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Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Centro de Ciência e Tecnologia (CCT) Unidade Acadêmica de Física (UAF) Laboratório de Óptica, Eletricidade e Magnetismo Relatório 07 Elementos Resistivos Lineares e Não Lineares Aluno(a): André Medeiros Matrícula: 111111111 Turma: 1 Professor: Marcos Gama Nota: Janeiro de 2023 Campina Grande/PB INTRODUÇÃO A corrente elétrica é resultado do movimento de elétrons submetidos a uma diferença de potencial elétrico. A função que descreve a corrente elétrica através de um dispositivo condutor em função do potencial elétrico aplicado é denominada curva característica. É possível que um dispositivo apresente uma coleção de curvas características em função de parâmetro qualquer, como, por exemplo, temperatura. A curva característica caracteriza totalmente o componente sob teste e é de fundamental importância no projeto e resolução de circuitos elétricos complexos. OBJETIVOS Com o objetivo de pôr em prática os conceitos aprendidos em sala de aula, distinguir entre elementos resistivos lineares e não lineares, determinar experimentalmente as curvas características de elementos resistivos, estabelecer circuitos que minimizem os erros na determinação da resistência, devidos ao voltímetro e ao amperímetro, e avaliar a influência nas medidas devido às resistências internas do Amperímetro e do Voltímetro, foram realizados alguns experimentos e feitas análises no laboratório de forma a tudo ser comprovado como verdade. MATERIAL UTILIZADO Para a realização do experimento, foram utilizados: • Multímetro analógico Minipa ET - 300009; • Multímetro Digital Tektronix DM250; • Prancheta, modelo laboratório; • Resistores; • Cabos para ligação; • Uma pilha; • Fonte de tensão regulável; • Fio homogêneo de 1,0m; • Potenciômetro; • Microamperímetro (50µA); • Acessórios de conexão. PROCEDIMENTOS E COLETA E ANÁLISE DE DADOS • Montagem a Montante Pelo código de cores, foram anotados os valores das resistências fornecidas pelos resistores utilizados no experimento que corresponderam a 560 10𝐾𝛺. Depois disso, o circuito da figura abaixo foi montado, sem ligar a fonte. A montagem foi certificada pelo monitor presente durante o experimento. O potenciômetro P estava inicialmente na posição de resistência máxima. Girando cuidadosamente o potenciômetro P, fizemos variar em intervalos regulares a corrente 𝐼 através do amperímetro e a tensão 𝑉 através do voltímetro. Os valores obtidos para 𝑉 e 𝐼 foram anotados nas tabelas I e II abaixo para cada resistor fornecido. TABELA I – R1 = 560 𝛀 𝑰(𝒎𝑨) 𝟎, 𝟏 𝟎, 𝟐 𝟎, 𝟑 𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓 𝟎, 𝟔 𝟎, 𝟕 𝟎, 𝟖 𝟎, 𝟗 𝟏, 𝟎 𝑽(𝒎𝑽) 0,065 0,119 0,181 0,257 0,318 0,381 0,445 0,500 0,561 0,625 TABELA II – R2 = 10k 𝛀 𝑰(𝒎𝑨) 𝟎, 𝟏 𝟎, 𝟐 𝟎, 𝟑 𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓 𝟎, 𝟔 𝟎, 𝟕 𝟎, 𝟖 𝟎, 𝟗 𝟏, 𝟎 𝑽(𝑽) 1,004 2,15 3,08 4,15 5,22 6,24 7,22 8,18 9,15 10,12 • Montagem a Jusante O mesmo procedimento foi utilizado na montagem a Jusante. A única alteração realizada foi em relação ao voltímetro que agora estava montado em paralelo ao resistor, ligado antes do amperímetro. Os valores obtidos para 𝑉 e 𝐼 foram anotados nas tabelas III e IV abaixo para cada resistor fornecido. TABELA III – R1 = 560 𝛀 𝑰(𝒎𝑨) 𝟎, 𝟏 𝟎, 𝟐 𝟎, 𝟑 𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓 𝟎, 𝟔 𝟎, 𝟕 𝟎, 𝟖 𝟎, 𝟗 𝟏, 𝟎 𝑽(𝒎𝑽) 0,052 0,112 0,169 0,212 0,289 0,343 0,400 0,454 0,500 0,560 TABELA IV – R2 = 10k 𝛀 𝑰(𝒎𝑨) 𝟎, 𝟏 𝟎, 𝟐 𝟎, 𝟑 𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓 𝟎, 𝟔 𝟎, 𝟕 𝟎, 𝟖 𝟎, 𝟗 𝟏, 𝟎 𝑽(𝑽) 0,948 2,05 3,05 4,10 5,19 6,14 7,16 8,12 9,02 10,07 • Levantamento da Curva Característica do próprio milamperímetro: Simultaneamente foi medido I e V sobre o miliamperímetro e os valores foram a notados na tabela a seguir: TABELA V 𝑰(𝒎𝑨) 𝟎, 𝟏 𝟎, 𝟐 𝟎, 𝟑 𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓 𝟎, 𝟔 𝟎, 𝟕 𝟎, 𝟖 𝟎, 𝟗 𝟏, 𝟎 𝑽(𝑽) 0,006 0,012 0,018 0,026 0,032 0,039 0,044 0,050 0,056 0,062 • Levantamento da Curva Característica de um Elemento Não linear: O circuito montante foi novamente montado para obter os valores da corrente e da tensão, com o diodo diretamente polarizado em lugar na resistência R usada anteriormente. Para certificar-se de que a corrente não iria danificar o amperímetro, previamente a mesma foi calculada quando o potenciômetro P estava nas posições de resistências máxima e mínima. Com o resistor em série com o diodo, medimos em intervalos iguais os valores de I e V simultaneamente sobre o diodo. Os valores foram anotados nas tabelas abaixo: TABELA VI - Montante V(mV) 𝟒𝟓𝟎 𝟓𝟎𝟎 𝟓𝟓𝟎 𝟔𝟎𝟎 𝟔𝟓𝟎 𝟕𝟎𝟎 𝟕𝟓𝟎 𝟖𝟎𝟎 𝟖𝟓𝟎 900 𝑰(𝒎𝑨) 0,03 0,11 0,28 0,78 1,97 4,36 10,26 19,8 32,6 49,0 TABELA VII - Jusante V(mV) 𝟒𝟓𝟎 𝟓𝟎𝟎 𝟓𝟓𝟎 𝟔𝟎𝟎 𝟔𝟓𝟎 𝟕𝟎𝟎 𝟕𝟓𝟎 𝟖𝟎𝟎 𝟖𝟓𝟎 900 𝑰(𝒎𝑨) 0,03 0,11 0,28 0,66 2,3 5,9 14,2 30,1 58,7 91,5 Com os valores das tabelas da Montagem a Montante e Montagem a Jusante foi montado o gráfico (Em anexo) da curva que característica V x I para cada resistor fornecido no mesmo sistema de coordenadas e a partir deles foi possível determinar a resistência de cada resistor, para tal, foi necessário calcular a inclinação do gráfico, ou seja, o coeficiente angular do mesmo. A partir do gráfico para o resistor de 560 Ω para o resistor de 10k Ω para montagem a montante e montagem a jusante, foram obtidos os seguintes valores para a resistência dos resistores a partir do cálculo do coeficiente linear: TABELA VIII - Montante Resistência teórica Resistência experimental Desvio percentual 𝟓𝟔𝟎 Ω 530 Ω 5% 𝟏𝟎𝒌 Ω 11,2𝑘 Ω 12% TABELA IX - Jusante Resistência teórica Resistência experimental Desvio percentual 𝟓𝟔𝟎 Ω 560 Ω 0% 𝟏𝟎𝒌 Ω 9,5𝑘 Ω 5% Após essa análise em relação aos resistores do experimento, ainda foi possível traçar um gráfico I x V para o diodo diretamente polarizado para o circuito montante e para o circuito a jusante, no mesmo sistema de eixos. A partir deste gráfico foi possível notar que a curva característica para este sistema do diodo não é uma reta, o que significa que o diodo é um elemento resistivo não linear. CONCLUSÕES Através do experimento realizado, foi possível notar que a montagem que apresenta resultados mais satisfatórios, dependerá da resistência do resistor utilizado. Para um resistor de resistência medida em kΩ a montagem a jusante mostra-se mais eficaz, e isso ficou comprovado ao calcularmos o valor da resistência do resistor de 10k Ω através do gráfico da montagem a jusante, o erro percentual obtido pelo cálculo de seu coeficiente angular que corresponde à resistência experimental do resistor, foi de 0%, ou seja, fica comprovado que o erro de medição será tão menor quanto maior for o valor da resistência que se deseja medir. Já para um resistor de medida apenas em Ω (ohms) montagem a montante se mostra mais eficaz, visto que esta é mais adequada para resistores de resistência pequena, no nosso experimento, o resistor de 56 Ω apresentou um erro considerável de 29,46% por ser um resistor de resistência considerável, é provável ainda que houve erros de leitura do voltímetro por algum mal contato ou outro possível erro cometido durante a experiência. Na montagem a montante fica comprovado que o erro de medição será tão menor quanto menor for o valor da resistência que se deseja medir. No que diz respeito ao diodo diretamente polarizado, diz-se que a montagem a montante será mais eficaz para avaliar sua resistência, visto que quando o diodo está diretamente polarizado sua resistência é pequena, e quando está inversamente polarizado, o inverso acontece. Como sabemos que a montagem a montante é mais eficaz em pequenas resistências, esta se faz mais apropriada para esta situação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliardo Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2023.
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