém-chegados para trabalhar no nosso país por, no mínimo, seis meses. Seu restaurante encaminhou uma proposta para a empresa que está organizando esse jantar e foi selecionado para esse grande desafio.
A ideia inicial da empresa que o contratou é que seja servido um jantar inteiramente brasileiro, com pratos típicos como feijoada, baião-de-dois e até acarajé. Porém, como alguns hábitos culinários são bastante diferentes aqui no Brasil e lá na China, você sinalizou que esses profissionais poderiam estranhar tamanha diferença cultural e achou melhor sugerir um cardápio misto, ou seja, pratos que possuam ingredientes e características brasileiros, mas também elementos da cozinha chinesa, para diminuir o possível estranhamento. 
Você deve elaborar um jantar composto de uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. 
Descreva como seria esse cardápio. Caso seja necessário, revise o conteúdo da unidade para lembrar os princípios importantes da cozinha chinesa. E já fique com uma dica que vale ouro: este exercício admite diversas resoluções, então utilize sua criatividade e bom trabalho!
______
Reflita
Quais os pontos principais que você deve considerar para resolver este estudo de caso? Quais ingredientes não podem faltar nesse preparo, sejam eles brasileiros ou chineses? E quais técnicas serão utilizadas?
Resolução do Estudo de Caso
Como dito na descrição do caso, o exercício admite diversas resoluções. As cozinhas chinesa e brasileira são muito ricas e por isso as opções de combinação são infinitas.
Começando pelas entradas, tanto os chineses quanto os brasileiros apreciam frituras. Uma sugestão seriam bolinhos ou empanados diversos, como queijos locais. Pense também nos espetos. Pode trazer um ar mais informal para o jantar e ajudar a “quebrar o gelo” inicial.
Como prato principal, que tal variar o tradicional yakissoba e acrescentar ingredientes brasileiros, como a carne seca no lugar da carne bovina? Um toque de alguma pimenta também pode ser interessante.
Para sobremesa, uma sugestão é manter a banana caramelada, já que é uma fruta bastante apreciada no Brasil também. E ela pode ser servida com um sorvete de uma fruta dos nossos biomas, como o cupuaçu ou o buriti.
Outro ponto importante é sempre servir os pratos com os chopsticks para que os chineses não se sintam desconfortáveis em comer com nossos talheres.
UNIDADE 2 - Gastronomia japonesa, coreana e tailandesa
Aula 1 História das Gastronomias Japonesa, Coreana e Tailandesa e suas influências
Introdução
Na primeira etapa desta disciplina, você conheceu características importantes das cozinhas chinesa e russa. Os dois maiores países do mundo possuem também pratos emblemáticos e muito apreciados, tanto que vários deles se espalharam por outros países, chegando até o Brasil.
A partir de agora, vamos continuar nossa viagem por mais três países asiáticos. Você vai conhecer a história e a gastronomia do Japão, da Coreia e da Tailândia. Países tão diferentes só poderiam apresentar uma gastronomia variada. 
No Japão, vamos passar pelos sushis, sashimis e também por pratos quentes. Na Coreia, o kimchi é a estrela principal, mas o bulgogui não fica atrás. E na Tailândia o clima esquenta, mas é só nos pratos mais apimentados.
Vamos continuar nossa viagem?
História da Gastronomia japonesa e a fama de sushi pelo mundo
Quando falamos sobre gastronomia asiática, a japonesa é, provavelmente a mais lembrada, principalmente pelo apelo visual de seus pratos. E isso tem um motivo: os japoneses elevaram a sua culinária a um nível além de simplesmente fisiológico. Para eles, o alimento deve transmitir pureza, harmonia e equilíbrio, além de ser muito saudável. A prova disso é a apresentação dos pratos: sempre com muita delicadeza e beleza, qualquer prato acaba sendo um espetáculo à parte.
Historicamente, o Japão foi devastado pela guerra, o que levou a sua população a respeitar e trabalhar sempre com a sazonalidade dos alimentos, o que garante seu frescor. Inclusive, uma das características marcantes desse povo é a de ser parceiro do universo e tudo que ele nos provê. Os rituais também são respeitados e praticados até hoje, como o do chá e do arroz, sendo este o cereal mais utilizado. 
Agora, mudando de país e desembarcando na Coreia, assim como no Japão, o arroz também está presente e acompanha alguns pratos. As pimentas e os condimentos são constantes na cozinha coreana. Os pratos mais conhecidos são o kimchi, uma conserva bem apimentada, geralmente feita com acelga; o bulgogui, o famoso churrasco coreano, também repleto de sabores em função das especiarias, e o bibimbap, em que o arroz (olha ele novamente na Ásia) é servido com diversos acompanhamentos na mesma travessa e um ovo também é comum. Veja na imagem a seguir:
Em todas as refeições dos coreanos os banchans são encontrados. São acompanhamentos feitos de vegetais, geralmente servidos em pequenas travessas. Vamos nos aprofundar neles logo mais. 
A gastronomia tailandesa tem relação direta à “arte de viver”. Ela é muito rica visualmente e nos sabores exóticos, e possui influências portuguesas, japonesas e principalmente indianas e chinesas. Lembra que a China influenciou a gastronomia de muitos países? A Tailândia é mais um deles. É comum nas mesas tailandesas ser servido um prato por pessoa, sendo que todos os convidados compartilham, ou seja, se houver dez pessoas na mesma mesa, teremos dez iguarias para serem degustadas. 
A gastronomia tailandesa é composta por muitos molhos, o que não deve jamais ser desperdiçado ou deixado no prato, por isso o uso da colher é constante. Por isso, os curries, pratos com molhos ou pastas de especiarias, são comuns e sempre apimentados. 
Você já deve ter ouvido falar no quanto a cozinha tailandesa é picante. A pimenta é utilizada em praticamente todos os pratos. Pela cor do curry que compõe o prato a seguir, você já deve imaginar sua ardência.
Como as pimentas possuem capsaicina, a substância responsável pela ardência em nossas papilas gustativas, é bem comum que as sobremesas apresentem o leite de coco na sua composição. A gordura presente nele ajuda a “varrer” a sensação de ardência da língua e na boca. As frutas também aparecem na sobremesa, já que o
país é bem quente e elas refrescam. Mas você deve estar se perguntando: se a Tailândia é tão quente, por que seus pratos são tão apimentados? Eles fazem com que nosso corpo transpire para baixar a temperatura, promovendo um tipo de “ar condicionado” natural dentro de nós. 
Esses foram os principais conceitos dessas cozinhas. Agora, vamos nos aprofundar?
História da Gastronomia Coreana e suas influências
Qual é o prato mais conhecido no Japão? Acredito que você tenha respondido: o sushi. Essa iguaria se originou na era Edo, há alguns séculos, na antiga cidade onde hoje é Tóquio. Devido à falta de recursos na época, inclusive refrigeração, os pescadores envolviam o peixe numa porção de arroz que, ao fermentar, azedava e conservava o peixe por mais tempo. Os japoneses perceberam que a combinação arroz e peixe tinha um sabor agradável. Assim nasceu o sushi, que significa arroz (shi) ácido (su). Mas a gastronomia japonesa não é feita somente de sushi. O sashimi também é muito lembrado (e comido!). O sashimi é uma iguaria composta por pequenos pedaços de peixe ou outros frutos do mar crus, servidos com seus principais molhos e condimentos, como o shoyu, wassabi e gengibre. E já que falamos sobre o significado do sushi, a palavra sashimi significa carne (mi) furada (sashi). Isso se deve ao fato de que, durante a pesca, os peixes levavam um golpe na cabeça e eram colocados no gelo para manter o frescor. Nos dias de hoje as câmaras frias dos restaurantes fazem essa função de conservação, por isso é fundamental escolher com cuidado o local onde sua refeição japonesa será consumida, de modo que o armazenamento correto e os cuidados com a higiene sejam garantidos.
Aliás, esses cuidados devem ser mantidos com todos os preparos, e na cozinha coreana não é diferente, pois os pratos mais comuns ainda levam peixes e frutos do mar, como camarão, caranguejo, marisco, ostras e lula, e vegetais, frescos ou em conserva, acompanhados de arroz. Como o clima em grande parte da Ásia é rigoroso nos invernos, as preparações devem ser feitas para garantir sua conservação durante todo o inverno. Como temperos, são utilizados pimenta vermelha, molho de soja, vinagre de arroz, alho, cebolinha, gengibre, sal, açúcar e óleo de gergelim. As frutas também fazem parte da sobremesa coreana. Tradicionalmente, elas eram servidas antes das refeições, o que pode ter colaborado para o fato da cozinha coreana não ter uma tradição na confeitaria.
Você sabia que a pimenta foi levada do Brasil para a Tailândia pelos portugueses, na época da colonização? Isso provocou uma verdadeira revolução nessa cozinha, que hoje não vive sem as atuais pastas de curry. Geralmente, elas são desenvolvidas com folhas, raízes, ervas, muitas pimentas, pasta de camarão e legumes aromáticos. Com tantos ingredientes na sua composição, as camadas de sabores presentes provocam uma verdadeira festa em nossas papilas gustativas. E para finalizar falando um pouco mais sobre os curries, existem quatro tipos de pasta mais comuns: o curry vermelho, o verde, o massaman e o panang. E por ser uma cozinha de aromas e sabores frescos, os principais ingredientes utilizados são o coentro (folhas e raiz), o coco (fresco e seu leite), o molho de peixe chamado nam pla, camarão seco e em pasta, macarrão feito de arroz ou trigo, arroz jasmim (perfumado e de grãos longos) e a pimenta Sriracha.
História da Gastronomia Tailandesa e suas referências
Essas três cozinhas são realmente muito saborosas! E com tantos sabores, vamos entender como eles aparecem nos seus mais conhecidos pratos?
No Japão, o arroz e o peixe andam sempre juntos e vamos conhecer melhor esta proteína. Os peixes mais utilizados de carne escura são o atum, nativo de águas tropicais e rico em ômega 3, e o salmão, também rico neste nutriente, é geralmente criado em cativeiro no Chile e na Noruega. Já os peixes brancos possuem como principal característica um baixo conteúdo calórico, o que traz mais leveza aos pratos e facilita a digestão. Os peixes de mar são mais consumidos, por terem o sabor mais suave e a carne mais rígida, e concentrarem mais nutrientes. Na próxima aula, você vai conhecer algumas técnicas e utensílios para o preparo de sushis e sashimis variados, e inclusive do arroz, cujo preparo é bem diferente do nosso. Mas a cozinha japonesa também é rica nos pratos quentes, como os rámens, sopas que utilizam macarrão, alguns vegetais e carnes, e os tempurás, legumes ou carnes empanados e fritos. Alguns desses pratos aparecem também no café da manhã.
Agora pense em como seria começar seu dia comento uma porção de kimchi, a conserva coreana apimentada. Geralmente é feita com acelga fermentada, muita pimenta, gengibre e alho. Pode levar também rabanete e molho de peixe. Por ser uma conserva, tem uma longa durabilidade, mas os grandes vidros de kimchi não costumam ficar muito tempo nas prateleiras. Isso porque essa iguaria é o principal acompanhamento de todos os pratos coreanos. Embora também seja consumido sozinho. Tão comuns quanto as conservas, as marinadas também estão presentes nos preparos de carnes na cozinha coreana. Geralmente feitas com alho, molho de soja e gengibre, trazem sabores especiais a diversos pratos, como o bulgogui, que já apareceu por aqui. Esse prato é composto por tiras de carne bovina que são assadas na mesa do cliente nos restaurantes ou em casa mesmo. Uma chapa quente é colocada no centro da mesa e a cocção acontece ali, na frente de todos, sendo este mais um prato para ser compartilhado.
E por fim, na Tailândia, o prato que melhor representa a junção de macarrão com os molhos picantes, é o pad thai. O prato mais famoso da cozinha tailandesa aparece tanto nas barraquinhas de rua quanto nos restaurantes mais sofisticados, dentro e fora do país. E essas características colaboram para que não haja uma só forma de preparar. A base dele é composta por macarrão salteado, carne bovina, camarões, tofu (queijo de soja) ou vegetais diversos. A finalização fica por conta do amendoim, para trazer uma nova textura, folhas de coentro e gomos de limão. Os molhos picantes, em suas diversas cores e sabores, são servidos sem parcimônia.
Nesta aula você conheceu os principais conceitos e aplicações das cozinhas japonesa, coreana e tailandesa. Nas próximas aulas, vai conhecer mais sobre outros pratos e suas técnicas.
Saiba mais
Como em outros países asiáticos, a comida de rua da Coreia é muito variada. Essa reportagem mostra alguns canais do YouTube para você conhecer e escolher quais vai querer provar na sua viagem à Coreia. Se ainda não pensou nisso, é hora de começar a montar seu roteiro! 10 canais no Youtube para quem ama comida de rua coreana.
Aula 2 Gastronomia Japonesa
Introdução
Você consegue se lembrar de quais países já conhecemos nessa viagem incrível pelo continente asiático? Rússia e China foram nossa primeira escala. E a partir de agora, conheceremos a gastronomia do Japão, da Coreia e da Tailândia. A aula de hoje é inteiramente dedicada à gastronomia japonesa. Considerada uma arte desde os tempos dos samurais, ela realmente encanta mundo afora, tanto que existem adaptações em diversos países por onde ela passa.
Os pratos mais conhecidos da gastronomia japonesa são o sushi e o sashimi, e por isso vamos conhecer as técnicas e os utensílios para prepará-los. Além disso, para lembrar que a cozinha japonesa é rica e não se limita somente aos pratos com arroz e peixes crus, passaremos também por algumas frituras e sobremesas.
Vamos lá?
Preparações práticas: Principais técnicas e utensílio para preparo de sushi, Sushis e sashimis variados
Se você é fã de sushis e sashimis, pense em quantas variedades deles existem. E quantos você já comeu? 
Vamos lembrar a origem da palavra sushi: significa arroz (shi) ácido (su). Ou seja, o arroz é o ingrediente básico para seu preparo. O consumo de arroz branco no Japão começa no século XVIII, mas somente após a Segunda Guerra Mundial, ele se transforma no principal alimento do povo japonês. Atualmente, verifica-se uma queda no consumo do arroz no Japão, em
função da influência da cultura ocidental no país, e o consumo do pão vem ocupando esse espaço.
Voltando ao sushi, você vai precisar de alguns utensílios para produzi-los. E o principal “utensílio”, já temos: as mãos. Além delas, precisamos de uma tábua de corte (de polietileno), de uma esteirinha de bambu (veja como ela é na figura logo a seguir), uma faca de sashimi (possui a lâmina mais longa e fina) e travessas para prepararmos a mise en place e acomodar nossos ingredientes: peixe, arroz, folhas de alga (nori), gergelim, wasabi (raiz forte), gari (conserva de gengibre) e os demais ingredientes que você utilizar.
O arroz utilizado na gastronomia japonesa é diferente do que comemos no dia a dia e é chamado de arroz tipo japonês (grão curto). Após o cozimento, ele fica mais “empapado” e precisa ser assim para conseguirmos modelar com as mãos ou na esteirinha. O arroz puro se chama gohan, e o temperado para o sushi é o shari. E para temperar o arroz é simples: o molho su é composto por uma parte de açúcar e uma parte de vinagre de arroz. Ele deve ser aquecido comente até dissolver o açúcar. Na sequência, resfriamos esse molho e misturamos no arroz, na proporção de quatro partes de arroz para uma de molho. 
Existem tipos diferentes de sushis. O makizushi é qualquer tipo de sushi enrolado com alga marinha e arroz. Quando ele é enrolado fino com a alga por fora, chamamos de hossomaki. E quando é enrolado grosso com a alga por dentro, é o uramaki. 
O nigiri é o sushi moldado a mão e é considerado o “sushi da era moderna”. Ele leva uma fatia de peixe ou outro pescado em cima, e em alguns casos, há uma espécie de pequena cinta de nori (alga).
A figura a seguir mostra, da esquerda para a direita: nigiri, uramaki, hossomaki e novamente o uramaki.
Por fim, o sashimi não leva arroz. São pequenos pedaços de peixe cru ou outros frutos do mar servidos geralmente com shoyu (molho de soja) ou conserva de gengibre.
É importante saber que, embora os sushis e sashimis simbolizem a cozinha japonesa pelo mundo, ela não é feita somente deles. Vamos conhecer outras produções?
Preparações práticas: Miso Ramen, Tempurá e outras frituras típicas.
Pode parecer estranho pensarmos que a gastronomia japonesa também é rica em pratos quentes. Aliás, bem quentes! Um exemplo disso são os ramens (ou lamens). Na verdade, são sopas compostas por:
· 
· Caldo a base de carne de porco ou de miso (pasta de soja japonesa fermentada).
· Miojo, que é o tipo de macarrão tradicional japonês, que deve ter consistência elástica.
· Toppings, que são as coberturas que finalizam este prato e podem ser variadas, com ovo, broto de feijão, carne de porco, milho, entre outras.
Como o ramen é um prato muito tradicional, ele acaba assumindo diferentes receitas de acordo com a região ou a família que o produz. E um prato tão rico como esse, nos lembra dos cinco pilares da gastronomia japonesa, que são:
1. 
1. Cinco sentidos: o ritual gastronômico japonês requer que o prato e todo seu serviço envolvido sejam apreciados pelo paladar, olfato, tato, visão e audição.
2. Cinco cores: branco, preto, vermelho, verde e amarelo são cores que fazem referência ao budismo, e são esperados nas refeições.
3. Cinco sabores: devem estar presentes nos pratos os sabores doce, salgado, azedo, amargo e umami, que significa “delicioso” e é encontrado em peixes, laticínios e legumes, e provoca salivação quando em contato com outros sabores. 
4. Cinco maneiras: diz respeito aos métodos de preparação, como cozido, frito, cru, cozido no vapor e assados e grelhados.
5. Cinco atitudes: são as atitudes budistas que devem ser respeitadas no momento da refeição (reflexão sobre o trabalho realizado até a comida chegar a você, reflexão sobre ser merecedor da refeição, livrar-se do egoísmo e da ganância ao saborear sua refeição, considerar o alimento como um remédio para a saúde do corpo, aceitar os alimentos para cumprir a tarefa de iluminação).
Outro exemplo da cozinha quente japonesa é o tempurá. Mas engana-se quem pensa que ele é japonês. O tempurá tem sua origem em Portugal, mas acabou se transformando num símbolo da cozinha quente no Japão. Trata-se de pedaços de vegetais ou carnes, geralmente peixes e frutos do mar, envoltos num polme (massa de empanamento) e fritos rapidamente em óleo bem quente. Os tempurás podem se transformar em verdadeiras esculturas comestíveis. E agora, prepare sua faca, pois vamos começar algumas receitas.
Preparações práticas de sobremesas: Castella, Furutsu Sando e Dorayaki
Vamos aplicar os conhecimentos dessa aula e transformá-los numa deliciosa refeição?
Começamos com o sushi. 
Depois vamos à receita do rámen a base de caldo de porco. 
Por fim, vamos aprender a fazer furutsu sando, uma sobremesa japonesa a base de frutas, creme batido e shokupan, o pão japonês macio.
Ingredientes para o shari (arroz de sushi):
· 
· 200 g de arroz japonês curto
· 200 g de água
· 40 ml de vinagre de arroz
· 40 g de açúcar
Outros ingredientes: 
· 
· 5 folhas de alga marinha torrada (nori)
· 1 pepino japonês cortado em tiras finas 
· 100 g de salmão fresco cortado em tiras finas 
· 50 ml de shoyu (molho de soja) para acompanhamento
Preparo do shari:
1. 
1. Lave os grãos em água corrente, pelo menos três vezes, até a água ficar transparente.
2. Leve o arroz e a água para a panela até o grão ficar macio.
3. Após cozinhar, tampe a panela e aguarde mais 15 minutos. 
4. Retire da panela e espalhe numa superfície para que ele resfrie.
5. Aqueça o vinagre com o açúcar até dissolver e resfrie.
6. Misture o molho com o arroz.
Preparo do sushi:
1. 
1. Coloque na esteira a folha de alga.
2. Espalhe uma porção de shari sobre ela.
3. Coloque fatias de pepino e de salmão comente no começo. 
4. Vá enrolando com a ajuda da esteirinha até ficar um cilindro bem firme.
5. Corte cada sushi com 3 cm de largura.
6. Sirva com molho shoyu.
Ingredientes para o caldo:
· 
· 1 kg de ossos de porco ou cabeça de porco
· 1 cebola
· 1 cenoura
· 2 cogumelos shiitake secos
· 2 dentes de alho
· 1 maço de cebolinha
· 3 cm de pedaço de gengibre fresco
· 2 l de água
Ingredientes para o ramen:
· 
· 500 g de macarrão japonês
· 500 g de lombo de porco
· 100 ml de shoyu
· 30 ml de melado de cana
· QB sal e pimenta do reino
· 150 g de broto de feijão
· 4 ovos de gema mole (cozidos por 6 minutos)
Preparo: 
1. 
1. Comece pelo caldo, levando os ingredientes para cozinhar. Se quiser mais sabor, toste os vegetais no forno por 15 minutos e acrescente na água fervente.
2. Faça cortes na gordura da carne de porco, tempere com sal e pimenta e leve para grelhar.
3. Adicione a carne de porco nesse caldo e deixe cozinhar por 30 minutos.
4. Cozinhe o macarrão até ficar macio e reserve.
5. Retire a carne de porco e passe a mistura de melado e shoyu e volte mais um pouco para grelha.
6. Monte pratos individuais com o macarrão, despeje o molho fumegante sobre ele e acrescente o ovo, fatias da carne e finalize com broto de feijão.
Ingredientes: 
· 
· 10 fatias de pão shokupan
· 150 ml de creme de leite fresco
· 15 g de açúcar
· QB morangos
· QB kiwi
· QB banana
Preparo:
1. 
1. Misture o creme de leite com o açúcar e bata na batedeira ou com um fouet até formar um creme firme.
2. Corte as frutas em rodelas ou pedaços pequenos.
3. Coloque um pouco do creme e algumas fatias de fruta. 
4. Dobre a fatia do shokupan ao meio, em formato de triângulo, e use as costas de uma faca para selar bem uma das áreas que ficaria aberta.
5. A outra parte pode ficar aberta para que o recheio apareça.
6. Sirva bem gelado.
Saiba mais
A gastronomia japonesa é uma arte milenar e sua etiqueta deve ser respeitada. Nesse vídeo, a chef Telma Shiraishi nos ensina sobre como devemos nos portar à mesa da forma correta numa refeição japonesa. Saiba mais assistindo ao vídeo Etiqueta: como comer comida japonesa sem passar vergonha. 
Aula 3 Gastronomia Coreana
Introdução
Nossa viagem pela cozinha asiática está cada vez mais interessante. Já carimbamos nossos passaportes em três países e conhecemos as cozinhas da Rússia, da China e do Japão.
Agora é hora de
conhecer outra cozinha tão interessante quanto essas: a coreana.
E quando se fala com cozinha coreana, alguns pratos são lembrados quase que de imediato! E o principal deles certamente é o kimchi, que traduz a milenar arte da conservação dos alimentos por meio da fermentação. Além disso, as pimentas e diversos outros condimentos são muito presentes nas preparações coreanas.
Agora chegou a hora de conhecer mais sobre essa cultura e sua gastronomia, e aprender novas receitas. Vamos lá?
Preparações práticas: Principais Entradas e Kimchi
Há alguns anos, a gastronomia coreana era pouco conhecida, mas este cenário tem mudado. Por ser uma cozinha com pouca gordura, saudável, rica em proteínas animais e vegetais e com alimentos fermentados, tem chamado a atenção de críticos e apreciadores em diversos países.
A Coreia sofre forte influência da gastronomia da China e do Japão, tendo em seus principais pratos características de seus vizinhos asiáticos. Mesmo com essas influências tão presentes até hoje, a cozinha coreana possui algumas peculiaridades próprias, e o uso de pimentas e condimentos é uma delas. Partindo de pratos de sabores sutis até os mais apimentados, a mistura de doce, salgado, amargo, azedo e principalmente picante, pode ser observada e sentida com frequência.
A alimentação do povo coreano tem como base o arroz, que aparece como complemento de diversas preparações. Além dele, outros grãos como soja e cevada também estão presentes no dia a dia. Há diversos legumes e verduras que fazem parte dos cardápios coreanos. A carne mais consumida é a bovina no sul do país, e a de porco no norte. Os frutos do mar são constantes em alguns pratos. 
Um dos pratos que mais representa essa mistura de ingredientes, em que todos eles têm seu espaço e trazem personalidade à preparação, é o bibimbap, cuja receita você verá logo mais. 
Vamos começar com o kimchi, o prato coreano mais consumido em todo o mundo.
Ele é feito, geralmente, com acelga, mas outros vegetais também são usados, como rabanete, repolho ou nabo. Trata-se de uma conserva bastante apimentada e que acompanha todas as refeições dos coreanos: café da manhã, almoço e jantar. 
Além disso, os banchans fazem parte de todas as refeições, pois acompanhamentos feitos de vegetais, geralmente servidos em pequenas travessas.
Não há receita certa para os banchans. Praticamente todo legume ou toda verdura pode ser utilizado para seu preparo, desde que bem condimentado e, geralmente, muitos deles também são fermentados. 
Mas esse é só o começo da gastronomia coreana. Vamos conhecer mais sobre ela?
Preparações práticas: Bibimbap, Bulgogi, Jjajjangmyun e Songpyeon
Como você percebeu, as conservas, além de serem alimentos do cotidiano coreano, são também culturalmente importantes para o país, tanto que nas guerras os soldados carregavam latinhas de conservas de vegetais. Era uma forma de garantir que saciariam a fome a qualquer momento. Até os dias atuais as conservas são feitas em família, no final do outono, para que todos fiquem abastecidos durante o inverno.
A carne bovina tem seu lugar de destaque na gastronomia do sul do país, e por isso um dos seus pratos mais emblemáticos é o bulgogui, ou o churrasco coreano. E não é só aqui no Brasil que a carne é preparada no momento em que será degustada. Na Coreia, as tiras de carne bovina são cortadas finamente e assadas na mesa do cliente sobre uma chapa bem quente, perfeito para ser compartilhado num dia frio, acompanhando por arroz e banchans. Aliás, como o clima coreano costuma ser bem frio, os pratos quentes ajudam a manter a temperatura das pessoas.
Outro prato comum na Coreia é o jjajjangmyun. O nome do prato é difícil! É composto por macarrão com carne suína ou frango e uma pasta de feijão preto, que dá essa cor ao prato.
E como já falamos anteriormente, as frutas eram servidas antes das refeições, e talvez por este motivo a confeitaria coreana não é tradicional. Mas de suas sobremesas estão o kyungdan, famosos bolinhos de arroz recheados de açúcar mascavo e mel, e a hotteok, panqueca coreana bastante consumida como comida de rua. Vamos às receitas?
Preparações práticas de sobremesas: Kyungdan, Hotteok e Yaksik
Vamos agora aprender a fazer as mais famosas receitas coreanas?
Começamos com o kimchi, a tradicional conserva de acelga apimentada.
Depois vamos conhecer o preparo do bibimbap, um verdadeiro “mexido” de ingredientes, que leva o arroz como base e acompanha uma série de vegetais, carne e até um ovo.
E por fim, é hora da sobremesa: kyungdan, bolinhos de arroz recheados de açúcar mascavo e mel.
Ingredientes:
· 
· 1 pé de acelga
· ½ xícara de sal
· 2 xícaras de água
· 6 dentes de alho
· 5m de gengibre
· 2 colheres de molho de peixe
· 1 xícara de nabo descascado e cortado em tiras
· 1 xícara de rabanete cortado em tiras
· 1 xícara de cebolinha cortada em tiras
· ½ colher de sal
· ½ colher de açúcar
· 2 colheres de pimenta vermelha coreana em flocos
Preparo: 
1. 
1. Lave o pé de acelga sem retirar as folhas. 
2. Corte o pé de comprido e depois corte novamente, tendo cuidado para manter a base e as folhas não se desprenderem.
3. Dissolva metade do sal e água e mergulhe rapidamente as folhas nessa mistura e retire.
4. Espalhe o restante do sal nas folhas e deixe descansar por pelo menos 2 horas.
5. Bata no liquidificador o alho, gengibre e molho de peixe. Misture com o açúcar, açúcar, pimenta, cebolinha, rabanete e nabo. Misture bem.
6. IMPORTANTE: nesse momento, calce luvas de borracha, pois essa mistura de pimenta pode machucar suas mãos.
7. Passe essa mistura de pimenta em todas as folhas da acelga. O molho que sobrar deverá ser colocado por cima. Coloque em potes altos de vidro com tampa. 
8. Deixe em temperatura ambiente por 24h e depois mantenha refrigerado. Para que esteja bem saboroso, consuma depois de, pelo menos, três dias.
Ingredientes:
· 
· 100 g de arroz branco japonês cozido
· 50 g de contrafilé limpo 
· 1/2 pepino japonês em tiras
· 4 cm de nabo (daikon) em tiras 
· 50 g de broto de feijão 
· 50 g de cenoura em tiras
· 50 g de abobrinha em tiras
· 5 unidades de cogumelo shitake 
· 2 folhas de alface crespa cortadas em tiras
· 1 ovo
· Q.B. óleo de soja
· Q.B. óleo de gergelim para finalizar
· Q.B. shoyou
· Q.B. sal
· Q.B. pimenta do reino
Preparo:
1. 
1. Aqueça uma frigideira com óleo de soja. Salteie rapidamente os seguintes ingredientes, um por vez, temperando com sal e pimenta, e reserve: abobrinha, cenoura, shitake e nabo.
2. Salteie a carne e tempere com sal e pimenta.
3. Mergulhe o broto de feijão rapidamente em água fervente. Retire e reserve.
4. Numa tigela, coloque o arroz cozido por baixo e acrescente uma porção de cada ingrediente, circulando a partir do centro. 
5. Frite um ovo e acrescente no centro da tigela.
6. Finalize com óleo de gergelim e shoyu.
Ingredientes para a massa:
· 
· 240 g de farinha de arroz
· 3 g de sal
· Q.B. água quente
· 15 ml de óleo de soja
Ingredientes para o recheio:
· 
· 50 g de gergelim torrado 
· 40 g de açúcar mascavo 
· 20 g de farinha de soja 
· 15 ml de mel
Preparo: 
1. 
1. Misture o recheio e reserve.
2. Numa outra travessa, misture a farinha de arroz e o sal, e acrescente água quente aos poucos, até formar uma massa que não grude mais nas mãos.
3. Caso deseje, acrescente diferentes corantes alimentícios para dar cor às massas.
4. Separe em esferas de 30 g cada.
5. Abra na palma da mão e recheie com uma colher de recheio. 
6. Feche as bordas formando uma esfera novamente.
7. Cozinhe por 6 minutos em água fervente e coloque direto na água com gelo para esfriar.
8. Numa travessa, misture água com o óleo e banhe as esferas. 
9. Para decorar, passe a esfera no gergelim torrado.
Saiba mais
Já ouviu falar no soju? É a bebida destilada mais consumida na Coreia, produzida com arroz e outros grãos. Essa matéria traz várias curiosidades sobre o soju. Soju: história e curiosidades sobre essa bebida coreana. 
Aula 4 Gastronomia tailandesa
Introdução
Nesta aula vamos conhecer mais um país que faz parte do continente asiático e possui uma gastronomia tão especial
quanto suas lindas praias: a Tailândia.
Um país que leva como lema ter a gastronomia como arte de viver tem muito a nos oferecer. Os sabores picantes tomam conta dos pratos, especialmente nos molhos e nas pastas de pimenta. E o curry é o personagem principal dessa mesa colorida.
Mas não se preocupe! Se o prato principal é um incêndio, a sobremesa é um verdadeiro extintor. Sobremesas refrescantes e aveludadas ajudam a “apagar” um pouco dessa picância, mas você jamais esquecerá os sabores tailandeses.
Vamos conhecer mais sobre essa cultura e sua gastronomia?
Preparações práticas: Principais Entradas e saladas típicas
A Tailândia é conhecida mundialmente pelas suas praias, que já serviram de cenário para diversos filmes. Desde que isso começou a acontecer, o país que está localizado no meio do continente asiático passou a despertar curiosidade também sobre sua gastronomia. 
O arroz tem sido por décadas seu principal produto de exportação agrícola e também o mais consumido no país. Isso se justifica por sua geografia e clima serem ideais para essa cultura. Esse cereal é tão importante na Tailândia que é associado aos deuses, sendo inadmissível sobrar arroz no prato para ser descartado.
Uma característica marcante na Tailândia é que os pratos são sempre compartilhados. Cada indivíduo pede um prato e todos compartilham. Então, num grupo de cinco pessoas, haverá cinco pratos diferentes para serem compartilhados. Há quatro sabores que aparecem em praticamente todos os partos tailandeses: salgado, doce, picante e azedo. A pimenta é a estrela principal, mas grande parte dos restaurantes tailandeses no país e fora dele adaptam seus cardápios para paladares ocidentais, ou seja, reduzem principalmente a quantidade de pimenta.
A apresentação da comida tailandesa merece destaque. Pratos vibrantes e coloridos mostram toda a beleza e sabores que vêm pela frente, e as cores quentes das pimentas estão sempre presentes, principalmente nos molhos. Um exemplo é a tom kha gai, a sopa de frango com leite de coco.
A presença do leite de coco é marcante na cozinha tailandesa, nos pratos principais e nas sobremesas também. Sua gordura ajuda a aliviar a picância dos pratos.
A salada de mamão verde é uma das entradas mais refrescantes desse país ensolarado. Mas não se engane: vai ter pimenta, e não será pouca. Além dessa, outras entradas, como a salada de manga, também aparecem no início das refeições ou acompanhando os pratos principais. E geralmente a manga a ser utilizada ainda está verde, o que garante mais ardência ao prato. O amendoim finaliza a maioria das preparações para trazer crocância e mais uma camada de sabor. 
Você já percebeu a riqueza da cozinha tailandesa. Agora vamos nos aprofundar.
Preparações práticas: Phad Tai, Khao pad, especiarias e Curry
Quando falamos sobre a gastronomia tailandesa, imediatamente lembramos de seus molhos apimentados. A Tailândia possui pratos molhados, com caldos espessos e muito saborosos em função do curry utilizado. Essa pasta tem a pimenta como base, mas sua ardência pode vir também de outros dois ingredientes usados em abundância: o alho e o gengibre. Muitas especiarias e ervas como cominho, cravo, raiz de coentro, noz moscada, molho de peixe (chamado de nam pla), cardamomo, louro e outras trazem ainda mais sabor e cor aos pratos. Para fazer o curry, os tailandeses costumam dizer que não existe segredo, mas cada família possui sua receita favorita, tendo esses ingredientes como base. Misturados aos caldos ou leite de coco, o curry “incendeia” os pratos tailandeses, que geralmente são acompanhados de uma porção de arroz. 
Para manter o clima tropical, a apresentação costuma utilizar ervas frescas, amendoim e muitos pratos são servidos em folhas de bananeira e dentro de frutas, como acontece com o khao pad, um arroz frito que pode ser acrescido de camarão, carne de porco, frango, vegetais e outras variações. E para incrementar ainda mais a mesa, ele pode ser servido dentro do abacaxi.
Outro prato ainda mais conhecido na Tailândia, que você vai aprender a receita logo mais, é o pad thai. Composto por um macarrão de arroz, é leve e fica elástico após cozido. O molho feito com a pasta de curry é marcante e pode ser acrescido de diversas proteínas: frango, porco e principalmente frutos do mar.
As frutas aparecem como sobremesa, e têm o papel tanto de refrescar e aliviar o paladar de toda a pimenta consumida, e também decora outras sobremesas. Algumas vão à mesa esculpidas. A mesa tailandesa, como você percebeu, é colorida e saborosa do começo ao fim. Talvez seja por isso que o país encanta turistas do mundo todo há décadas.
Agora que você já conheceu as principais características, está na hora de conhecer as receitas. Vamos lá?
Preparações práticas de sobremesas: Arroz Doce com manga Tailandês, Torta de Coco Tailandesa e Leite Creme Tailandês
Vamos agora aprender a fazer as mais famosas receitas coreanas?
Começamos com a pasta de curry vermelho, uma das misturas mais utilizadas na cozinha tailandesa.
Na sequência, temos o yum som thum, ou salada de mamão verde.
Depois vamos conhecer o preparo do pad thai, o prato mais emblemático da Tailândia, composto por macarrão de arroz frito, molho e uma proteína.
O kao pad, o apreciado arroz frito tailandês, não poderia ficar de fora.
E para finalizar, uma sobremesa que você já viu pelo Brasil afora, mas sua origem é asiática: o arroz doce com manga tailandês.
Ingredientes:
· 
· ¼ de xícara de alho fresco
· Pitada de canela em pó
· 2 colheres (sopa) de capim santo
· ½ colher (chá) de casca de limão tahiti
· ¼ xícara (chá) cebola roxa
· 2 colheres (chá) de cominho
· 2 unidades de cravo-da-índia
· ½ colher (chá) de gengibre
· Pitada de noz moscada (ralada na hora)
· 1 colher (chá) de pasta de camarão
· 10 unidades de pimenta do reino em grão
· 10 unidades de pimenta vermelha seca
· 2 colheres (chá) de raiz de coentro fresco
· 1 colher (sopa) de semente de coentro
 Preparo:
1. 
1. Torre e moa os ingredientes secos.
2. Passe os ingredientes frescos e a pasta de camarão pelo processador
3. Acrescente os ingredientes secos já moídos.
4. Processe bem até obter uma mistura homogênea. Se necessário, acrescente um pouco de água ou leite de coco para deixar a pasta mais cremosa.
Ingredientes:
· 
· 400 g de mamão verde cortados em julienne asiática (tiras muito finas)
· 50 g de vagem corda pré-cozida
· 50 g de tomate cereja
· 20 g de amendoim torrado
· 10 g de açúcar mascavo
· 1 dente de alho
· 1 pimenta dedo-de-moça
· 20 g de molho de peixe (nam pla)
· 10 g de camarão seco
· Suco de ½ limão 
· Q.B. folhas de coentro para decorar
Preparo:
1. 
1. Corte o alho e a pimenta dedo-de-moça (mantenha as sementes) e misture bem com o suco de limão, molho de peixe, e o açúcar. Reserve.
2. Misture o mamão, a vagem, o camarão, o tomate e parte do amendoim. Adicione o molho a gosto e refrigere.
3. Sirva a salada gelada, com amendoim e folhas de coentro inteiras para decorar.
Ingredientes para o molho:
· 
· 15 ml de molho de soja (shoyu)
· 15 ml de molho de peixe (nam pla)
· 50 g de açúcar cristal
· 20 ml de suco de tamarindo bem concentrado
· 20 ml de vinagre de arroz
· 5 g de pimenta calabresa em flocos
Ingredientes para o pad thai:
· 
· 100 g de talharim de arroz 
· 30 ml de óleo de milho
· 1 dente de alho
· 100 g de camarão fresco e limpo
· ½ pimenta dedo de moça 
· 150 ml de água fervente
· 100 g de broto de feijão
· Q.B. ceboulette para decorar
· Q.B. amendoim sem pele para decorar
Preparo do molho:
1. 
1. Misture todos os ingredientes.
2. Aqueça até o açúcar dissolver por completo e reserve.
Preparo do pad thai:
1. 
1. Hidrate o talharim em água quente até ficar flexível.
2. Passe por água gelada e reservar.
3. Numa wok, salteie o camarão no óleo. Reserve.
4. Acrescente os outros ingredientes (exceto o amendoim e a ceboulette para decorar), junte o macarrão e deixe cozinhar.
5. Junte parte do broto de feijão e da ceboulette em tiras de 4 cm e misture.
6. Sirva decorando com o restante do broto de feijão, da ceboulette e do amendoim.
Ingredientes: 
· 
· ½ abacaxi

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