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aula 01 a 06 e apol 1 e 2

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GESTÃO DE STARTUPS 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Elaine Hobmeir 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
 
Bons empreendedores estão na base da criação de empresas em 
mercados altamente competitivos. Uma das falhas que representa uma visão 
distorcida da realidade no mercado corporativo é aquela que considera esses 
profissionais como uma casta que abriga alguns poucos privilegiados. Nada mais 
distante da realidade, principalmente quando é possível observar que 
praticamente todas as lideranças empreendedoras, com raras exceções, são 
formadas como resultado de muito trabalho. 
O sucesso destas pessoas, tidas como “profissionais do conhecimento”, 
conforme pontuado por Drucker (2016), não é o resultado do acaso ou da sorte. 
A qualidade de seu trabalho é resultado de um plano de carreira bem 
desenvolvido, afastada desta definição qualquer notação sobre estes 
profissionais serem adjetivados como workaholics (ou seja, viciados em 
trabalho). Não há uma diferença muito grande entre os empreendedores que 
adotam uma linha de trabalho como consultores ou colaboradores com negócios 
de terceiros e aqueles que criam prósperas empresas startups, em um mercado 
no qual elas proliferam, com vida curta, mas que deixam sementes de grandes 
empresas. Essa diferença está apenas na oportunidade que essas pessoas 
tiveram de “ser a pessoa certa, no lugar certo e na hora certa”. O que será 
apresentado nesta aula abrange esses dois tipos de profissionais. 
Há necessidade de uma personalidade carismática, principalmente 
quando se observa que, em mercados altamente competitivos, o cliente ganha 
um destaque especial, e uma atitude empática é necessária para que se 
compreenda, como postula Rosa (2019), que, para entender os clientes, é 
necessário “calçar os seus sapatos”. Nesta aula, você terá contato com alguns 
fundamentos voltados para sua formação como um gestor de empresas startups, 
com destaque para como efetivar a sua formação profissional. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
 
Estamos distantes dos anos 1990, quando as startups eram empresas de 
alto sucesso. Tendo como foco, a título de exemplo, as empresas de tecnologia, 
localizadas no vale do Silício (IBM, Google, Microsoft, Apple e outras), elas 
pareciam cercadas de uma aura que endeusava seus criadores. O objetivo 
3 
 
 
dessas empresas era comum: obter ganhos financeiros, proposta que continua 
inalterada e deve assim permanecer em mercados futuros. 
Na atualidade, passadas quase três décadas, o conceito de inovação 
permanece o mesmo, mas encontra, na proposta da inovação, um diferencial 
fundamental, já defendido por Kim e Mauborgne (2015) quando analisam a 
abordagem estratégica do oceano azul. A proposta desses autores considera 
que, mais eficiente que melhorar o que a concorrência faz, é a proposta de inovar 
para se tornar líder em mercados altamente competitivos. 
Iniciamos nossa contextualização com empresas de tecnologia, mas o 
tema tratado neste ponto se aplica a todas as empresas que buscam um lugar 
ao sol, o que somente pode ser obtido com um processo de gestão de negócios 
que esteja apoiado em gerar maior rentabilidade, dinamizar os recursos que a 
empresa pode obter (poder da multidão). As empresas buscam fugir do risco que 
representa a confiança no estereótipo do empreendedor que, de posse de uma 
boa ideia e de um bom sonho em busca do sucesso, arrancava rumo à criação 
de grandes empresas, como as que foram anteriormente citadas neste material. 
Entretanto, empreender ainda mantém sua visão inicial de ser sinônimo 
de fazer algo revolucionário, que cria ambientes disruptivos tanto em empresas 
individuais quanto em empresas que representam marketplaces. O trabalho aqui 
desenvolvido também mantém uma definição tida como lugar comum, mas 
aceita de forma universal, que considera, a exemplo do que define a ABStartups 
Associação Brasileira de Startups, que considera que o termo startup identifica 
empresas recém-criadas, rentáveis e que criam modelos de negócios 
inovadores, seja em nichos específicos ou no comércio e negócios como um 
todo, com destaque para aqueles criados em ambientes digitais, nos quais o uso 
de marketplaces, abre um novo canal de negócios para empresas que atuam na 
criação de produtos e serviços de diferentes tipos. 
 
Os temas de estudo escolhidos estão de acordo com a tabela seguinte: 
Saiba mais 
Conheça mais sobre a empresa Abstartups: 
ABSTARTUPS. Disponível em: <https://abstartups.com.br/>. Acesso em: 9 fev. 
2019. 
4 
 
 
Tabela 1 – Temas a serem tratados nesta aula 
 
 
Tema Nome do tema Descrição 
1 Vale a pena empreender? Análise dos riscos de inversão de capitais em 
empresas startups em mercados altamente 
competitivos. 
2 Só ou acompanhado: 
como escolher os sócios? 
Estudo das opções de criação da estrutura societária 
de uma empresa startup. 
3 Por que conhecer a 
modelagem de negócios? 
Estudo do valor agregado que pode adicionado a 
produtos e serviços a existência de um modelo de 
negócios. 
4 O que são startups? Orientações sobre o que deve ser feito para utilização 
mais correta de uma ferramenta VPD. 
5 Startups: riscos e 
oportunidades. 
Analisar melhores comportamentos que tendem a 
aumentar as oportunidades e diminuir os riscos na 
criação de empresas startups. 
 
TEMA 1 – VALE A PENA EMPREENDER 
 
1.1 Olhe para dentro de você 
 
Olhe à sua volta: inclua na abrangência de sua visão a sua vida familiar, 
social e profissional. Com uma visão panorâmica, coloque o foco de seus 
pensamentos em sua vida profissional e como ela está na atualidade. Você está 
satisfeito com o que faz? Evite colocar o foco apenas na situação financeira, 
ainda que esse aspecto tenha peso em sua análise. 
O principal sentimento que indica que você é um candidato a se tornar um 
empreendedor é a manifestação de um desgosto com o que você faz na 
atualidade. Esse é um sentimento que é possível observar em muitas pessoas, 
por mais que elas pretendam esconder esse fato. 
Se você está satisfeito e não conseguiu anotar nenhum sentimento de 
desgosto, este material ainda pode ser destinado a você, desde que você não 
tenha se acomodado à sua situação atual e deseje mudar para melhor, desde 
alguma particularidade em sua forma de trabalho ou na forma de trabalho da 
empresa para a qual presta seus serviços. Este trabalho avalia a principal razão 
para uma pessoa ser empreendedor. 
Você pode não manifestar nenhum desgosto, nem a vontade de mudar, 
mas sente uma inquietação latente, que pode representar alguma preocupação 
com o aspecto social, e também apresenta um indicativo de que está presente e 
é relatado por muitas pessoas, mesmo as que nunca antes tinham pensado em 
ser empresárias. Por fim, se você está insatisfeito com o aspecto financeiro e 
quer ganhar muito dinheiro, também poderá ser colocado no rol das pessoas 
5 
 
 
indicadas para o empresariado, sem que isso signifique ter as condições 
necessárias para tanto. 
 
1.2 Como começar 
 
Você já sabe que tem propensão para o empreendedorismo, o que pode 
não acontecer com todas as pessoas, sem que haja nisso qualquer demérito em 
seu trabalho profissional. É hora de definir o que você quer fazer. Pode ser algo 
relacionado com sua atividade atual ou alguma outra coisa que nada tem a ver 
com o seu trabalho e com sua expertise. 
É importante lembrar que quanto mais o negócio escolhido se aproximar 
de seu estilo de vida, maiores serão as chances de sucesso. Outro aspecto de 
importância é a liberdade de decisão, que deve ser quase total, a não ser 
aspectos que tenham sido delimitados pelos stakeholders do negócio, aqueles 
que acreditaram no que você quer fazer, mas esperam algum retorno da inversão 
de recursos financeiros, que não podem acontecer a fundo perdido. 
Você tem tudo em mãos: a vontade de ser empresário, condições 
favoráveis identificadas, investidores confiando em seu trabalho, mas ainda há 
uma perguntaque martela sua cabeça: ser empresário é uma boa coisa? Essa 
é uma pergunta a que você somente poderá responder após o primeiro ano de 
seu negócio, se ele ainda estiver aberto. 
É preciso lembrar que a grande maioria das startups ou candidatas a 
startups fecha antes do primeiro ano de atuação no mercado. Para começar a 
verificar se essa realidade está correta, é preciso “botar o pé na estrada” (lembre- 
se de procurar andar um pouco nos sapatos dos seus futuros clientes, para saber 
o que eles realmente pensam. Aqui é hora e vez de efetivar a empatia, como 
comportamento mais recomendado para os novos empreendedores). 
Antes, é preciso compreender em sua exata dimensão o significado de 
empatia e sua importância para os empreendedores, como é possível observar 
nas colocações e estudos de Ribeiro (2018), um dos muitos pesquisadores que 
destaca esse aspecto como fundamental. 
 
1.3 Colocando mãos à obra 
 
Acostume-se a alguns momentos de solidão. Você provavelmente irá 
trabalhar sozinho ou, pelo menos na fase inicial, com um ou poucos 
6 
 
 
colaboradores. Também não vale a pena a criação de uma infraestrutura própria, 
sendo o coworking recomendável. Segundo a Coworking Brasil (2019), é 
indicado para empreendedores em fase inicial a compreensão das vantagens de 
trabalhar de acordo com uma nova forma de pensar o ambiente de trabalho, 
seguindo as tendências do freelancing e das startups, que podem reunir 
diariamente milhares de pessoas, a fim de trabalhar em ambientes inspiradores 
e de elevada colaboração. 
O ambiente digital é sua arena de trabalho e você deve polir com cuidado 
as armas que irá utilizar, principalmente saber falar a linguagem de uma nova 
geração: a geração digital. Saber como fazer parte de uma pesquisa top entre 
as dez mais no Google é importante. Saber que leads bem preparados estão 
entre as técnicas mais recomendadas é questão de sobrevivência. 
Mas como fazer tudo isso? Aprendendo tudo o que você puder sobre o 
ambiente digital, um local no qual o marketing tem mil faces e cada uma delas 
indicada para um tipo de público-alvo. Aliás, conhecer o público-alvo representa 
o seu dia a dia que antecede sua ida ao mercado, provavelmente em um nicho 
de mercado (lembre-se do dito “small is beautiful”, que colocamos logo ao início 
de nossas considerações). 
Fechar o primeiro cliente é motivo de altas comemorações. Mas se abrir 
um champanhe caro, não tome tudo de uma vez. A economia está entre as 
atividades mais votadas para novos empreendedores. Lembre-se de que o pós- 
venda é fundamental. O marketing do padeiro da esquina que manda lembranças 
e um pacotinho de bolachas para você no dia de seu aniversário é um exemplo 
a ser seguido. 
Você tem ferramentas de apoio tais como o BMG – Business Model 
Generation e o VPD – Value processing Design, que irão dar aos seus produtos 
e serviços as características que os clientes desejam e que os levarão a escolher 
os seus produtos. Você certamente irá utilizar alguma dessas ferramentas, 
algumas consideradas como abordagens e outras como metodologias, mas que 
têm em comum a inovação e as propostas disruptivas. 
 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir e leia a pequena postagem sobre empatia: 
RIBEIRO, W. Empatia é fundamental para empreender. Café com 
empreendedorismo para mulheres, 13 jun. 2018. Disponível em: 
7 
 
 
 
 
 
TEMA 2 – SÓ OU ACOMPANHADO: COMO ESCOLHER OS SÓCIOS? 
 
2.1 O empreendedorismo é uma atividade solitária? 
 
Diversos estudos indicam que o empreendedor é um “lobo solitário”, mas 
não no sentido laboral, num momento em que pode contar com colaboradores, 
com outras pessoas na internet e nas redes sociais e de relacionamento 
profissional. Estamos aqui nos referindo a uma solidão necessária, tida como o 
momento de reflexão do empreendedor, quando de posse de elementos que lhe 
permitem uma análise mais detalhada do mercado, desenvolve aquilo que lhe 
cabe como missão: criar empresas de sucesso. 
O momento de reflexão, durante o qual se manifesta a solidão do 
empreendedor, é aquele que antecede o momento de tomada de decisão. É um 
momento de elevada importância que representa o resultado de seu trabalho e 
que pode afetar unicamente a ele ou um grupo maior se há outras pessoas 
envolvidas com a sua proposta. 
Ainda que o momento de reflexão seja único, pode ser que haja outros 
empreendedores, contratados como consultores ou sócios do empreendimento 
<http://www.cafecomempreendedorismo.com.br/empatia-e-fundamental-para- 
empreender/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 
2. Conheça mais sobre coworking 
Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais sobre o coworking: 
O QUE É coworking? Coworking Brasil, 2019. Disponível em: 
<https://coworkingbrasil.org/como-funciona-coworking/>. Acesso em: 9 fev. 
2019. 
3. Acesse o link a seguir e assista ao vídeo de um dos consultores do SEBRAE 
– São Paulo para compreender a melhor forma de desenvolver esta atividade: 
O QUE É ser empreendedor? Canal BusTV, 17 set. 2012. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=VjYIzAg5uA8>. Acesso em: 9 fev. 2019. 
 
4. De acordo com a posição do SEBRAE e do instituto Endeavor que 
desenvolvem trabalhos extensivos sobre o empreendedorismo, há uma 
deficiência de formação dos empreendedores no mercado brasileiro. Coloque 
como tema de pesquisa a possibilidade de captura de elementos que permitam 
montar uma orientação de nível geral, para formação dos profissionais da área. 
http://www.cafecomempreendedorismo.com.br/empatia-e-fundamental-para-
http://www.youtube.com/watch?v=VjYIzAg5uA8
http://www.youtube.com/watch?v=VjYIzAg5uA8
8 
 
 
que também coloquem seus pareceres sobre assuntos de interesse. Dessa 
forma, na hora da tomada de decisão, essa solidão pode não se manifestar, e 
decisões conjunta deem maior segurança e diminuam a possibilidade de riscos 
de falhas que levem o empreendimento a não atingir seus objetivos. 
Assim, é importante ao empreendedor, quando em sua fase de estudos, 
verificar se irá bancar sozinho as responsabilidades do cargo e riscos de perda 
de investimentos, ou se irá agregar alguém que pode se envolver como sócio de 
uma startup criada segundo o modelo de empresas de capital e indústria, na qual 
o sócio capitalista entra com os recursos financeiros, e o empreendedor entra 
com o trabalho laboral propriamente dito. Dessa forma, desenha-se outro 
momento importante para o empreendedor: escolher se irá desenvolver seu 
empreendimento sozinho, sem intervenção de terceiros, ou se vai trabalhar com 
outros sócios de indústria ou capitalistas, compartilhando responsabilidades. 
 
2.2 Ir sozinho ou ter sócios? 
 
Muitas das iniciativas empreendedoras têm seu início de forma solitária e, 
na dependência do nível de sucesso, apresentam na sequência a captação 
maior de recursos para ampliação, ocasião em que novos sócios podem ser 
admitidos. Diversas atividades empresariais nascem de amizades enraizadas de 
pessoas que, juntas, acalentam sonhos e ideais comuns. 
Não há como apresentar uma orientação sobre o que é melhor: um início 
solitário ou um início com o estabelecimento de uma sociedade. Não há um 
padrão que possa ser estabelecido, principalmente quando uma sociedade 
comercial, em muitos casos, pode ser assemelhada a um casamento: tudo 
depende do andamento das coisas. 
O melhor ou pior caminho, menor ou maior possibilidade de dar certo, 
maior ou menor lucratividade ou incorrência em um erro somente poderá ser 
avaliada depois que as coisas começarem a andar. Antes, tudo representa um 
palpite, tanto que não há trabalhos de peso acadêmico sobre esse assunto, que 
é tratado como aqui, de forma especulativa, que pode ou não representar uma 
boa orientação, sendo a segunda opção a que apresenta maiores possibilidades. 
O sucesso na escolha de sociedade (seja de indústria ou de capital e indústria) 
depende de uma série de fatores que estão ligados a aspectoshumanos (e, 
portanto, sujeito a erros) e ficam na dependência de fatores que estão 
diretamente ligados às características individuais de cada um dos 
9 
 
 
participantes da sociedade. Nesse caso, vale ainda mais observar a máxima de 
estabelecida pela lei de Murphy: se algo tem possibilidade de dar errado, 
certamente irá dar errado. Aqui as possibilidades de o empreendimento falhar 
devido a fatores extratrabalhistas é grande. 
Uma primeira recomendação: os sócios devem ser egressos de estudos 
ou trabalhos com negócios relacionados de alguma forma com o que vão fazer 
e demonstrar o mesmo entusiasmo e vontade, e o negócio deve representar um 
interesse comum. Ambos devem ter conhecimento do que irão fazer. 
É preciso tomar cuidado se você está tomando a decisão de ter um sócio 
apenas por questões financeiras, excluídas as sociedades de capital e indústria. 
Ao optar por investidores como sócios, há a possibilidade de que a liberdade do 
empreendedor sofra restrições que podem ocasionar rompimento do 
empreendimento ao primeiro vento mais forte. Quando não há ideais envolvidos, 
muitos dos sacrifícios exigidos podem não ser assumidos. 
Nos casos de sócios investidores, o grande desafio está na obtenção de 
um envolvimento de todas as partes. Aqui, a possibilidade de que o 
empreendedor tenha momentos de solidão é maior, pois envolve não apenas 
momentos de reflexão, mas também momentos nos quais, se o envolvimento 
não for de mesma intensidade, quem assume a parte laboral pode ter que decidir 
sozinha. 
Por outro lado, em todos os casos, o compartilhamento de ideias pode 
atuar como um elemento altamente sinérgico e, em todos os casos, inclusive os 
que envolvem empresas de indústria e capital, as partes de completarem, com 
uma delas assumindo o papel de orientador, em atividades similares aquelas 
desenvolvidas no coaching executivo. 
Citamos até o momento vantagens de um posicionamento similar de todos 
os envolvidos, mas é preciso não esquecer que, mesmo quando há diferentes 
formações e propósitos envolvidos, pode ser interessante contar, nos possíveis 
sócios, com colaboração de expertises e aspectos culturais diversificados, que 
podem enriquecer o relacionamento e levar a um bom resultado. 
 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir e conheça um dos posicionamentos colocados sobre 
as dificuldades de abertura de empresas em sociedade. 
LAM, C. 6 problemas entre sócios que podem atrapalhar um negócio. 
Revista Exame, 19 jul. 2012. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/6- 
10 
 
 
 
 
 
TEMA 3 – POR QUE CONHECER MODELAGEM DE NEGÓCIOS 
 
3.1 O que é modelagem de negócios 
 
O processo de modelagem de negócios tem o propósito de definir qual 
modelo de negócio a empresa irá adotar e qual é o ferramental que os 
participantes da criação ou readequação da empresa a novos tempos terão à 
sua disposição. O modelo de negócio é a atividade subsequente e que irá 
descrever com detalhes como a empresa vai criar seus produtos e serviços, com 
um nível de valor agregado, de forma que, ainda que em mercados altamente 
competitivos, pessoas se interessem em pagar por eles. 
São definições simples, mas por trás das quais há toda uma complexidade 
de estudos detalhados que iniciam com o conhecimento do mercado, seja em 
marketplaces, em nichos específicos ou produtos e negócios que concorrem na 
busca da preferência dos clientes. Com base nisso, eles se direcionam para a 
definição do perfil do cliente ideal da empresa (persona) para que sobre este 
cliente sejam desenvolvidas proposições de valor. 
O problema começa quando, no mercado de trabalho, é fácil identificar 
uma notória falta da cultura de planejamento, trocada pela criatividade e pela 
vitória, pela insistência e persistência, mas elas são insuficientes para sustentar 
as empresas. É preciso descer do trem dos sonhos e cair na realidade de que 
para que esses sonhos sejam atendidos, a solução é o planejamento. 
problemas-entre-socios-que-podem-atrapalhar-um-negocio/>. Acesso em: 9 fev. 
2019. 
2. Acesse o link a seguir e conheça mais sobre os tipos societários. Conheça os 
nove tipos de sociedades empresariais que se podem encontrar no Brasil, como 
forma de aumentar os seus conhecimentos sobre o tema: 
ABRANTES, L. 9 tipos de sociedades empresariais que existem no Brasil. 
Saia do lugar, S.d. Disponível em: <https://saiadolugar.com.br/tipos-de- 
sociedade-empresarial/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 
3. Considere desenvolver uma pesquisa sobre os números de empresas que 
fecham antes do primeiro ano de funcionamento, fazendo uma divisão que 
identifique em termos percentuais. 
11 
 
 
Com o planejamento, torna-se possível apresentar de forma 
compreensível as ideias que os empreendedores têm, seja para investidores, 
bancos, clientes e sociedade como um todo; estabelecer um plano de negócios 
que seja factível e, principalmente, que convença aos outros de que é realmente 
factível e; descrever procedimentos e etapas que reúnam em um compêndio 
compreensível para todos os envolvidos no processo. 
Não são poucas as saídas de um planejamento bem feito e, para que elas 
venham à luz, dentro da agilidade que o mercado necessita, a evolução 
tecnológica deverá ser utilizada em todo seu potencial. Além de ferramental de 
apoio que dê mobilidade aos atos a serem executados, alguma metodologia 
deve ser colocada em movimento. 
Existem diversas propostas que podem ser utilizadas e aquela 
denominada Canvas ganha a preferência de grande parte dos pesquisadores 
envolvidos com a área administrativa. Ela é conhecida como BMG – Business 
Model Generation e foi criada por Osterwald et al. (2015), desenvolvida em um 
formato gráfico, o que torna facilitada a compreensão e a eliminação de toda a 
complexidade que possa existir. 
 
3.2 Qual é a ferramenta mais indicada? 
 
O elemento mais utilizado é a metodologia BMG – Business Model 
Generation, estruturada em nove etapas. O modelo trabalha com uma linha 
diretriz de tornar os produtos e serviços oferecidos pela empresa mais atraentes 
para os clientes. A criação e o trabalho extensivo com esse modelo supera a 
atividade de algumas empresas, que limitam os seus trabalhos em contatos 
desenvolvidos nas redes sociais, que acabam por se revelar insuficientes. 
 
3.3 O que é o BMG – Business Model Generation 
 
Particularizado e apresentado de forma reduzida em suas nove fases 
componentes, é necessário um complemento como elemento introdutório ao 
conhecimento que o aluno deve ter sobre o significado do BMG. Osterwald e 
Pigneur (2011) colocam um roteiro que dá ordem e define o significado de cada 
uma das etapas e que apresentamos ao aluno na lista apresentada a seguir: 
 
 Proposta de Valor: descrição das soluções que a empresa propõe 
a oferecer para resolver os problemas de seus clientes. 
12 
 
 
 Segmentos de Clientes: na parte de segmentação de clientes é 
descrito o perfil do público alvo, quais são suas preferências, seus 
comportamentos, faixa etária, onde estão localizados, enfim, todas 
as informações necessárias que ajudarão a elaborar a projeção de 
vendas e se o empreendimento proporcionará lucratividade. 
 Relacionamento com o Consumidor: é a parte que apresenta 
como a empresa irá se relacionar com seus clientes, para 
estabelecer sua proposta de valor. 
 Canais de Distribuição: trata-se dos meios que serão 
estabelecidos a comunicação com os clientes, seja através das 
mídias sociais, anúncios patrocinados, publicidade e propaganda 
em veículos tradicionais como televisão, rádio, revistas e jornais. 
 Atividades Chaves: dentro do espaço de atividades chaves é 
enumerada as tarefas que serão executadas para construir a 
proposta de valor. 
 Recursos Chaves: definido as atividades chaves da empresa o 
próximo passo é descrever como serão executadas estas 
atividades, quais são as máquinas utilizadas, o número de pessoas 
contratadas para operacionalizar aprodução, onde será alojado os 
maquinários e as pessoas para trabalhar, o quanto de investimento 
financeiro será necessário para investir em todos os recursos. 
 Parceiros Chaves: como parcerias chaves deve ser descrito quais 
serão os principais fornecedores que ajudarão a empresa a oferecer 
sua proposta de valor. 
 Fluxo de Receita: é apresentado o quanto os clientes estarão 
dispostos a pagar pela proposta de valor oferecida pela empresa e 
quais serão as formas de pagamento, prazos, entre outros. 
 Estrutura de Custos: toda a etapa de processo de uma empresa 
tem seus custos de produção e manutenção da atividade que 
devem ser descritos na estrutura de custos. 
 
Como é possível observar, os blocos são integrados e complementares 
ao modelo de plano de negócio que estabelece o desenvolvimento do projeto da 
empresa ao longo do tempo. 
 
Saiba mais 
 
1. Conheça com maiores detalhes e de forma rápida o que é o BMG acessando 
o link a seguir: 
ENTENDA de forma rápida o que é a ferramenta Business Model Canvas. 
Atitude e Negócios, 2018. Disponível em: 
<https://atitudeenegocios.com/business-model-canvas/>. Acesso em; 9 fev. 
2019. 
2. Assista ao vídeo criado pelo autor do BMG que pode ser acessado no link a 
seguir 
OSTERWALDER, A. Businnes Model Generation. Altabooks, 14 set. 2011. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=41q_zn8jMaE>. Acesso em: 
9 fev. 2019. 
3. Conheça mais sobre relacionamento com o cliente. 
http://www.youtube.com/watch?v=41q_zn8jMaE
http://www.youtube.com/watch?v=41q_zn8jMaE
13 
 
 
 
 
 
TEMA 4 – O QUE SÃO STARTUPS 
 
4.1 Em busca de uma definição 
 
Buscando sempre definições simplificadas que sugerem maior reflexão 
para que o aluno possa criar uma conceituação pessoal, podemos definir uma 
startup de acordo com colocações que são tomadas como domínio público. É 
considerado, de forma convergente, que uma startup é um modelo criado com 
base em ideias geradas por empreendedores, que se mostra repetível e 
escalável. Esse modelo é criado para novas empresas, mas sua abordagem 
pode ser adotada para empresas já existentes e em fase de reengenharia de 
procedimentos que não lhes deram a desejada liderança no mercado. 
O que cerca as startups é uma aura de inovação, criada por jovens 
empreendedores, que estão com vontade de serem livres, independentes do 
jugo de um patrão. O modelo criado para as startups é, geralmente, uma solução 
que nunca foi desenvolvida ou criada para concorrer em mercados altamente 
competitivos, para oferta de produtos e serviços que sejam melhores que os da 
concorrência e levem seus clientes a os escolher, ao invés dos produtos de suas 
concorrentes. 
 
4.2 Como iniciar o estudo para a criação de uma startup 
 
O desenvolvimento de uma startup exige um grande esforço, de uma única 
pessoa ou de um grupo de pessoas, reunidas com um objetivo comum, 
geralmente adotado como um ideal. Elas são empresas criadas em um contexto 
de elevada incerteza e que pode apresentar grande risco de perda do capital 
investido, o que dificulta a sua proliferação desordenada. 
Considerando a importância destacada em diversos momentos sobre o 
relacionamento com o cliente, acesse o link a seguir e obtenha maiores 
informações sobre o CRM – Customer Relationship Management: 
O QUE é o CRM? Salesforce, 2019. Disponível em: 
<https://www.salesforce.com/br/crm/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 
 
4. Considere desenvolver uma pesquisa sobre a gestão de relacionamento com 
o cliente que lhe dê elementos para compreender melhor a importância dada a 
este procedimento e à busca do cliente ideal (persona). 
http://www.salesforce.com/br/crm/
http://www.salesforce.com/br/crm/
14 
 
 
Há exemplos notórios tais como a NetFlix, o Uber e tantas outras 
empresas que foram criados em meio à desconfiança geral e que acabaram se 
tornando fenômenos em suas áreas de atuação, sofrendo muito combate e, em 
muitos casos, boicotes severos, devido a deslocarem muitas pessoas de suas 
zonas de conforto e ao enfrentamento que faziam às grandes empresas, que 
acabaram por substituir. Há casos em que, imediatamente após conseguir 
sucesso, a startup fecha e cede lugar a uma nova empresa, agora criada na 
perspectiva tradicional. 
Dessa forma, para iniciar a criação de uma startup, é importante que os 
empreendedores que tenham uma boa ideia estejam cientes dos desafios que 
vão enfrentar e que apresentem em seus produtos um elevado diferencial 
inovador, como defesa contra os riscos que poderá enfrentar. Há um indicativo 
negativo e que pode afastar muitos criadores de boas ideias: a grande maioria 
das startups criadas tem seu fechamento decretado antes que completem um 
ano de atuação no mercado. 
 
Saiba mais 
1. Acesse o link e assista a um vídeo com o qual poderá aprender mais sobre o 
conceito e como criar startups: 
VALE do Silício: Carolina Reis da Startup OneSkin em San Francisco com Joyce 
Bianchi. A Magia do Mundo dos Negócios, 17 fev. 2017. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=umoRpkwbhi0>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
 
2. Conheça mais sobre o Vale do Silício. Acesse o link a seguir e assista a um 
vídeo sobre o Vale do Silício, considerado o berço de muitas startups, 
apresentado no programa Fantástico: 
VALE do Silício. Matheus França, 4 fev. 2017. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=lqqzIoKpbxc>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
 
3. Leia mais sobre o relacionamento entre criatividade e criação de startups que 
você pode acessar no link a seguir: 
ORTIZ, F. C. Organizações, startups e equipes virtuais: criatividade, inovação e 
comunicação integrada. Revista Inovação Tecnológica, São Paulo, v. 5, n. 2, 
p. 97-122, jul./dez. 2015. Disponível em: 
<http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao- 
academica/002770966.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
https://www.youtube.com/channel/UC1MzLBj0eLxYmxKE6qN-9WQ
http://www.youtube.com/watch?v=umoRpkwbhi0
http://www.youtube.com/watch?v=umoRpkwbhi0
http://www.youtube.com/watch?v=lqqzIoKpbxc
http://www.youtube.com/watch?v=lqqzIoKpbxc
http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao-
15 
 
 
 
 
 
TEMA 5 – STARTUPS: RISCOS E OPORTUNIDADES 
 
5.1 Quais são os riscos das startups? 
 
Em diversos pontos você foi alertado sobre o fato de que grande número 
de empresas startups podem falir porque os produtos e serviços que ela oferece 
no mercado não apresentam nenhum interesse para seus clientes. Esse fato 
identifica a atividade de criação de startups como de grande risco. 
A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, que atua no 
segmento de empresas startups, publica periodicamente artigos e orientações 
sobre o comportamento que empreendedores devem adotar no mercado, 
principalmente quando enfrentam situações que ameaçam a estabilidade dessas 
empresas. Em um artigo publicado, ela apresenta resultados compilados de uma 
pesquisa desenvolvida pela empresa CBInsights, que mantém um banco de 
dados de capital de risco. Veja esse resultado no link de interesse que fecha este 
tópico e esta aula. 
 
 
5.2 Quais são as oportunidades das startups? 
 
Mesmo em tempo de crise econômica em nível mundial, que se replica 
em nosso país, as oportunidades de abertura de novas empresas startups 
permanecem ativas. Parece que nossos empreendedores estão superando 
tempos difíceis e também superando a si próprios, em termos de criatividade e 
inventividade. É uma condição que favorece os trabalhadores, ainda que o 
número de desempregados esteja em espiral crescente. 
Quando se fala em inventividade para as startups brasileiras, está-se 
colocando em xeque a busca de uma saída para negócios que apresentam 
4. Considere desenvolver uma pesquisa na qual investigue o relacionamento 
entre a motivação dos empreendedores e obtenção de sucesso na atividade de 
criação de startups de sucesso. 
Saiba mais 
Conheça mais sobre o trabalho desenvolvido pelaempresa acessando o 
link a seguir: 
CBINSIGHTS. Disponível em: <https://www.cbinsights.com/>. Acesso em: 10 
fev. 2019. 
http://www.cbinsights.com/
http://www.cbinsights.com/
16 
 
 
gastos excessivos e com altas taxas de risco. Há um cuidado especial, que 
secunda outro cuidado, este o principal, representado pela oferta de produtos 
que os clientes realmente desejam. 
Com as perspectivas de uma sensível diminuição de custos de 
telecomunicação, parece natural que a maior oportunidade para a criação de 
novas empresas startups esteja nessas localidades. O ato e o fato de 
empreender na grande rede se tornam recorrentes e não há como comparar os 
números da oferta em mercados que estejam fora dela. 
A perspectiva de negócios funcionando diuturnamente, com a tecnologia 
operando em favor dos empreendedores, não é mais um sonho distante e parece 
que não exige explicações complementares. Um escritório virtual, com 
secretárias eletrônicas atendendo a necessidades de clientes em um nível global 
deixa de ser apenas uma esperança para tornar-se uma realidade 
inquestionável. 
Dessa forma, diminui o número de empresas com instalações físicas. Em 
termos democratizantes, a grande rede tem sido benéfica para os pequenos e 
médios empresários ao igualar, ao mesmo custo, as oportunidades de 
competição com as grandes empresas. 
As pequenas empresas startups ganham com as preocupações 
ambientais, com o trabalho com energia limpa, com atendimento diferenciado e 
dados online para os clientes quando necessário. Tudo isso representa o 
surgimento de novas concepções comerciais e de relacionamento com clientes, 
com a busca da proposição de valor aos produtos e serviços que elas podem 
oferecer. 
A mobilidade urbana é tratada como uma palavra de ordem para as 
pequenas empresas startups, abrindo-se aqui também novos campos de 
trabalho. O exemplo do Uber, o surgimento de empresas que proporcionam 
aluguel de bicicletas, patinetes e pequenos veículos automotores ganha 
destaque. Essas ideias ganham prioridade, principalmente nas grandes cidades 
para o enfrentamento de um trânsito caótico. 
O surgimento e a futura evolução de simplificação da exigência de 
requisitos legais também estão na lista das oportunidades para as startups. A 
diminuição dos impostos também está na ordem do dia na agenda de muitos 
políticos. 
17 
 
 
Entre as áreas que devem receber favorecimento e aderir a sistemas tais 
como o Simples (ver link no Saiba mais a seguir) estão aquelas relacionadas aos 
serviços de imunização e controle de pragas urbanas, que cresce de forma 
assustadora em algumas capitais; serviços de transporte turístico, que pode abrir 
um leque diferenciado de negócios; sociedades cooperativas e, com autorização 
recente, alguns serviços que envolvem terapia, tais como a fisioterapia e terapia 
ocupacional, entram em destaque. 
Instituições tais como o Sebrae e o Instituto Endeavor estão em um rol de 
empresas nacionais que atuam como favorecedores, e muitos estados criam 
empresas denominadas incubadoras de negócios, que dão atenção especial à 
criação de empresas startups. 
 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir e leia a íntegra o artigo no qual são relacionados os 
vinte principais riscos que correm as empresas startups: 
20 PERIGOS que podem acabar com a sua startup. Pequenas Empresas & 
Grandes Negócios, 28 mar. 2016. Disponível em: 
<https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2016/03/20-perigos-que- 
podem-acabar-com-sua-startup.html>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
2. Complemente seus estudos com o guia de criação de startups que você pode 
obter acessando o link a seguir: 
BORRELI, I. Como criar uma startup no Brasil? Confira nosso passo a passo. 
StarSe, 25 jun. 2018. Disponível em: 
<https://www.startse.com/noticia/empreendedores/51130/passo-a-passo-para- 
criar-uma-startup>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
3. Acesse o link a seguir e assista a mais um vídeo com orientações sobre como 
criar uma empresa startup. 
20 PERIGOS que podem acabar com a sua startup. Pequenas Empresas & 
Grandes Negócios, 28 mar. 2016. Disponível em: 
<https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2016/03/20-perigos-que- 
podem-acabar-com-sua-startup.html>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
4. Considere desenvolver uma pesquisa na qual você levante dados que 
permitam estabelecer uma escala de importância entre as razões apresentadas 
para o fechamento de empresas, entre os vinte fatores de risco relacionados nos 
itens 1 e 3. 
http://www.startse.com/noticia/empreendedores/51130/passo-a-passo-para-
http://www.startse.com/noticia/empreendedores/51130/passo-a-passo-para-
18 
 
 
TROCANDO IDEIAS 
 
Nesta aula, foi colocado ao seu alcance um conjunto de informações 
iniciais e introdutórias sobre o processo de criação das empresas startups. O 
perfil do empreendedor brasileiro forma um conjunto de pessoas jovens, 
arrojadas, com idades variando entre 18 e 24 anos, que demonstram o desejo 
de serem os seus próprios patrões. 
As EPP – Empresas de Pequeno porte e as PME – Pequenas e Médias 
Empresas estão cada vez em maior evidência. O status de MEI – 
Microempreendedor Individual cresce e empregos encontram-se ameaçados 
pelas atividades de outsourcing, que limitam vagas tradicionais. Há um contexto 
que parece ser totalmente favorável a assumir riscos e investir na criação de uma 
empresa startup para chamar de sua. 
Um dos limitadores é a competição entre pessoas de alta escolaridade, 
uma das características desse mercado atípico. Mas na soma geral, os fatores 
favoráveis crescem. Nas próximas aulas, você irá aprofundar os seus 
conhecimentos sobre o tema. 
 
NA PRÁTICA 
 
O empreendedorismo na prática ainda depende muito do idealismo e 
coragem daqueles que resolvem enfrentar riscos e investir em uma ideia, que 
sai dos escaninhos das escrivaninhas para ganhar notoriedade, temporária ou 
permanente, nos diferentes nichos de negócios possíveis e que estão a exigir 
criatividade para obter funcionalidade total. 
É apropriada a citação, neste momento, da colocação de um profissional 
altamente comprometido com o ato e a arte de empreender, Dornelas (2007) 
apropriadamente destaca com idealismo a importância da arte de empreender e 
assinala o papel de desbravadores para muitos daqueles que colocam em 
prática ideias inovadoras e que abrem novos canais de negócio que colaboram 
de forma decisiva para a melhoria das condições de vida de muitas outras 
pessoas. 
 
FINALIZANDO 
 
É preciso que cada uma das pessoas que estão envolvidas ou pretendem 
ter envolvimento com as atividades de empreendedorismo esteja ciente de que 
19 
 
 
irão enfrentar o desafio de participar de um cenário de grande competividade e 
de escassez de recursos financeiros, mas ainda assim estimulante e provocante 
em termos de validação da inovação e criatividade. 
O empreendedorismo coloca em expansão a criação de novas empresas 
e representa algo mais do que “ser um empresário”. É possível que nem todo o 
empresário seja um empreendedor e, da mesma forma, é possível que nem todo 
o empreendedor tenha a pretensão de ser um empresário. 
Secunda este primeiro mito outro que aponta para a necessidade de muito 
esforço e uma preparação exaustiva para o desenvolvimento de atividades de 
planejamento, que colocam o empreendedorismo longe da imagem de um 
sonho, criado pelas startups que surgiram no Vale do Silício. Esse tempo dos 
desbravadores passou e, na atualidade, se o terreno está aplainado, ainda exige 
muito daqueles que enxergam no empreendedorismo uma oportunidade de vida. 
A isso tudo é preciso somar habilidades de relacionamento em todos os 
níveis, apresentação de competências gerenciais e uma alta capacidade de 
liderança, devido à necessidade de motivar aqueles que assumem como seus 
os sonhos dos empreendedores com os quais desenvolvem os seus trabalhos. 
20 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo naprática: mitos e verdades do 
empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São 
Paulo: Cengage Learning, 2016. 
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A transição para o oceano azul: muito além da 
competição. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. 
O QUE É coworking? Coworking Brasil, 2019. Disponível em: 
<https://coworkingbrasil.org/como-funciona-coworking/>. Acesso em: 9 fev. 
2019. 
OSTERWALD A. et al. Value proposition design: how to create products and 
services customers want. N. Y: Wiley, 2015. 
OSTERWALD A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation: inovação em 
modelos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. 
PARA ENTENDER o cliente, lojista deve calçar sapatos do consumidor. E- 
commerce Brasil, 22 fev. 2017. Disponível em: 
<https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/entender-cliente-calcar-sapatos- 
consumidor/>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
RIBEIRO, W. Empatia é fundamental para empreender. Café com 
empreendedorismo para mulheres, 13 jun. 2018. Disponível em: 
<http://www.cafecomempreendedorismo.com.br/empatia-e-fundamental-para- 
empreender/>. Acesso em: 9 fev. 2019. 
ROSA, F. Todos os artigos de Fernanda Rosa. E-commerce Brasil, 2019. 
Disponível em: <https://www.ecommercebrasil.com.br/author/fernandarosa/>. 
Acesso em: 9 fev. 2019. 
SCORA, C. M. A solidão do empreendedor. Administradores, 17 abr. 2006. 
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-solidao- 
do-empreendedor/12062>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
http://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/entender-cliente-calcar-sapatos-
http://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/entender-cliente-calcar-sapatos-
http://www.cafecomempreendedorismo.com.br/empatia-e-fundamental-para-
http://www.ecommercebrasil.com.br/author/fernandarosa/
http://www.ecommercebrasil.com.br/author/fernandarosa/
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-solidao-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE STARTUPS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Elaine Hobmeir 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Se você está com alguma ideia e deseja colocá-la em prática, tornando-
se um empreendedor, deve atentar para alguns dos principais aspectos de 
importância e que são determinantes para obter sucesso no desenvolvimento de 
sua proposta. Tudo o que é deixado ao sabor do improviso tem aumentado, e 
muito, os riscos de falha, pelo esquecimento de algum aspecto de importância 
vital. 
 Ao iniciar qualquer conversa sobre empreender, é preciso dar uma 
repaginada e verificar como estão os seus conhecimentos sobre a arte e técnicas 
de desenvolvimento do planejamento das atividades que pretende colocar em 
prática. Empreender envolve o trabalho com o elemento humano, o que leva a 
considerar a possibilidade de que o relacionamento interpessoal seja um dos 
pontos de destaque no perfil profissional dos empreendedores. Ter a capacidade 
de liderança que nasce com a aplicação da empatia nesses relacionamentos é 
outro aspecto de vital importância e que deve ser revisitado. Adequação às 
mudanças tecnológicas com aplicação de sua inovação é um aspecto 
imperativo. 
 O que você está fazendo e corretamente é uma introspecção que lhe dá 
condições de verificar quais são as verdadeiras possibilidades que você tem 
baseado em suas características pessoais, de obter sucesso na atividade de 
empreender. Lembre-se de que tudo o que você anotar como ponto a melhorar 
apenas justifica a constatação de que o ato de empreender exige muito esforço. 
 Este estudo tem como corolário justificar a principal recomendação para 
o empreendedor: um bom planejamento e um processo enxuto de gestão 
estratégica são elementos essenciais para o sucesso de sua empresa. Ele deve 
ser pensado com objetivos bem colocados e respeito às características de 
mercados altamente competitivos e, principalmente, com o principal objetivo de 
atendimento aos desejos e necessidades dos clientes, que realmente irão dar 
vida aos negócios que podem ser criados com base em ideias inovadoras. 
 Pensado dessa forma, é possível atingir uma redução de riscos e uma 
garantia ao(s) investidor(es) que confiou(aram) na possibilidade de uma ideia 
criativa se transformar em um negócio lucrativo. 
 
 
 
3 
CONTEXTUALIZANDO 
Após ter tido uma ideia criativa, analisar o mercado e concluir que sua 
ideia poderá resultar em sucesso, o futuro (bem ou mal sucedido) empreendedor 
deve lançar o olhar à sua volta para analisar qual é o contexto no qual irá atuar. 
É o momento de valorização das atividades de planejamento que desembocam 
em condições nas quais a estratégia e a gestão estão imbricadas e atuam no 
sentido de dar sustentação ao negócio. 
 Seja em marketplaces que crescem de forma assustadora, em mercados 
tradicionais ou em nichos de mercado, como principais canais de venda, a 
estratégia a adotar e o processo de gestão que deve ser aplicado podem 
determinar o sucesso ou insucesso dos negócios. Aqui ocorre uma imbricação 
entre estratégia e gestão. Ela é então denominada como gestão estratégica. 
 É uma ação que pode ser definida de forma simples e como o processo 
que enseja o estabelecimento de planos de ação, determinados com objetivos 
claros e definidos, voltados para garantir o sucesso de uma empresa, não 
importa qual seu tamanho, ramo de negócio ou forma de relacionamento com 
sua cadeia de valor. A proposta é ter metas estabelecidas e os planos de ação 
para que elas sejam atingidas. 
 A atividade resultante, quando bem aplicada, torna-se uma “boa prática” 
no mercado e pode ser então aplicada de forma genérica, podendo ser utilizada 
como exemplo a utilização da metodologia inovadora da criação de proposições 
de valor para os produtos e serviços produzidos pela empresa (VPD – Value 
Processing Design). Visto sob esse ângulo, a estratégia e a gestão se encaixam 
de forma a produzir comportamentos e atitudes que irão permitir que a empresa 
cumpra seus objetivos e alcance os resultados que foram planejados. 
 Ganha destaque, como veremos em uma aula próxima, a utilização de 
métricas que são utilizadas nas atividades de mensuração dos resultados 
obtidos. Tudo acontece no âmbito do público-alvo que a empresa se propôs a 
atender, criando um cliente ideal (persona) e simulando o atendimento de seus 
desejos e vontades, como caminho para trazer para suas fileiras mais um 
elemento de divulgação favorável. 
Os temas de estudo escolhidos estão de acordo com a tabela seguinte: 
 
 
 
 
4 
Tabela 1 – Temas a serem tratados nesta aula 
Tema Nome do tema Descrição 
1 O que você precisa saber 
sobre estratégia e tecnologia. 
A inovação tecnológica é sempre citada como um 
elemento de racionalização de atividades e deve 
ser aplicada de forma adequada para obtenção de 
resultados positivos na arte de empreender. 
2 O que você precisa saber 
sobre marketing e vendas 
Mantidos os canais de venda são diversas as 
possibilidades de atingir os clientes e dar aos seus 
produtos e serviços, aquilo que eles desejam. 
3 O que você precisa saber 
sobre pessoas e finanças 
Em ambientes de risco os aspectos de 
relacionamento entre pessoas e controle da 
efetivação de gastos ganha destaque. 
4 O que você precisa saber 
sobre criatividade e inovação 
Criatividade e inovação sempre são citadas como 
caminhos inseparáveis e que devem ser trilhados 
para facilitar o sucesso de qualquer iniciativa. 
5 O que você precisa saber 
sobre networking 
A evolução das redes traz a necessidade de um 
conhecimento mais aprofundado sobre elementos 
de apoio com os quais os administradores podem 
contar, para estabelecer sua presença no 
mercado. 
TEMA 1 – O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ESTRATÉGIA E TECNOLOGIA 
1.1 Tecnologias 
As tecnologias, como serão tratadas neste tópico, podem ser 
denominadas TDIC – Tecnologias digitais da informação e comunicação ou 
simplesmente TI – Tecnologia da informação. Em algunsmateriais você irá 
encontrar também a designação TIC – Tecnologias da informação e 
comunicação. Sua definição pode ser encontrada em diferentes perspectivas, 
mas preferimos uma definição genérica, aceita como de domínio público e que 
considera ser a tecnologia da informação um amplo conjunto de ferramentas 
utilizadas por pessoas para melhoria e racionalização de seus trabalhos. 
 Na atualidade, praticamente nenhum ambiente está isento de tê-la 
presente seja de forma tangível (algum hardware formado por computadores, 
dispositivos móveis e telefones celulares inteligentes), seja de forma intangível 
(algum software oferecido como sistemas operacionais, aplicativos diversos e 
sistemas de informação mais ou menos pesados). Iremos tratar o tema TI de 
forma um pouco diferente do que é comumente utilizado, com o propósito de 
identificar as suas aplicações no meio corporativo e na vida das pessoas. 
 
 
 
5 
1.2 Estratégia 
 No que diz respeito ao termo estratégia, podemos utilizar, da mesma 
forma, uma definição de domínio público, que se destaca entre diferentes 
perspectivas com as quais o tema é utilizado. Vamos focar o tema no que diz 
respeito à estratégia empresarial, considerada como o conjunto de ações 
tomadas com o propósito de definir e levar a empresa a cumprir metas. Uma 
definição simplificada e que atende ao escopo aqui previsto. 
 Há uma área da empresa afetada diretamente pela utilização ou ausência 
da tecnologia da informação: a área de tomada de decisões. Ela precisa estar 
apoiada em um elevado volume de dados, que, após armazenados, são tratados 
e rearranjados de forma a se transformarem em informações trabalhadas no 
sentido de serem utilizadas para agilizar o processo de tomada de decisões. 
1.3 Relacionamento estratégia e tecnologia 
No que contribui a tecnologia? Com toda uma série de metodologias e 
abordagens que envolvem o big data (captação de dados), o data mining (a 
mineração dos dados), o data warehouse (o armazenamento de dados), a 
análise dos dados e sua transformação em informação útil; o uso da computação 
em nuvem, a intervenção da inteligência artificial, entre outros aspectos de 
importância e relevância. Todo este volume de dados é processado pelos SIG 
– Sistemas de Informação Gerencial, que tratam estes dados e analisam 
comportamento e tendências do mercado. 
 No que contribui a estratégia empresarial? Com a proposta de utilizar de 
forma extensiva as TDIC com a finalidade de executar, de forma mais eficaz, as 
tarefas, com previsão de redução de custos operacionais e a melhoria da 
agilidade nos tempos de resposta, uma necessidade em mercados altamente 
competitivos. 
 Se, por um lado, temos a tecnologia tangível e intangível, por outro lado, 
temos um conjunto de sistemas necessário para que toda essa parafernália seja 
gerenciada por um conjunto de profissionais tais como o CIO – chief information 
officer, o CTO – chief technology officer, diretores de tecnologia da informação, 
que podem ser distribuídos em uma estrutura hierárquica ou fazer com que todas 
essas funções, como no caso das startups, acabe por ser gerenciada por um 
único elemento ou por um número reduzido de pessoas. 
 
 
6 
 Quando maior a estrutura (que agora pode ser terceirizada, diminuindo os 
gastos, mas acrescendo riscos de segurança), maior o número de pessoas 
envolvidas, tais como administradores de sistemas, desenvolvedores, analistas, 
sejam de suporte ou de sistemas. Pode parecer um exagero, mas todos esses 
profissionais têm seu lugar ao sol e são necessários para que as TDIC sejam 
realmente aplicadas e ajudem as empresas a apresentarem soluções para seus 
problemas e serem realmente inovadoras, com base em dados realistas e não 
apenas no “achismo” que nem sempre apresenta resultados positivos. 
 Dessa forma, as tecnologias e em particular as TDIC que se encontram à 
disposição da estratégia empresarial são aquelas que capacitam, em maior ou 
maior nível, a obtenção de maior nível de competitividade em mercados 
altamente competitivos. Por outro lado, a estratégia empresarial está na 
dependência de maior ou menor funcionalidade, na razão direta de como as 
inovações tecnológicas são utilizadas pelas empresas. 
1.4 Cuidados a tomar 
É preciso evitar que essa dependência não se transforme em um 
relacionamento simbiótico. Esse fato precisa ser tratado com cuidado, 
considerando que, via de regra, tal tipo de relacionamento pode ser transformado 
em algo nocivo, causando um embaraço e colocando obstáculos em ambas as 
direções. 
 Melhor fazer com que essa união seja um relacionamento sinérgico, no 
qual cada parte colabora para com o sucesso do todo. É uma forma mais 
saudável e que deve ser procurada. 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir para conhecer uma nova visão sobre o tema e que 
relaciona a tecnologia diretamente com o empreendedorismo, que não deixa de 
ser uma estratégia empresarial. 
LIMA, P. A relação entre tecnologia e empreendedorismo. Ideia de Marketing, 
18 abr. 2012. Disponível em: 
<http://www.ideiademarketing.com.br/2012/04/18/a-relacao-entre-tecnologia-e-
empreendedorismo/>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
2. Acesse o link a seguir e assista ao vídeo que traz a inteligência oriental para 
mais perto de nós e que analisa as mudanças que as tecnologias podem 
 
 
7 
provocar nas pessoas. A Mova selecionou esse trecho da palestra da Monja 
Coen para falar sobre como a tecnologia influencia mudanças individuais e 
coletivas. Nós criamos as tecnologias e elas criam as mudanças na nossa 
realidade. 
MONJA COEN. Como a relação com a tecnologia pode impulsionar mudanças? 
Zen Budismo. Mova, 19 jun. 2017. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=PqdOFPCfLzQ>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
3. Conheça mais sobre o conceito de indústria 4.0. Um dos melhores 
exemplos sobre o relacionamento tecnologias e estratégias está na abordagem 
de uma nova era para a indústria, apoiada totalmente na utilização de inovações 
tecnológicas e que nos traz a conceituação da indústria 4.0. Acesse o artigo no 
link a seguir: 
A INDÚSTRIA 4.0 e a revolução digital. Collabo, S.d. Disponível em: 
<https://alvarovelho.net/attachments/article/114/ebook-a-industria-4.0-e-a-
revolucao-digital.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
4. Considere desenvolver uma pesquisa na qual colete dados que lhe permitam 
responder o questionamento de como a empresa deve evitar que a relação entre 
as tecnologias e a estratégia não se torne um relacionamento simbiótico, 
assinalado em seu texto de estudos. 
TEMA 2 – O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE MARKETING E VENDAS 
2.1 Sobre vendas 
 O objetivo de toda a empresa (startup ou não) criada com interesses 
comerciais é obter retorno do capital investido e tomar medidas para que 
produtos e serviços sejam oferecidos ao menor preço e com a maior 
lucratividade possível. Elas foram criadas com um objetivo: vender. 
 Tudo o que gira no entorno social das empresas comerciais tem esse 
objetivo estabelecido como uma missão a ser cumprida. Nesta aula, você irá 
estudar toda uma série de iniciativas que têm como principal objetivo alavancar 
as vendas e fazer com que a empresa se torne sustentável e, se possível, 
assuma uma posição de liderança no mercado. 
 Entre as diferentes propostas de atingir esse objetivo e cumprir a missão 
com que a empresa foi criada, uma delas, o marketing, ganha destaque especial, 
principalmente quando olhamos para empresas criadas nos ambientes virtuais 
 
 
8 
(a ênfase principal deste material que você tem em mãos). A posição 
convergente de analistas que tem seu foco na área da administração de 
empresas é que marketing e empreendedorismo andam juntos nas estradas do 
mundo virtual, não se conseguindo dissociar as duas atividades. 
 Como estamos tratando da criação de startups, esse conceito também 
pode ser estendido para elas. O problema está na diferença, que pode ser 
consideradagigantesca, entre as características do marketing tradicional, para 
o marketing a ser desenvolvido pelas startups. 
2.2 Marketing de startups 
Para falar do marketing particular das startups, é bom lembrar do que 
definimos como startup: elas são empresas criadas para competir em mercados 
marcados por uma alta indefinição e pela incerteza do que irá acontecer no 
amanhã. Tida como uma ideia colocada em prática e que, apesar de todos os 
estudos desenvolvidos, via métricas e mensurações de mercado que varrem a 
internet de baixo para cima e de cima para baixo, é possível ter uma certeza: o 
marketing a ser desenvolvido pelas startups é, em tudo diferente do marketing 
tradicional. 
 Uma primeira diferença: ainda que criadas para gerar lucro, com aumento 
de faturamento, atacar um mercado jovem, que tem novas ideias sobre como o 
processo de compra e venda deve ser desenvolvido, é uma atividade atípica, 
que inicialmente se apoia em uma ferramenta simples e utilizada pelo marketing 
tradicional, mas aplicada a um público diferenciado. A análise SWOT (ou FOFA 
para aqueles que privilegiam a língua pátria = Forças, Oportunidades, Fraquezas 
e Ameaças) é o primeiro indicador. Imediatamente em seguida, uma tempestade 
de ideias permite conhecer um pouco mais sobre as características do mercado 
(leia o texto sugerido ao final da exposição para saber como aplicar essa 
proposta). 
 O trabalho com a abordagem 6W3H secunda essa primeira análise, 
seguida de uma proposta de apresentação gráfica (uso de mapas mentais e da 
metodologia VPD – Value proposition design). Esta abordagem trata, de forma 
resumida de saber: Why – Por quê; What – O que; Where – Onde; Who – Quem; 
For Whom – Para quem; When – Quando; How – Como; How much – Quanto; 
How many – Quantos. Acesse o link colocado ao final do texto para visualizar 
como se procede para aplicação da técnica. 
 
 
9 
 Nesse momento, você tem o marketing de apresentação da empresa 
startup, apresentável para stakeholders e possíveis parceiros. Em um segundo 
momento, você desenvolve os trabalhos sobre como chegar mais próximo ao 
cliente diferenciado, proveniente de uma geração digital que tem novas formas 
de comunicação. É o momento de utilizar os estudos sobre o cliente ideal 
(persona) e trabalhar com o desenvolvimento de campanhas, gerenciamento dos 
canais de venda e acompanhamento diário dos resultados obtidos. 
 Com base nisso, a trilha está aberta e o rio segue seu caminho. É preciso 
lembrar que o marketing digital é algo extremamente volátil, e o que hoje vale 
pode não valer amanhã, exigindo uma reinvenção diária, resultante da 
observação recomendada em parágrafo anterior. Não é à toa que o marketing 
digital é considerado, por um grande número de pesquisadores, como o 
marketing das mil faces. 
 Aqui você tem algumas dessas faces: e-mail marketing; marketing de 
relacionamento; marketing de permissão; marketing desenvolvido em redes 
sociais (landing pages); searching engine marketing; SEO – Search engine 
optimization; pay per click; links patrocinados; Google adworks; mídia display; 
SMM – Social media marketing; remarketing. Existem variações e esse tema é 
objeto de estudo em outras circunstâncias, não fazendo parte do escopo deste 
material uma discussão mais detalhada sobre o tema. 
 Com as colocações até aqui apresentadas, espera-se que o aluno 
compreenda as características particulares do marketing digital e a razão de 
nossa colocação inicial: há um abismo entre o marketing tradicional e o 
marketing digital, tanto na forma de desenvolvimento quanto na análise de 
resultados. 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir e tenha conhecimento de uma proposta específica 
voltada para o marketing de relacionamento: 
PEREIRA, A. T. A importância do marketing de relacionamento para fidelização 
de clientes nas empresas. Administradores, 15 ago. 2012. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-importancia-do-
marketing-de-relacionamento-para-fidelizacao-de-clientes-nas-
empresas/65393/>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
 
 
10 
2. Acesse o link a seguir, assista ao vídeo e conheça um pouco mais sobre o 
marketing para empresas startups. 
Marketing Digital para Startups. Com Leandro Roham do GBG de Salvador. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZjfBn6g732k>. Acesso em: 
24 ago. 2020. 
3. Conheça mais sobre swot e 6w3h acessando os links a seguir: 
CASAROTTO, C. Análise swot ou matriz F.O.F.A.: entenda o conceito e como 
colocá-lo em prática. Rock Content, 15 fev. 2018. Disponível em: 
<https://rockcontent.com/blog/como-fazer-uma-analise-swot/>. Acesso em: 10 
fev. 2019. 
MONLEVADE, J. Metodologia 6W e 3H – Brainstorming. Ebah, 2010. Disponível 
em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfwcYAI/metodologia-6w-3h-
brainstormin>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
4. Considere analisar o efeito positivo de um bom desenvolvimento de atividades 
CRM e a influência que pode ter nas atividades de marketing desenvolvido pelas 
empresas startups. 
TEMA 3 – O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE PESSOAS E FINANÇAS 
3.1 O que você precisa saber sobre pessoas nas startups 
Apesar de que muitas startups iniciem suas atividades somente com uma 
ideia e muita vontade, há casos em que uma infraestrutura atende aos estudos 
iniciais. Nesse caso, há pessoas que estão envolvidas, seja nas áreas 
tecnológica, administrativa, financeira e operacional. 
 Não levando em consideração pessoas tidas como colaboradoras ou 
eventuais parceiros e considerando que a tecnologia da informação é uma 
atividade terceirizada, com a colocação dos escritórios na modalidade coworking 
(anteriormente estudada), sobram os investidores, os empreendedores e os 
clientes. A importância dos investidores, dos stakeholders que resolveram 
confiar na ideia é inquestionável, por serem eles os principais alavancadores da 
nova empresa. 
 O empreendedor é o elemento chave, quem teve a ideia inicial e a 
coragem de enfrentar riscos que podem ser apenas imaginados, não 
 
 
11 
necessariamente com a intensidade do impacto que podem causar na vida real. 
Dessa forma, sobram os clientes. 
 Assim, para as empresas startups, as pessoas de maior interesse são 
aquelas que atendem ao que se decidiu nomear como cliente ideal, localizado 
no seu público-alvo, também denominado como persona. Este material procurou 
deixar especificado de forma clara que as empresas startups foram criadas para 
captar o interesse dessas pessoas, as que se encaixam no perfil levantado no 
mercado. 
 Durante o desenvolvimento da metodologia VPD – Value processing 
design, tudo é feito no sentido de atender aos desejos e às necessidades dos 
clientes, evitando-se problemas que ele possa ter com relação aos produtos e 
serviços da empresa, de modo que ele escolha o produto da empresa, ignorando 
o que a concorrência oferece. 
3.2 O que você precisa saber sobre finanças das startups 
Quando chegamos à análise das finanças envolvidas na criação das 
startups, tocamos em um dos pontos mais sensíveis, que em nada difere do que 
é feito com as empresas tradicionais. Vale aqui tudo o que foi dito sobre a 
necessidade de planejamento e gestão. Com um controle bem feito em relação 
ao planejamento, o processo de gestão financeira e orçamentária das startups 
diminui os riscos envolvidos. 
 Independentemente do sucesso ou insucesso dos empreendimentos, 
voltados para criação destas empresas, todos eles apresentam como 
características o potencial de crescimento, com um retorno que pode superar as 
expectativas. Esse é um cuidado a ser tomado, considerando que esse controle 
pode ser dimensionado na expectativa de um retorno mais estável, sendo menor 
na fase inicial do desenvolvimento das atividades o controle que foi projetado. 
 Essas ressalvas podem evitar que as startups apresentem alguns 
problemas comuns a todas, como pode ser obtido em relatórios desenvolvidos 
sobre empresasque fecharam antes de completar seu primeiro ano de vida. O 
afrouxamento no controle inicial pode ocasionar a perda de prazos de 
pagamento; erros no contas a pagar e receber e no fluxo de caixa; perda de 
documentos, entre outros problemas menos assinalados (Redação 
Administradores, 2010). 
 
 
12 
 Tendo começado bem e com o fluxo dos negócios tendo boa evolução, 
com a conquista do mercado e emancipação financeira, os cuidados devem ser 
ainda maiores. Analistas financeiros que desenvolvem estudos e pesquisas 
trazem cinco dicas que podem ser consideradas como conhecimento necessário 
para os empreendedores (Xerpa, 2017): 
 Controle seu fluxo de caixa de forma severa para ter o conhecimento 
necessário sobre o que precisa e o que pode dispor em termos de 
recursos financeiros; 
 Tenha cuidado com as compras e vendas parceladas, verificando se está 
sendo observado o padrão de gastos estabelecido na gestão financeira 
estratégica; 
 Mantenha atualizada a sua projeção de caixa de forma a poder 
acompanhar o planejamento inicial, efetuado quando dos estudos para 
criação da startup; 
 Separe as finanças pessoais das finanças empresariais de forma a não 
se perder no controle de gastos e ganhos, distorcendo os resultados 
financeiros projetados levando a não saber qual o real lucro ou prejuízo 
que está sendo obtido; 
 Se houver uma folha de pagamento, busque sua automatização de forma 
a poder manter um maior controle sobre o processo evitando erros e 
outros problemas que podem trazer gastos inesperados. 
 Com essas medidas, é possível que a startup tenha um bom início e evite 
problemas financeiros e com colaboradores. Com relação a outros aspectos 
legais e tributários que envolvem a vida financeira das startups, há legislação 
específica e regras para estabelecimento de um controle financeiro satisfatório. 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir e assista a um vídeo que traz dicas sobre como 
desenvolver o controle das finanças das startups: 
RIBEIRO, G. Finanças para startups. Gerson Ribeiro, 10 set. 2016. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=o7k5Qb_stYs>. Acesso em: 10 fev. 
2019. 
 
 
13 
2. Conheça mais sobre questões jurídicas para as startups. Conheça um pouco 
mais sobre como fugir de problemas com o fisco no vídeo que pode ser obtido 
acessando o link a seguir: 
STARTUPS podem fugir do 'labirinto legal' brasileiro. CDTV, 18 fev. 2014. 
Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=LrCrKm5zwFI&feature=youtu.be>. Acesso 
em: 10 fev. 2019. 
3. Há uma denominação para o universo das startups (ecossistema de startups) 
que muitos empreendedores não conhecem ao iniciar seu negócio. Tendo como 
base a leitura do texto que pode ser encontrado no link a seguir: 
MONTENEGRO, M. Afinal de contas: o que é ou deveria ser um ecossistema de 
startups. Vida de startup, 2013. Disponível em: <http://vidadestartup.org/o-que-
e-ecossistema-de-startups/>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
 4. Desenvolva uma atividade de pesquisa que lhe permita a produção de um 
guia de orientação inicial para a criação dessas empresas. 
TEMA 4 – O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO 
4.1 Importância do tema 
Criatividade e inovação não representam uma exclusividade para as 
startups. Elas são necessárias para qualquer empresa, principalmente se ela irá 
atuar em mercados altamente competitivos, com exigência de um desempenho 
voltado para obtenção da liderança do mercado ou, pelo menos, sua 
permanência entre um grupo de elite, que sempre é criado baseado no 
comportamento e atitudes dos colaboradores das empresas. 
 Como nosso estudo tem as startups como foco, inicialmente as 
considerações aqui colocadas se dirigem de forma específica para esse tipo de 
empresa, mas muitas (senão todas) as considerações aqui desenvolvidas são 
aplicáveis a empresas de categorização diversa. As competências e habilidades 
relativas à criatividade e inovação podem, ocasionalmente, ser consideradas 
como resultado de inspiração ou insights que surgem como em um flash, mas é 
preferível considerar que elas são resultado de um trabalho direcionado e de 
muito trabalho e esforço. 
 Vimos em aulas anteriores que o empreendedorismo é tratado na mesma 
perspectiva, como o resultado de muito esforço no desenvolvimento de uma 
 
 
14 
estrutura organizacional em torno de uma ideia que poderá se tornar ou não um 
sucesso de mercado. Os estudos apresentados e sugeridos nos levam a 
considerar que startups são negócios que crescem em uma velocidade que pode 
superar a mais otimista das perspectivas, mesmo a partir de baixo investimento. 
 A inovação e a criatividade estão na base desse sucesso. Há uma linha 
de raciocínio adotada por muitos empreendedores e que parte de uma estratégia 
recomendada por dois pesquisadores, Kim e Mauborgne (2017), que propugnam 
na criatividade e inovação melhores condições de evolução para as empresas, 
com destaque para as startups. 
 Dessa forma, é necessária a busca de formas de incentivo constante para 
que a inovação e a criatividade sejam valorizadas e efetivadas como um bom 
caminho para o sucesso de uma startup. Com esse objetivo em mente, é 
possível o desenvolvimento de modelos mais enxutos, flexíveis e altamente 
escaláveis. 
4.2 Facilite a criatividade e a inovação na empresa 
Uma das aspirações de alguns pesquisadores seria a existência de um 
“termômetro para mensuração do clima de inovação e criatividade” que seria 
utilizado para mensurar como está o clima para que essas competências e 
habilidades sejam aplicadas em todas as iniciativas. Como esse instrumento não 
existe, ele deve ser trocado por uma série de iniciativas que podem ser tomadas 
nesse sentido: implantação de um clima favorável para efetivação da inovação 
e criatividade. 
 A grande dificuldade para manifestação da inovação e da criatividade é a 
insuficiência apresentada pelas pessoas em problematizar o mundo que as 
rodeia, sem conseguir enxergar o que o outro pensa e deseja (falta de empatia) 
e muitas vezes nem o que a própria pessoa pensa (presença da alienação). 
Eliminar esses sentimentos pode demandar atendimento psicológico que insere 
custos, justificáveis quando tais condições são eliminadas. 
 Estimular uma convivência social diferenciada é o caminho indicado por 
psicólogos que se dedicam ao estudo das relações no trabalho. Ao desenvolver 
trabalhos em equipe de forma cooperativa e colaborativa, com pensamentos 
sendo aceitos de forma livre com respeito ao aprender pelo erro, pode ser aberto 
um caminho seguro para efetivação da inovação e criatividade. 
 
 
15 
 A transferência da proposta de incentivo à inovação e criatividade é então 
transferida de um plano individual para o plano do trabalho em equipe, que pode 
eliminar constrangimentos a que ideias sejam aproveitadas. Em trabalhos 
desenvolvidos em equipe, é preciso tato suficiente para evitar que indivíduos se 
sobressaiam e que o mérito seja compartilhado, o que muitas vezes pode ser 
uma condição difícil de obter. 
 Superadas as dificuldades da criação de um clima organizacional, há 
outros fatores que se impõem como necessários e que tratam de um trabalho de 
base com os colaboradores ou com o próprio empreendedor no sentido de uma 
valorização da pessoa como capital intelectual. Ao sentir-se bem, é mais 
facilitado o engajamento do colaborador com a ideia que deu origem ao negócio 
e um sentimento de luta que o faz considerar o objetivo dos empreendedores 
como se fossem os seus próprios. 
 A transformação da empresa em uma organização aprendente (Senge, 
2000) pode criar um clima de inovação constante. Esse aspecto pode ser 
somado a uma mudança de layout, com espaços para pequenas reuniões, 
política essa adotada por muitas empresas startups. Aqui o layout pode estar 
nos ambientes virtuais e nos espaços de cowork utilizados. 
 Há linhas de pensamento que propugnam que a cultura da empresapode 
atuar de forma decisiva. Com base nessa proposta, é preciso estabelecer uma 
cultura de criatividade e inovação, levando a questões de motivação extrínseca, 
com premiações para ideias inovadoras, sejam elas surgidas como resultado de 
reflexão individual ou de estudos desenvolvidos em grupo. 
 Ao adotar essa linha de atuação, a empresa ganha relevância social, 
tornando-se um “lugar bom para trabalhar”, o que ganha notoriedade nas redes 
sociais, levando a que profissionais diferenciados a procurem, para desenvolver 
a sua capacidade criativa e inovadora. Nesse caso, as redes sociais atuam como 
um amplificador do trabalho desenvolvido pela empresa. 
 É possível observar que grande parte do trabalho é ampliado das relações 
trabalhistas e envolve as relações emocionais, com a empresa preocupada com 
o bem-estar dos seus colaboradores para que eles tenham ideias criativas e 
inovadoras que tenham como preocupação o bem-estar dos clientes da 
empresa. O esquecimento desses fatores pode estar na base de insucessos que 
muitas startups apresentam. 
 
 
16 
 É preciso aceitar e reconhecer que a criatividade e a inovação são 
elementos que estão na base da criação de um clima favorável ao sucesso da 
startup. Aqui tanto os custos quanto os benefícios obtidos são intangíveis. Essas 
competências e habilidades podem ser consideradas como necessárias em uma 
sociedade que se acostuma cada vez mais com o desenvolvimento de atividades 
repetitivas e nas quais a preocupação com o individual supera em muito a 
preocupação com o todo. 
 Seguindo tais orientações, fica facilitado o trabalho de moldar o sujeito 
criativo e inovador, capacitado a ter e desenvolver novas ideias em 
favorecimento da aquisição de maior competitividade da empresa. Aqui há uma 
troca de posicionamento da empresa, considerada como influente sobre a 
personalidade individual como resultado de comportamento e atitudes que 
incidem em reconhecimento pessoal e profissional. 
 Com base nessas colocações, é possível considerar correta a linha de 
pensamento que considera que a criatividade e a inovação estão diretamente 
relacionadas com liderança e empreendedorismo que podem ser esperados 
como qualidades inatas, mas cuja preferência é considerar como possibilidades 
latentes que podem emergir quando há trabalho e esforços dirigidos e 
desenvolvidos pela empresa. 
 A verificação de muitos exemplos que a contrariavam levou a abandonar 
a consideração de que pessoas criativas possuíam inteligência superior à média, 
pertencendo à categoria dos superdotados, que durante algum tempo direcionou 
os estudos sobre inovação e criatividade (com maior destaque para o segundo 
aspecto). Na atualidade, é dada preferência à consideração, já assinalada, de 
que essas competências e habilidades são resultantes de muito trabalho e 
esforço pessoal. Essa colocação não invalida a possibilidade de que existam 
pessoas que comprovem a consideração inicial, mas sem que representem um 
número significativo que justifique a adoção dessa perspectiva como um padrão. 
 É possível colocar como recomendação final para a criação de um clima 
favorável ao desenvolvimento da criatividade e inovação a necessidade da 
supressão, no clima organizacional, de quaisquer tipos de constrangimentos ou 
barreiras ao novo, sem que sejam aceitos freios administrativos que venham a 
reprimir ideias que fogem ao modelo organizacional adotado pela empresa. 
 
 
 
17 
Saiba mais 
1. Acesse o link a seguir e escute as colocações de interesse sobre a abordagem 
representada pela estratégia do oceano azul. 
KIM, W. C.; MAUBORGNE, R. A estratégia do oceano azul. Resumocast, 5 jul. 
2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dxPjA_-EgjA>. 
Acesso em: 10 fev. 2019. 
2. Conheça mais sobre o que é um mindset, acessando o link a seguir: 
MORAES, M. O que é mindset? E qual é a diferença que ele faz nos negócios? 
Empreendedorismo Digital, 2015. Disponível em: 
<https://manassesmoraes.com/o-que-e-mindset/>. Acesso em: 10 fev. 2019. 
3. Acesse o link a seguir e leia um artigo complementar sobre inovação e 
criatividade, com um formato de estudo acadêmico e que pode colaborar para 
uma compreensão maior do que tratamos neste ponto. 
CHIBÁS, F. O.; PANTALEÓN, E. M.; ROCHA, T. A. Gestão da inovação e da 
criatividade na atualidade. Holos, ano 29, v. 3, 2013. Disponível em: 
<http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/1082/678>. Acesso 
em: 10 fev. 2019. 
4. Considere desenvolver uma pesquisa sobre questões de motivação para o 
desenvolvimento da inovação e criatividade no perfil profissional dos 
colaboradores, incentivado por atitudes e comportamentos de valorização 
profissional e consideração ao capital humano da startup como capital intelectual 
da própria empresa. 
TEMA 5 – O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE NETWORKING 
5.1 O que é network 
Antes de ampliar seu horizonte de conhecimentos sobre networking, 
vamos primeiramente buscar uma definição simplificada sobre network. Vamos 
adotar como a mais simplificada aquela defendida nos estudos desenvolvidos 
pelos analistas do Portal Educação (S.d.), em que se define uma network (“rede 
de trabalho”, em uma tradução ao pé da letra) como o resultado de todo o esforço 
e ação empreendida para que seja construído um local no qual as pessoas 
possam estabelecer e fidelizar algum tipo de relacionamento, criado com o 
 
 
18 
objetivo específico de que essas pessoas contribuam mutuamente para dar 
oportunidade para todos. 
 É uma definição simplificada e aceita de forma universal e que tem grande 
validade, sendo a oportunidade que muitas pessoas têm de estabelecer 
relacionamentos que podem resultar em uma oferta de trabalho, convite para 
participação em grupos e uma série de outras oportunidades. Elas também são 
chamadas de redes de relacionamento profissional (por exemplo, o Linkedin), 
que se somam a redes de relacionamento pessoal (por exemplo, o Facebook) 
nas quais as pessoas participam para afirmar a sua presença na rede. 
 Segundo Lévy (2000), está criada a cibercultura com toda a amplitude do 
dilúvio comunicacional que a grande rede proporciona, permitindo que as 
pessoas atravessem fronteiras e tracem contornos virtuais daquilo que as 
pessoas convencionaram denominar como aldeia global. A criação de uma boa 
rede de relacionamento está colocada como obrigação, na caminhada de bons 
profissionais. 
 O desafio de se ter uma boa rede de relacionamento se manifesta quando 
as pessoas têm alguma dificuldade, momento em que uma agenda virtual 
contendo bons contatos pode ajudar bastante. Certamente essa realidade já foi 
sentida por muitos profissionais. 
 Relatos de insucesso nas tentativas de apoio nas redes de 
relacionamento profissional são poucos. Grande parte deles se manifesta 
apenas quando os pedidos das pessoas são inconvenientes ou algum nível de 
insistência inadequado é utilizado pelos reclamantes (veja as colocações do 
vídeo que foi colocado para você assistir na seção Saiba mais deste tema). A 
decisão sobre quem deve fazer parte de sua network é algo totalmente pessoal 
e intransferível e recomenda-se que você inclua pessoas que possam prestar 
ajuda quando você necessitar. 
5.2 O que é networking 
Com a definição de network em mãos, fica mais fácil compreender a 
definição do networking, que é o ato ou ação de criar, manter e aumentar a rede 
de relacionamentos pessoais, como a abertura de um novo canal para exposição 
das ideias individuais das pessoas. O passo que envolve o movimento da 
definição para a ação deve ser tomado com cuidado, tomando o principal 
 
 
19 
cuidado de manter respeito à netiqueta (ver link complementar ao final do texto 
na seção Saiba mais). 
 Em seu networking, são atividades comuns e praticamente diárias: 
 Conhecer pessoas diferentes e as incluir em sua rede pessoal (ver 
recomendação anterior); 
 Procurar manter relacionamento

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