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Dor torácica

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Dor torácica 
- A maioria é de etiologia não-isquêmica (cerca de 2/3) 
- É necessário saber se é isquêmico ou não para fazer o 
direcionamento correto 
- Exame físico e história clínica tem acuária diagnóstica 
de 84%, sendo necessário uma anamnese detalhada 
- Característica da dor (normalmente, se isquêmico, 
a dor é em aperto ou queimação, possui 
irradiação, paciente possui idade mais avançada e 
não se encontra orientado) 
- Antecedentes pessoais e familiares 
- Exame físico (estabilidade hemodinâmica 
- A descrição clássica da dor na síndrome coronariana 
aguda é: uma dor ou desconforto em queimação ou 
sensação opressiva localizada na região precordial oii 
retroesternal, que pode ter irradiação para o ombro e/
ou braço esquerdo, braço direito, pescoço ou 
mandíbula, acompanhada frequentemente de diaforese, 
náuseas, vômitos ou dispnéia; a dor pode durar alguns 
minutos e ceder (10 - 20), como nos casos de angina 
instável, ou mais de 30min, como nos casos de IAM 
- A dor torácica pode ter várias origens, não 
necessariamente cardíaca: 
Etiologia isquêmica 
- Resultante do desequilíbrio entre a oferta e a demanda 
do oxigênio no músculo cardíaco, em 90% dos casos 
devido a uma placa aterosclerótica que dificulta a total 
ou a parcial passagem do sangue 
- Saber as características é muito importante para 
conseguir distinguir a causa 
- Localização 
- Irradiação 
- Duração 
- Fatores desencadeantes 
- Fatores de alívio 
- Além dos sintomas associados: 
- Dispnéia (infarto pode comprometer a função do 
VE podendo causar congestão pulmonar, gerando 
a dispnéia) 
- Vômitos (descarga adrenérgica) 
- Diaforese 
- Tosse 
- Síncope (hipotensão severa ou arritmia 
ventricular) 
- Palpitações 
- Sintomas psiquiátricos 
- Sendo os fatores de risco: hipertensão arterial, DM, 
tabagismo, dislipidemia, idade, obesidade e passado de 
doença coronariana 
- E os sinais que caracterizam gravidade: 
- Hipotensão arterial (PA sistólica < 80mmHg) 
- Bradicardia (FC < 50bpm 
- Taquicardia (FC > 120 bpm) 
- Rebaixamento do nível de consciência 
- Taquipnéia (FR > 25 ipm) SAT < 92% 
- A presença de apenas 01 sinal clínico, classifica o 
paciente com dor torácica grave ou risco 
vermelho, devendo encaminhá-lo imediatamente 
para a Sala de Emergência. 
- Classificação de risco para dor torácica 
-
-
Fatores de risco Peso
Idade > 60 anos 2
HAS 1
DM 2
Dislipidemia 1
Tabagismo 1
História familiar de infarto 1
(Mãe, pai ou irmãos) < 60a 1
Obesidade 1
Revascularizado prévio 3
Agnes Jennine
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- Triagem inicial de dor torácica: 
- Definição da probabilidade de síndrome 
coronariana aguda por meio da anamnese aliado 
ao exame físico e ao eletrocardiograma de 12 
derivações (o mais precoce possível, sendo o 
ideal < 10 minutos) 
- Qualquer supradesnivelamento do segmento ST 
deve ser interpretado como IAM, tamanha a 
gravidade desta afecção 
Etiologia não-isquêmica 
- Tromboembolismo pulmonar 
- Manifestações clínicas muito variáveis 
- Sintoma mais comumente encontrado é a 
dispnéia (73%) e a dor torácica (66%), mas 
também pode apresentar cianose e taquipnéia 
- Pericardite 
- Supra em tudo, exceto aVR e V1 
- Dor de início súbito tipo fincada, pontada; 
localizada em região retroesternal ou no 
hemitórax esquerdo, mas que, diferente da 
isquemia miocárdica, piora quando o paciente 
respira, deita ou deglute 
- Melhora ao se sentar e na posição de prece 
maometana 
- Irradiação para ombro e trapézio 
- Duração de horas a dias, sem relação com 
esforço físico 
- Pode apresentar átrio pericárdico (ausculta de um 
som parecido com creptos após o “tum tá” 
- Dor pleurítica 
- Bem localizada 
- Forte intensidade 
- Sem irradiação 
- Aguda, em pontada 
- Aumenta com tosse e inspiração profunda 
- Pode melhorar com o decúbito 
- Associado com febre, tosse, expectoração e 
dispnéia 
- Pneumotórax: dor aguda, intensa, em punhalada, 
associada à dispnéia e com paciente saudável, 
sem febre e com ausência de ruídos ventilatórios 
na ausculta do pulmão afetado 
- Dissecção de aorta 
- Eletrônico e raio-x não fecham diagnóstico --> 
confirmar com tomografia 
- Início súbito, de forte intensidade, do tipo facada, 
rasgadura de longa duração (horas a dias) com 
tendencia a migrar do seu local de origem para o 
caminho da dissecção (apenas 20%) 
- No exame físico pode ser encontrado um sopro 
de regurgitação aórtica, além de poder haver um 
gradiente de amplitude de pulso ou de pressão 
arterial entre os braços 
- Se ocorrer em aorta ascendente a dor se torna 
presente em: parte anterior do tórax, pescoço, 
garganta, mandíbula, face 
- Se ocorrer na aorta descendente, a dor se torna 
presente em: região interescapular, abdômen e 
extremidades inferiores 
- Sintomas associados: alteração do nível de 
consciência, síncope (tamponamento cardíaco), 
hemiparesias, hemiplegias, paraparesias, 
paraplegias 
- Sintomas cardiovasculares: alteração do pulso ou 
pressão, insuficiência aórtica aguda, derrame 
pericárdico com tamponamento, choque 
cardiogênico 
- Valvulopatias 
- Fecha diagnóstico com ecocardiograma 
- Estenose mitral e aórtica (sopro sistólico) podem 
provocar precordialgia típica 
- Presença de insuficiência cardíaca com sopro 
diastólico no foco mitral ajudam no diagnóstico de 
estenose mitral 
Etiologia gastrointestinal 
- Principal espasmo esofagiano pela mesma inervação 
- Pode provocar dor retroesternal com irradiação para 
mandíbula, em queimação, que surge aos esforços 
- Relação com eructação, alimentação, posição, palpação 
e melhora com antiácidos 
- Pensar em úlcera péptica, colelitíase, pancreatite, 
apendicite 
Etiologia musculoesquelética 
- Uma das causas mais comum 
- Caráter insidioso e persistente, durando de horas a 
semanas. 
- Em pontada. 
- Pode ser bem localizada ou difusa. 
- Piora com a respiração, esforço físico e palpação. 
- Melhora com anti-inflamatórios 
Etiologia psicossomática 
- Diagnóstico de exclusão 
- Acomete pacientes com ansiedade 
- Limita-se a região da ponta do coração, costuma ser 
surda, persistindo por horas ou semanas e acentua-se 
com emoções e contrariedades. 
Agnes Jennine
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- Não relacionada com exercício 
- Relação com dispnéia suspirosa, dormências, 
palpitações, instabilidade emocional. 
- Melhora parcialmente com analgésicos, calmantes e 
placebo 
Agnes Jennine

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