Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Yahanna Estrela Medicina – UFCG CIRURGIA AMBULATORIAL INFECÇÕES CIRÚRGICAS I ASSEPSIA E ANTISSEPSIA Aspectos gerais e definições importantes HISTÓRIA ✓ Pus saudável - século XIX; ▪ Pus: é o resultado final da ação das células de defesa, os glóbulos brancos, contra as bactérias que estão causando uma infecção; ▪ Abscesso: é uma “bolsa” criada pelo corpo, especificamente para “guardar o pus. Faz parte da defesa do organismo, porém também dificulta a chegada de antibióticos e novos glóbulos brancos. Muitas vezes deve ser drenado cirurgicamente para que se possa curar a infecção de forma definitiva; ▪ Empiema: é a acumulação de pus que ocorre em cavidades naturais do corpo, como nas pleuras, nas meninges, nas articulações, na vesícula, etc. ✓ Cirurgiões operavam com as mãos desenluvadas; ✓ Esponjas limpavam ferimentos de vários pacientes; ✓ Pó de serragem cobria o chão. O QUE É CIRURGIA? ✓ Procedimento: procedimentos que envolvem o corte ou a sutura manual de tecidos para tratar doenças, lesões ou deformidades; ✓ Especialidade médica. QUAL A FINALIDADE DA CIRURGIA? ✓ Terapêutica (funcional ou estética): o Retirada de amigdalas; o Enxerto de pele. ✓ Diagnóstica: o Laparotomia exploradora. ABRANGÊNCIA DA CIRURGIA ✓ Geral; ✓ Especializada. CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA QUANTO À PRESENÇA DE GERMES ✓ Limpa (asséptica); ✓ Potencialmente contaminada; ✓ Contaminada; ✓ Infectada. CIRURGIA LIMPA (ASSÉPTICA) ✓ Não houve abertura de cavidade e/ou órgãos; ✓ Não houve lesão do trato gastrointestinal, urinário ou respiratório; ✓ Feridas não-traumáticas; ✓ Cumpriram-se os princípios de antissepsia e assepsia; ✓ Não se usa antibioticoprofilaxia. ✓ Exemplo: prótese mamária, neurocirurgias, cirurgia vascular, retirada de sinais. CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA ✓ Houve lesão do trato gastrointestinal, urinário ou respiratório; ✓ Contaminação ínfima ou por muito curto período; ✓ Cumpriram-se os princípios de antissepsia e assepsia; ✓ Não se usa antibioticoprofilaxia; ✓ Exemplo: abertura do ducto cístico na colecistectomia; histerectomia transabdominal (abertura da parede vaginal, deixando o meio interno exposto), cirurgias cardíacas prolongadas com circulação extracorpórea. Cirurgias limpas e potencialmente contaminadas em que se deve administrar profilaxia ▪ Hérnia multirecidivada com ou sem tela; ▪ Esplenectomia; ▪ Uso de próteses e órteses; ▪ Pacientes imunossuprimidos, neutro- pênicos, diabéticos descompensados, de risco cirúrgico elevado (cefalosporina 3ªG). CIRURGIA CONTAMINADA ✓ Houve contaminação do trato gastrointestinal, urinário ou respiratório; ✓ Feridas traumáticas com mais de seis horas; ✓ Deve-se administrar antibioticoprofilaxia; ✓ Exemplo: cirurgia de cólon; cirurgia das vias biliares em presença de obstrução biliar; debridamento de queimaduras; cirurgia duodenal por obstrução duodenal; cirurgia gástrica em pacientes hipoclorídicos (câncer, úlcera). Cirurgias contaminadas em que não há necessidade de administrar profilaxia ▪ Abscessos localizados drenados em pacientes estáveis ▪ Cirurgias proctológicas (ex.: hemorroidas). o Geralmente cicatrização de 2ª intenção. CIRURGIAS INFECTADAS ✓ Presença de pus; ✓ Drenagem de abscesso; ✓ Vísceras perfuradas; ✓ Feridas traumáticas com grande contaminação; ✓ Deve-se administrar antibioticoterapia; ✓ Não se deve fechar aberturas infectadas, para não formar abscessos. ✓ Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus; cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon; nefrectomia com infecção; presença de vísceras perfuradas, fraturas expostas. Na fratura exposta ocorre perda da integridade do periósteo com contato e exposição ao meio externo. Também pode ocorrer exposição para cavidades contaminadas, como a boca, o tubo digestivo, vias aéreas, vagina e ânus. Luxação é uma lesão que faz com que as extremidades dos seus ossos não se posicionem dentro de uma articulação. A abordagem é reposicionar o osso na articulação. Fratura em “open book” é um tipo de fratura pélvica, na qual há grande afastamento dos ossos púbicos e pode ocasionar perda de 1000 a 4000mL. o Perda sanguínea na fratura de fêmur: 1000 a 2000 mL o Perda em fratura de perna: 750 mL o Perda em fratura de antebraço: 500 a 750 mL o Perda em fratura de úmero: 500 a 750 mL A necrose pode ser isquêmica ou não, no último caso, provavelmente, quando houver ausência de pulsação. Quando se faz um procedimento de amputação e há sangramento, é um bom sinal, pois implica dizer que ainda há circulação e que o membro ainda é viável. Pode acontecer de não sangrar e o acometimento já estar mais próximo da raiz do membro. Enxerto e Retalhos ▪ Enxerto: é um pedaço de pele retirada de uma área corpórea – a área doadora –e transferida para outra área, a receptora, sem nenhum pedículo de comunicação entre elas. Só mais tardiamente desenvolve vascularização própria, restabelecendo, assim, um novo suprimento sanguíneo. Tecido de granulação → enxerto. ▪ Retalho: é o segmento da pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, que será movido de uma área (doadora) para outra (receptora), com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica. Existe uma comunicação do retalho com a área doadora por meio de um pedículo, o que garantirá sua sobrevivência. Se existe vaso, osso, tendão → coloca-se retalho e não enxerto. CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA QUANTO AO PERÍODO DE REALIZAÇÃO ✓ Eletiva: tratamento cirúrgico que pode aguardar pelo melhor momento, conforme indicação e avaliação médica. o O adiamento dessas operações não oferece grandes riscos de vida ou agravo de patologias. o A mamoplastia reparadora é um exemplo, assim como o tratamento para hérnia abdominal – que se forma por causa de fraqueza ou orifícios na musculatura. ✓ Urgência: A retirada cirúrgica de cálculos renais (pedras nos rins) e a apendicectomia são tipos de operações de urgência. o Elas até podem não ser feitas imediatamente, mas o adiamento não deve ultrapassar 24 ou 48 horas. o Dependendo do procedimento, o paciente pode precisar de internação enquanto aguarda pela cirurgia. ✓ Emergência: aqui são enquadradas as situações críticas, com grave risco à vida do paciente e que precisam de cirurgia imediata. o Ferimentos por arma de fogo, queimaduras de longa extensão e outras lesões que causem sangramento contínuo estão entre as principais emergências tratadas no centro cirúrgico. ▪ Deve-se operar aneurismas para evitar a sua ruptura. Dilatação acima de 50% da luz arterial normal de cada indivíduo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO RISCO PORTE TÉCNICA ASSÉPTICA ✓ Técnica cirúrgica que se utiliza de um conjunto de processos, medidas ou meios para impedir o contato de germes com a ferida operatória; CONCEITOS IMPORTANTES ✓ Assepsia: conjunto de materiais ou métodos empregados para evitar contaminação da equipe médica, paciente, material cirúrgico e ambiente; o Higienização das mãos; cuidados pessoais; uso de máscaras, luvas, toucas, etc. ✓ Antissepsia: quaisquer substâncias ou métodos empregados para diminuir a população e impedir a proliferação de germes por determinado tempo por inativação ou destruição, em determinado ambiente. o Limpeza da pele antes de uma cirurgia; antes de realizar uma coleta sanguínea, etc. ✓ Degermação: eliminação de sujidades e impurezas da pele, através de sabonetes ou detergentes líquidos específicos para essa limpeza. Pode-se dizer que é uma limpeza mecânica (escovação). o Escovação/limpeza no pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico; antes da realização de procedimentos invasivos. ✓ Desinfecção: redução de microrganismos presentes em materiais eequipamentos. o Realização de limpeza da mesa de refeições do paciente; limpeza das grades de proteção do leito do paciente. ✓ Descontaminação: Procedimento utilizado em artigos contaminados com matéria orgânica (sangue, pús, secreções corpóreas) para destruir os microrganismos patogênicos na forma vegetativa (não esporulados), antes de iniciar o processo de limpeza, a fim de proteger as pessoas que irão proceder a limpeza dos artigos. É a pré- limpeza antes da esterilização. o Remoção do excesso de sujidade de uma pinça; o Deixar a pinça de molho em um recipiente para facilitar sua esterilização depois. ✓ Esterilização: destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus), medicante a aplicação de agentes físicos e/ou químicos. Permite que um material se torne “estéril”. o Deixar um instrumental dentro da autoclave à 121º por 15 minutos; o Calor seco (estufa); o Calor úmido (autoclave); o Gás (formaldeído, óxido de etileno); o Imersão (glutaraldeído, metanol-etanol), etc. ANTISSÉPTICOS CARACTERÍSTICAS DO ANTISSÉPTICO IDEAL ✓ Estável por longo período; ✓ Ativo em baixa concentração; ✓ Amplo espectro de ação; ✓ Não manchar a pele e o vestuário; ✓ Solúvel em água; ✓ Eficaz em temperatura ambiente; ✓ Ação bactericida imediata; ✓ Ação bacteriostática; ✓ Efeito residual prolongado; o Álcool e éter não possuem esse efeito, são momentâneos. ✓ Ausência de toxicidade aos pacientes; ✓ Baixo custo. CLASSIFICAÇÃO DOS BACTERICIDAS ✓ Primeira ordem; ✓ Segunda ordem; ✓ Terceira ordem: mais utilizados na prática. ÁLCOOL ETÍLICO E ISOPROPÍLICO A 70% ✓ Antisséptico para a pele (elimina a umidade); ✓ Mais ativo do que em forma absoluta; ✓ Não tem efeito residual; ✓ Não é esporicida. ÉTER ✓ Curta ação; ✓ Rápida evaporação; ✓ Inflamável ✓ Solúvel em água e na gordura; ✓ Sem efeito residual; ✓ É cardiotóxico → pode provocar taquicardia; ✓ Pode ser utilizado em procedimentos simples, como punção de acesso; ✓ Não é utilizado em cirurgias. ALDEÍDOS ✓ Em estado sólido sofre sublimação (ambientes e aparelhos elétricos); ✓ Esterilização por imersão (glutaraldeído); ✓ Irritantes para pele e mucosas (deve-se lavar o material de endoscopia que foi esterilizado com aldeído); ✓ Germicidas e esporicidas. IODO ✓ Mais eficaz dos antissépticos; ✓ Forma inorgânica ou orgânica; ✓ Associa-se à molécula de PVPI (polivinilpirrolidona); ✓ Suja a roupa (efeito pardacento); ✓ Bom efeito residual (mais de 30 minutos). TIPOS DE IODO ✓ Tópico → sem álcool, pode ser usado sob mucosa; ✓ Degermante → tem sabão, podendo ser usado para lavar paciente que ainda não foi aberto e para escovação do profissional; ✓ Tintura → alcoólica, usada para preparar pele íntegra em que se necessita de fixação. CLOREXIDINA ✓ Tão eficaz quanto o iodo; ✓ Forma inorgânica ou orgânica; ✓ Também nas apresentações tópica, degermante e alcoólica; ✓ Bom efeito residual. ANTIBIÓTICOS ✓ Em cirurgia, podem ser utilizados como profiláticos ou terapêuticos; ✓ Podem ser classificados como: o Bacteriostáticos o Bactericidas. ✓ Geralmente infecções bacterianas em diabéticos não respondem a antibióticos orais, pois têm uma evolução rápida, o pé diabético pode ter colônias polimicrobianas, aeróbias e anaeróbias, e podem induzir a amputações. ✓ Não se deve usar os mesmos antibióticos para profilaxia cirúrgica na terapia na enfermaria, pois pode favorecer o desenvolvimento de resistência. o O paciente, 48h após estar no hospital, possui a flora bacteriana hospitalar resistente na sua pele. o Nos casos de prótese, o internamento é indicado apenas no dia e o paciente deve ser liberado o quando antes. MECANISMO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA ✓ Intrínseca (beta-lactamase); o Há destruição dos anéis beta-lactâmicos → penicilinas e cefalosporinas; o Alergia a uma classe não implica dizer, obrigatoriamente, que terá alergia a outra classe. Pode ser alergia específica ao anel. ✓ Mutação; o Transferência de código genético alterado através das gerações. ✓ Mediada por plasmídeo. CLASSES PENICILINAS ✓ Possuem anel betalactâmico; ✓ Bactericidas; ✓ Ativas contra Gram + e algumas Gram -; ✓ Ligam-se à albumina plasmática; o A albumina não é um bom marcador nutricional, pois cai após desnutrição de 28 dias. ✓ Exemplos: o Ampicilina; o Ampicilina + Sulbactam (Unasyn®); o Amoxicilina; o Amoxicilina + Ácido clavulânico; o Pen-V-Oral®; o Carbenicilina (uso hospitalar, bactérias multirresistentes); o Oxacilina (apenas Staphylococus), Cloxacilina, Dicloxacilina (penicilinase resistentes). CEFALOSPORINAS ✓ Possuem anel betalactâmico; ✓ Bactericidas; ✓ Ligam-se à albumina plasmática; ✓ Não são ativas contra enterococos; ✓ Atividade dependente da geração; o 1ª Geração: atividade contra G+ e escassa contra G-. ▪ Exemplos: Cefalexina (oral); Cefadroxila (venosa); Cefalotina (venosa); Cefazolina (venosa). o 2ª Geração: atividade contra G+ e maior contra G-. ▪ Exemplos: Cefaclor (oral); Cefoxitina (venosa); Cefamandol (venosa). o 3ª Geração: atividade principalmente contra G-. ▪ Exemplos: Ceftriaxona (venosa); Ceftazidima Fortaz® (venosa) → específica contra Pseudomonas aeroginosa (cheiro de vinagre podre, ferimento esverdeado; ferimento aberto há muito tempo); Cefoperazona (venosa). o 4ª Geração: Atividade contra G+ e contra G-; inativos contra anaeróbios. ▪ Primeira escolha para sepse; ▪ Exemplos: Cefepime (venosa) Cefpiroma (venosa). o 5ª Geração: atividade contra MRSA e ORSA. ▪ Exemplos: Ceftaroline (venosa) e ceftobiprole (venosa). MACROLÍDEOS ✓ São bacteriostáticos; ✓ Derivados da eritromicina; ✓ Excelentes para infecções de vias aéreas inferiores; ✓ Ativas contra Gram+ e Gram-; ✓ Exemplos: eritromicina; claritromicina; azitromicina. QUINOLONAS ✓ Bactericidas; ✓ Derivadas do ácido nalidíxico; ✓ Ativas principalmente contra Gram -; ✓ Induzem rapidamente à resistência bacteriana; o Deve-se esperar até 72h para que haja melhora do quadro; o Se não houver melhora → provável resistência, deve-se trocar o esquema. ✓ Usadas em infecções intestinais e urinárias; ✓ Exemplos: ácido nalidíxico; norfloxacina; ciprofloxacina (ITU); levofloxacina (pneumonia em idosos). BACTÉRIAS NOS DIVERSOS TECIDOS E ÓRGÃOS ✓ Algumas bactérias vivem em harmonia no corpo; ✓ Quando há algum estado de desequilíbrio → infecção. LOCAL BACTÉRIAS INFECTANTES Pele Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Candida albicans, Escherichia coli, Pseudomonas e Proteus (queimados). Boca Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Candida albicans, virus, Fusobacterium. Pulmão Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Candida albicans, virus, Diplococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Haemophilus influenza, Klebsiella, Escherichia coli. Digestivo Enterobacterias, Staphylococcus aureus, Candida sp. Urinário Escherichia coli, Streptococcus faecalis. Klebsiella sp., Proteus sp. Pseudomonas sp. Staphilococcus aureus, Candida sp, Enterobacter, Streptococcus epidermidis. Útero e anexos Enterobacterias, Clostridium sp, Neisseria gonorrhoeae; Myobacterium tuberculosis. Linfáticos Staphilococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Pasteurella Mycobacterium sp. PROFILAXIA EM CIRURGIA CARACTERÍSTICAS DO ANTIMICROBIANO IDEAL PARA PROFILAXIA EM CIRURGIA ✓ Ação contra maior parte dos agentes causadores de infecção de ferida operatória; ✓ Administrado por via intravenosa; ✓ Baixa toxicidade; ✓ Não induzir a resistência bacteriana; ✓ Não ser o antimicrobiano de escolha na instituição para tratamento de infecções graves; ✓ Não encareceros custos do tratamento. Profilaxia oral em cirurgia odontológica é feita para diminuir as chances de endocardites, tendo em vista que a boca é extremamente contaminada. ANTIBIOTICOPROFILAXIA ✓ Deve ser realizada uma hora antes da cirurgia ou na indução anestésica; ✓ Três horas após iniciada a cirurgia não há ação profilática → aplicar até esse tempo, no máximo; ✓ Espectro de acordo com a flora bacteriana do local operado → é diferente em cada local; ✓ Mantida por, no máximo, quarenta e oito horas. Geralmente, encerra-se na cirurgia; ✓ Antibiótico diferente do terapêutico. PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS ✓ Cefalosporinas; o Cefalotina → principalmente na enfermaria; o Cefazolina → principalmente no centro cirúrgico. ✓ Penicilinas; ✓ Metronidazol → se houver anaeróbio. INFORMAÇÕES IMPORTANTES ✓ Não se usa aminoglicosídeo (gentamicina e amicacina) como primeira opção na profilaxia cirúrgica; ✓ O cloranfenicol não deve ser usado na profilaxia, tendo em vista que pode causar aplasia medular; o Não é utilizado via oral; o Pode ser utilizado tia tópica em feridas abertas; o Utilizado na oftalmologia. o Cimetidina, um bloqueador de H2 (úlcera gástrica), potencializa o risco de toxicidade hematológica do cloranfenicol; ✓ Os aminoglicosídeos (gentamicina e amicacina) não atuam nas infecções disseminadas da cavidade peritoneal. o A dose de amicacina administrada uma única vez diminui os efeitos adversos, como nefrotóxicos. PROFILAXIA ANTIMICROBIANA ✓ Cefazolina 1 a 2g IV na indução anestésica; o Garante período cirúrgico de três horas; o É preciso repor a cada 3h. ✓ A cefalotina mantém por uma hora; ✓ Manter a profilaxia por, no máximo, 48h. SEGUNDAS OPÇÕES ✓ Clindamicina 600mg (Gram+ e anaeróbio) + Gentamicina 1,7mg/Kg (Gram-) → cirurgias gástricas, biliares, trauma penetrante de abdômen; ✓ Ciprofloxacina → cirurgia de trato urinário; ✓ Neomicina (cirurgias colorretais). o Promove esterilização do TGI após realização de lavagem com suco de laranja e manitol. o O manitol pode ocasionar depleção hidroeletrolítica, levando a desidratação. Deve-se monitorar o paciente. o Quando o paciente defecar apenas suco de laranja, a lavagem está completa (entra e sai direto). o O toque retal após a limpeza deve vir “limpo”. Obstrução por fecaloma ▪ É uma obstrução comum em paciente com megacólon; ▪ A conduta inicial é esvaziamento, tendo em vista que abrir o paciente pode ocasionar contaminação da cavidade peritoneal; ▪ Deve-se hidratar o fecaloma com soro, a partir de uma sonda retal, para que ele “derreta/desmanche” e saia pela defecação. CRITÉRIOS PARA SUSPENSÃO DO ANTIMICROBIANO ✓ Ausência de febre no período de 48 a 72 horas; ✓ Leucócitos de 12.000 e em queda; ✓ Apetite e nível de consciência normais. MITOS ✓ Ocorrem infecções urinárias sempre que houver instrumentação do trato urinário; ✓ Existe relação direta entre infecção e tempo do cateterismo urinário; ✓ Sonda vesical de demora justifica a manutenção de antibioticoterapia. Cefalexina 1G 500mg, 6/6h Cefalotina 1G 1g, 6/6h Cefazolina 1G 1g, 8/8h Cefadroxila 1G 500mg, 12/12h Ceftriaxona 3G 1g, 12/12h Metronidazol 500mg, 8/8h Gentamicina 80mg, 8/8h (adultos) Amicacina 500mg 2x dia → 1g/dia
Compartilhar