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Oclusão Arterial Aguda

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 
Interrupção abrupta do fluxo sanguíneo 
arterial, levando a uma isquemia aguda dos 
tecidos previamente irrigados; 
 
 Fluxo insuficiente de oxigênio 
e nutrientes (glicose, 
aminoácidos) para as 
necessidades metabólicas 
exigidas pelos tecidos e 
consequente dificuldade de 
remoção dos metabólitos 
desses mesmos tecidos; 
 Gravidade da isquemia 
depende da extensão da 
oclusão e da presença ou 
ausência de circulação colateral; 
 
 
 
 A. fibular → termina no tornozelo; 
 A. tibial anterior e posterior → formam o arco 
plantar; 
 Se for uma oclusão crônica, que se desenvolve 
lentamente, há tempo da circulação colateral se 
desenvolver, não acarretando tantas complicações 
quanto a oclusão aguda; 
 Embolia: formação de um coágulo que se desloca 
pela circulação, causando obstrução em algum ponto 
distante do local de formação; 
o Cardíaca (causa mais comum de embolia); 
o Arterial → placa de ateroma, aneurisma arterial; 
 Trombose: formação do trombo no local de oclusão; 
o Própria artéria; 
o Reconstrução arterial; 
 Trauma; 
Isquemia Crônica. 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 
 
 
 Placa de ateroma; 
 Embolia; 
 Definir etiologia: 
o Trombose → doença arterial prévia; 
o Embolia → Cardiopatia de base; 
→ Paciente com DAOP pode trombosar e ter uma 
oclusão aguda; 
 
 Caracterizar o êmbolo como sendo de origem 
cardíaca ou não-cardíaca: 
o Cardíacos (FA, IAM, outras) → 80%; 
o Não-cardíacos (aneurisma, paradoxais) → 10%; 
Características Obstrução 
arterial aguda 
Trombose 
venosa 
profunda 
Iníco Súbito Gradual 
Veias 
superficiais 
Colabadas Ingurgitadas 
Edema Ausente Presente 
Temperatura Reduzida Normal ou 
quase 
Pulsos Ausentes Presentes 
Elevação do 
membro 
Piora Melhora 
Característica Embolia Trombose 
Início Aguda Aguda e 
subaguda; 
gradual 
Dor Aguda e 
intensa 
Moderada/intensa 
Antecedentes 
de 
claudicação 
Ausentes ou 
raros 
Presentes 
Doença 
cardíaca 
Frequente Ocasional 
 
 
Cor do 
membro 
Pálido (céreo 
amarelo-
limão); 
mosqueado 
cianótico 
Pálido; 
mosqueado 
cianótico 
Déficit do 
pulso no 
membro 
contralateral 
 
Pouco 
frequente; 
pulso 
contralateral 
normal 
Frequente; pulsos 
de ambos os 
membros 
afetados; 
Presença de 
sopros no 
membro 
contralateral 
Pouco 
frequente 
Frequente 
Fonte 
emboligênica 
Frequente 
(fibrilação 
atrial) 
Manos comum 
 
 
 
 
 
Angiografia 
Sinais 
mínimos de 
doença 
aterosclerótica; 
imagem da 
oclusão em 
taça invertida; 
pouca ou 
nenhuma 
circulação 
colateral 
Sinais de doença 
aterosclerótica 
difusa; imagem 
de oclusão 
irregular; 
circulação 
colateral 
desenvolvida 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
o Outras origens ou idiopáticos → 10%; 
 Êmbolos cardíacos: 
o Fibrilação atrial: êmbolo surge de trombos murais 
atriais (maioria); 
o IAM: êmbolo surge de trombos murais 
ventriculares; 
o Próteses valvulares cardíacas: suspeitar no início 
súbito de isquemia; 
→ Pacientes com válvulas metálicas utilizam anticoagulantes 
justamente para evitar embolia; 
o Endocardite bacteriana ou micótica: êmbolos 
mais periféricos e com complicações sépticas; 
o Causas mais raras: 
 Tumor intracardíaco (mixomas atriais); 
 Embolização paradoxal (defeitos intracardíacos 
+ ↑ das pressões cardíacas à D); 
o Embolização de uma artéria para outra: causa 
isquemia de extremidades decorrente de placas 
ateroscleróticas → “Síndrome dos dedos azuis”; 
o Locais mais comuns: 
 Bifurcação da aorta → 10%; 
 Bifurcação da ilíaca → 14%; 
 Bifurcação femoral → 39%; 
 Poplíteo → 10%; 
 MMSS → A. braquial → 10%; 
 Cerebral →12%; 
o Êmbolos tendem a alojar-se nas bifurcações, onde 
o diâmetro do vaso diminui → na bifurcação 
femoral, é o local onde diminui mais 
abruptamente, por isso é o local mais comum; 
o Êmbolos a cavaleiro: oclui na bifurcação da aorta 
→ podem resultar em isquemia grave bilateral dos 
MMII e lesão neural; raro; 
 Ocorre em vasos afetados por aterosclerose 
preexistente; 
 Há algum grau de circulação colateral → isquemia 
resultante é menos grave; 
 A. femoral superficial → vaso periférico mais 
acometido; 
 Aneurismas da A. poplítea são sujeitos à trombose → 
amputação do membro; 
 Trombose vascular distal das extremidades devido 
à sepse ou aos estados de hipercoagulabilidade → 
isquemia grave; 
o Paciente de UTI, hipotenso, em sepse → uso de 
vasopressor → vasoconstrição periférica → lesão 
endotelial → necrose de extremidades; 
 Trombose aguda de enxerto arterial prévio → 
pode provocar recorrência de isquemia; 
o Erros técnicos (oclusão precoce); 
o Formação de hiperplasia da íntima (oclusão 
intermediária); 
 Paciente de Paraíso do Sul, 79 anos, tabagista, 
hipertenso. Tem dor em MID há 20 dias, com piora 
desde ontem. Está com o membro frio e cianótico. Não 
tem histórico de claudicação. E a dor é na 
perna/panturrilha e não no pé. Ele não mexe mais os 
dedos e o tornozelo mexe com bastante dificuldade. A 
dor iniciou há 20 dias, mas teve um período de melhora 
e ontem ficou muito intensa, com dor em repouso e sem 
alívio. 
 
 
 
 
 
→ Diagnóstico: Aneurisma de artéria ilíaca direita + 
trombose secundária devido ao aneurisma; 
→ Tratamento: trombectomia seletiva da perna + coxa 
+ femorofemoral cruzado; 
Síndrome dos dedos azuis. 
Na angiotomografia: aneurisma de artéria ilíaca direita. 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
Paciente idoso, tabagista, DAOP crônico, com 
ITU de repetição, hipotenso (80x40 mmHg), Tºax: 39ºC; 
MIE cianótico → sepse urinária seguida de hipotensão 
com trombose de leito distal → DAOP crônico com 
trombose aguda. 
 
 Anticoagulação com bolo de heparina IV; 
 Arteriografia inicial; 
 Revascularização através de pontes cirúrgicas → 
longo segmento de oclusão; 
 Recanalização do vaso por terapia trombolítica com 
cateter + angioplastia com balão → curto segmento 
de oclusão; 
 Anticoagulação com bolo de heparina IV; 
 Amputação primária do membro; 
 Revascularização rápida; 
o Ponte de safena; 
o Angioplastia por balão; 
 Embolectomia com balão (tratamento de escolha 
na maioria dos casos) → retirada rápida do êmbolo 
com cateter de Fogarty; 
o Quanto mais cedo realizar a embolectomia, menor a 
chance de amputação; 
 Infusão arterial direta de trombolíticos; 
 
Resistência dos tecidos á isquemia 
Tecido Tempo que resiste à falta 
complete de circulação 
Nervoso Até 1h 30 min 
Muscular Até 4 hrs 
Vasos Até 6 hrs 
Pele e subcutâneo 12 a 24 hrs 
Ósseo 24 a 48 hrs 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Quando o membro é submetido a isquemia grave 
(geralmente embolia), ocorre disfunção da membrana 
celular devido aos radicais livres; 
 A fase de reperfusão é marcada pelo surgimento de 
edema intracelular e intersticial; 
 Íons intracelulares, proteínas estruturais e enzimas 
são liberadas para a circulação; 
 A mioglobina é filtrada nos rins, resultando em urina 
escura (sem hemácias); 
 Paciente pode fazer: 
o Insuficiência renal aguda; 
o Arritmia cardíaca; 
o Síndrome compartimental; 
 Aumento da pressão no interior de um espaço 
osteofascial fechado (ex.: músculos – fáscia - da 
perna), que reduz a perfusão capilar até um nível 
inferior àquele necessário para que seja mantida a 
viabilidade dos tecidos; 
o Maior risco em revascularização após 4-6 h de 
isquemia grave; 
o Nos MMII → panturrilha é a área mais acometida; 
1º - anterior; 
2º - lateral; 
3º - posterior profundo; 
4º superficial; 
 Na coxa → compartimento anterior do quadríceps; 
 Nos MMSS → compartimento anterior do antebraço; 
 Dor intensa → sintoma mais precoce; 
 Pulso periférico e enchimento capilar presentes; 
 Panturrilha: 
 Dor acentuada à compressão daárea edemaciada; 
 Desconforto à extensão passiva com dorsiflexão ou 
flexão plantar do pé; 
 Dormência na região interdigital do hálux; 
 Tratamento: fasciotomia → realização de duas 
incisões (uma medial e uma lateral) → incisiona a 
fáscia, liberando a musculatura, visando melhorar o 
endurecimento e tensão) 
 Diagnóstico precoce é a chave para um bom 
prognóstico; 
 Diagnóstico questionável: medições diretas dentro 
dos compartimentos ou aparelhos manuais → 
pressão > 30 mmHg; 
 Conduta geral: 
o Descompressão rápida para prevenir lesão 
permanente e incapacitante; 
o Fasciotomia dos 4 compartimentos com incisões de 
pele de todo o local; 
o Profilática após 6 h ou mais de isquemia grave; 
o Manter aberta as incisões por 48h; 
o Ressecção da fíbula ou dissecção dos tecidos ao 
redor de um segmento deste osso; 
 Trombose Embolia 
Idade + velho + jovem 
História de 
cludicação 
Presente Ausente 
Outros pulsos Ausentes Normais 
Sopro em 
outras artérias 
Presente Ausente 
Cardiopatia Ausente Presente 
 
 
Arteriografia 
→ Placas de 
ateroma 
 
→ Circulação 
colateral 
→ Artérias lisas 
 
→ Imagem de 
taça invertida

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