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38 Dor torácica - A maioria é de etiologia não-isquêmica (cerca de 2/3) - É necessário saber se é isquêmico ou não para fazer o direcionamento correto - Exame físico e história clínica tem acuária diagnóstica de 84%, sendo necessário uma anamnese detalhada - Característica da dor (normalmente, se isquêmico, a dor é em aperto ou queimação, possui irradiação, paciente possui idade mais avançada e não se encontra orientado) - Antecedentes pessoais e familiares - Exame físico (estabilidade hemodinâmica - A descrição clássica da dor na síndrome coronariana aguda é: uma dor ou desconforto em queimação ou sensação opressiva localizada na região precordial oii retroesternal, que pode ter irradiação para o ombro e/ ou braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada frequentemente de diaforese, náuseas, vômitos ou dispnéia; a dor pode durar alguns minutos e ceder (10 - 20), como nos casos de angina instável, ou mais de 30min, como nos casos de IAM - A dor torácica pode ter várias origens, não necessariamente cardíaca: Etiologia isquêmica - Resultante do desequilíbrio entre a oferta e a demanda do oxigênio no músculo cardíaco, em 90% dos casos devido a uma placa aterosclerótica que dificulta a total ou a parcial passagem do sangue - Saber as características é muito importante para conseguir distinguir a causa - Localização - Irradiação - Duração - Fatores desencadeantes - Fatores de alívio - Além dos sintomas associados: - Dispnéia (infarto pode comprometer a função do VE podendo causar congestão pulmonar, gerando a dispnéia) - Vômitos (descarga adrenérgica) - Diaforese - Tosse - Síncope (hipotensão severa ou arritmia ventricular) - Palpitações - Sintomas psiquiátricos - Sendo os fatores de risco: hipertensão arterial, DM, tabagismo, dislipidemia, idade, obesidade e passado de doença coronariana - E os sinais que caracterizam gravidade: - Hipotensão arterial (PA sistólica < 80mmHg) - Bradicardia (FC < 50bpm - Taquicardia (FC > 120 bpm) - Rebaixamento do nível de consciência - Taquipnéia (FR > 25 ipm) SAT < 92% - A presença de apenas 01 sinal clínico, classifica o paciente com dor torácica grave ou risco vermelho, devendo encaminhá-lo imediatamente para a Sala de Emergência. - Classificação de risco para dor torácica - - Fatores de risco Peso Idade > 60 anos 2 HAS 1 DM 2 Dislipidemia 1 Tabagismo 1 História familiar de infarto 1 (Mãe, pai ou irmãos) < 60a 1 Obesidade 1 Revascularizado prévio 3 Agnes Jennine 39 - Triagem inicial de dor torácica: - Definição da probabilidade de síndrome coronariana aguda por meio da anamnese aliado ao exame físico e ao eletrocardiograma de 12 derivações (o mais precoce possível, sendo o ideal < 10 minutos) - Qualquer supradesnivelamento do segmento ST deve ser interpretado como IAM, tamanha a gravidade desta afecção Etiologia não-isquêmica - Tromboembolismo pulmonar - Manifestações clínicas muito variáveis - Sintoma mais comumente encontrado é a dispnéia (73%) e a dor torácica (66%), mas também pode apresentar cianose e taquipnéia - Pericardite - Supra em tudo, exceto aVR e V1 - Dor de início súbito tipo fincada, pontada; localizada em região retroesternal ou no hemitórax esquerdo, mas que, diferente da isquemia miocárdica, piora quando o paciente respira, deita ou deglute - Melhora ao se sentar e na posição de prece maometana - Irradiação para ombro e trapézio - Duração de horas a dias, sem relação com esforço físico - Pode apresentar átrio pericárdico (ausculta de um som parecido com creptos após o “tum tá” - Dor pleurítica - Bem localizada - Forte intensidade - Sem irradiação - Aguda, em pontada - Aumenta com tosse e inspiração profunda - Pode melhorar com o decúbito - Associado com febre, tosse, expectoração e dispnéia - Pneumotórax: dor aguda, intensa, em punhalada, associada à dispnéia e com paciente saudável, sem febre e com ausência de ruídos ventilatórios na ausculta do pulmão afetado - Dissecção de aorta - Eletrônico e raio-x não fecham diagnóstico --> confirmar com tomografia - Início súbito, de forte intensidade, do tipo facada, rasgadura de longa duração (horas a dias) com tendencia a migrar do seu local de origem para o caminho da dissecção (apenas 20%) - No exame físico pode ser encontrado um sopro de regurgitação aórtica, além de poder haver um gradiente de amplitude de pulso ou de pressão arterial entre os braços - Se ocorrer em aorta ascendente a dor se torna presente em: parte anterior do tórax, pescoço, garganta, mandíbula, face - Se ocorrer na aorta descendente, a dor se torna presente em: região interescapular, abdômen e extremidades inferiores - Sintomas associados: alteração do nível de consciência, síncope (tamponamento cardíaco), hemiparesias, hemiplegias, paraparesias, paraplegias - Sintomas cardiovasculares: alteração do pulso ou pressão, insuficiência aórtica aguda, derrame pericárdico com tamponamento, choque cardiogênico - Valvulopatias - Fecha diagnóstico com ecocardiograma - Estenose mitral e aórtica (sopro sistólico) podem provocar precordialgia típica - Presença de insuficiência cardíaca com sopro diastólico no foco mitral ajudam no diagnóstico de estenose mitral Etiologia gastrointestinal - Principal espasmo esofagiano pela mesma inervação - Pode provocar dor retroesternal com irradiação para mandíbula, em queimação, que surge aos esforços - Relação com eructação, alimentação, posição, palpação e melhora com antiácidos - Pensar em úlcera péptica, colelitíase, pancreatite, apendicite Etiologia musculoesquelética - Uma das causas mais comum - Caráter insidioso e persistente, durando de horas a semanas. - Em pontada. - Pode ser bem localizada ou difusa. - Piora com a respiração, esforço físico e palpação. - Melhora com anti-inflamatórios Etiologia psicossomática - Diagnóstico de exclusão - Acomete pacientes com ansiedade - Limita-se a região da ponta do coração, costuma ser surda, persistindo por horas ou semanas e acentua-se com emoções e contrariedades. Agnes Jennine 40 - Não relacionada com exercício - Relação com dispnéia suspirosa, dormências, palpitações, instabilidade emocional. - Melhora parcialmente com analgésicos, calmantes e placebo Agnes Jennine
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