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Intolerância a lactose e alergia alimentar - resumo

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Intolerância a lactose e alergia alimentar 
- a alergia alimentar está incluída no 
grupo das reações adversas aos alimentos, 
que podem ser classificadas em: tóxicas, 
intolerância e hipersensibilidade 
(alergia); 
- reações tóxicas ocorrem quando uma 
quantidade suficiente de toxina capaz de 
provocar manifestações clínicas é 
ingerida por qualquer indivíduo; 
- a intolerância depende de 
suscetibilidade individual. Por exemplo, a 
intolerância à lactose na hipolactasia do 
tipo adulto; 
- as reações de hipersensibilidade são 
determinadas por proteínas que 
desencadeiam reação imunológica. 
 reação tardia mediadas por células; 
 reações imediatas mediadas por 
imunoglobulina E (IgE); 
 reações mistas na qual ambos os 
mecanismos participam; 
*Só existem métodos diagnósticos que 
permitem a caracterização das reações 
mediadas por IgE 
 
Intolerância a lactose 
- conjunto de sintomas decorrente da má 
absorção da lactose (glicose + galactose); 
- a lactose ingerida não é absorvida e, na 
luz intestinal, exerce força osmótica e 
aumenta o fluxo de fluídos para o interior 
do intestino, promovendo o aparecimento 
de distensão, dor ou cólica abdominal, 
náusea, aumento do borborigmo, 
aumento da produção de flatos e 
diarreia; 
- a lactose não absorvida, independente 
de ocorrer ou não os sintomas, chega ao 
cólon, onde é fermentada, produzindo 
ácidos graxos de cadeia curta e gases 
(hidrogênio); 
Deficiência primária de lactase 
 Alactasia congênita: doença 
genética congênita muito rara na 
qual existe ausência de lactase. 
Manifesta-se por diarreia quando 
o recém-nascido recebe leite 
contendo lactose (humano ou 
fórmula à base de leite de vaca); 
 Hipolactasia do tipo adulto: a 
diminuição de lactase por ter 
início a partir dos 2 a 3 anos de 
idade, em geral dos 4 aos 5, ao até 
após essa idade. A maior parte é 
assintomática mesmo quando 
consome lactose como parte da 
dieta; 
Deficiência secundária de lactase 
- ocorre em consequência à lesão 
intestinal por diferentes mecanismos, 
como, por exemplo, agentes infecciosos e 
outros, que promovem agressão da mucosa 
do intestino delgado, acompanhada da 
diminuição na quantidade de lactase; 
- diagnóstico: aumento da glicemia de 
jejum (> 20 mg/dL) ou no aumento da 
concentração de hidrogênio no ar 
expirado, após dose padronizada da 
lactose administrada em jejum; 
 
 
Terapia Nutricional 
- a ON deve ser personalizada, em razão 
da variabilidade da intolerância a 
lactose; 
- alguns não necessitam excluir 
totalmente o leite da alimentação, porém 
o consumo de lactose deve ser reduzido; 
- produtos como queijos, iogurtes, 
coalhadas e leite fermentado podem ser 
tolerados pela maioria dos indivíduos que 
apresentam hipolactasia do tipo adulto, 
seja por teor reduzido de lactose ou pela 
presença de parte da atividade de 
betagalactosidase; 
- queijos do tipo minas (frescal, meia-cura 
e curado), prato, muçarela, gouda, estepe, 
requeijão, coalho e queijo manteiga 
apresentam baixo nível de lactose em 
relação ao leite; 
- no início, uma boa estratégia é a 
exclusão completa da lactose até a 
remissão dos sintomas e, posteriormente, 
faz-se a reintrodução gradual; 
 
Alergia alimentar 
- reações adversas aos alimentos; 
- ocorre uma falha da supressão da 
resposta imunológica a uma determinada 
proteína; 
- alimentos com maior risco de 
desencadear alergia: leite de vaca, ovo, 
soja, amendoim e frutos do mar, 
incluindo peixes; 
- aleitamento natural exclusivo: melhor 
prevenção da alergia alimentar; 
Manifestações clínicas 
- dependem das características do 
indivíduo, do tipo de alimento 
desencadeante e do mecanismo 
fisiopatológico envolvido; 
- mecanismos mediados por IgE são 
responsáveis pelas reações imediatas que 
ocorrem minutos ou horas após a ingestão 
do alérgeno alimentar, desencadeando 
manifestações clínicas respiratórias, 
gastrointestinais e, nos casos mais graves, 
o sistema cardiovascular; 
 geralmente ocorre em adultos, 
associando-se a alimentos como o 
peixe, crustáceos, amendoim e 
algumas castanhas; 
 manifestações cutâneas podem 
variar de urticária até dermatite 
herpetiforme, incluindo 
angioedema; 
- mecanismos mediados e não mediados 
por IgE podem estar envolvidos e tem 
relação com alimentos como frutas, 
vegetais, peixes e frutos do mar; 
- nos casos em que há acometimento 
cardiovascular, a anafilaxia aos alimentos 
é a mais temida, pois são graves e 
potencialmente fatais. 
- os alimentos mais envolvidos nos 
processos anafiláticos são: leite, clara de 
ovo, amendoim, castanhas, peixes, frutos 
do mar e trigo; 
Terapia nutricional – dieta de exclusão ou 
dieta de eliminação 
- o principal objetivo do manejo dietético 
é a retirada das proteínas da dieta, as 
quais estão relacionadas com os sintomas 
clínicos; 
- a dieta de exclusão/eliminação deve ser 
utilizada por pacientes com sintomas 
persistentes; 
- permite confirmar a suspeita da alergia 
alimentar quando ocorre 
desaparecimento dos sintomas e 
reaparecimento após a reintrodução 
do(s) alimento(s) suspeitos; 
- em lactentes e crianças maiores, 90% 
das alergias ocorrem com leite, trigo, ovo, 
amendoim e soja; 
- nos adolescentes e adultos, amendoim, 
nozes, peixe e marisco são responsáveis por 
85% das reações alérgicas; 
- a dieta de exclusão tem os seguintes 
objetivos: 
 eliminar ou proscrever da dieta 
aqueles alimentos relacionados à 
sintomatologia ou aqueles 
considerados muito alergênicos; 
 evitar alimentos industrializados 
ou todos aqueles dos quais não é 
possível conhecer sua composição; 
 promover oferta energética e de 
nutrientes suficiente para atender 
às necessidades do indivíduo; 
 reintroduzir gradativamente os 
alimentos excluídos da dieta de 
acordo com a resposta clínica;

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