Buscar

2 - Normas e padrões de qualidade - legislação de alimentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Conteúdo:
CONTROLE E 
QUALIDADE DOS 
ALIMENTOS
Fernanda de Mello
Luciana Gibbert
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
Revisão técnica:
Sandra Muttoni
Nutricionista e Professora. Especialista em 
Nutrição Clínica e Dietética
Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral 
Mestre em Medicina – Ciências Pneumológicas
R639c Mello, Fernanda Robert de.
 Controle e qualidade dos alimentos / Fernanda Robert 
 de Mello , Luciana Gibbert ; revisão técnica : Sandra Muttoni. 
 – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 189 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-243-0
 1. Alimentos - Controle e qualidade. 2. Qualidade dos 
 produtos. I. Gibbert, Luciana. II. Título.
CDU 664
Iniciais_Controle e qualidade dos alimentos.indd 2 10/10/2017 12:05:08
Normas e padrões de 
qualidade – legislação 
de alimentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conhecer a regulamentação de segurança alimentar.
  Identi� car a legislação brasileira de segurança alimentar.
  Veri� car a legislação internacional de segurança alimentar.
Introdução
De acordo com a comissão do código sanitário da junta da Organização 
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organi-
zação Mundial da Saúde (OMS), a higiene dos alimentos compreende 
as medidas preventivas necessárias para a preparação, a manipulação, 
o armazenamento, o transporte e a venda de alimentos, para garantir 
produtos inócuos, saudáveis e adequados ao consumo humano. 
Os requisitos de higiene, como parte dos padrões de identidade 
e qualidade (PIQ), compreendem as medidas sanitárias concretas e as 
demais disposições necessárias para a obtenção de um alimento puro, 
comestível e de qualidade comercial.
No Brasil, o controle sanitário de alimentos é uma responsabilidade 
compartilhada entre órgãos e entidades da administração pública (INME-
TRO, Ministério de Minas e Energia, PROCON, DECON), com destaque para 
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e para o Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
U N I D A D E 3 
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 81 10/10/2017 10:09:12
Em termos internacionais, destaca-se a importância do Codex Ali-
mentarius, responsável pelas diretrizes internacionais que auxiliam na 
regulamentação das leis sanitárias de diversos países, inclusive do Brasil.
Neste capítulo, você vai compreender a regulamentação de segurança 
alimentar e conhecer a legislação brasileira e internacional de segurança 
alimentar.
Regulamentação de segurança alimentar
O comércio internacional de alimentos e as viagens internacionais estão 
aumentando. Os resultados são importantes benefícios socioeconômicos, mas 
também há a disseminação de doenças ao redor do mundo. Nas duas últimas 
décadas, os hábitos alimentares têm passado por mudanças em muitos países, 
acarretando no desenvolvimento de novas técnicas de produção, preparação 
e distribuição de alimentos. Portanto, o controle efi caz de higiene se tornou 
imprescindível para que consequências prejudiciais, decorrentes de doenças 
e danos provocados pelos alimentos à saúde humana e à economia, sejam 
evitadas. Todos – agricultores e cultivadores, fabricantes e processadores, 
manipuladores de alimentos e consumidores – têm a responsabilidade de 
garantir que o alimento seja seguro e adequado para o consumo. 
Toda indústria de alimentos deve cumprir a legislação vigente aplicada aos 
seus produtos/processos, porém, na última década, intensificou-se a importân-
cia desse assunto para as empresas que buscam certificação, já que normas, 
como ISO 22000 e BRC, incluíram tais itens como fatores primordiais para 
um sistema de gestão da qualidade e segurança do alimento eficaz. A partir 
daí, as políticas de qualidade passaram a explicitar o cumprimento das normas 
vigentes e, com isso, o assunto ganhou mais notoriedade.
Mas, se por um lado é crescente a valorização de alimentos tradicionais, por 
outro há fortes pressões de órgãos de fiscalização sobre a produção tradicional 
no sentido da legalização e do atendimento a normas e regras sanitárias, o 
que apresenta custos restritivos para a maioria dos produtores desse tipo de 
alimento. Daí emerge a discussão em torno de critérios de qualidade, os quais 
nos levam a refletir sobre a relação entre modos e escalas de produção, qua-
lidade e, no limite, entre modelos de produção e abastecimento de alimentos.
O volume do comércio de produtos alimentares ao redor do mundo é 
avaliado entre 300 e 400 bilhões de dólares americanos, de acordo com a 
FAO. Com a crescente urbanização das populações, até mesmo os países em 
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos82
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 82 10/10/2017 10:09:13
desenvolvimento estão se tornando mais dependentes do comércio global e 
do processamento alimentar para o seu consumo interno.
É importante que as grandes cadeias de fornecimento alimentar, desde a 
produção até ao consumidor, sejam mantidas seguras, com produtos de boa 
qualidade e apropriados para consumo.
Esses requisitos causam um impacto nos setores empresariais, como pro-
cessadores alimentares e produtores em todos os países, à medida que os 
consumidores exigem cada vez mais qualidade e segurança. Produtores e pro-
cessadores que participam na exportação de alimentos para outros países estão 
sujeitos às suas próprias regulamentações nacionais e também às imposições 
rígidas das normas e dos regulamentos dos principais países importadores.
A implementação da segurança alimentar envolve uma complexa mistura 
de leis, normas e boas práticas aceitas, envolvendo governos, organizações 
internacionais (p. ex., OMC), organizações de indústrias (p. ex., a GFSI e a 
BRC), agências de investigação, organismos de independentes (p. ex., a IFS) 
e organismos de certificação independentes.
Padrões de segurança alimentar
Os padrões de segurança alimentar ajudam as empresas a estabelecer proces-
sos de fabricação para que possam produzir produtos seguros que estão em 
conformidade com a legislação da segurança alimentar e atender aos níveis 
de qualidade esperados pelos consumidores.
Eles geralmente são formulados por organismos independentes adotados 
por empresas de processamento de alimentos e verificados por organismos 
de avaliação certificados.
A Iniciativa Global para a Segurança Alimentar (GFSI) é um organismo 
que foi criado por fabricantes e retalhistas de nível mundial, em 2000, para 
fornecer sistemas de gestão da segurança alimentar por intermédio da liderança 
e da orientação.
A GFSI facilita a colaboração entre os especialistas de segurança alimentar 
na fabricação, nas empresas de serviços alimentares e também nas organizações 
internacionais, nos governos, nas academias e nos serviços provedores para 
a indústria alimentar global.
A GFSI cria o ponto de referência para as normas de segurança alimentar 
e dá aprovação para aqueles que atingem o seu padrão para os padrões. Os 
padrões globais para a segurança alimentar da BRC foram os primeiros a 
serem aprovados pela GFSI e são os mais utilizados pelo mundo inteiro. Isso 
estabelece sete seções para um sistema de segurança alimentar eficaz:
83Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 83 10/10/2017 10:09:13
1. Compromisso da gestão sênior e melhoria contínua.
2. O plano de segurança alimentar: programa de HACCP (Análise de 
Perigos e Pontos Críticos de Controle) com base nos requisitos do 
sistema do Codex Alimentarius.
3. Sistema de gestão de segurança e qualidade alimentar: especificações do 
produto, aprovação de fornecedor, rastreabilidade, gestão de incidentes 
e recuperações de produto com base nos princípios da ISO 9000.
4. Requisitos das instalações: layout e manutenção dos edifícios e dos 
equipamentos, da limpeza, do controle de pragas, da gestão de resíduos 
e do controle de corpos estranhos.5. Controle do produto: design e desenvolvimento de produto, incluindo 
gestão de alergênicos, proveniência dos produtos e ingredientes, emba-
lamento do produto, inspeção do produto e testes realizados ao mesmo.
6. Controle de processos: controle de processos seguros, controle de peso/
volume e calibração de equipamentos, garantindo que é implementado 
o plano de HACCP.
7. Pessoal: normas para a formação do pessoal, roupas de proteção e 
higiene pessoal.
Codex Alimentarius
O ponto de referência global para produtores, processadores, consumidores, 
agências de segurança alimentar nacionais e o comércio internacional de 
alimentos é o Codex Alimentarius. 
O Codex Alimentarius é um programa conjunto da Organização das Nações 
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da 
Saúde (OMS), criado em 1963, com o objetivo de estabelecer normas inter-
nacionais na área de alimentos, incluindo padrões, diretrizes e guias sobre 
Boas Práticas e Avaliação de Segurança e Eficácia. Seus principais objetivos 
são proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas leais de comércio 
entre os países. Atualmente, 187 países membros e a União Europeia, além 
de 238 observadores (57 organizações intergovernamentais, 165 organizações 
não governamentais e 16 organizações das Nações Unidas) participam do 
Codex Alimentarius. 
Apesar de os documentos do Codex Alimentarius serem de aplicação vo-
luntária pelos membros, eles são utilizados em muitos casos como referências 
para a legislação nacional dos países. A Resolução das Nações Unidas 39/248, 
de 1985, recomenda que os governos adotem, sempre que possível, as normas 
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos84
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 84 10/10/2017 10:09:13
e as diretrizes do Codex Alimentarius ao formular políticas e planos nacionais 
relacionados a alimentos. 
Assim, embora as normas, as diretrizes e as recomendações adotadas pelo 
Codex não sejam vinculantes no contexto das legislações alimentares nacionais, 
os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) são incentivados 
a harmonizar suas legislações nacionais com as normas internacionais. Além 
disso, essas normas podem ser usadas como referências para a dissolução de 
controvérsias em disputas pelo comércio de alimentos.
O Codex estimulou países a introduzirem uma nova legislação alimentar 
e padrões de acordo com o Codex, bem como a estabelecer ou a fortalecer as 
agências responsáveis pelo controle de conformidade com os regulamentos.
O Brasil é membro do Codex Alimentarius desde a década de 1970 e é 
um dos países da América Latina que tem maior tradição de participação nos 
trabalhos do programa. O país foi indicado, no período de 1991 a 1995, para 
ser o coordenador do Comitê Regional da FAO/OMS para a América Latina 
e para o Caribe (CCLAC) e, em seguida, foi eleito o membro do Comitê Exe-
cutivo da Comissão do Codex Alimentarius (CCEXEC), como representante 
geográfico para a América Latina e para o Caribe (1995 a 2003).
O Brasil presidiu, também, a força tarefa de sucos de frutas, no período de 
julho de 1999 a julho de 2005, que teve como missão revisar todas as normas 
Codex para esse produto e irá sediar, em 2017, a 11ª reunião do Comitê Codex 
de Contaminantes de Alimentos (CCCF).
O Ministério das Relações Exteriores é o ponto focal do comitê brasileiro 
com a Comissão do Codex Alimentarius (CAC). A coordenação da partici-
pação do país no programa Codex Alimentarius é exercida desde 1980 pelo 
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), quando 
foi criado o Comitê do Codex Alimentarius do Brasil (CCAB), instituído pela 
Resolução CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial) nº 01, de 17 de março de 1980 e reestruturado por meio 
das Resoluções CONMETRO nº 07, de 26 de julho de 1988, nº 01, de 16 de 
junho de 1989, nº 12, de 24 de agosto de 1992, e nº 05, de 26 de maio de 1993.
O CCAB é composto por 13 membros de órgãos do governo, das indús-
trias e de órgãos de defesa do consumidor, incluindo Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento (MAPA), Ministério das Relações exteriores (MRE), Ministério 
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Ministério da Ciência e 
Tecnologia (MCT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qua-
lidade Industrial (INMETRO), Ministério da Justiça, Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), Instituto de Defesa dos Consumidores (IDEC), 
85Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 85 10/10/2017 10:09:13
Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Confederação 
Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) 
e Confederação Nacional do Comércio (CNC). 
Foram criados no âmbito do CCAB, à semelhança da estruturação do Codex, 
grupos técnicos específicos cuja função básica é identificar os segmentos 
interessados nos vários temas que possam fornecer subsídios ou pareceres 
sobre os documentos específicos frutos dos trabalhos do Codex. Aos grupos 
técnicos compete analisar e avaliar as matérias submetidas a exame pelos 
respectivos comitês, a fim de elaborar posições a serem submetidas ao CCAB 
para as reuniões internacionais dos comitês do Codex. Para tanto, reuniões 
presenciais e discussões eletrônicas são realizadas durante todo o ano com a 
participação de membros de setores do governo, da indústria, de universidades 
e da sociedade civil. 
Ao longo dos anos, as pautas desses grupos que refletem a agenda das 
reuniões dos comitês dos Codex têm crescido em quantidade de temas e na 
relevância destes, tanto para a saúde como para a economia.
A delegação brasileira nas reuniões dos comitês do Codex é responsável 
por: 
a) defender a posição brasileira acordada e aprovada pelo CCAB; 
b) apresentar documento de discussão quando a coordenação da redação 
do grupo de trabalho é de responsabilidade do Brasil; e 
c) coordenar eventuais reuniões do grupo de trabalho durante a reunião 
internacional.
Dessa forma, a participação de representantes da agência nas reuniões é 
fundamental, pois envolve discussões técnicas em que são tomadas importantes 
decisões com impacto no controle sanitário de alimentos e que subsidiam o 
trabalho da área de alimentos.
Legislação brasileira de segurança alimentar 
No Brasil, existe a estrutura de regulação em alimentos, que engloba, essencial-
mente, quatro entidades: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(MAPA), Ministério da Saúde/ANVISA, INMETRO (Instituto Nacional de 
Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e Departamento de Proteção e Defesa 
do Consumidor (DPDC) ligado ao Ministério da Justiça. 
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos86
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 86 10/10/2017 10:09:14
Em 2014, no Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística), havia 43.169 fabricantes de alimentos sujeitos à vigilância 
sanitária (esse número, provavelmente, é bem maior hoje) e 60,1% do valor 
total de produção de produtos industrializados sujeitos à vigilância sanitária 
são representados pela indústria de alimentos.
A Lei nº 8080/1990 instaurou o Sistema Único de Saúde (SUS) no Bra-
sil e a Lei nº 9782/1999 definiu o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária 
(SNVS), criando a ANVISA. A partir dessas leis, ocorreu a descentralização 
das atividades de vigilância sanitária e das ações, em que cada ente federado 
(secretarias de saúde dos estados e municípios) é autônomo na fiscalização e na 
inspeção dos estabelecimentos, não havendo subordinação direta à ANVISA. 
No entanto, a ANVISA coordena essas ações. 
Em 05 de fevereiro de 2016, foi publicado um regimento interno na ANVISA, 
alterando a estrutura dos grupos responsáveis pela regulação de alimentos. 
Hoje, existem 3 grupos: a GGALI (Gerência Geral de Alimentos),que possui, 
essencialmente, foco no registro de produtos e elaboração de regulamentos 
técnicos específicos para determinados produtos e rotulagem; a GIALI/GGFIS 
(Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Alimentos), cujo trabalho 
é a coordenação da fiscalização, a inspeção sanitária dos estabelecimentos, a 
comunicação dos riscos em alimentos e a regulamentação das Boas Práticas 
de Fabricação (BPF); e a GGMON (Gerência Geral de Monitoramento), que 
realiza o monitoramento de produtos sujeitos à vigilância sanitária.
A GIALI está, atualmente, elaborando a agenda regulatória para o período 
de 2017 a 2020 e prevê 4 principais tendências em mudanças regulatórias, 
planejadas ou já iniciadas pela GIALI/GGFIS:
1. Isenção de registro sanitário de produtos: há uma tendência a desburo-
cratizar o processo e reduzir o número de produtos que estarão sujeitos 
ao registro sanitário. A resolução vigente no momento que trata desse 
assunto é a RDC nº 27/2010 e, quando comparada às resoluções ante-
riores revogadas (Resolução nº 23/2000 e RDC nº 278/2005), nota-se 
uma diminuição no número de produtos que possuem obrigatoriedade 
de registro sanitário.
2. Fortalecer ações pós-mercado, com aprofundamento na inspeção e 
na fiscalização das BPFs e com a verificação do cumprimento dos 
regulamentos técnicos aplicáveis: as leis atuais relacionadas às BPFs 
para a indústria alimentícia, que já são bastante difundidas (Portaria nº 
1428/1993, Portaria nº 326/1997 e RDC nº 275/2002), ainda representam 
um desafio na aplicação e na inspeção, principalmente porque precisam 
87Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 87 10/10/2017 10:09:14
de atualizações; o SNVS é muito heterogêneo e descentralizado, ca-
bendo a fiscalização para cada estado e município, além da dificuldade 
de comunicação, embora a GIALI/GGFIS esteja coordenando ações 
conjuntas de inspeções investigativas com as VISAs estaduais e mu-
nicipais, justamente para minimizar esse problema; falta de recursos; 
falta de informações disponíveis e acessíveis; o setor regulado é muito 
diversificado, além de haver muita informalidade.
3. Publicação de regulamentos específicos de BPF: já existem algumas 
leis de BPF para setores específicos, tais como a RDC nº 172/2003 para 
industrializadores de amendoins. Os regulamentos específicos de BPFs 
estão no interesse da agenda regulatória da GIALI/GGFIS até 2020 e, 
em breve, deve haver novidades em relação à publicação de leis de BPFs 
para o setor de embalagens e para as águas adicionadas de sais. As leis 
para regulamentação da propaganda de alimentos também fazem parte 
do radar da agenda regulatória. 
4. Fortalecimento da comunicação de riscos: em 2009, foi criada a REALI 
(Rede de Alerta e Comunicação de Riscos em Alimentos), cujo objetivo 
principal é atuar rapidamente quando há comunicação de situações reais 
ou potenciais de risco à saúde do consumidor. A REALI ainda está se 
desenvolvendo e a ideia é que se torne mais robusta. Ela recebe dados 
do MAPA, do Ministério da Justiça, das VISAs estaduais, dos demais 
grupos dentro da ANVISA e de outras fontes nacionais, além de comu-
nicação pelo RASFF (Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Ração 
da União Europeia) e INFOSAN (Rede Internacional de Autoridades 
em Inocuidade de Alimentos), ligada à Organização Mundial da Saúde 
(OMS). Em 2016, a REALI publicou 35 comunicações de risco (que 
exigem medidas imediatas), 21 alertas (que sinalizam possíveis riscos 
e podem requerer medidas preventivas), 15 notícias ou orientações e 
5 atualizações. Houve aumento considerável da atividade e dos dados 
da REALI, de 2011 até 2016, em especial pela publicação da RDC nº 
24/2015, que regulamenta o recolhimento de alimentos.
A publicação da RDC nº 216/ANVISA, que torna obrigatórias as Boas 
Práticas em lanchonetes e restaurantes, entre outros serviços de alimentação, 
tornou-se um marco na normatização federal. Por essa RDC, os padrões 
nacionais foram estabelecidos para padronizar os procedimentos, tanto de 
fiscalização quanto de produção em serviços de alimentação.
O regulamento técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, 
aprovado por essa resolução, abrange os procedimentos que devem ser adotados 
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos88
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 88 10/10/2017 10:09:14
nos serviços de alimentação a fim de garantir as condições higiênico-sanitárias 
ao alimento preparado. Ele teve grande divulgação realizada pela ANVISA 
pela cartilha sobre as Boas Práticas para Serviços de Alimentação. 
Essa publicação foi o marco referencial na manipulação de alimentos e 
na ação das vigilâncias sanitárias no país. Para que ocorra a aplicabilidade 
da RDC nº 216, um dos pontos críticos é o referente à documentação e ao 
registro e também à responsabilidade das atividades de manipulação em que 
há de se fiscalizar esse item de forma a requerer, dos serviços de alimentação, 
a capacitação técnica em Boas Práticas de manipulação daquele responsável, 
item esse pouco aplicável aos serviços de alimentação existentes.
No Brasil, o controle sanitário de alimentos é uma responsabilidade compartilhada 
entre órgãos e entidades da administração pública (INMETRO, Ministério de Minas 
e Energia, PROCON, DECON) com destaque para a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) e para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
À ANVISA cabe a regulamentação, o controle e a fiscalização de produtos e serviços 
que envolvam risco à saúde pública, como bens e produtos de consumo submetidos 
ao controle e à fiscalização sanitária, dos quais alimentos, inclusive bebidas, águas 
envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contami-
nantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários são alvos 
de suas incumbências.
Já ao MAPA cabe a inspeção dos alimentos exclusivamente de origem animal (carnes, 
leite, ovos, mel, pescados e seus derivados), bebidas em geral (não alcoólicas, alcoólicas 
e fermentadas) e vegetais in natura.
Legislação internacional de segurança alimentar 
União Europeia 
A União Europeia (EU) criou a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, 
em 2002, como fonte de aconselhamento científi co independente. 
Na EU, a indústria de alimentos e bebidas é o maior setor de produção em 
termos de emprego e valor acrescentado. A União Europeia é, também, é um dos 
maiores importadores do mundo de produtos alimentares e o maior exportador 
89Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 89 10/10/2017 10:09:15
mundial de alimentos processados e bebidas com um valor de exportação de 
43 bilhões de euros em 2013, de acordo com a Comissão Europeia.
A UE negoceia acordos de comércio para os países membros e representa 
todos os países membros na OMC para acordos comerciais multilaterais. 
Negociou acordos bilaterais com membros de todos os principais blocos 
comerciais, como países da OCDE, o Conselho de Cooperação do Golfo, o 
Mercosul, os países da Andina, entre outros.
Todas as medidas nacionais e da UE são guiadas pelos princípios gerais 
alimentares da lei descrita na Regulamentação Geral da Alimentação (CE) 
nº 178/2002. Estas abrangem todas as fases da produção, do processamento 
e da distribuição de alimentos e ração animal.
Os objetivos gerais da Legislação Alimentar Europeia são:
  garantir um elevado nível de proteção da vida humana e da saúde e a 
proteção dos interesses dos consumidores;
  garantir práticas justas no comércio de produtos alimentares, tendo em 
conta a saúde e o bem-estar animal, saúde da flora e da fauna;
  garantir a livre circulação de alimentos e rações fabricadas e comer-
cializadas na União Europeia;
  facilitar o comércio global de segurança alimentar e de alimentos seguros 
e saudáveis levando em conta as normas e os acordos internacionais. outros regulamentos sobre a higiene dos alimentos foram introduzidos 
em 2004:
 ■ regulamento (CE) 852/2004 relativo à higiene dos gêneros alimentícios;
 ■ regulamento (CE) 853/2004, que estabelece regras específicas de 
higiene para alimentos de origem animal;
 ■ regulamento (CE) 854/2004, relativo a regras específicas de organi-
zação dos controles oficiais de produtos de origem animal destinados 
ao consumo humano.
Essas regras deram as responsabilidades sobre a segurança alimentar às 
empresas alimentares, especificando que a aplicação geral dos procedimentos 
deve se basear nos princípios do HACCP (Análise de Perigos e Controle de 
Pontos Críticos). Os regulamentos também especificaram a elaboração de 
guias de boas práticas de higiene para processos específicos com o objetivo 
de ajudar as empresas a cumprirem as regras.
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos90
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 90 10/10/2017 10:09:15
Reino Unido 
O governo britânico estabeleceu a independente Agência de Padrões Alimen-
tares (FSA), em 2001, reunindo várias agências existentes em um corpo para 
promover padrões por meio da cadeia alimentar e para aconselhar o governo.
Índia 
A Índia introduziu a Lei de Normas e Segurança Alimentar, em 2006, que 
consolidou diversas organizações, para criar a Autoridade de Segurança e 
Padrões Alimentar da Índia (FSSAI).
Estados Unidos (EUA) 
Os EUA são o maior exportador e o segundo maior importador de produtos 
agrícolas. O país desenvolveu a Legislação Alimentar Federal em matéria de 
transformação de alimentos, no entanto, já fi cou para trás em relação a outros 
países desenvolvidos.
Aproximadamente 48 milhões de pessoas sofrem com doenças de origem 
alimentar e 128 mil são hospitalizadas anualmente de acordo com estimativas 
dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em 2010. Alimentos 
contaminados têm gerado custos adicionais de bilhões de dólares à indústria 
de produção e processamento de alimentos em recuperações, vendas perdidas 
e despesas jurídicas.
Surtos de doenças sérias, mas preveníveis, de origem alimentar, uma rápida 
expansão recente em escala global, a complexidade do sistema alimentar e as 
ameaças de bioterrorismo estimularam o congresso dos EUA a introduzir uma 
nova lei: o Ato de Modernização da Segurança Alimentar (FSMA). Essa é a 
primeira medida importante em termos de Legislação Federal sobre segurança 
alimentar desde 1938.
O FSMA foi assinado como lei pelo presidente Obama em 4 de janeiro de 
2011. Essa lei coloca uma grande ênfase na garantia da segurança alimentar e 
da saúde pública, usando a ação preventiva, ao invés de reagir após incidentes 
de contaminação.
Isso mudará o papel da Food and Drug Administration (FDA) à medida 
que o ato se impõe ao longo dos próximos anos. O ato autoriza, legalmente, o 
FDA a exigir controles preventivos abrangentes, com base na ciência de toda 
a cadeia de abastecimento alimentar.
91Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 91 10/10/2017 10:09:15
A nova escala de responsabilidades da FDA significa que deve confiar em 
inspeções por outras agências federais, estaduais e locais do país, bem como 
construir parcerias e acordos com outras organizações para efetuar inspeções 
de instalações em outros países.
Como requerimento do ato, é imposto à FDA a elaboração de um conjunto 
de regras que especifiquem os requisitos detalhados desse ato. Estas incluem 
as Boas Práticas de Fabricação atuais e a Análise de Perigos e Controles Pre-
ventivos de Risco para a Alimentação Humana, emitido em setembro de 2015.
As regras exigem que as instalações de produção alimentar possuam um 
plano de segurança alimentar que inclua:
  análise de perigos e controles preventivos;
  supervisão e gestão dos controles preventivos;
  monitorização, correções e ações corretivas (documentadas);
  e a verificação desses controles preventivos implementados.
A nova Análise de Perigos e Controles Preventivos de Risco (HARPC) se 
aplica a todas as instalações, exceto aos abrangidos pelos regulamentos do 
USDA (carne, aves, ovos), agricultores e cultivadores, produtores de frutos do 
mar e sumos, processamento de enlatados de baixo teor de ácido e pequenas 
empresas (abaixo dos 500 mil dólares de valor comercial).
As regras também atualizam as BPFs atuais (GMPs) para fabricação, 
processamento e embalamento ou suporte de alimentos humanos.
Algumas disposições anteriormente voluntárias passaram a ser vinculativas, 
incluindo a educação e a formação dos funcionários. Os funcionários devem ter 
“a combinação necessária de educação, formação e/ou experiência necessária 
para produzir, processar, embalar ou manter o alimento limpo e seguro” e ainda 
receber formação nos princípios da higiene alimentar e segurança alimentar, 
incluindo a importância da higiene e da saúde do trabalhador.
As grandes empresas têm um ano para implementar as regras (ou seja, em 
setembro de 2016), dois anos para empresas de médio porte e três anos para 
as pequenas empresas.
O FSMA também autoriza o FDA a exigir que os alimentos importados 
tenham os mesmos padrões que os alimentos domésticos, juntamente com os 
poderes de controle, por isso há consequências globais para as empresas de 
produção e processamento de alimentos.
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos92
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 92 10/10/2017 10:09:15
China 
Desde que a China entrou para a Organização Mundial do Comércio, em 2001, 
o comércio com o resto do mundo aumentou dramaticamente e forneceu uma 
estimulação para aderir aos padrões internacionais. O país é um dos principais 
importadores de alimentos, sendo o maior mercado para os EUA e tendo agora 
20% de todas as exportações de alimentos dos Estados Unidos.
A China também reforçou recentemente as suas leis de segurança ali-
mentar. Em 2009, após uma série de escândalos alimentares e as mudanças 
nas leis de outros países, foi aprovada uma legislação semelhante ao que já 
existia nos outros países em relação às normas, à inspeção, às importações e 
às exportações, bem como à resposta a incidentes de segurança de alimentos.
1. Toda indústria de alimentos deve 
cumprir a legislação vigente aplicada 
aos seus produtos/ processos, porém 
na última década intensificou-se a 
importância desse assunto para as 
empresas que buscam certificação, 
já que normas incluíram tais itens 
como fatores primordiais para um 
Sistema de Gestão da Qualidade 
e Segurança do Alimento eficaz. 
A respeito da Regulamentação 
de segurança alimentar, assinale a 
alternativa correta 
a) A implementação da segurança 
alimentar esta condicionada 
a um órgão especifico que é 
responsável pela fiscalização 
de leis exclusivas voltadas a 
segurança de alimentos.
b) Os Padrões Globais para 
a Segurança Alimentar da 
BRC foram os primeiros a ser 
aprovados pela Iniciativa Global 
para a Segurança Alimentar 
(GFSI) , que é um organismo 
criado pelo governo brasileiro 
que disponibiliza apoio as 
empresas brasileiras na busca 
da segurança dos alimentos.
c) O Codex Alimentarius é ponto 
de referência global para 
produtores, processadores, 
consumidores, agências 
de segurança alimentar 
nacionais e o comércio 
internacional de alimentos.
d) O Comitê do Codex alimentarius 
é composto por pesquisadores 
e lideranças governamentais 
americanas que direcionam 
as leis de segurança alimentar 
para o mundo todo.
e) As normas estabelecidas pelo 
códex alimentarius devem ser 
seguidas por todos os países em 
forma de leis, caso não sejam 
93Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 93 10/10/2017 10:09:16
estabelecidas o pais pode sofrer 
penalização internacional.
2. A legislação de segurança 
alimentar brasileira é direcionada 
e fiscalizada por um conjunto de 
quatro órgãos governamentais. 
Qual das alternativas abaixo 
apresentadois dos principais 
órgãos responsáveis pela segurança 
alimentar no Brasil 
a) Agencia Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) e Ministerio 
da Agricultura Pecuária e 
Abastecimento (MAPA).
b) Empresa brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (EMBRAPA) 
e Agencia Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA).
c) Universidades Federais e 
Instituto Adolf Lutz.
d) Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE) e Instituto 
Nacional de Metrologia IMETRO.
e) Associação Brasileira das 
Industrias de Alimentação (ABIA) 
e Empresa brasileira de Pesquisa 
Agropecuária (EMBRAPA).
3. No Brasil, o sistema leis de 
segurança alimentar é com 
posto por uma diversidade de 
normas, leis e regulamentos. A 
respeito da legislação brasileira 
de segurança alimentar assinale a 
alternativa correta 
a) O sistema de fiscalização 
brasileira é centralizado em 
um único órgão nacional 
que é responsável pela 
imposição das leis e controle 
do cumprimento em todos os 
estados e municípios brasileiros.
b) A ANVISA é composta 
por um grupo único 
responsável pela regulação 
de alimentos desde o registro 
e rotulagem de alimentos 
ate a fiscalização sanitária.
c) A ANVISA pretende intensificar 
o processo de burocratização 
de registros de produtos 
alimentícios a fim de garantir 
maior controle sanitário.
d) A ANVISA pretende fortalecer 
ações pós-mercado, com 
aprofundamento na inspeção 
e fiscalização das BPF e 
verificação do cumprimento dos 
regulamentos técnicos aplicáveis: 
as leis atuais relacionadas às BPF 
para a indústria alimentícia, que 
já são bastante difundidas.
e) A ANVISA pretende unificar 
as BPF criando uma lei 
única e centralizada que 
devera ser seguida por todas 
as áreas da produção e 
industrialização de alimentos.
4. Embora algumas diretrizes para 
a legislação de alimentos sejam 
comuns para diversos países, 
cada território apresenta algumas 
especificidades em relação a leis e 
fiscalização na área de alimentos. A 
respeito da legislação internacional 
de segurança alimentar, assinale a 
alternativa correta 
a) A União Europeia é um dos 
maiores exportadores do mundo 
de produtos alimentares e o 
maior importador mundial de 
alimentos processados e bebidas.
b) A índia é um exemplo de pais 
que não possui leis especificas 
para alimentos e segue 
exclusivamente as leis sugeridas 
pelo Codex Alimentarius.
c) A China apresenta resistência 
a adesão dos padrões 
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos94
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 94 10/10/2017 10:09:16
internacionais de segurança 
alimentar e por isso demonstra 
grande dificuldade e exportar 
e importar alimentos.
d) Surtos de doenças sérias, mas 
preveníveis, de origem alimentar, 
uma rápida expansão recente em 
escala global, a complexidade 
do sistema alimentar e ameaças 
de bioterrorismo estimularam o 
Congresso dos EUA a introduzir 
uma nova lei: o Acto de 
Modernização da Segurança 
Alimentar (FSMA). Esta é a 
primeira medida importante 
em termos de Legislação 
Federal sobre segurança 
alimentar desde 1938.
e) O Acto de Modernização de 
Segurança Alimentar (FSMA) 
e uma lei que deve abranger 
exclusivamente as grandes 
empresas internas americanas, 
não gerando impacto no 
mercado internacional e 
nos paises que exportam 
para os Estados Unidos.
5. Todas as medidas nacionais e da 
UE são guiadas pelos princípios 
gerais alimentares da Lei descrita 
na Regulamentação Geral da 
Alimentação (CE) 178/2002. 
Estas abrangem todas as fases 
da produção, processamento 
e distribuição de alimentos 
e ração animal. Assinale a 
alternativa que apresenta um 
objetivo geral da Legislação 
Alimentar Europeia 
a) Proibir e controlar a circulação 
de alimentos e rações 
fabricadas e comercializadas 
na União Europeia.
b) Garantir práticas justas 
no comércio de produtos 
alimentares, tendo em conta 
a saúde e bem-estar animal, 
saúde da flora e da fauna.
c) Garantir um elevado nível 
de proteção das indústrias e 
dos interesses comerciais dos 
produtos e industrializadores 
de alimentos.
d) Facilitar o comércio interno 
de segurança alimentar e de 
alimentos seguros e saudáveis 
tendo em conta exclusivamente 
as normas e acordos nacionais.
e) Incentivar a produção de 
alimentos industrializados 
para potencializar o 
mercado de exportação.
95Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 95 10/10/2017 10:09:16
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO. Compêndio da legislação 
de alimentos. São Paulo: ABIA, 1990. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Codex Alimentarius. 16 ago. 
2016. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388701/
Codex+Alimentarius/10d276cf-99d0-47c1-80a5-14de564aa6d3>. Acesso em: 04 
out. 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 216, de 15 de se-
tembro de 2004. Brasília, DF, 2004. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/docu-
ments/33916/388704/RESOLU%25C3%2587%25C3%2583O-RDC%2BN%2B216%2
BDE%2B15%2BDE%2BSETEMBRO%2BDE%2B2004.pdf/23701496-925d-4d4d-99aa-
9d479b316c4b>. Acesso em: 04 out. 2017.
Leituras recomendadas
ALVARENGA, A. L. B.; TOLEDO, J. C.; PAULILLO, L. F. O. Qualidade e segurança de 
vegetais minimamente processados: proposta de estruturas de governança entre 
os agentes da cadeia e os sinais da qualidade. Gestão da Produção, São Carlos, v. 21, 
n. 2, p. 341-354, 2014.
BERTOLINO, M. T. Gerenciamento da qualidade na indústria alimentícia: ênfase na 
segurança dos alimentos. Porto Alegre: Artmed, 2010.
BRASIL. Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária. Perdas na 
agropecuária brasileira: relatório preliminar da comissão técnica para redução das 
perdas na agropecuária. Brasília, DF, 1993.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa 
Conjunta SARC/ANVISA/INMETRO nº 009, de 12 de novembro de 2002. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 2002.
CENCI, S. A. et al. Boas Práticas de Processamento Mínimo de Vegetais na Agricultura 
Familiar. In: NASCIMENTO NETO, F. do (Org.). Recomendações Básicas para a Aplicação 
das Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação na Agricultura Familiar. Brasília, DF: 
Embrapa Informação Tecnológica, 2006. p. 59-63.
CENCI, S. A; SOARES, A. G.; FREIRE JUNIOR, M. Manual de perdas pós-colheita em frutos e 
hortaliças. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CTAA, 1997. (EMBRAPA-CTAA. Documentos, n. 27).
CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças. Lavras, MG: Escola 
Superior de Agricultura de Lavras – FAEPE, 1990.
CODEX ALIMENTARIUS. Higiene dos alimentos: textos básicos. Brasília, DF: Organiza-
ção Pan-Americanada Saúde, 2006. (Termo de cooperação, no 37). Disponível em: 
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos96
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 96 10/10/2017 10:09:17
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388701/
http://portal.anvisa.gov.br/docu-
<http://acisat.pt/wp-content/uploads/2016/10/codex_alimentarius.pdf>. Acesso 
em: 04 out. 2017.
CORDEIRO, K. W.; TREDEZINI, C. A. O.; CARVALHO, C. M. Análise da produção de horta-
liças sob a ótica da economia dos custos de transação, na cidade de Campo Grande-
-MS. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 46., 2008, Rio 
Branco. Anais... Rio Branco: [s.n.], 2008.
COSTA, E. A. Conceitos e área de abrangência. In: ROZENFELD, Suely (Org.). Fundamentos 
de vigilância sanitária. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. p. 41-48.
FERREIRA, F. A. G. Moderna saúde pública. 5. ed. Lisboa: A. Dias Coelho–Fundação 
Calouste Gulbenkian, 1982. v. 1.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. Understanding Codex. Disponível em: 
http://www.fao.org/3/a-i5667e.pdf
FOOD AND DRUG ADMINISTRATION – Federal Register, 60 (36), Monday, July 17, p. 
36582 (1995)
GELLI, D. S. et al. Manual de Boas Práticas Agrícolas e Sistema APPCC. Brasília, DF: 
Embrapa Informação Tecnológica, 2004.
GERMANO, P. M.; GERMANO, M. I. Higiene e vigilância sanitáriade alimentos. 4. ed. São 
Paulo: Manole, 2011.
GOMES, C. A. O. et al. Hortaliças minimamente processadas. Brasília, DF: Embrapa 
Informação Tecnológica, 2005. (Coleção Agroindústria Familiar).
HOLT, J. F.; SCHOOR, D.; MUIRHEAD, I. F. Post-harvest quality control strategies for fruit 
and vegetables. Agricultural Systems, Essex, n. 10, p. 21-37, 1983.
KADER, A. A. Postharvest biology and technology: on overview. In: POSTHARVEST 
technology of horticultural crops. 2. ed. Oakland: University of California, 1992.
MANUAL de Boas Práticas Agrícolas e sistema APPCC. Brasília, DF: EMBRAPA/SEDE, 
2004. (Qualidade e Segurança dos Alimentos).
MARIANO, G.; CARDO, M. Princípios gerais da legislação alimentar. Segurança e qua-
lidade alimentar, Lisboa, n. 2, p. 46-47, maio 2017. Disponível em: <http://www.info-
qualidade.net/SEQUALI/PDF-SEQUALI-02/n02-46-47.pdf>. Acesso em: 04 out. 2017.
MELHORIA da qualidade a segurança de frutas e verduras frescas: curso para multi-
plicadores. Petrolina: Embrapa Semi-Arido/FDA/JIFSAN, 2001.
MORETTI, C. L. Vegetable crops production. In: GUIDELINES for Good Agricultural 
Practices Brasília, DF: Embrapa, 2002. v. 1. p. 65-97.
NASCIMENTO, E. F.; MOLICA, E. M.; MORAES, J. S. Vegetais minimamente processados 
(mercado e produção). Brasília, DF: EMATER/DF, 2000. 
PAZINATO, B. C. Vegetais minimamente processados. Campinas: CATI, 1999. (CATI. 
Comunicado Técnico, 142).
97Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 97 10/10/2017 10:09:17
http://acisat.pt/wp-content/uploads/2016/10/codex_alimentarius.pdf%3E.
http://www.fao.org/3/a-i5667e.pdf
http://www.info/
ROZENFELD, S. (Org.). Fundamentos de vigilância sanitária. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000.
SARGENT, S. A.; BRECHT, J. K.; ZOELLNER, J. J. Sensitivity of tomatoes at mature green 
and breaker ripeness stages to internal bruising. Journal of the American Society for 
Horticultural Science, Alexandria, v. 117, n. 1, p. 119-23, 1992.
SILVA Jr., E.A. Food microbiology: manual de controle higiênico sanitário em serviços 
de alimentação. São Paulo: Varela, 2005.
SOMMER, N. F.; FORTLAGE, R. J.; EDWARDS, D. C. Postharvest diseases of selected 
commodities. In: KADER, A. A. (Ed.). Postharvest tecnology of horticultural crops. 2. ed. 
Okland: University of California, 1992. p. 117-160.
STRYDOM, D. B. et al. Reduction of transaction cost within the South African potato 
processing industry. African Journal of Agriculture Research, US, v. 7, n. 47, 2012.
TRANCREDI, R.; MARINS, B. Evolução da higiene e do controle de alimentos no con-
texto da saúde pública. 2017. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/
icict/13760/2/Seguranca%20Alimentar_Evolucao%20da%20higiene%20e%20do%20
Controle%20de%20Alimentos.pdf>. Acesso em: 04 out. 2017.
VILPOUX, O. Desempenho dos arranjos institucionais e minimização dos custos 
de transação: transações entre produtores e fecularias de mandioca. Revista de 
Economia e Sociologia Rural, Brasília, DF, v. 49, n. 2, 2011. http://dx.doi.org/10.1590/
S0103-20032011000200001
WILEY, R. C. Frutas y hortalizas minimamente procesadas y refrigeradas. Madri: Edi-
torial Acribia S.A. 1997.
Normas e padrões de qualidade – legislação de alimentos98
U3_C05_Controle e qualidade dos alimentos.indd 98 10/10/2017 10:09:17
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/
http://dx.doi.org/10.1590/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo: