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Estudo de Caso Avaliativo - Intervenções em Contextos Escolares e Educacionais

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Estudo de Caso Avaliativo 
Intervenções em Contextos Escolares e Educacionais 
Profª. Dra. Ana Cristina Pontello Staudt 
Jênifer Caroline Pacheco da Rosa Ribeiro 
___________________________________________________________________ 
 
Com base no caso descrito, descreva possíveis ações de atuação do psicólogo 
escolar frente à situação apresentada, tanto a nível individual quanto coletivo, 
envolvendo diferentes atores da escola e, consequentemente, diferentes 
estratégias a serem pensadas. 
 
O caso apresentado refere-se a VN, de nove anos e do sexo masculino, 
estudante do quinto ano do ensino fundamental, em uma escola privada. Além disso, 
possui diagnóstico de Transtorno de Conduta (TC) associado a Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Os dois transtornos quando associados 
representam um desafio para pais e professores em virtude das dificuldades que as 
crianças passam em vários aspectos do seu desenvolvimento afetando, 
consequentemente, o processo de aprendizagem e o rendimento escolar (MELLO, 
2015, p. 11612). 
Segundo relatado, VN já faz avaliação com uma equipe multiprofissional 
especializada, no entanto, sabe-se que o uso da medicação repassada a ele não é 
realizado de forma constante, agravando alguns sintomas que são percebidos em 
sala de aula. Para isso, faz-se necessário a elaboração de um plano de intervenção 
e acompanhamento supervisionado desse plano a nível individual, de modo que se 
possa checar a regularidade do uso da medicação. Além disso, os pais e professores 
devem ser orientados quanto às possíveis manifestações de ambos os distúrbios, 
assim como a adaptação de VN ao ano em que se encontra (CASSINS et al, 2007, p. 
39). 
A história familiar de VN possui questões que a classificam como “conturbada”, 
podendo assim ser identificada devido aos conflitos gerados pela separação conjugal 
dos pais, desvínculo com irmão mais velho que não possui convivência com ele, 
violência física praticada pela mãe e também mudança de ambiente ocasionada pela 
transferência da guarda provisória ao pai, após as insistentes agressões cometidas 
pela mãe. Nesse sentido, o Psicólogo Escolar pode adotar uma visão sistêmica para 
acompanhar VN também fora do ambiente escolar, podendo assim observar a sua 
família mais de perto e levantar hipóteses sobre as influências que recaem sobre ele 
de forma negativa no ambiente escolar (Andrada, 2004, p. 6). 
Outro detalhe relevante ao caso refere-se ao carinho de VN pela mãe mesmo 
com as agressões infligidas pela mesma. Ele age com os colegas da mesma forma 
que a mãe para com ele, ainda que alterne entre essa faceta e a de afetuosidade para 
com a professora e os colegas. Silva, Ribeiro e Marçal (2004, p. 89) citam que: “(...) 
ambos os pais precisam ser chamados para uma entrevista familiar” e, partir da 
devolutiva “(...) deve-se verificar a compreensão sobre a origem dos conflitos e 
dificuldades que estão enfrentando, podendo pensar, com o profissional, em 
alternativas que possam ajudá-lo”. 
Ainda, é importante que VN participe do processo e possa ser considerado 
como ativo dentro das situações, dessa forma todos os indivíduos implicados nesse 
processo poderão: 
“(...) encontrar soluções para os seus desafios pessoais, com o máximo de 
autonomia, e sintam que as soluções para os seus problemas lhes 
pertencem, porque quanto mais isso ocorrer, menor será o risco de 
idealização do psicólogo” (SILVA; RIBEIRO, MARÇAL, 2004, p. 89). 
 
A escola de VN foi descrita como fundamental para o seu diagnóstico, 
auxiliando na orientação para que os pais buscassem ajuda na identificação dos 
sintomas de agressividade em sala de aula. No entanto, mais que a nível individual, 
a escola precisa se colocar como participante desse processo de modo que ela se 
implique no desenvolvimento de VN. Ao Psicólogo Escolar, cabe assessorar a escola 
na compreensão e amplitude de seu papel, em seus limites e possibilidades 
(CASSINS et al, 2007, p. 23). 
Em seu processo de aprendizagem, ele possui dificuldades associadas ao 
TDAH, no entanto relata-se que ele desenvolve bem atividades relacionadas a 
raciocínio lógico. Ao que também foi relatado, tanto a Professora como a 
Coordenadora Pedagógica de VN concluíram a idade mental de VN criaram um plano 
diferenciado a ele correspondente a idade que julgaram ser aceitável para sua 
aprendizagem. A partir dessas afirmações, o Psicólogo Escolar deve agir sobre a 
camada da escola para realizar uma intervenção com a equipe, Professora e 
Coordenadora, no desenvolvimento de técnicas inclusivas para trabalhar com VN 
considerando seu desenvolvimento como um todo e o papel da comunidade escolar 
no aumento das potencialidades de alunos com diferentes níveis de aprendizagem. 
 
Referências 
ANDRADA, Edla Grisard Caldeira de. Intervenção Sistêmica e Psicologia Escolar: 
focalizando o atendimento de famílias na escola. 2004. Monografia (Especialista em 
Terapia Familiar e de Casal). Instituto Familiare, Santa Mônica, Florianópolis, 2004. 
p. 6. 
 
CASSINS, Ana Maria et al. Manual de Psicologia Escolar - Educacional. Curitiba: 
Gráfica e Editora Unificado, 2007. p. 23-39. 
 
MELLO, Cheila Dionisio. TDAH Associado ao Transtorno de Conduta: os desafios no 
processo de aprendizagem. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 12, 2015, 
Curitiba. Anais [...]. Curitiba: PUCPR, 2015. p. 11612. 
 
SILVA, Silvia Maria Cintra da; RIBEIRO, Maria José; MARÇAL, Viviane Prado Buiatti. 
Entrevistas em Psicologia Escolar: reflexões sobre o ensino e a prática. Psicologia 
Escolar e Educacional: São Paulo, v. 8, n. 1, 2004, p. 89.

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