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AVALIAÇÃO LABORATORIAL DIABETES MELITO (DM) 1 Prof.: Luciano José Barreto Pereira Bacharel em Nutrição /UBM Especialização em Nutrição Clínica/UFRJ Mestre em Ciência (Departamento de Ciência de Tecnologia de Alimentos/UFRRJ) Doutorando em Ciência (Departamento de Ciência de Tecnologia de Alimentos/UFRRJ) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Pinheiral (IFRJ) – Nutricionista RT do Serviço de Alimentação/PNAE 2 3 Células nervosas GLUT 1 e GLUT 3 Sensíveis a baixas concentrações de glicose Células pancreáticas e hepáticas GLUT 2 Baixa afinidade pela glicose Jejum ou estado basal a secreção de insulina é inibida Céls. Músculo-esquelética adiposo GLUT 4 São exteriorizados para captação de glicose durante a atividade física (?) Células Intestino delgado (borda em escova) GLUT 5 Transportador de frutose 4 5 6 7 DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Complicações microangiopáticas (células endoteliais dos capilares retinianos, células mesangiais dos glomérulos, neurônios e células de Schwann dos nervos periféricos DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Complicações microangiopáticas (células endoteliais dos capilares retinianos, células mesangiais dos glomérulos, neurônios e células de Schwann dos nervos periféricos DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Complicações microangiopáticas (células endoteliais dos capilares retinianos, células mesangiais dos glomérulos, neurônios e células de Schwann dos nervos periféricos DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Complicações microangiopáticas (células endoteliais dos capilares retinianos, células mesangiais dos glomérulos, neurônios e células de Schwann dos nervos periféricos DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Complicações microangiopáticas (células endoteliais dos capilares retinianos, células mesangiais dos glomérulos, neurônios e células de Schwann dos nervos periféricos DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Complicações macroangiopáticas (vasos de grande calibre, artéria aorta e processo de aterosclerose → risco aumentado para IAM, AVE) DIABETES MELITO (DM) I. Diabetes melito tipo 1 (destruição de células β, deficiência absoluta de insulina – 5% a 10% dos casos) a. Imunomediado b. Idiopático II. Diabete melito tipo 2 (resistência à insulina e/ou defeito na secreção de insulina (85% a 90% dos casos) III. Outros tipos específicos a. Defeitos genéticos da função da células β 1. Cromossomo 12, HNF-1a (MODY-3) 2. Cromossomo 7, glicoquinase (MODY-2) 3. Cromossomo 20, HNF-4α (MODY-1) 4. Cromossomo 13, insulin promoter fator-1 (IPF-1; MODY-4) DIABETES MELITO (DM) 5. Cromossomo 17, HNF-1β (MODY-5) 6. Cromossomo 2, NeuroD1 (MODY-6) 7. DNA mitocondrial 8. Outros B. Defeitos genéticos na ação da insulina 1. Resistência insulínica tipo A 2. Leprechaunismo 3. Síndrome de Robson-Mendenhall 4. Diabetes lipoatrófico 5. Outros DIABETES MELITO (DM) C. Doenças do pâncreas exócrino 1. Pancreatite 2. Trauma/pancreatectomia 3. Neoplasia 4. Fibrose cística 5. Hemocromatose 6. Pancreatopatia fibrocalculosa 7. Outros D. Endocrinopatias 1. Acromegalia 2. Síndrome de Cushing 3. Glucagonoma DIABETES MELITO (DM) D. Endocrinopatias (continuação) 3. Feocromocitoma 4. Hipertiroidismo 5. Somatostatinoma 6. Aldosteronoma 7. Outros E. Induzido por droga 1. Vacor 2. Pentamidina 3. Ácido nicotínico 4. Glicocorticoide 5. Hormônio tiroidiano DIABETES MELITO (DM) E. Induzido por droga (continuação) 6. Diazóxido 7. Agonista β-adrenérgico 8. Fenitoína 9. γ-interferon 10. Outros F. Infecção 1. Rubéola congênita 2. Citomegalovírus 3. Outros DIABETES MELITO (DM) G. Formas incomuns de diabetes imunomediado 1. Stiff-man syndrome 2. Anticorpo anti-receptor de insulina 3. Outros H. Outras síndromes genéticas associadas ao diabetes 1. Síndrome de Down 2. Síndrome de Klinefelter 3. Síndrome de Turner 4. Síndrome de Wolfram 5. Ataxia de Friedreich 6. Coreia de Huntington 7. Síndrome de Laurence-Moon-Biedl DIABETES MELITO (DM) H. Outras síndromes genéticas associadas ao diabetes (continuação) 8. Distrofia miotônica 9. Porfiria 10. Síndrome de Prader-Willi 11. Outras IV. Diabetes gestacional DIABETES MELITO (DM) Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 DIABETES MELITO (DM) LAMOUNIER, R. N. Manual Prático de Diabetes – Prevenção, detecção e tratamento, 5ª ed. Guanabara Koogan, 2016. Resistência periférica à insulina DIABETES MELITO (DM) LAMOUNIER, R. N. Manual Prático de Diabetes – Prevenção, detecção e tratamento, 5ª ed. Guanabara Koogan, 2016. Diagnóstico Diferencial entre DM1, DM2, MODY e LADA Classificação Etiológica 24 Diabetes Melito tipo 1 Diabetes Melito tipo 2 5% a 10% dos casos Imunomediada ou infecciosa Crianças, Adolescentes Adultos jovens Sintomas: Poliúria Polidipsia Polifagia Perda de peso Desidratação Dist. Hidroeletrolítico Cetoacidose 90% dos casos Obesidade Idade > 45 anos (determinação da glicemia a cada 3-5 anos). Determinação da glicemia a cada 3 anos ou menos, ou antes dos 45 anos, se: IMC > 25 kg/m2/obesidade, HAS, HDL < 35 mg/dL e TG > 250 mg/dL síndrome do ovários policístico (SOP), doença cardiovascular aterolsclerótica etnias: negros, latinos, americanos nativos, americanos-asiáticos. DMG. Idade > 45 anos, sem sindrome metabólica, com pelos menos, 2 fatores de risco: HF de DM em parentes de primeiro grau (pais, filhos e irmãos) sedentarismo Mulheres com história de aborto de repetição, macrossomia (≥ 4 kg) ou mortalidade perinatal. Uso de medicação hiperglicemiante, como corticosteroides, tiazídicos e betabloqueadores Classificação Etiológica 25 Diabetes Melito tipo 3 Diabetes Melito Gestacional (DMG) Doença de Alzheimer DM diagnosticado pela primeira vez durante a gestação (1% a 14% das gestantes) Normalmente glicemia normaliza pós-parto 10% a 63% DMG desenvolvem DM2 entre 5 e 16 anos Outros Tipos 1% a 5% dos casos diagnosticados Síndromes genéticas específicas Cirurgias Fármacos Infecções Doenças do pâncreas exócrino DIABETES MELITO (DM) Diangnóstico da Síndrome metabólica (SM) SM = presença de pelo menos 3 critérios, conforme tabela abaixo DIABETES MELITO (DM) LAMOUNIER, R. N. Manual Prático de Diabetes – Prevenção, detecção e tratamento, 5ª ed. Guanabara Koogan, 2016. DIABETES MELITO (DM) Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 Diagnóstico de DMG DIABETES MELITO (DM) Insulina: meia-vida de 4 a 9 min. VR: 6 a 27µUI/mL Utilidade: Diagnóstico de insulinoma Diagnóstico de hipoglicemia de jejum Obs: Não é utilizada para o diagnóstico de DM HOMA-IR (homeostasis model assessment – insulin resistance) HOMA-IR = INSULINA DE JEJUM (mUI/L) x GJ (mmol/L) / 22,5 VR: ≤ 2,71 DIABETES MELITO (DM) TOTG 1º → GJ 2º → administrar 75 g de glicose anidra ou 82,5 g de glicose monoidratada, dissolvida em 150-300mL de água e após 2 h após, coleta de glicose Crianças: 1,75 g/kg peso até 75 g Curva glicêmia: 30, 60, 90, 120 e 180 min após sobrecarga de glio glicose (VR: ??) Confirmação de diagnóstico de DMG (30 e 60 minutos) e pacientes com GJA (100 a 125 mg/dL) 31 LAMOUNIER, R. N. Manual Prático de Diabetes – Prevenção, detecção e tratamento, 5ª ed. GuanabaraKoogan, 2016. Diagnóstico Diferencial 32 Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 Diagnóstico de DMG 32 Insulina: meia-vida de 4 a 9 min. VR: 6 a 27µUI/mL Utilidade: Diagnóstico de insulinoma Diagnóstico de hipoglicemia de jejum Obs: Não é utilizada para o diagnóstico de DM HOMA-IR (homeostasis model assessment – insulin resistance) HOMA-IR = INSULINA DE JEJUM (mUI/L) x GJ (mmol/L) / 22,5 VR: ≤ 2,71 33 34 Diagnóstico DM Hemoglobina glicada (HbA1c) ADA, IDF, EASD (2010) Método: National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP) Certificado: DCCT – Diabetes control and complications trials Hemoglobina Glicada Normal 5%-5,5% Maior risco de desenvolver DM 5,5%-6% Pré-DM 5,7% a 6,4% DM ≥ 6,5% GME (ADA, 2011) = 28,7 x A1C – 46,7 (28,7 x 10) – 46,7 = 240,30 mg/dL Hemoglobina Glicada (HbA1c) → controle do DM / Diagnóstico Reflete glicemia média de 2 a 4 meses anteriores a realização do exame (meia-vida do eritrócito de 120 dias) Elevação de 1% na HbA1c→ 25-35mg/dL na glicemia GME(ADA, 2011) = 28,7 x A1C – 46,7 → Ex.: Hb A1C= 11% → (28,7 x 11) – 46,7 = 269 mg/dL 35 HbA1c (%) Glicemia média correspondente (mg/dL) SBD 2009 ADA 2011 5 100 100 6 135 126 7 170 154 8 205 183 9 240 212 10 275 240 11 310 269 12 345 298 36Retirado de: ADOLPHO, M. Rotinas de diagnóstico e tratamento de diabetes mellitus, Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2014 Hemoglobina Glicada (HbA1c) → controle do DM / Diagnóstico Controle: 2x/ano para valores até 7% ou 3-4x/ano quando valores > 7% ou modificação terapêutica Reflete glicemia média de 2 a 4 meses anteriores a realização do exame (meia-vida do eritrócito de 120 dias) Elevação de 1% na HbA1c→ 25-35mg/dL na glicemia Fatores que diminuem a HbA1c→ anemia hemolítica, transfusão de sangue recente, gravidez, ingestão de altas doses de vitamina C (nesse caso avaliar FRUTOSAMINA) Frutosamina: produto da interação não enzimática irreversível entre glicose plasmática e lisina de PTN, como a albumina Reflete glicemia média das últimas 2-3 semanas VR: 1,90 a 2,8nmol/L (colorimétrico); 0,80 a 2,6% da PTN total (cromatografia de afinidade) Relação frutosamina-albumina normal: 54-86µmol/g 37 DIABETES MELITO (DM) Hemoglobina Glicada (HbA1c) → controle do DM / Diagnóstico Reflete glicemia média de 2 a 4 meses anteriores a realização do exame (meia-vida do eritrócito de 120 dias) Elevação de 1% na HbA1c→ 25-35mg/dL na glicemia GME(ADA, 2011) = 28,7 x A1C – 46,7 → Ex.: Hb A1C= 11% → (28,7 x 11) – 46,7 = 269 mg/dL HbA1c (%) Glicemia média correspondente (mg/dL) SBD 2009 ADA 2011 5 100 100 6 135 126 7 170 154 8 205 183 9 240 212 10 275 240 11 310 269 12 345 298 Dislipidemia 39 40 41 NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. Artmed: Grupo A, 2019. 42 Suplementação de Coenzima Q10 e, usuários de estatinas Folato (Metil) Vitamina C Selênio K2 .... 43 Fórmula de Friedewald (1972) Limitações: TG deve ser menor que 400 mg/dL; TG > 100, subestima LDL Amostras não devem conter beta-VLDL (hiperlipoproteinemia tipo III Fórmula de Martin (2013) 44 45 46 Risco Muito alto Doença aterosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica, obstrução ≥50% em qualquer artéria) Alto risco Aterosclerose subclinica, DRC (TFG<60 mL/min (não dialítico) LDL ≥ 190 mg/dL LDL: 70-189 mg/Dl Escore de risco global (ERG) > 20% (homens) ERG > 10% (mulheres) Risco intermediário ERG: 5 a 20% (homens) 5 a 10% (mulheres) Baixo Risco ERG: < 5% (homens e mulheres) 47 CT, HDL-C, LDL-C e não HDL-C (CT-HDL) não sofrem influência do estado alimentar TG sem jejum – VR: <175 mg/dL Se TG > 440 mg/dL (sem jejum) solicitar outro TG em jejum de 12 horas. 48 49 50 TG/HDL > 4 é um significativo preditor independente para DAC Meta: TG/HDL < 2 51 52 Manejo do DM 53 Suplementação nutricional adequada Controle do estresse, bem estar, qualidade de vida. Informação de qualidade, conhecimento, auto-crítica Intervenção medicamentosa 54 55 Intervenção nutricional 56 Manejo dietoterápico: porção de 70 g de batata CHO disponível: 7,26 g CG: 7,26 x 0,81 = 5,88 Composição de 150 g de Batata inglesa (CHO): 17,85 g % de carboidratos não disponível: 13% 57 57 Terapia Medicamentosa 58 59 60 61 62 63 04/05/2022 64 65 Controle de DM Ausência de glicosúria GJ < 110 mg/dL GPréP < 140 mg/dL GPósP < 140 mg/dL (2h) Ideal: 79-140mg/dL Aceitável: 70-200mg/dL Inaceitável: < 60 e > 240 mg/dL HbA1c ≤ 7%
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