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estudo dirigido - apocalipticos e integrados

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06 » APOCALIPTICOS E INTEGRADOS
1) Por que, segundo Umberto Eco, a discussão estética sobre a comunicação de massa é um desvio de questão?
2) Qual é a proposta de pesquisa em comunicação feita por Umberto Eco?
Análise semiológica (percepção dos diferentes níveis de significação e das formulações ideológicas) seguida de pesquisa sociológica para descobrir se grupos de receptores diferentes identificam as intenções do remetente (produtor da mensagem), produzem sentido diferente da intenção do remetente ou projetam livremente significados na mensagem.
3) Por que, no entender de Umberto Eco, Cultura de Massa e Indústria Cultural são conceitos-fetiche? 
Cultura de Massa e Indústria Cultural são conceitos-fetiche, pois trazem limites ao discurso porque impõe um determinado posicionamento diante do objeto (reação emotiva – o próprio conceito leva a um posicionamento, ou você condena ou você aprova aquilo).
4) Nem Cultura de Massa, nem Indústria Cultural: qual o conceito usado por Umberto Eco para se referir ao objeto de estudo da Teoria da Comunicação e o qual a diferença de abordagem que o novo conceito implica?
5) O que são apocalípticos e integrados?
São dois grupos de estudos das culturas de massa. Para os apocalípticos, a cultura é uma experiência aristocrática, precisa de cultivo e de interioridade, o que se opõe à ideia de multidão. Ou seja, a cultura de massa seria a anticultura, uma queda irrecuperável e o sinal do apocalipse. De acordo com Umberto Eco, eles erram à medida que consideram cultura de massa necessariamente má porque é industrial (um preconceito de classe). Ele também faz uma crítica aos estudiosos pelo fato deles não estudarem os produtos culturais, reduzindo o consumidor à categoria fetiche de homem-massa. Mas ele também lhes dá mérito ao denunciarem o otimismo dos integrados como sendo algo falso ou de má fé.
Os integrados são mais otimistas, eles acreditam que não importa se a o produto vem de baixo para cima ou de cima para baixo, porque a distribuição ampla de cultura popular torna agradável o recebimento de informações. Umberto Eco diz que eles erram à medida que consideram a multiplicação dos produtos como algo bom em si, segundo o ideal de livre mercado. 
6) No entender de Umberto Eco, qual o principal mérito e qual é o maior erro dos teóricos apocalípticos? 
O principal mérito dos apocalípticos seria o de denunciar o otimismo dos integrados como algo de má fé, pois se existem “operadores culturais que produzem para as massas” com fins lucrativos, então é preciso julgar operações culturais pela intencionalidade manifesta e pelo modo como as mensagens são estruturadas. Os dois grandes erros dos apocalípticos são o fato dele considerar cultura de massa algo mau por ser industrial e o fato deles não estudarem os produtos culturais, reduzindo o consumidor à categoria fetiche de homem-massa.
7) Umberto Eco chama atenção para o fato de as mídias serem meios de comunicação de massa e que, portanto, é como comunicação que devem ser estudados. O que significa, na prática, abordar as mensagens transmitidas pelas mídias como comunicação? Quais são as implicações dessa percepção nos estudos teóricos?
8) Para Umberto Eco, a cultura de massa é boa ou ruim?
Não é boa e nem má. Por ela ser um efeito heterogêneo e que chega à diferentes grupos de indivíduos, ela ser algo bom ou ruim depende de sua estética. Esta, por sua vez, depende do uso que será feito. Se uma rede de televisão utiliza seus programas para manipular os espectadores, então a cultura de massa é ruim. No entanto, se ela usa seus programas para alertar os espectadores de irregularidades e transmitir informações neutras, então ela é boa.
9) Explique o que é decodificação aberrante e por que ela se torna norma – e não exceção – na comunicação de massa.
Decodificação aberrante é o efeito que ocorre quando há a decodificação de um texto por um receptor que não tem os mesmos códigos de quem enviou a mensagem. Ou seja, a mensagem é decodificada por um código diferente do utilizado para codifica-la. Dentro da comunicação de massa, como os produtos passados pelos meios de comunicação de massa tem um público abrangente e largo, não há como esperar que todos os usuários tenham os mesmos códigos, de maneira que a decodificação aberrante se torna uma norma. Há diferentes modalidades de recepção, posto que consumidores dos produtos culturais transmitidos pelos meios de comunicação de massa não respondem a modelo único.

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