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#Carolina R. Dobrotinic APG 01 SOI III Hipertensão arterial Objetivos: 1. Revisar a fisiologia da pressão arterial 2. Compreender a fisiopatologia da hipertensão arterial 3. Entender os fatores de risco e as formas de prevenção 4. Entender os principais exames e sintomas para o diagnóstico da hipertensão Definição da PA DC = VS × FC Legenda: DC = débito cardíaco VS = volume sistólico FC = frequência cardíaca RVP = resistência vascular periférica A RVP reflete as alterações no raio das arteríolas e na viscosidade (densidade) do sangue. Regulação da PA ➔ Controle nervoso Barorreceptores: O aumento da pressão arterial estira os barorreceptores, fazendo com que transmitam sinais para o SNC. Sinais de feedback são enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a circulação, reduzindo a pressão arterial até seu nível normal. Quimiorreceptores: são células sensíveis ao baixo nível de oxigênio e ao excesso de dióxido de carbono e de íons hidrogênio. Os sinais transmitidos pelos quimiorreceptores excitam o centro vasomotor e essa resposta eleva a pressão arterial de volta ao normal. ➔ Controle hormonal Sistema renina-angiotensina-aldosterona 1. Quando as concentrações de soluto ficam abaixo de um determinado nível, as células da mácula densa sinalizam às células justaglomerulares para que estas secretam renina. 2. A renina inicia uma sequência de reações químicas no sangue que resulta, pelo córtex renal, na secreção do hormônio aldosterona, o qual aumenta a reabsorção do sódio (Na+) pelos túbulos contorcidos distais, aumentando a concentração de soluto no sangue. 3. Quando o sódio é reabsorvido, a água acompanha o gradiente osmótico, fazendo com que o volume e a pressão sanguíneos aumentem. 4. Sinais são também transmitidos simultaneamente dos átrios para o hipotálamo, para diminuir a secreção de hormônio antidiurético (HAD). Fisiopatologia da HAS Como a pressão arterial é determinada pelo produto do débito cardíaco (DC) e da resistência vascular periférica (RVP), fatores como a contratilidade e o relaxamento do miocárdio, o volume sanguíneo circulante, o retorno venoso e a frequência cardíaca podem influenciar o DC. Já os mecanismos vasoconstritores e vasodilatadores como o sistema nervoso simpático, o sistema renina angiotensina e a modulação endotelial influenciam na RVP. Em muitos pacientes portadores de HA a elevação da PA é decorrente do aumento da RVP enquanto em alguns, a elevação do DC é o responsável Tipos de HAS Hipertensão primária ou essencial: se refere à presença clínica de hipertensão sem evidências de uma condição clínica causal específica. Hipertensão secundária: é a elevação da pressão arterial em consequência de outra condição patológica. Contrariamente à hipertensão primária, muitas condições causadoras de hipertensão secundária podem ser corrigidas por cirurgia ou tratamento clínico específico. Entre as causas mais comuns de hipertensão secundária estão: a doença renal (hipertensão renovascular), os distúrbios dos hormônios corticais suprarrenais, o feocromocitoma (tumor do tecido cromafínico), a coarctação da aorta e o uso de anticoncepcionais orais Fatores de risco para HAS ➔ Não modificáveis Como idade, sexo, raça, histórico familiar e genética. Idade A elevação da pressão arterial com o envelhecimento está relacionada a um enrijecimento das paredes arteriais, que afeta a pressão sistólica em particular. Evidências mais recentes também indicam que a capacidade renal de excreção do sódio diminui com a idade, e a retenção de sódio também contribui para a hipertensão. Sexo Mais prevalente em homens Raça Mais prevalente em afrodescendentes Os fatores responsáveis por essas diferenças podem incluir aumento da sensibilidade ao sal, aumento dos níveis de obesidade e fatores genéticos. Histórico familiar + genética Acredita-se que a contribuição genética para a hipertensão possa se aproximar dos 50%. ➔ Modificáveis Como dieta, níveis de lipídios séricos, consumo de tabaco e álcool, nível de condicionamento físico e atividades, sobrepeso/obesidade e controle glicêmico no diabetes melito. Rotina de sono Interrupções repetitivas do sono e diminuição da duração ou da qualidade do sono estão associadas a uma menor “queda” noturna da pressão arterial. Manifestações clínicas A hipertensão primária é tipicamente um distúrbio assintomático. Os sintomas, quando ocorrem, frequentemente estão relacionados aos efeitos da hipertensão a longo prazo sobre outros sistemas de órgãos-alvo, como rins, coração, olhos e vasos sanguíneos. O sintoma que seria o mais frequente e específico observado num indivíduo hipertenso é a cefaléia. A hipertensão arterial de evolução acelerada (hipertensão maligna) está associada com sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náusea e vômito Complicações Aterosclerose: promove e/ou acelera a formação de placas e sua possível ruptura. Hipertrofia ventricular esquerda: é um fator de risco importante para o desenvolvimento de cardiopatia coronariana, arritmias cardíacas, morte súbita e insuficiência cardíaca congestiva, uma vez que o ventrículo não consegue bombear com eficiência Nefroesclerose: causa comum de doença renal crônica. Comprometimento cognitivo: o estreitamento e a esclerose das artérias penetrantes de pequeno calibre nas regiões subcorticais do cérebro promove alterações que contribuem para a hipoperfusão, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e comprometimento da barreira hematoencefálica, finalmente levando à desmielinização da substância branca. Retinopatia: afeta a retina induzindo uma série de alterações microvasculares Diagnóstico Anamnese + exame físico + exames complementares A hipertensão é diagnosticada por meio de aferições sequenciais da pressão arterial indicando uma elevação consistente da pressão nos vasos arteriais sistêmica Esquema do Sistema renina-angiotensina-aldosterona Diagnósticos possíveis na hipertensão arterial (fenótipos) Fatores de risco cardiovasculares
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