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Conteúdo: CONTROLE E QUALIDADE DOS ALIMENTOS Fernanda de Mello Luciana Gibbert Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147 Revisão técnica: Sandra Muttoni Nutricionista e Professora. Especialista em Nutrição Clínica e Dietética Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral Mestre em Medicina – Ciências Pneumológicas R639c Mello, Fernanda Robert de. Controle e qualidade dos alimentos / Fernanda Robert de Mello , Luciana Gibbert ; revisão técnica : Sandra Muttoni. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 189 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-243-0 1. Alimentos - Controle e qualidade. 2. Qualidade dos produtos. I. Gibbert, Luciana. II. Título. CDU 664 Iniciais_Controle e qualidade dos alimentos.indd 2 10/10/2017 12:05:08 Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conhecer a regulamentação de segurança alimentar. Identi� car a legislação brasileira de segurança alimentar. Veri� car a legislação internacional de segurança alimentar. Introdução De acordo com a comissão do código sanitário da junta da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organi- zação Mundial da Saúde (OMS), a higiene dos alimentos compreende as medidas preventivas necessárias para a preparação, a manipulação, o armazenamento, o transporte e a venda de alimentos, para garantir produtos inócuos, saudáveis e adequados ao consumo humano. Os requisitos de higiene, como parte dos padrões de identidade e qualidade (PIQ), compreendem as medidas sanitárias concretas e as demais disposições necessárias para a obtenção de um alimento puro, comestível e de qualidade comercial. No Brasil, o controle sanitário de alimentos é uma responsabilidade compartilhada entre órgãos e entidades da administração pública (INME- TRO, Ministério de Minas e Energia, PROCON, DECON), com destaque para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). U N I D A D E 3 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 81 10/10/2017 10:09:12 Em termos internacionais, destaca-se a importância do Codex Ali- mentarius, responsável pelas diretrizes internacionais que auxiliam na regulamentação das leis sanitárias de diversos países, inclusive do Brasil. Neste capítulo, você vai compreender a regulamentação de segurança alimentar e conhecer a legislação brasileira e internacional de segurança alimentar. Regulamentação de segurança alimentar O comércio internacional de alimentos e as viagens internacionais estão aumentando. Os resultados são importantes benefícios socioeconômicos, mas também há a disseminação de doenças ao redor do mundo. Nas duas últimas décadas, os hábitos alimentares têm passado por mudanças em muitos países, acarretando no desenvolvimento de novas técnicas de produção, preparação e distribuição de alimentos. Portanto, o controle efi caz de higiene se tornou imprescindível para que consequências prejudiciais, decorrentes de doenças e danos provocados pelos alimentos à saúde humana e à economia, sejam evitadas. Todos – agricultores e cultivadores, fabricantes e processadores, manipuladores de alimentos e consumidores – têm a responsabilidade de garantir que o alimento seja seguro e adequado para o consumo. Toda indústria de alimentos deve cumprir a legislação vigente aplicada aos seus produtos/processos, porém, na última década, intensificou-se a importân- cia desse assunto para as empresas que buscam certificação, já que normas, como ISO 22000 e BRC, incluíram tais itens como fatores primordiais para um sistema de gestão da qualidade e segurança do alimento eficaz. A partir daí, as políticas de qualidade passaram a explicitar o cumprimento das normas vigentes e, com isso, o assunto ganhou mais notoriedade. Mas, se por um lado é crescente a valorização de alimentos tradicionais, por outro há fortes pressões de órgãos de fiscalização sobre a produção tradicional no sentido da legalização e do atendimento a normas e regras sanitárias, o que apresenta custos restritivos para a maioria dos produtores desse tipo de alimento. Daí emerge a discussão em torno de critérios de qualidade, os quais nos levam a refletir sobre a relação entre modos e escalas de produção, qua- lidade e, no limite, entre modelos de produção e abastecimento de alimentos. O volume do comércio de produtos alimentares ao redor do mundo é avaliado entre 300 e 400 bilhões de dólares americanos, de acordo com a FAO. Com a crescente urbanização das populações, até mesmo os países em Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos82 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 82 10/10/2017 10:09:13 desenvolvimento estão se tornando mais dependentes do comércio global e do processamento alimentar para o seu consumo interno. É importante que as grandes cadeias de fornecimento alimentar, desde a produção até ao consumidor, sejam mantidas seguras, com produtos de boa qualidade e apropriados para consumo. Esses requisitos causam um impacto nos setores empresariais, como pro- cessadores alimentares e produtores em todos os países, à medida que os consumidores exigem cada vez mais qualidade e segurança. Produtores e pro- cessadores que participam na exportação de alimentos para outros países estão sujeitos às suas próprias regulamentações nacionais e também às imposições rígidas das normas e dos regulamentos dos principais países importadores. A implementação da segurança alimentar envolve uma complexa mistura de leis, normas e boas práticas aceitas, envolvendo governos, organizações internacionais (p. ex., OMC), organizações de indústrias (p. ex., a GFSI e a BRC), agências de investigação, organismos de independentes (p. ex., a IFS) e organismos de certificação independentes. Padrões de segurança alimentar Os padrões de segurança alimentar ajudam as empresas a estabelecer proces- sos de fabricação para que possam produzir produtos seguros que estão em conformidade com a legislação da segurança alimentar e atender aos níveis de qualidade esperados pelos consumidores. Eles geralmente são formulados por organismos independentes adotados por empresas de processamento de alimentos e verificados por organismos de avaliação certificados. A Iniciativa Global para a Segurança Alimentar (GFSI) é um organismo que foi criado por fabricantes e retalhistas de nível mundial, em 2000, para fornecer sistemas de gestão da segurança alimentar por intermédio da liderança e da orientação. A GFSI facilita a colaboração entre os especialistas de segurança alimentar na fabricação, nas empresas de serviços alimentares e também nas organizações internacionais, nos governos, nas academias e nos serviços provedores para a indústria alimentar global. A GFSI cria o ponto de referência para as normas de segurança alimentar e dá aprovação para aqueles que atingem o seu padrão para os padrões. Os padrões globais para a segurança alimentar da BRC foram os primeiros a serem aprovados pela GFSI e são os mais utilizados pelo mundo inteiro. Isso estabelece sete seções para um sistema de segurança alimentar eficaz: 83Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 83 10/10/2017 10:09:13 1. Compromisso da gestão sênior e melhoria contínua. 2. O plano de segurança alimentar: programa de HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) com base nos requisitos do sistema do Codex Alimentarius. 3. Sistema de gestão de segurança e qualidade alimentar: especificações do produto, aprovação de fornecedor, rastreabilidade, gestão de incidentes e recuperações de produto com base nos princípios da ISO 9000. 4. Requisitos das instalações: layout e manutenção dos edifícios e dos equipamentos, da limpeza, do controle de pragas, da gestão de resíduos e do controle de corpos estranhos.5. Controle do produto: design e desenvolvimento de produto, incluindo gestão de alergênicos, proveniência dos produtos e ingredientes, emba- lamento do produto, inspeção do produto e testes realizados ao mesmo. 6. Controle de processos: controle de processos seguros, controle de peso/ volume e calibração de equipamentos, garantindo que é implementado o plano de HACCP. 7. Pessoal: normas para a formação do pessoal, roupas de proteção e higiene pessoal. Codex Alimentarius O ponto de referência global para produtores, processadores, consumidores, agências de segurança alimentar nacionais e o comércio internacional de alimentos é o Codex Alimentarius. O Codex Alimentarius é um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), criado em 1963, com o objetivo de estabelecer normas inter- nacionais na área de alimentos, incluindo padrões, diretrizes e guias sobre Boas Práticas e Avaliação de Segurança e Eficácia. Seus principais objetivos são proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas leais de comércio entre os países. Atualmente, 187 países membros e a União Europeia, além de 238 observadores (57 organizações intergovernamentais, 165 organizações não governamentais e 16 organizações das Nações Unidas) participam do Codex Alimentarius. Apesar de os documentos do Codex Alimentarius serem de aplicação vo- luntária pelos membros, eles são utilizados em muitos casos como referências para a legislação nacional dos países. A Resolução das Nações Unidas 39/248, de 1985, recomenda que os governos adotem, sempre que possível, as normas Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos84 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 84 10/10/2017 10:09:13 e as diretrizes do Codex Alimentarius ao formular políticas e planos nacionais relacionados a alimentos. Assim, embora as normas, as diretrizes e as recomendações adotadas pelo Codex não sejam vinculantes no contexto das legislações alimentares nacionais, os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) são incentivados a harmonizar suas legislações nacionais com as normas internacionais. Além disso, essas normas podem ser usadas como referências para a dissolução de controvérsias em disputas pelo comércio de alimentos. O Codex estimulou países a introduzirem uma nova legislação alimentar e padrões de acordo com o Codex, bem como a estabelecer ou a fortalecer as agências responsáveis pelo controle de conformidade com os regulamentos. O Brasil é membro do Codex Alimentarius desde a década de 1970 e é um dos países da América Latina que tem maior tradição de participação nos trabalhos do programa. O país foi indicado, no período de 1991 a 1995, para ser o coordenador do Comitê Regional da FAO/OMS para a América Latina e para o Caribe (CCLAC) e, em seguida, foi eleito o membro do Comitê Exe- cutivo da Comissão do Codex Alimentarius (CCEXEC), como representante geográfico para a América Latina e para o Caribe (1995 a 2003). O Brasil presidiu, também, a força tarefa de sucos de frutas, no período de julho de 1999 a julho de 2005, que teve como missão revisar todas as normas Codex para esse produto e irá sediar, em 2017, a 11ª reunião do Comitê Codex de Contaminantes de Alimentos (CCCF). O Ministério das Relações Exteriores é o ponto focal do comitê brasileiro com a Comissão do Codex Alimentarius (CAC). A coordenação da partici- pação do país no programa Codex Alimentarius é exercida desde 1980 pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), quando foi criado o Comitê do Codex Alimentarius do Brasil (CCAB), instituído pela Resolução CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) nº 01, de 17 de março de 1980 e reestruturado por meio das Resoluções CONMETRO nº 07, de 26 de julho de 1988, nº 01, de 16 de junho de 1989, nº 12, de 24 de agosto de 1992, e nº 05, de 26 de maio de 1993. O CCAB é composto por 13 membros de órgãos do governo, das indús- trias e de órgãos de defesa do consumidor, incluindo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- tecimento (MAPA), Ministério das Relações exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qua- lidade Industrial (INMETRO), Ministério da Justiça, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Instituto de Defesa dos Consumidores (IDEC), 85Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 85 10/10/2017 10:09:13 Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Confederação Nacional do Comércio (CNC). Foram criados no âmbito do CCAB, à semelhança da estruturação do Codex, grupos técnicos específicos cuja função básica é identificar os segmentos interessados nos vários temas que possam fornecer subsídios ou pareceres sobre os documentos específicos frutos dos trabalhos do Codex. Aos grupos técnicos compete analisar e avaliar as matérias submetidas a exame pelos respectivos comitês, a fim de elaborar posições a serem submetidas ao CCAB para as reuniões internacionais dos comitês do Codex. Para tanto, reuniões presenciais e discussões eletrônicas são realizadas durante todo o ano com a participação de membros de setores do governo, da indústria, de universidades e da sociedade civil. Ao longo dos anos, as pautas desses grupos que refletem a agenda das reuniões dos comitês dos Codex têm crescido em quantidade de temas e na relevância destes, tanto para a saúde como para a economia. A delegação brasileira nas reuniões dos comitês do Codex é responsável por: a) defender a posição brasileira acordada e aprovada pelo CCAB; b) apresentar documento de discussão quando a coordenação da redação do grupo de trabalho é de responsabilidade do Brasil; e c) coordenar eventuais reuniões do grupo de trabalho durante a reunião internacional. Dessa forma, a participação de representantes da agência nas reuniões é fundamental, pois envolve discussões técnicas em que são tomadas importantes decisões com impacto no controle sanitário de alimentos e que subsidiam o trabalho da área de alimentos. Legislação brasileira de segurança alimentar No Brasil, existe a estrutura de regulação em alimentos, que engloba, essencial- mente, quatro entidades: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Saúde/ANVISA, INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) ligado ao Ministério da Justiça. Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos86 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 86 10/10/2017 10:09:14 Em 2014, no Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geo- grafia e Estatística), havia 43.169 fabricantes de alimentos sujeitos à vigilância sanitária (esse número, provavelmente, é bem maior hoje) e 60,1% do valor total de produção de produtos industrializados sujeitos à vigilância sanitária são representados pela indústria de alimentos. A Lei nº 8080/1990 instaurou o Sistema Único de Saúde (SUS) no Bra- sil e a Lei nº 9782/1999 definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), criando a ANVISA. A partir dessas leis, ocorreu a descentralização das atividades de vigilância sanitária e das ações, em que cada ente federado (secretarias de saúde dos estados e municípios) é autônomo na fiscalização e na inspeção dos estabelecimentos, não havendo subordinação direta à ANVISA. No entanto, a ANVISA coordena essas ações. Em 05 de fevereiro de 2016, foi publicado um regimento interno na ANVISA, alterando a estrutura dos grupos responsáveis pela regulação de alimentos. Hoje, existem 3 grupos: a GGALI (Gerência Geral de Alimentos),que possui, essencialmente, foco no registro de produtos e elaboração de regulamentos técnicos específicos para determinados produtos e rotulagem; a GIALI/GGFIS (Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Alimentos), cujo trabalho é a coordenação da fiscalização, a inspeção sanitária dos estabelecimentos, a comunicação dos riscos em alimentos e a regulamentação das Boas Práticas de Fabricação (BPF); e a GGMON (Gerência Geral de Monitoramento), que realiza o monitoramento de produtos sujeitos à vigilância sanitária. A GIALI está, atualmente, elaborando a agenda regulatória para o período de 2017 a 2020 e prevê 4 principais tendências em mudanças regulatórias, planejadas ou já iniciadas pela GIALI/GGFIS: 1. Isenção de registro sanitário de produtos: há uma tendência a desburo- cratizar o processo e reduzir o número de produtos que estarão sujeitos ao registro sanitário. A resolução vigente no momento que trata desse assunto é a RDC nº 27/2010 e, quando comparada às resoluções ante- riores revogadas (Resolução nº 23/2000 e RDC nº 278/2005), nota-se uma diminuição no número de produtos que possuem obrigatoriedade de registro sanitário. 2. Fortalecer ações pós-mercado, com aprofundamento na inspeção e na fiscalização das BPFs e com a verificação do cumprimento dos regulamentos técnicos aplicáveis: as leis atuais relacionadas às BPFs para a indústria alimentícia, que já são bastante difundidas (Portaria nº 1428/1993, Portaria nº 326/1997 e RDC nº 275/2002), ainda representam um desafio na aplicação e na inspeção, principalmente porque precisam 87Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 87 10/10/2017 10:09:14 de atualizações; o SNVS é muito heterogêneo e descentralizado, ca- bendo a fiscalização para cada estado e município, além da dificuldade de comunicação, embora a GIALI/GGFIS esteja coordenando ações conjuntas de inspeções investigativas com as VISAs estaduais e mu- nicipais, justamente para minimizar esse problema; falta de recursos; falta de informações disponíveis e acessíveis; o setor regulado é muito diversificado, além de haver muita informalidade. 3. Publicação de regulamentos específicos de BPF: já existem algumas leis de BPF para setores específicos, tais como a RDC nº 172/2003 para industrializadores de amendoins. Os regulamentos específicos de BPFs estão no interesse da agenda regulatória da GIALI/GGFIS até 2020 e, em breve, deve haver novidades em relação à publicação de leis de BPFs para o setor de embalagens e para as águas adicionadas de sais. As leis para regulamentação da propaganda de alimentos também fazem parte do radar da agenda regulatória. 4. Fortalecimento da comunicação de riscos: em 2009, foi criada a REALI (Rede de Alerta e Comunicação de Riscos em Alimentos), cujo objetivo principal é atuar rapidamente quando há comunicação de situações reais ou potenciais de risco à saúde do consumidor. A REALI ainda está se desenvolvendo e a ideia é que se torne mais robusta. Ela recebe dados do MAPA, do Ministério da Justiça, das VISAs estaduais, dos demais grupos dentro da ANVISA e de outras fontes nacionais, além de comu- nicação pelo RASFF (Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Ração da União Europeia) e INFOSAN (Rede Internacional de Autoridades em Inocuidade de Alimentos), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2016, a REALI publicou 35 comunicações de risco (que exigem medidas imediatas), 21 alertas (que sinalizam possíveis riscos e podem requerer medidas preventivas), 15 notícias ou orientações e 5 atualizações. Houve aumento considerável da atividade e dos dados da REALI, de 2011 até 2016, em especial pela publicação da RDC nº 24/2015, que regulamenta o recolhimento de alimentos. A publicação da RDC nº 216/ANVISA, que torna obrigatórias as Boas Práticas em lanchonetes e restaurantes, entre outros serviços de alimentação, tornou-se um marco na normatização federal. Por essa RDC, os padrões nacionais foram estabelecidos para padronizar os procedimentos, tanto de fiscalização quanto de produção em serviços de alimentação. O regulamento técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, aprovado por essa resolução, abrange os procedimentos que devem ser adotados Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos88 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 88 10/10/2017 10:09:14 nos serviços de alimentação a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias ao alimento preparado. Ele teve grande divulgação realizada pela ANVISA pela cartilha sobre as Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Essa publicação foi o marco referencial na manipulação de alimentos e na ação das vigilâncias sanitárias no país. Para que ocorra a aplicabilidade da RDC nº 216, um dos pontos críticos é o referente à documentação e ao registro e também à responsabilidade das atividades de manipulação em que há de se fiscalizar esse item de forma a requerer, dos serviços de alimentação, a capacitação técnica em Boas Práticas de manipulação daquele responsável, item esse pouco aplicável aos serviços de alimentação existentes. No Brasil, o controle sanitário de alimentos é uma responsabilidade compartilhada entre órgãos e entidades da administração pública (INMETRO, Ministério de Minas e Energia, PROCON, DECON) com destaque para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). À ANVISA cabe a regulamentação, o controle e a fiscalização de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública, como bens e produtos de consumo submetidos ao controle e à fiscalização sanitária, dos quais alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contami- nantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários são alvos de suas incumbências. Já ao MAPA cabe a inspeção dos alimentos exclusivamente de origem animal (carnes, leite, ovos, mel, pescados e seus derivados), bebidas em geral (não alcoólicas, alcoólicas e fermentadas) e vegetais in natura. Legislação internacional de segurança alimentar União Europeia A União Europeia (EU) criou a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, em 2002, como fonte de aconselhamento científi co independente. Na EU, a indústria de alimentos e bebidas é o maior setor de produção em termos de emprego e valor acrescentado. A União Europeia é, também, é um dos maiores importadores do mundo de produtos alimentares e o maior exportador 89Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 89 10/10/2017 10:09:15 mundial de alimentos processados e bebidas com um valor de exportação de 43 bilhões de euros em 2013, de acordo com a Comissão Europeia. A UE negoceia acordos de comércio para os países membros e representa todos os países membros na OMC para acordos comerciais multilaterais. Negociou acordos bilaterais com membros de todos os principais blocos comerciais, como países da OCDE, o Conselho de Cooperação do Golfo, o Mercosul, os países da Andina, entre outros. Todas as medidas nacionais e da UE são guiadas pelos princípios gerais alimentares da lei descrita na Regulamentação Geral da Alimentação (CE) nº 178/2002. Estas abrangem todas as fases da produção, do processamento e da distribuição de alimentos e ração animal. Os objetivos gerais da Legislação Alimentar Europeia são: garantir um elevado nível de proteção da vida humana e da saúde e a proteção dos interesses dos consumidores; garantir práticas justas no comércio de produtos alimentares, tendo em conta a saúde e o bem-estar animal, saúde da flora e da fauna; garantir a livre circulação de alimentos e rações fabricadas e comer- cializadas na União Europeia; facilitar o comércio global de segurança alimentar e de alimentos seguros e saudáveis levando em conta as normas e os acordos internacionais. outros regulamentos sobre a higiene dos alimentos foram introduzidos em 2004: ■ regulamento (CE) 852/2004 relativo à higiene dos gêneros alimentícios; ■ regulamento (CE) 853/2004, que estabelece regras específicas de higiene para alimentos de origem animal; ■ regulamento (CE) 854/2004, relativo a regras específicas de organi- zação dos controles oficiais de produtos de origem animal destinados ao consumo humano. Essas regras deram as responsabilidades sobre a segurança alimentar às empresas alimentares, especificando que a aplicação geral dos procedimentos deve se basear nos princípios do HACCP (Análise de Perigos e Controle de Pontos Críticos). Os regulamentos também especificaram a elaboração de guias de boas práticas de higiene para processos específicos com o objetivo de ajudar as empresas a cumprirem as regras. Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos90 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 90 10/10/2017 10:09:15 Reino Unido O governo britânico estabeleceu a independente Agência de Padrões Alimen- tares (FSA), em 2001, reunindo várias agências existentes em um corpo para promover padrões por meio da cadeia alimentar e para aconselhar o governo. Índia A Índia introduziu a Lei de Normas e Segurança Alimentar, em 2006, que consolidou diversas organizações, para criar a Autoridade de Segurança e Padrões Alimentar da Índia (FSSAI). Estados Unidos (EUA) Os EUA são o maior exportador e o segundo maior importador de produtos agrícolas. O país desenvolveu a Legislação Alimentar Federal em matéria de transformação de alimentos, no entanto, já fi cou para trás em relação a outros países desenvolvidos. Aproximadamente 48 milhões de pessoas sofrem com doenças de origem alimentar e 128 mil são hospitalizadas anualmente de acordo com estimativas dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 2010. Alimentos contaminados têm gerado custos adicionais de bilhões de dólares à indústria de produção e processamento de alimentos em recuperações, vendas perdidas e despesas jurídicas. Surtos de doenças sérias, mas preveníveis, de origem alimentar, uma rápida expansão recente em escala global, a complexidade do sistema alimentar e as ameaças de bioterrorismo estimularam o congresso dos EUA a introduzir uma nova lei: o Ato de Modernização da Segurança Alimentar (FSMA). Essa é a primeira medida importante em termos de Legislação Federal sobre segurança alimentar desde 1938. O FSMA foi assinado como lei pelo presidente Obama em 4 de janeiro de 2011. Essa lei coloca uma grande ênfase na garantia da segurança alimentar e da saúde pública, usando a ação preventiva, ao invés de reagir após incidentes de contaminação. Isso mudará o papel da Food and Drug Administration (FDA) à medida que o ato se impõe ao longo dos próximos anos. O ato autoriza, legalmente, o FDA a exigir controles preventivos abrangentes, com base na ciência de toda a cadeia de abastecimento alimentar. 91Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 91 10/10/2017 10:09:15 A nova escala de responsabilidades da FDA significa que deve confiar em inspeções por outras agências federais, estaduais e locais do país, bem como construir parcerias e acordos com outras organizações para efetuar inspeções de instalações em outros países. Como requerimento do ato, é imposto à FDA a elaboração de um conjunto de regras que especifiquem os requisitos detalhados desse ato. Estas incluem as Boas Práticas de Fabricação atuais e a Análise de Perigos e Controles Pre- ventivos de Risco para a Alimentação Humana, emitido em setembro de 2015. As regras exigem que as instalações de produção alimentar possuam um plano de segurança alimentar que inclua: análise de perigos e controles preventivos; supervisão e gestão dos controles preventivos; monitorização, correções e ações corretivas (documentadas); e a verificação desses controles preventivos implementados. A nova Análise de Perigos e Controles Preventivos de Risco (HARPC) se aplica a todas as instalações, exceto aos abrangidos pelos regulamentos do USDA (carne, aves, ovos), agricultores e cultivadores, produtores de frutos do mar e sumos, processamento de enlatados de baixo teor de ácido e pequenas empresas (abaixo dos 500 mil dólares de valor comercial). As regras também atualizam as BPFs atuais (GMPs) para fabricação, processamento e embalamento ou suporte de alimentos humanos. Algumas disposições anteriormente voluntárias passaram a ser vinculativas, incluindo a educação e a formação dos funcionários. Os funcionários devem ter “a combinação necessária de educação, formação e/ou experiência necessária para produzir, processar, embalar ou manter o alimento limpo e seguro” e ainda receber formação nos princípios da higiene alimentar e segurança alimentar, incluindo a importância da higiene e da saúde do trabalhador. As grandes empresas têm um ano para implementar as regras (ou seja, em setembro de 2016), dois anos para empresas de médio porte e três anos para as pequenas empresas. O FSMA também autoriza o FDA a exigir que os alimentos importados tenham os mesmos padrões que os alimentos domésticos, juntamente com os poderes de controle, por isso há consequências globais para as empresas de produção e processamento de alimentos. Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos92 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 92 10/10/2017 10:09:15 China Desde que a China entrou para a Organização Mundial do Comércio, em 2001, o comércio com o resto do mundo aumentou dramaticamente e forneceu uma estimulação para aderir aos padrões internacionais. O país é um dos principais importadores de alimentos, sendo o maior mercado para os EUA e tendo agora 20% de todas as exportações de alimentos dos Estados Unidos. A China também reforçou recentemente as suas leis de segurança ali- mentar. Em 2009, após uma série de escândalos alimentares e as mudanças nas leis de outros países, foi aprovada uma legislação semelhante ao que já existia nos outros países em relação às normas, à inspeção, às importações e às exportações, bem como à resposta a incidentes de segurança de alimentos. 1. Toda indústria de alimentos deve cumprir a legislação vigente aplicada aos seus produtos/ processos, porém na última década intensificou-se a importância desse assunto para as empresas que buscam certificação, já que normas incluíram tais itens como fatores primordiais para um Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança do Alimento eficaz. A respeito da Regulamentação de segurança alimentar, assinale a alternativa correta a) A implementação da segurança alimentar esta condicionada a um órgão especifico que é responsável pela fiscalização de leis exclusivas voltadas a segurança de alimentos. b) Os Padrões Globais para a Segurança Alimentar da BRC foram os primeiros a ser aprovados pela Iniciativa Global para a Segurança Alimentar (GFSI) , que é um organismo criado pelo governo brasileiro que disponibiliza apoio as empresas brasileiras na busca da segurança dos alimentos. c) O Codex Alimentarius é ponto de referência global para produtores, processadores, consumidores, agências de segurança alimentar nacionais e o comércio internacional de alimentos. d) O Comitê do Codex alimentarius é composto por pesquisadores e lideranças governamentais americanas que direcionam as leis de segurança alimentar para o mundo todo. e) As normas estabelecidas pelo códex alimentarius devem ser seguidas por todos os países em forma de leis, caso não sejam 93Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 93 10/10/2017 10:09:16 estabelecidas o pais pode sofrer penalização internacional. 2. A legislação de segurança alimentar brasileira é direcionada e fiscalizada por um conjunto de quatro órgãos governamentais. Qual das alternativas abaixo apresentadois dos principais órgãos responsáveis pela segurança alimentar no Brasil a) Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministerio da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). b) Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). c) Universidades Federais e Instituto Adolf Lutz. d) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto Nacional de Metrologia IMETRO. e) Associação Brasileira das Industrias de Alimentação (ABIA) e Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). 3. No Brasil, o sistema leis de segurança alimentar é com posto por uma diversidade de normas, leis e regulamentos. A respeito da legislação brasileira de segurança alimentar assinale a alternativa correta a) O sistema de fiscalização brasileira é centralizado em um único órgão nacional que é responsável pela imposição das leis e controle do cumprimento em todos os estados e municípios brasileiros. b) A ANVISA é composta por um grupo único responsável pela regulação de alimentos desde o registro e rotulagem de alimentos ate a fiscalização sanitária. c) A ANVISA pretende intensificar o processo de burocratização de registros de produtos alimentícios a fim de garantir maior controle sanitário. d) A ANVISA pretende fortalecer ações pós-mercado, com aprofundamento na inspeção e fiscalização das BPF e verificação do cumprimento dos regulamentos técnicos aplicáveis: as leis atuais relacionadas às BPF para a indústria alimentícia, que já são bastante difundidas. e) A ANVISA pretende unificar as BPF criando uma lei única e centralizada que devera ser seguida por todas as áreas da produção e industrialização de alimentos. 4. Embora algumas diretrizes para a legislação de alimentos sejam comuns para diversos países, cada território apresenta algumas especificidades em relação a leis e fiscalização na área de alimentos. A respeito da legislação internacional de segurança alimentar, assinale a alternativa correta a) A União Europeia é um dos maiores exportadores do mundo de produtos alimentares e o maior importador mundial de alimentos processados e bebidas. b) A índia é um exemplo de pais que não possui leis especificas para alimentos e segue exclusivamente as leis sugeridas pelo Codex Alimentarius. c) A China apresenta resistência a adesão dos padrões Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos94 U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 94 10/10/2017 10:09:16 internacionais de segurança alimentar e por isso demonstra grande dificuldade e exportar e importar alimentos. d) Surtos de doenças sérias, mas preveníveis, de origem alimentar, uma rápida expansão recente em escala global, a complexidade do sistema alimentar e ameaças de bioterrorismo estimularam o Congresso dos EUA a introduzir uma nova lei: o Acto de Modernização da Segurança Alimentar (FSMA). Esta é a primeira medida importante em termos de Legislação Federal sobre segurança alimentar desde 1938. e) O Acto de Modernização de Segurança Alimentar (FSMA) e uma lei que deve abranger exclusivamente as grandes empresas internas americanas, não gerando impacto no mercado internacional e nos paises que exportam para os Estados Unidos. 5. Todas as medidas nacionais e da UE são guiadas pelos princípios gerais alimentares da Lei descrita na Regulamentação Geral da Alimentação (CE) 178/2002. Estas abrangem todas as fases da produção, processamento e distribuição de alimentos e ração animal. Assinale a alternativa que apresenta um objetivo geral da Legislação Alimentar Europeia a) Proibir e controlar a circulação de alimentos e rações fabricadas e comercializadas na União Europeia. b) Garantir práticas justas no comércio de produtos alimentares, tendo em conta a saúde e bem-estar animal, saúde da flora e da fauna. c) Garantir um elevado nível de proteção das indústrias e dos interesses comerciais dos produtos e industrializadores de alimentos. d) Facilitar o comércio interno de segurança alimentar e de alimentos seguros e saudáveis tendo em conta exclusivamente as normas e acordos nacionais. e) Incentivar a produção de alimentos industrializados para potencializar o mercado de exportação. 95Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 95 10/10/2017 10:09:16 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO. Compêndio da legislação de alimentos. São Paulo: ABIA, 1990. BRASIL. 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