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Laura Catarine – M4 Placenta Prévia Definição É a implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação Cobre o orifício cervical interno parcialmente ou totalmente, ou fica até 2cm de distância dele A placenta migra ao longo da gestação o Há um crescimento placentário em direção ao fundo uterino, mais bem vascularizado o Essa migração termina na 28ª semana, por isso o diagnóstico só pode ser dado após essa IG Epidemiologia 0,5 a 1% das gestações Relacionada com a multiparidade e com idade > 40 anos Tipos de implantação placentária Implantação tópica – implantação da placenta em seu sítio habitual Implantação heterotópica – inserção na matriz uterina, mas em local anômalo Implantação ectópica – inserção fora do útero Localização da placenta heterotópica Angular ou cornual – nos ângulos da cavidade uterina Baixa – ocupa o segmento inferior, mas a margem da placenta não alcança o orifício interno Cervical – localizada no colo uterino Classificação A classificação depende da localização da placenta em relação ao orifício interno do canal cervical Placenta prévia completa ou total: o Recobre totalmente o orifício interno do colo uterino Placenta prévia parcial: o Recobre parcialmente o orifício interno do colo uterino Placenta prévia marginal: o A borda da placenta chega perto da borda do orifício interno sem ultrapassá-la Placenta de inserção baixa: o Localizada no segmento inferior do útero, e a borda da placenta chega a 2cm do raio do orifício interno Fisiopatologia Normalmente, a placenta procura se implantar nos locais mais vascularizados, ou seja, o fundo e a parte superoposterior do útero Relacionada com uma vascularização defeituosa, que desvia a área de inserção primitiva da placenta na procura de áreas melhores Em casos de hipóxia relativa, como no tabagismo, acontece hipertrofia compensatória das vilosidades coriônicas, levando ao aumento da ocorrência da placenta prévia Diagnóstico Fatores de risco Idade > 35 anos de idade Multiparidade – pior qualidade da decídua basal Endometrite Abortamento provocado Curetagens uterinas prévias Cicatrizes uterinas prévias: o Principal fator de risco para placenta prévia, principalmente aquela decorrente da cesariana Situações de grande volume placentário: o O volume e o peso encontrados na gestação múltiplas pode favorecer o deslizamento e a fixação do ovo na parte inferior Tabagismo: o O tabagismo provoca hipoxemia na interface materno-fetal o A placenta sofre hipertrofia devido à hipoxemia, o que aumenta sua superfície de contato com a parede uterina, que tende a Laura Catarine – M4 inserir na parte inferior da cavidade uterina, levando à placenta prévia Quadro clínico Hemorragia indolor com sangue vermelho rutilante, sem relação com esforços físicos ou traumatismos o Ocorre o No final do 2º e início do 3º trimestre da gestação o O primeiro episódio pode ser pequeno e cessar espontaneamente o Raramente associado aos distúrbios de coagulação sanguínea o Sempre se exterioriza totalmente A morbidade da mãe relaciona-se com a hemorragia Sem outros sintomas Exame físico Iniciado pela aferição dos sinais vitais Exame obstétrico com palpação abdominal, medida da altura uterina e ausculta dos BCF Exame especular: o Identifica a fonte hemorrágica do canal cervical Toque vaginal: o Nunca deve ser realizado na suspeita de placenta prévia, pois pode desencadear sangramento intenso Exames laboratoriais Hematócrito e Hemoglobina Tipagem sanguínea ABO Rh Coagulograma o Coagulopatia é condição rara na placenta prévia Exames de imagem USG: o Realizada por via abdominal ou transvaginal o Melhor método de diagnóstico e define a exata localização placentária o USG abdominal: Realizada com bexiga semicheia Mostra a localização placentária e a sua posição em relação ao orifício interno do colo uterino o USG transvaginal – realizada quando há dúvidas quanto à posição do bordo placentário Dopplerfluxometria: o Determina a zona de inserção do funículo na placenta o Complementa a USG o Realizada para diagnosticar acretismo placentário, placenta increta e percreta, com invasão de órgãos locais RNM: o Os resultados não são superiores à USG transvaginal o Confirma o acretismo supeitado pela USG o Alto custo e baixa disponibilidade Conduta terapêutica Depende de alguns fatores; Intensidade do sangramento e condição hemodinâmica materna: o No sangramento ativo, deve-se avaliar a condição hemodinâmica da gestante Idade gestacional: o Pré-termo: Feto prematuro + sem sangramento ativo = conduta expectante Acompanhamento pré- natal cuidadoso Não ter relações sexuais Uso de corticoterapia para acelerar a maturidade pulmonar do feto deve ser considerado Uso de tocolíticos devem ser preconizados quando há comprometimento hemodinâmico o A termo: A termo + sangramento = parto Necessário disponibilidade imediata de sangue na hora do parto Tipo de inserção placentária: o A via de parto varia com o tipo de inserção placentária: Placenta prévia total: sempre cesariana Placenta prévia parcial: cesaria, exceto em multíparas perto do parto, sangramento discreto e não haja obstáculo mecânico ao parto vaginal Placenta prévia marginal ou baixa: o parto vaginal pode ser permitido Parto vaginal admitido em sangramento leve, mãe estável, feto morto ou Laura Catarine – M4 malformações incompatíveis com a vida extrauterina o Deve-se proceder à amniotomia precoce para redução do sangramento Complicações Atonia pós-parto e hemorragia Infecção puerperal Lacerações de trajeto Distocia de parto Acretismo placentário Parto prematuro Amniorrexe prematura Apresentações anômalas Discinesias uterinas
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