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Carla Bertelli – 4° Período 1 – Compreender a fisiopatologia, epidemiologia, manifestações clínicas, causas e diagnósticos das principais alergias e intolerâncias alimentares; 2 – Entender os mecanismos imunológicos desencadeados em uma alergia; 3 – Citar os principais alimentos que desencadeiam estes problemas. As alergias alimentares são reações adversas aos alimentos devido a mecanismos imunológicos. A maioria das reações adversas se deve a várias formas de intolerância alimentar, que são as reações não imunológicas. Dos componentes de uma dieta balanceada (carboidratos, lipídios e proteínas), é í . Os carboidratos e os lipídios estão relacionados principalmente à intolerância alimentar. é (geralmente resultando em reações alérgicas sistêmicas agudas) ou por linfócitos T (normalmente resultando em sintomas gastrointestinais crônicos). Pode ser definida como uma reação adversa a um alimento devido a uma resposta imunológica anormal após a exposição (ingestão). Existem vários tipos de alergias, as alergias alimentares são amplamente categorizadas por processos mediados por IgE ou não mediados por IgE (como por exemplo enterocolite induzida por proteína alimentar, dermatite de contato mediada por células a alimentos). Mais de 90% das reações alérgicas em crianças são causadas por seis alimentos, quais sejam, proteína do leite de vaca, ovo, amendoim, trigo, soja e amêndoa, enquanto no adulto são o amendoim, a amêndoa, os peixes e frutos do mar os maiores responsáveis. Em alguns grupos de alimentos, especialmente as amêndoas e os frutos do mar, a alergia a um alimento membro desta família em geral acarreta alergia a todos os outros alimentos da família, o que é chamado de reação cruzada. ó A hidrólise proteolítica, que ocorre no tubo digestivo, promove a quebra das proteínas intactas, transformando-as em oligopeptídios e, principalmente, tri, di e monopeptídios, teoricamente sem propriedades antigênicas. É, pois, um dos mecanismos naturais de defesa contra a alergia alimentar. Na digestão apropriada, 98% das proteínas ingeridas são absorvidas pela mucosa como oligopeptídios e aminoácidos. Apenas pequena quantidade de proteínas alergênicas escapa à digestão (proteólise intraluminal e intracelular por enzimas lisossômicas) e Carla Bertelli – 4° Período correm o risco de serem absorvidas como macromoléculas. Após a absorção, as proteínas alergênicas penetram os espaços intercelulares, ganhando os linfáticos e a corrente circulatória. Além disso, as células M estão em contato íntimo com células do tecido linfoide, que podem captar o antígeno. :h o primeiro evento para a sensibilização. Ao captar o antígeno, o linfócito sensibilizado passa por processos de diferenciação, transformando-se em plasmócitos, que iniciam a produção de anticorpos específicos, principalmente de IgA, secretados no trato gastrintestinal. Os anticorpos específicos formam complexos com os seus respectivos antígenos no lúmen intestinal, evitando sua absorção subsequente. çã é Uma vez sensibilizados, os linfó citos B se diferenciam e iniciam a produção de moléculas de IgE, que se ligam aos mastócitos presentes na parede do tubo digestivo, especialmente na submucosa e na lâmina própria da mucosa. Em exposição subsequente ao mesmo alergênio da dieta, este pode ligar-se a duas moléculas contíguas de IgE na parede do mastócito e ativá-las. A ativação dos mastócitos resulta na degranulação e liberação de mediadores químicos pré-formados e na geração de mediadores secundários. As consequências imediatas no trato alimentar são: aumento da permeabilidade vascular, produção aumentada de muco, contração da musculatura lisa, edema das vilosidades, estimulação de fibras nervosas de dor e recrutamento de células inflamatórias. A anafilaxia local, ao aumentar a permeabilidade da barreira mucosa, facilita a passagem à circulação de novas macro moléculas antigênicas. Quando atingem outros órgãos alvo, elas disparam novamente os mecanismos de reação anafilática (hipersensibilidade imediata) e levam às manifestações extraintestinais de alergia alimentar. – São referidas como imediatas porque os sinais e sintomas geralmente ocorrem rapidamente após a ingestão do alimento, raramente ocorrendo reações de até duas horas ou mais. A envolve a ativação subida e generalizada de mastócitos e basófilos. Em relação a , estima-se que a alergia alimentar afete 5% dos adultos, em comparação a 8% das crianças. As teorias sobre a alergia alimentar estar aumentando em adultos incluem o envelhecimento da geração de crianças em que a incidência de alergia alimentar aumentou ou a presença de fatores que predispõe crianças e adultos ao desenvolvimento de alergia alimentar. As alergias alimentares podem se desenvolver em qualquer idade, embora a maioria apareça pela primeira vez na infância. – Existem vários fatores que podem levar ao desenvolvimento da sensibilização, ou seja, da formação de IgE a uma substancia específica. • Exposição e sensibilização ao pólen está presente na maioria dos pacientes com síndrome de alergia oral, e a maioria tem doença alérgica concomitante das vias aéreas (renite ou asma) • Exposições ocupacionais (inalação ou contato), podem levar a sensibilização. • Picadas repetidas de carrapatos ou picadas de água-viva podem causar sensibilização a carnes vermelhas e certos produtos da soja. • As exposições cutâneas a proteína hidrolisada do tripo em sabonetes faciais tem sido associado à anafilaxia induzida pelo exercício dependente do tripo. • Mudanças repentinas na dieta – Prurido, urticária, rubor, inchado nos lábios, rosto ou garganta, náusea, vômitos, caibras, diarreia, chiado, tontura, sincope ou hipotensão. A urticária aguda é provavelmente a manifestação cutânea mais comum das reações Carla Bertelli – 4° Período alimentares mediadas por IgE, aparecendo poucos minutos após a ingestão do alimento causador. A gravidade das reações mediadas por IgE é variável e imprevisível, de modo que o individuo pode desenvolver urticária em uma ocasião, mas uma anafilaxia com risco de vida na próxima ingestão. é – Embora qualquer alimento possa causar alergia mediada por IgE, alguns alimentos causam a maioria dessas reações. Peixes ou frutos do mar e amendoins ou nozes são os dois grupos de alimentos que causam a maioria das alergias. A maioria dos alérgenos são proteínas. Diferente do que pensamos, pesticidas, aditivos e corantes artificiais são raras de causar alergias. • Síndrome da Alergia Oral – Também chamada de Síndrome de Alergia Alimentar ao Pólen, é a forma mais comum de alergia alimentar em adultos. É uma forma geralmente leve de alergia alimentar causada pelo contato da boca e da garganta com fritas e vegetais crus. Os sintomas são coceira e leve inchaço da boca, face, lábios, língua e garganta. É mediada por IgE, e é uma forma de alergia de contato que se desenvolve em pacientes sensibilizados a pólens A OAS é causada pela presença de proteínas termolábeis (como as profilinas) nesses alimentos que são reativas cruzadas com proteínas alergênicas do pólen. • Alergias a Frutos do Mar – É a segunda mais comum. A maioria dos pacientes alérgicos a frutos do mar são alérgicos a um ou mais peixes/mariscos/moluscos. • Alergias a Amendoim e Nozes – Podem variar de leves a graves e normalmente se iniciam na infância. • Alergias ao Leite de Vaca e Laticínios – As reações alérgicas às proteínas do leite de vaca em adultos são complicadas pela intolerância à lactose, que aumenta com a idade. – Existem várias apresentações incomuns de alergia alimentar mediada por IgE, como dependente de alimentos, anafilaxia induzida por exercício, alergia tardia à carne vermelha,alergias alimentares ocupacionais. – O manejo inicial para pacientes com possíveis alergias alimentares mediadas por IgE incluem avaliar se o paciente precisa de um auto injetor de epinefrina, além de aconselhamento sobre como evitar esse alimento e alimentos com potencial de reação cruzada. Uma avaliação de alergia típica começa com um histórico detalhado de reações passadas para identificar o provável alimento culpado e o mecanismo provável O teste para alergias alimentares mediadas por IgE pode ser realizado com testes cutâneos ou imunoensaios in vitro para IgE específica para o alimento em questão. O teste cutâneo é o método preferido para o diagnóstico de alergia alimentar na maioria dos casos, pois costuma ser mais sensível e o valor preditivo negativo é alto. ó - A presença de IgE específica para alimentos ou um teste cutâneo positivo para um alimento demonstra que o paciente está “sensibilizado” a esse alimento e indica possível alergia. O diagnóstico definitivo de uma alergia alimentar mediada por IgE requer tanto sensibilização e histórico de sinais e sintomas consistentes na exposição a esse alimento. Não existem critérios bem definidos para o diagnóstico de alergias alimentares [14]. Os dois testes de primeira linha utilizados no diagnóstico de alergias alimentares detectam a presença de IgE específica dos alimentos e são o teste de hipersensibilidade cutânea imediata (skin prick test) e a determinação dos níveis de IgE específica no soro (teste de IgE específica no soro in vitro utiliza geralmente extratos comerciais na avaliação de alergia alimentar. Este teste é realizado através da colocação de uma gota do extrato do alergénio na pele e da punção da pele sobre a gota, com leitura dos resultados após 15 a 20 minutos. A formação de uma pápula de diâmetro pelo menos 3 mm superior ao controlo negativo (excipiente da solução) é considerada positiva. Caso Carla Bertelli – 4° Período o resultado seja negativo utilizando extratos de alimentos, deve ser realizado novo teste com alimentos frescos Uma resposta negativa ao prick test (juntamente com a ausência de IgE específica para os alimentos) exclui, virtualmente, uma reação mediada por IgE, mas não elimina o diagnóstico de intolerância alimentar. A determinação dos níveis de IgE específica no soro constitui o segundo exame a realizar no diagnóstico de alergia alimentar, uma vez que este é mais dispendioso e demorado relativamente ao prick test. çã Consiste na oferta de alimentos ou placebos em doses crescentes e intervalos regulares. É considerado padrão ouro para o diagnóstico da AA, porém, devido aos altos custos, tempo dispensando para a realização do procedimento e a probabilidade de reações graves, sua prática clínica é limitada í - Essa dosagem é capaz de detectar 95% dos casos de AA mediadas por IgE. Em algumas situações, o teste cutâneo pode ser substituído por este tipo de dosagem. - A esofagite eosinofílica e a síndrome da enterocolite induzida por proteína alimentar (FPIES) são formas não mediadas por IgE de alergia alimentar. A dermatite de contato mediada por células às proteínas dos alimentos (geralmente observada em pacientes que trabalham no processamento de alimentos) é outra forma, embora se acredite que seja incomum. A doença celíaca é outro tipo de reação imunológica aos alimentos, embora geralmente não seja classificada como alergia alimentar e seja discutida em detalhes separadamente. Refere-se a dificuldade de digerir ou metabolizar um determinado alimento. Os distúrbios são um subconjunto de todas as reações adversas e alimentos. São mais comuns em pacientes com síndrome do intestino irritável e outros distúrbios gastrointestinais. Os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pelas intolerâncias alimentares consistem em: á – Intolerância enzimática: os erros inatos do metabolismo devidos a defeitos enzimáticos podem afectar a digestão e absorção de hidratos de carbono, lípidos ou proteínas e çõ ó – causara por aminas vasoativas (dopamina, histamina) e outras substancias presentes nos alimentos que manifestam atividade farmacológica. As intolerâncias alimentares não são alergias imunológicas e não apresentam o mesmo risco. A intolerância alimentar geralmente envolve o sistema digestivo, a quantidade de alimento ingerido está relacionada com a gravidade dos sintomas. as intolerâncias alimentares tendem a ocorrer mais tardiamente após a ingestão do alimento causal (horas a dias) e manifestam-se geralmente por intestino irritável, cefaleias, enxaquecas, fadiga, alterações do comportamento ou urticária. Podem também ocorrer sintomas de asma em alguns doentes, bem como uma reação anafilactóide, que sucede ocasionalmente. Carla Bertelli – 4° Período Abrangem desde deficiências enzimáticas (como a subdiagnosticada deficiência de lactase) e outras doenças gastrintestinais, até reações a corantes (tartrazina), contaminantes acidentais (metais pesados, anti bióticos, pesticidas) e agentes farmacológicos naturais em alguns alimentos (cafeína, tirarnina), passando por aversão psicológica, que resulta em intolerância ao alimento ingerido. As í í das intolerâncias alimentares atravessam um espectro de sistemas orgânicos e variam entre os diferentes distúrbios, embora a maioria envolva sintomas gastrointestinais proeminentes. Gases intestinais excessivos, inchaço, dor abdominal e diarreia são sintomas comuns. A quantidade do alimento ingerido tende a estar mais diretamente relacionada à gravidade dos sintomas Alguns exemplos de intolerâncias alimentares incluem: • ê - A intolerância à lactose apresenta-se como inchaço, flatulência, cólicas abdominais e/ou diarreia após o consumo de lactose em produtos lácteos • á çã – Intolerância à frutose apresenta-se com inchaço, flatulência ou diarreia após a ingestão de frutas e adoçantes à base de frutas (incluindo xarope de milho rico em frutose). • ê í - A deficiência de aldeído desidrogenase se apresenta como rubor após o álcool e é mais prevalente em pessoas de ascendência asiática. • ê – A deficiência de G6PD apresenta hemólise (geralmente em homens) após a ingestão de favas, vinho tinto, legumes, mirtilos, soja, água tônica ou certos medicamentos • â á – Flatulência, dor abdominal, inchaço ou diarreia após alimentos contendo oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis • A enxaqueca pode ser considerada uma manifestação de intolerância alimentar se for desencadeada por certos alimentos em um paciente específico, e alimentos com alto teor de aminas biogênicas foram implicados. • çã ó – Pacientes com distúrbios de mastócitos podem apresentar episódios de ativação de mastócitos na ausência de alergia alimentar mediada por IgE. Os sintomas episódicos podem incluir rubor, prurido, urticária, diarreia ou cólicas abdominais após alimentos condimentados ou envelhecidos, bem como álcool. • – Acredita-se que a sensibilidade aos sulfitos ingeridos afeta desproporcionalmente os pacientes com asma grave que podem apresentar sibilos em resposta aos sulfitos na dieta. ó - Diferentes testes laboratoriais podem ser utilizados no diagnóstico de intolerâncias alimentares, nomeadamente medição da atividade enzimática em biópsias intestinais, identificação de determinadas mutações genéticas específicas e testes respiratórios do hidrogénio para diagnóstico de intolerâncias a alguns hidratos de carbono (frutose, lactose e sacarose). O teste respiratório do hidrogénio consiste na medição da quantidade de hidrogénio presente no ar expirado após ingestão do hidrato de carbono a testar. Em caso de malabsorção, o hidrato de carbono ingerido sofre metabolização pelas bactérias presentes nocólon com produção de hidrogénio, metano, dióxido de carbono e ácidos gordos, sendo que uma pequena 19 quantidade do hidrogénio produzido é absorvido e eliminado durante a primeira passagem pelos pulmões Plano alimentar de eliminação – Quando se suspeita que uma reação adversa é provocada por um determinado alimento, o que geralmente é sugerido Carla Bertelli – 4° Período pela história clínica, é possível recorrer a planos alimentares de eliminação, de forma a suprimir os sintomas do doente e a confirmar esta hipótese diagnóstica. Os planos alimentares de eliminação devem ser prescritos com base nos resultados dos testes laboratoriais. Food intolerance and food allergy in adults: An overview - UpToDate. (n.d.). Retrieved August 8, 2022, from DANI, Renato. Gastroenterologia essencial. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Intolerâncias Alimentares. (n.d.). Retrieved August 9, 2022, fromhttps://webcache.googleusercontent.com/search?q=cac he:fLMDVAmyITIJ:https://eg.uc.pt/bitstream/10316/80971/1/I ntoler%25C3%25A2ncias%2520Alimentares.pdf&cd=1&hl=p t-BR&ct=clnk&gl=br A resposta imunológica pode nos causar dano, e a esse dano chamamos de Hipersensibilidade. Em algumas situações a resposta imune leva a um dano celular ou tecidual no nosso corpo e pode ocorrer por 3 principais motivos: Reações de Autoimunidade – Passa a atacar e reconhecer células do nosso próprio corpo como antígenos Reações Excessivas contra Microrganismos – Ocorre quando nosso organismo exagera na resposta contra um agente invasor, levando a uma inflamação local. Reações Contra Antígenos Ambientes – Ocorre quando antígenos, que não são patógenos, como um grão de pólen, por exemplo, passa a atacar e reagir contra ele. – á Mediada por IgE É referida como hipersensibilidade anafilática as reações alérgicas comuns, como a asma. Primeiro ocorre um contato com o antígeno → Esse antígeno leva a criação de anticorpos → Presença do Antígeno leva ao processo de çã ó ó . E essa desgranulação desencadeia esse processo alérgico. Os mastócitos tem sítios de ligação para anticorpos do tipo IgE, que se ligam aos mastócitos ou basófilos e desgranulam ele Mediador mais comum expulso na desgranulação é a Histamina Pode ser localizada ou sistêmica, além de ter potencial para choque anafilático. Carla Bertelli – 4° Período – ó Desencadeada contra antígenos presos nas superfícies das nossas células – é uma hipersensibilidade comum entre as transfusões sanguíneas (sistema ABO) Ocorrem reações de incompatibilidade sanguínea – quando um sangue entranho entra em um tipo de sangue diferente ele leva a destruição dessas hemácias (lise). Como por exemplo, se o grupo sanguíneo B for transfundido para o A, eles sofrem lise. O anticorpo se liga ao antígeno da superfície da hemácia ‘’estranha’’ e a lisa. – Antígeno livre no soro/circulação – não está ligada a nenhuma célula ou elementos do nosso corpo. Ocorre a formação de um complexo antígeno+anticorpo que forma um imunocomplexo que se deposita no endotélio dos vasos ou tecidos e inflama o local – É a única que não é mediada por anticorpo – são as próprias células do sistema imune que levam a essa situação, é um processo que demora mais a acontecer. Sensibilização - entra em contato com antígeno e leva a produção de células T -> vão levar ume estágio de desencadeamento e atraem outras células de defesa -> levam um processo inflamatório local • Proteína do Leite da Vaca - os principais alérgenos são a caseína e as proteínas do soro de leite, α-lactoalbumina e a ß-lactoglobulina • Trigo - Os grãos de cereais partilham de proteínas homólogas com pólens de gramíneas, o que explica a sua alta taxa de sensibilização. Nas respostas alérgicas ao trigo, o inibidor de α- amilase é um dos alérgenos com maior participação na AA mediada por IgE nas frações proteicas albumina e/ou globulina. É a mais frequente, em comparação com os outros tipos de cereais. A doença celíaca é uma enteropatia auto-imune, na qual após contato com o glúten (presente em cereais como o trigo, a cevada, e o centeio), o organismo gera uma reação imunológica, não mediada por IgE, e o indivíduo produz anticorpos contra as células do seu próprio intestino. • Ovo - mais frequente nos primeiros anos de vida, e tende à remissão, posteriormente. Os principais componentes que desencadeiam a reação alérgica são as glicoproteínas, ovomucoide e ovoalbumina, da clara, bem como a livetina, da gema. • Amendoim • Peixe - Mais comum entre os adultos e as parvalbuminas são os alérgenos envolvidos • Frutos do Mar - A maioria são alergias múltiplas a mariscos, tais como a lagosta, carangue-jo e camarão. Os indivíduos podem de-senvolver urticária, angiodemas, asma e quadros de anafilaxia. • Frutas - Há uma conhecida reatividade cruzada entre alérgenos do lá-tex e algumas frutas. Estima-se que quase metade dos alérgicos ao lá- tex apresentem reatividade a algumas frutas, porém uma fração bem menor dos pacientes que apresentam reações a frutas desenvolverão alergia ao látex. Sabe-se que as frutas mais Carla Bertelli – 4° Período classicamen-te relacionadas a síndrome látex- fruta são: banana, abacate, maracujá, papaia e kiwi. â • Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca - É a forma mais branda da intolerância a essa proteína. Ocorre má digestão do glúten, cujos resíduos podem se alojar na parede intestinal, causando sintomas (dor abdominal, flatulência, alterações do hábito intestinal, e manifestações sistêmicas tais como, confusão mental, cefaleia, cansaço, Etc • Intolerância a lactose - Ocorre quando os indivíduos tem a deficiência da lactase, enzima intestinal responsável por digerir a lactose (açúcar presente no leite). Com isso, este açúcar fica livre para exercer seu efeito osmótico (aumenta a entrada de líquidos no intestino), o que pode causar desconforto abdominal, diarreia e outros sintomas. • Intolerância à Histamina - Acontece devido à redução da atividade da enzima responsá-vel pela sua degradação. Quando indivíduos consomem ali-mentos ricos em histamina como vinhos, determinados quei-jos, carnes curadas ou defumadas, temperos, apresentam sin-tomas como coriza, dor de cabeça e outros similares à alergia. ABBAS, A. K., LICHTMAN, A. H. Imunologia Básica. 8° ed. COICO, R.; SUNSHINE, G. Imunologia. DELVES, P.J et al. Roitt, Fundamentos de Imunologia.
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