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GESTÃO E EMPREENDEDORISMO TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO PT. 2 – AULA 02 (18/08/21) CICLO PDCA O ciclo PDCA refere-se ao planejamento de coisas, em localizar os problemas, identifica-los e estabelecer planos de ação; executar o plano, colocando em prática através dos seus responsáveis e dos prazos estabelecidos, verificando inclusive a necessidade ou não do Benchmarking, do recurso, do orçamento. É importante checar, verificar, acompanhar as metas, controlar indicadores, verificar se as estratégias foram estabelecidas e depois agir: ou na manutenção daquilo que deu certo, e/ou também na mudança de possíveis situações que não deram certo e que podem ser feitas modificações para que elas deem certo, trocando estratégias ou trocando responsáveis pelas estratégias. Acima, observa-se algumas estatísticas interessantes, como por exemplo, a de visão, e isso é interessante porque as vezes, dentro da organização, o nível estratégico discute a ideia, até entrega um nível tático para que seja colocado em prática, mas as pessoas da operação não conseguem perceber a estratégia da organização, não percebem e não conseguem perceber os resultados que são postos aonde se quer chegar. Desse modo, é muito importante trazer isso para perto do operacional. É necessário definir resultados, mas deve-se avaliar as pessoas quanto ao cumprimento destes resultados, e isso é importante também para que as pessoas possam ser beneficiadas, motivando-as no processo. Analisando a estatística da gestão da estratégia, observa-se que a maioria das organizações não estabelecem avaliação do desempenho, não estabelecem indicadores, não remunera os resultados e não avalia. As ferramentas de gestão estão muito voltadas atualmente para gerenciar taticamente e não estrategicamente, ou seja, para gerenciar o dia a dia, a rotina, mas não para gerenciar estratégia. Se o modelo escolhido está certo, se a missão escolhida está sendo cumprida, se estamos próximos ou não de alcançar a visão são pontos que deve-se pensar de forma mais estratégica. CRIATIVIDADE E CIÊNCIA No modelo de Wallas, a criação de uma nova ideia é um processo de quatro etapas: 1. Preparação: coleta das informações necessárias sobre o problema em questão que é preciso resolver 2. Incubação: período de “descanso” mental, em que a pessoa se afasta temporariamente do problema (pode ser chamado também de ócio criativo) 3. Iluminação: momento em que a pessoa tem um “clique” e, finalmente, chega à solução criativa (pode ou não acontecer) 4. Verificação: ajuste e implementação da solução Como se percebe, no modelo de Wallas a geração da ideia criativa depende de um “clique”, e, portanto, um processo subconsciente, incontrolável. Além disso, o “clique” pode acontecer ou não. A criatividade costuma ser compreendida, em linhas gerais, como capacidade de ter ideias novas e inusitadas que trazem solução para problemas. Inicialmente os estudos acerca do tema enfatizavam o indivíduo, mas, com o passar do tempo, essas teorias foram substituídas por teorias sistêmicas, que atribuem a criatividade não a uma pessoa ou processo isolado, mas a uma série de fatores inter-relacionados (experiências, condições de vida, toda a vivência que aquela pessoa já teve, que proporcionou a ela ter aquela ideia mais fácil do que alguém que não tem a mesma experiência, que não viveu as mesmas situações anteriores). Delegar uma atividade para outro é transferir responsabilidade e autoridade, então não há necessidade de ficar o tempo inteiro cobrando, pois deve-se acreditar que aquilo será entregue a tempo. Quando se fala em problema, a primeira questão é perceber que tem um problema e perceber qual é o problema. A diferença entre o modelo de Wallas e o PDCA é que o PDCA é um modelo onde identifica-se o problema, planeja as ações, e nem sempre essas ações planejadas são com inovação, porque o planejar não é só de situações inovadoras. No entanto, não vai copiar o planejamento de alguém, até porque isso não pode porque o diagnóstico é diferente (por exemplo, não é possível pegar uma receita para você que foi dada para outro paciente, pois o organismo, o diagnóstico, pode ser diferente). Dessa forma, o planejamento de cada empresa depende de um diagnóstico que é feito baseado na situação de cada organização, então não pode pegar um planejamento e uma organização e copiar para outro; pode até fazer um benchmarking, perceber ações que foram interessantes e trazer; pode-se até inovar, mas nesse, o pensamento está voltado para novas possibilidades para um problema. A partir da necessidade de cuidados paliativos para alguns pacientes, por exemplo, alguém decidiu abrir uma clínica de cuidados paliativos, que não tem tanta concorrência, ganha espaço no mercado, e com a pandemia isso se torna ainda mais forte. Então esse é o momento de pensar no problema, trazer o problema para uma análise, ter o momento da incubação, saindo um pouco daquilo e depois voltar para o problema com uma iluminação, implementando e ajustando essa decisão sobre uma inovação que está sendo realizada. No modelo de Wallas, a geração da ideia depende de um clique, de um start, de uma ideia, de uma luz que se acende ali, para que possa haver uma nova ideia. A palavra ‘empreendedor’ tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos segundo Dornelas em 2001. Em 1800, Jean Batist Say, economista francês, definiu empreendedor como aquele que transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento. Ou seja, quando você tem por exemplo essa nova linha da saúde, do cuidado paliativo, de uma clinica que trabalha isso, ele está buscando uma nova linha de atuação, que para o setor particular e privado, ele pode trazer ganhos melhores e maiores. O empreendedor é alguém com capacidade de estabelecer objetivos e encontrar oportunidades de negócio e ele vai buscar isso com o uso de sua criatividade e conhecimento do ambiente no qual está inserido. Então quais são as características? ● Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz ● Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive ● Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar Se alguém está na relação de baixo conhecimento de negócios e de baixa criatividade e inovação, é a grande maioria da população, estão no quadrado mais populoso. Se alguém traz para a gente uma ideia de que tem alta criatividade, porém com baixo conhecimento de negócios, estamos trazendo para um grupo de inventores. São aqueles que tem as boas ideias, mas não tem capacidade de colocá-las em prática, então eles criam as ideias e eles vendem as ideias. Aliás, falando de empreendedorismo, muitas organizações têm motivado a geração de ideias internamente. O que isso quer dizer? Pense em uma boa ideia, aplique a boa ideia em uma organização e seja remunerado por isso, ou promovido ou premiado por isso. A IBM por exemplo paga até 150 mil dólares por uma boa ideia. A Adal Química paga até 50 mil reais e outras empresas criam outras promoções. Então as empresas estão interessadas nas boas ideias dos seus colaboradores. Quando você é um profissional que tem grandes conhecimentos gerenciais, de negócio, mas tem baixa criatividade, você será um gestor, um administrador, mas não será um empreendedor. Porque um empreendedor é aquele que concentrar criatividade e o conhecimento de negócio. Ele tem a ideia e a capacidade de colocar em prática. Temos alguns mitos: ● Mito 1: Empreendedores são natos, nascem para o sucesso ● Mito 2: Empreendedores são “jogadores” que assumem riscos altíssimos ● Mito 3: São “lobos solitários” e não conseguem trabalhar em equipe (Leu o slide) Hoje falamos muito em aumentar sustentabilidade e responsabilidade social. Existe um estudo em planejamento que traz 4 perspectivas – aprendizado,processos, clientes e financeira. Exatamente nessa ordem, porque quanto mais eu melhoro o aprendizado da minha equipe, melhor eu desenvolvo ou inovo meus processos. Por exemplo, se eu mudo meu aprendizado sobre tipos de cirurgia e ferramentas disponíveis e eu passo a entrar em um processo que agora engloba a tecnologia de um robô (cirurgia robótica), eu vou aumentar a minha gama de clientes ou melhorar a minha gama de clientes e consequentemente eu posso gerar um ganho financeiro, um lucro. Mas hoje já se fala da entrada de mais 2 perspectivas – sustentabilidade (conseguir manter os recursos disponíveis para os novos momentos da organização e para novas gerações) e a responsabilidade social. “Eu não faço nada sozinho”, e esse é um outro ponto que eu quero estabelecer com vocês. Planejamento é uma ferramenta top-down, de cima para baixo. Ninguém vai executar planejamento do operacional para o estratégico. Se o operacional, o tático não perceber vontade do nível estratégico, isso não vai acontecer. Então eu preciso comprometer as pessoas da organização com a realização das metas, motivando, avaliando, remunerando, premiando, mostrando resultados dentro da organização. Eu preciso chamar atenção quanto à necessidade das mudanças, e isso vem do diagnóstico, buscar táticas para executar meu plano, analisar o ambiente aonde a minha organização se encontra, estabelecer diretrizes organizacionais, como por exemplo uma diretriz organizacional em dois dos hospitais em que eu atuo tem a ver com atendimento voltando ao paciente da rede SUS. Então eu preciso entender que eu preciso dar o melhor atendimento possível ao paciente da rede SUS. Propor a formulação de estratégias, colocá-las em prática, porque não adianta ter um plano estratégico que fique na gaveta. E controlar sempre através de indicadores. Mais uma vez a gente reforça a necessidade dos nossos stakeholders, pensamento que o stake vem de interesse, risco, e o holder é aquele que possui. Então eu tenho uma comunidade empresarial, uma comunidade financeira (os meus investidores), eu tenho uma sociedade civil (aquela que teoricamente não está ligada a minha empresa por emprego ou clientela, mas se importa pelo que a minha organização faz no mercado). Nós temos a imprensa, nós temos os empregados. A imprensa é muito forte na saúde. Clientes, fornecedores, governos e órgãos públicos. Então a gente tem as organizações de regulação. Isso é um pouco do viver e acompanhar os nossos stakerollers. (Leu o slide) Dentro das organizações, nós vamos encontrar 3 níveis: ● Estratégico – Onde se vai desdobrar as metas a partir do que é corporativo, daquilo que é decisão estratégica de quem investe. ● Tático – Uma equipe importante de coordenadores e gerentes, porque eles têm uma responsabilidade de transmitir as estratégias e metas para a equipe operacional de uma forma que eles entendam e não se assustem, que eles engajem no processo ● Operacional – Equipe “mão na massa”, que efetivamente faz acontecer e precisa ser efetivamente colocada, preparada e desenvolvida o tempo todo para entregar corretamente. (Leu o slide) O que é a sensibilização? É o momento de nós pensarmos que todos devem ter uma visão global do planejamento. Todos devem se envolver, todos devem estar motivados, todos devem entender o seu papel. Quando alguém propõe algo, o ser humano tem a tendência a perguntar “por que eu devo fazer isso? o que eu ganho com isso?”. Então ele precisa entender os ganhos, a evolução que ele pode ter na medida em que ele participa. E cada um deve entender o papel do planejamento na sua área. A definição de negócio exige que você estabeleça a missão da sua organização. Eu diria que se você vai montar uma empresa, um negócio ou um projeto, a primeira coisa que você precisa pensar é “eu estou montando esse projeto por que? E para que? Quais atividades eu preciso desenvolver? Quais habilidades eu preciso ter para fazer bem esse projeto? Quais os valores eu quero deixar para as pessoas que se envolvem?”. Se você me diz que você quer montar uma clínica para atendimento em algumas especialidades, você precisa me dizer quais habilidades você tem. Se eu pensar na UNIFTC, ela presta serviços educacionais. Que habilidades ela precisa ter para isso? Estrutura, tecnologia, bons profissionais, excelentes professores. Então ela tem habilidades que vão ajudar ela a fazer melhor as atividades que ela faz. Quais valores ela quer criar nos stakerollers? Satisfação, conhecimento, lideres participativos. Então dentro dessa possibilidade, preciso saber quais valores querem ser criados. Mas eu preciso criar uma visão de futuro? O que eu quero criar no futuro para essa minha organização? Eu quero ser reconhecido como uma organização de excelência na minha área de atuação, eu quero ser entendido como uma empresa de excelência em um determinado mercado em um determinado tempo. Eu quero ser top of mind, eu quero que quando as pessoas falem sobre esse tipo de serviço, lembrem da minha organização. Então isso precisa ser estabelecido através de uma visão. A análise de S.W.O.T. não é nada novo, é do século passado, é uma análise pensando no ambiente interno e externo das organizações, mas que nos ajuda a refletir sobre situações positivas e negativas dentro e fora da nossa governabilidade. A análise S.W.O.T. vai trabalhar com 4 perspectivas: ● Forças ● Oportunidades ● Fraquezas ● Ameaças Mas o que a análise S.W.O.T. nos proporciona? Isso pode ser importante na avaliação de carreira pessoal e profissional e na organização. Na imagem, temos uma análise de uma instituição de saúde, na parte inferior temos a governabilidade e um outro eixo com o positivo e negativo. Compreende-se que uma equipe comprometida está dentro da governabilidade, pois ela depende de “mim”, e ter uma equipe comprometida é positivo, ou seja, o que está no quadrante superior é positivo e no inferior é negativo. Uma força é aquilo que depende de mim e estou fazendo bem. O planejamento estratégico está na fraqueza, então significa que não está sendo feito corretamente, então o planejamento está dentro da minha governabilidade, então a fraqueza é algo que eu deveria estar fazendo, mas não estou, ou que deveria estar fazendo bem e não está conseguindo. Nas oportunidades e ameaças, se temos uma organização da área da saúde e surge uma nova tecnologia e podemos utilizá-la ela não está sob nossa governabilidade, mas ela é positiva. Uma oportunidade, então, é algo que não está sob minha governabilidade, mas quando surge no mercado é positivo. As ameaças representam o que não temos governabilidade e é negativo, como a remuneração do SUS e a falta de matérias e medicamentos no mercado. Então, de acordo com o que foi definido anteriormente, podemos deixar ilustrado duas frases: ● “Quanto mais força eu tenho, melhor eu aproveito minhas oportunidades e menos sofro com minhas ameaças.” ● “Quanto mais fraquezas eu tenho, menos eu aproveito minhas oportunidades e mais sofro com minhas ameaças” O financiamento público, por exemplo, pode entrar como oportunidade, mas precisa de estratégia/projetos e isso prejudica o aproveitamento das oportunidades. Então, sempre é importante realizar uma análise de S.W.O.T. para entender o que temos de bom, o que precisa de ênfase, as oportunidades que o mercado apresenta e quais situações são ameaças para o projeto. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO – ANÁLISE DE CENÁRIOS Mas o que é cenário dentro do contexto de gestão empresarial? ● É uma visão integrada do futuro que tem por finalidade preparar a empresa para tomar as decisões de gestão adequadas a uma configuração potencial do ambiente organizacional. Quais as principais funções dos cenários? ● Provocar a reflexão estratégica sobre as possíveis alternativas de evolução futura e suas implicações; ● Esclarecer e explicar os propósitos do cenário que está subjacente ao plano formal da empresa; ● Ajudara empresa a tomar no presente as decisões que possam contribuir para o futuro. Tipos de cenários ● Positivos ou negativos ● Próximos ou extremados ● Incertos, predeterminados ou constantes ● Econômico ● Tecnológico ● Demográfico ● Político-legal ● Cultural
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