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Coordenador: Felipe
Secretário: Paulo André
Tutor: Paula Serra Azul
SP 3.3 - Quanto tempo?
Kátia tem 36 anos. É casada e tem dois filhos adolescentes. Mora e trabalha em São Bernardo, SP, desde os 20 anos, quando se casou. Trabalha como gerente de produção em uma montadora de automóveis e há 15 dias foi afastada por dor e distensão abdominal. É fumante há vários anos, não relatando outras comorbidades. Vinha exercendo suas atividades laborais normalmente, sempre fazendo exames preventivos femininos na UBS próxima à sua residência e os exames da área de medicina do trabalho de sua montadora. Há cerca de um mês apresentou discreto sangramento vaginal fora do período menstrual, fez ultrassom de abdômen total, mas não foi buscar. Concomitantemente, queixou-se de “respiração curta”, com dispnéia principalmente noturna, quando se deitava sobre o lado esquerdo. Durante a evolução do processo, acredita ter perdido pelo menos 10 Kg, sem que tenha modificado seus padrões alimentares. Frente ao aumento da dor abdominal (principalmente pélvica) e ao agravamento da dispneia, foi indicada internação hospitalar. Ao exame de admissão, mostrava redução de expansibilidade e macicez na base do hemitórax esquerdo, além de ausência do murmúrio vesicular no local. O exame do aparelho circulatório não apresentava anormalidades. O abdome tinha evidências de discreta ascite livre, dificultando a palpação profunda. Foi realizada radiografia de tórax, a seguir reproduzida. Solicitada uma avaliação pelo ginecologista, este procedeu a um exame pélvico, que evidenciou um provável aumento no ovário esquerdo, que se encontrava discretamente doloroso. Frente aos achados, indicou-se uma laparotomia exploradora, observando-se implantes nodulares peritoneais difusos. Alguns dias mais tarde, foi necessário submeter a paciente a uma toracocentese de alívio, que deu saída a líquido amarelo citrino. Foi iniciada quimioterapia, estando em acompanhamento domiciliar. Queixa-se de náuseas e vômitos intensos a cada sessão. Continua a perder peso. Seus parentes já foram informados de que em breve será encaminhada para cuidados paliativos, dada a evolução da moléstia.
DERRAME PLEURAL
Termos desconhecidos:
· Implantes nodulares peritoneais difusos
Problemas:
· Kátia, 36 anos, casada
· Há 15 dias foi afastada por dor e distensão abdominal
· Fumante há vários anos
· Há cerca de um mês apresentou discreto sangramento vaginal fora do período menstrual
· Respiração curta -> dispnéia principalmente noturna, quando se deitava sobre o lado esquerdo
· Aumento da dor abdominal (principalmente pélvica) e ao agravamento da dispneia, 
· Foi indicada internação hospitalar
· Ao exame de admissão → redução de expansibilidade e macicez na base do hemitórax esquerdo, além de ausência do murmúrio vesicular no local 
· Discreta ascite livre, dificultando a palpação profunda
· Provável aumento no ovário esquerdo → discretamente doloroso
· Laparotomia exploratória → implantes nodulares peritoneais difusos 
· Toracocentese de alívio → líquido amarelo citrino 
· Iniciada quimioterapia 
· Náuseas e vômitos intensos a cada sessão 
· Continua a perder peso
· Breve será encaminhada para cuidados paliativos, dada a evolução
Hipóteses:
· A paciente queixa-se de dor e distensão abdominal devido à ascite ocasionada pelos implantes nodulares peritoneais;
· A paciente apresenta síndrome de Meigs, caracterizada pelo derrame pleural e ascite (pseudo síndrome de meigs)
· Foi necessária uma laparotomia exploratória devido ao achado no exame pélvico indicativo de um provável aumento no ovário esquerdo. 
· O tabagismo é um fator de risco para o CA de ovário
· O paciente apresentou perda de peso inicialmente pela disfunção metabólica causada pelo tumor e posteriormente pelo tratamento quimioterápico
· A paciente foi encaminhada para cuidados paliativos pela evolução da moléstia em fase terminal.
Questões de Aprendizagem:
1. Porque a neoplasia induz a perda de peso?
2. Como a quimioterapia induz a perda de peso?
3. Quais os sinais e sintomas de um câncer avançado?
4. Quais os exames solicitados para investigar a perda de peso associada ao câncer? 
5. Quais as indicações para os cuidados paliativos?
· Fisiopatologia da perda de peso em pacientes com câncer
· Quimioterapia e perda de peso
· Exames complementares para investigar perda peso secundária ao câncer
· Cuidados paliativos
Referências: tratado de oncologia e tratado de geriatria
1. Porque a neoplasia induz a perda de peso?
Um dos motivos é a Caquexia (perda de massa muscular, com ou sem perda de tecido adiposo)
A caquexia produz uma depleção marcante da musculatura esquelética, com queda de 75% da massa proteica e 30% de perda de peso, sendo que o compartimento de proteínas não musculares permanece relativamente preservado.
Clinicamente, a caquexia manifesta-se em decorrência de diferentes condições, como alterações da sensibilidade do paladar, saciedade precoce, anorexia, perda de peso e fraqueza, resultando em atrofia muscular esquelética, miopatia, perda rápida de tecido gorduroso, atrofia de órgãos viscerais e anemia. A caquexia é observada em aproximadamente 50% dos pacientes com câncer e pode estar presente mesmo nas fases iniciais de crescimento tumoral.
A prevalência da perda de peso é variável, de acordo com o tipo de tumor. Pacientes portadores de câncer de pulmão, trato gastrintestinal e pâncreas estão em grande risco de perda de peso e subsequente desnutrição, enquanto pacientes com câncer de mama, leucemia, sarcoma e linfoma apresentam risco mais baixo para a diminuição do peso corpóreo. Sobre a leptina?
2. Como a quimioterapia induz a perda de peso?
A quimioterapia é utilizada em 4 configurações:
1 TRATAMENTO PRIMÁRIO DE INDUÇÃO:
-Doença metastática avançada;
2TRATAMENTO NEOADJUVANTE
- Canceres que se apresentam como doença localizada, para os quais formas locais de terapia como cirurgia e/ou radioterapia são por si só insuficientes
3 TRATAMENTO ADJUVANTE
-De modalidades locais como cirurgia e/ou radioterapia
4 APLICAÇÃO DIRETA
-Em locais reservados ou por infusão local de regiões especificas do corpo diretamente afetadas pelo câncer 
· EFEITOS ADVERSOS:
· Vômitos;
· Desequilíbrio hidroelétrico;
· Depleção nutricional;
· Anorexia;
Todos os fatores q contribuem para perda de peso
3. Quais os sinais e sintomas de um câncer avançado?
4. Quais os exames solicitados para investigar a perda de peso associada ao câncer? 
5. Quais as indicações para os cuidados paliativos?
O cuidado paliativo é a abordagem que visa a promoção da qualidade de vida de pacientes e seus familiares, através da avaliação precoce e controle de sintomas físicos, sociais, emocionais, espirituais desagradáveis, no contexto de doenças que ameaçam a continuidade da vida.
Todo e qualquer paciente que possui doença crônica e/ou ameaçadora da vida poderá se beneficiar com os Cuidados Paliativos - crianças, adultos e idosos. A necessidade de cuidados paliativos está presente em todos os níveis de atendimento, primário, secundário e serviços especializados. Podem ser prestados como abordagem, por todos os profissionais de saúde que sejam educados e qualificados através de treinamento apropriado; como cuidados paliativos gerais, fornecido por profissionais de atenção primária e por profissionais que tratam doenças potencialmente fatais com um bom conhecimento básico de cuidados paliativos; ou ainda como cuidados paliativos especializados, prestados por equipes especializadas neste tipo de cuidado (GAMONDI; LARKIN; PAYNE, 2013).
As principais doenças que requerem cuidados paliativos segundo as estimativas globais da OMS no contexto dos adultos (indivíduos com 15 anos ou mais) são doenças cardiovasculares (38%), neoplasias (34%), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC – 10%), HIV/Aids (10%) e outras (ver figura 2)
https://cuidadospaliativos.org/uploads/2020/12/Manual-Cuidados-Paliativos.pdf
caso:
paciente idoso
anemia ferropriva
perda de peso,
pedir endoscopia
fazer rx, e usg de abdome

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