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Clínica e comunicação exame neurológico

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HP2: habilidades 
profissionais 2 
Clínica e comunicação: 
Exame neurológico: 
Visa estudar o sistema nervoso central, a medula e 
o sistema nervoso periférico. para isso é muito 
importante ter em mente a estrutura anatômica 
do sistema nervoso e o seu modo de 
funcionamento base para poder localizar uma 
possível lesão e sugerir a hipótese diagnóstica. 
 Em que nível está localizado a lesão? 
Periférico (neuropatia diabética), medular 
ou central (AVC) 
 qual o tipo de lesão? Focal (TCE com 
hematoma subdural por conta de uma 
batida de carro) ou difusa 
 apresenta efeito de massa? se sim a 
estrutura vai crescer comprimindo as 
outras (tumor cerebral -> acometimento 
rápido pela falta de distenção craniana) 
 qual a origem da lesão? Vascular, 
degenerativa, neoplásico, metabólica ou 
congênita (mielomeningocele -> “hérnia na 
medula” -> prevenida com ácido fólico no 
primeiro trimestre assim como o lábio 
leporino) 
 qual o sistema está comprometido? 
Vascular, liquórico, sensitivo, consciência, 
motor, visceral, funções cognitivas, 
coordenação e equilíbrio. 
 data de início da doença: aguda (horas ou 
dias -> hemorragia cerebral), subaguda 
(dias a meses -> meningite viral) ou 
crônica (meses a anos -> doenças 
degenerativas como Alzheimer) 
 qual o modo de instalação da doença? 
quando o sistema nervoso é comprometido 
agudamente se não foi por traumatismo 
terá sido por distúrbio vascular (AVC). ao 
contrário uma enfermidade de instalação 
lenta levanta a suspeita de processo 
degenerativo ou neoplásico 
 qual a evolução cronológica dos sintomas? 
sintomas surgem gradativamente 
(Alzheimer, tumor), a evolução é 
progressiva e se processa muito lentamente 
(Alzheimer, doenças degenerativas), 
manifestação súbita com regressão parcial 
ou total dos sintomas e um novo surto 
com piora do quadro clínico e recuperação 
menos completa (esclerose múltipla), 
aparece de modo paroxístico (dor aguda, 
intensa, que dura no máximo 72 horas -> 
neuralgia do triângulo e enxaqueca) 
 investigação dos sintomas: distúrbio de 
consciência, cefaleia, algias faciais, tontura e 
vertigem, convulsão, automatismo 
(hemibalismo e coréia), aminésia (trauma, 
genética ou demência), movimentos 
involuntários, distúrbios visuais (amaurose -
> não enxerga, ambliopia -> visão borrada, 
hemianopsia -> perda parcial do campo de 
visão ou diplopia -> visão dupla) ou 
auditivos (hipoacusia -> escuta pouco, 
acusia -> não escuta ou zumbidos), náuseas 
e vômito (hipertensão intracraniana -> 
tumor ou queda), disfagia (dificuldades de 
deglutição), marcha, Paresia (sensação 
diferente ao toque), distúrbio de 
sensibilidade, dores articulares (raiz de 
nervo -> hérnia de ducto/ ciatalgia e 
tumor o que faz compreensão das raízes 
principalmente cervical e lombar), 
distúrbios esfincterianos (compressão da 
medula), distúrbio do sono, distúrbio de 
funções cerebrais superiores (Parkinson e 
escoreia). 
 
 
 
 
 exame neurológico: exames e tratamentos 
realizados, estado atual do paciente, 
antecedentes pessoais, antecedentes 
familiares (consanguinidade dos pais 
principalmente em doenças genéticas), 
condições pré natais (crianças e 
adolescentes), vacinações, doenças 
pregressas e hábitos de vida 
 Anamnese: em cada período etário a 
prevalência de determinadas doenças 
(infecções na infância, processos 
desmielinizantes no jovem -> esclerose, e 
doenças vasculares nos idosos); a palavras 
ou afirmações que não devem ser aceitas 
sem o devido esclarecimento (tontura e 
vista escura podem ter significações 
diversas); é mais útil descrever a sensação 
percebida pelo paciente do que anotar a 
designação por ele dada; às vezes os dados 
negativos têm valor igual ou superior aos 
positivos; e necessário obter informações 
com os parentes ou amigos do paciente 
(nível intelectual reduzido, transtornos 
mentais, crises epilépticas, alteração do 
estado de consciência e crianças) 
Etapas: 
1. Facies: 
 Hipomimia facial (parkinsonismo): sem 
expressão. Ex: 
Parkinson, Coreia de 
Hunting. pode ser 
causado por 
medicamentos 
(psicotrópicos) 
 Paralisia facial periférica e central 
 
2. estado mental: 
 Nível de consciência: alerta, letárgico (não 
leve no estado de alerta ou confusão 
mental leve -> pessoa fica menos 
consciente sobre o que está acontecendo ao 
seu redor e pensa de forma mais lenta que 
o habitual parecendo cansada), obnubilado 
(redução moderada no estado de alerta ou 
turvação moderada de consciência), estupor 
(falta de resposta excessivamente longa ou 
profunda, a pessoa é despertada apenas 
brevemente por estímulo vigoroso como 
chacoalhar chamar em voz alta ou beliscar) 
ou comatoso (completa falta de resposta, 
não é possível despertar a pessoa e seus 
olhos permanecem fechados assim como não 
conseguem afastar membros de algo que 
dói). 
 Orientação: pessoa, tempo e espaço 
 atenção e concentração, julgamento e 
memória. 
 controle da consciência: normalmente o 
cérebro pode ajustar rapidamente os seus 
próprios níveis de atividade de consciência 
conforme necessário. ele faz ajustes com 
base nas informações que recebe nos olhos, 
ouvidos, pele e outros órgãos sensoriais. A 
capacidade do cérebro de controlar a sua 
atividade e níveis de consciência é 
prejudicada quando ambos os hemisférios 
centrais não funcionam bem (danificados 
 
 
 
 
repentinamente e de modo severo -> 
concussão cerebral -> batida de carro com 
o movimento de chicote que forma edema 
e fará compressão do cérebro resultando 
em tripanação), o sistema reticular 
ativador não funciona bem (não envia os 
sinais periféricos para o cérebro), quando as 
pessoas estão severamente privadas de sono 
(diminuir aprendizado, memória e 
concentração), quando ocorre convulsão e 
imediatamente após sua ocorrência (estado 
pós-ictal -> epilepsia), quando o fluxo 
sanguíneo ou a quantidade de nutrientes 
diminui (parada cardíaca, hipoglicemia, 
insuficiência cardíaca descompensada, 
trauma ou choque séptico), quando o fluxo 
de sangue que vai para determinadas partes 
do cérebro diminui (AVC), quando 
substâncias tóxicas danificam as células 
nervosas do cérebro ou danificam 
funcionamento (monóxido de carbono e 
opioides -> hipoxia), ou quando ocorre 
sangramento ou inchaço devido a tumor 
cerebral ou lesão que exerce pressão sobre 
parte do cérebro 
 delirium: acomete muitas pessoas acamadas 
principalmente por desidratação e uso 
excessivo de medicamentos. é um distúrbio 
da consciência e da função mental de forma 
súbita e oscilante que geralmente pode ser 
revertida. as pessoas não conseguem 
prestar atenção nem pensar claramente, 
elas ficam desorientadas e podem não saber 
onde estão ou que horas são, podem ficar 
excessivamente alertas, atenta se conseguir 
pensar claramente em um momento e no 
momento seguinte ficar letárgica distraída e 
confusa. 
 
 Escala de coma de Glasgow: define o estado 
neurológico de pacientes com uma lesão 
cerebral aguda 
 
3. função cognitiva e cortical: 
 Linguagem e fala: afasia (distúrbio de 
linguagem adquirido após lesão cerebral que 
afeta expressão e compreensão da fala, 
leitura ou escrita), disartria (dificuldade 
em articular as palavras de maneira correta 
-> parece bêbado), dislalia (dificuldade no 
aprendizado e articulação das palavras -
>aparece o Cebolinha), apraxia (dificuldades 
de realizar movimentos motores apesar de 
ter capacidade de vontade de pratica-los) 
 Agnosia: perda da capacidade de identificar 
objetos ou pessoas com um ou mais 
sentidos 
 
 
 
 
 
4. equilíbrio e marcha: 
 
 Equilíbrio: tontura com nítida sensação de 
rotação (vertigem). suas causas principais 
são infecções, intoxicação, neoplasia e 
insuficiência vascular do labirinto. outra 
condição frequente é a vertigem posicional 
paroxística benigna, que se caracteriza por 
vertigens Breves desencadeadas por 
movimentos específicos da cabeça e se 
desenvolve quando partículas de cálcio 
incrustadas em uma parte da orelha 
interna são deslocadas e semovem para 
outra parte do ouvido interno. 
 tontura com sensação de iminente desmaio, 
tontura manifestada com a sensação de 
desequilíbrio ou tontura com sensação 
desagradável na cabeça 
5. motricidade: 
 Atrofia muscular: é a quantidade de massa 
muscular e pode ser atrofia/hipotrofia ou 
hipertrofia 
 Tônus mucular: 
 Hipertonia plástica (sinal da roda 
dentada): caracterizado pela rigidez da 
musculatura e está presente por 
exemplo na doença de Parkinson em 
que o movimento não é contínuo 
 hipertonia elástica (espasticidade/sinal 
do canivete): é comum na doença do 
AVC onde o movimento é contínuo e 
tem uma volta inconsciente 
 
 Movimentos involuntários: 
 Coreia: movimento involuntário repetitivo, 
breve, irregular e relativamente rápido que 
começa em uma parte do corpo e passa 
para outra, de modo abrupto, imprevisível 
e continuo. normalmente envolve a face, a 
boca, o tronco e os membros 
 Ateatose: é um fluxo contínuo de 
movimentos involuntários lentos, contínuos 
e contorcidos que afetam mãos e pés. está 
presente em doenças como TCE, AVC e 
traumas cerebrais 
 Hemibalismo: é um tipo de coreia 
envolvendo estiramentos involuntários e 
violentos de um braço ou perna, os 
movimentos são amplos e mais intensos 
 Distonia: distúrbio neurológico dos 
movimentos caracterizado por contorção 
involuntária dos músculos que com pele em 
certas partes do corpo é executar 
movimentos repetitivos de torção ou a 
permanecerem em posição dolorosa 
 
 
 
 
 
 Tremores: 
 Em repouso: acontece na doença de 
Parkinson em que você só treme quando 
está parado 
 Postural: é um tremor essencial o que 
acontece por exemplo em idosos com o 
abre e fecha do queixo e em jovens com 
um tremor sem estar nervoso 
 Intenção: é cerebelar e acontece enquanto 
se movimenta 
 Mioclonias (paroxismo): são contraturas 
que duram segundos ou minutos dos 
membros maiores. Ex: câimbra, dores 
trigêmicas e enxaqueca 
 Fasciculações: não é dolorosa e acontece em 
musculaturas menores. Ex: no estresse 
quando o olho fica tremendo 
6. reflexos profundos e superficiais: 
 
 
 Reflexos patológicos: 
 Membros inferiores: sinal de babinsky 
positivo revela síndrome piramidal. Pode ser 
causado por neoplasias do SNC, AVC, 
doenças desmielinizantes (esclerose 
múltipla), traumatismo, doenças 
heredodegenerativas, ou por deficiência 
nutricional (por exemplo de b 12 in 
veganos, pós cirurgia bariátrica ou etilistas 
que causa fadiga e perda de força) 
 
 Membros superiores: sinal de Hoffman, 
quando faz um peteleco no dedo indicador 
o dedo do meio se movimenta junto 
 Sinais de irritação meníngea e radiculopatia: 
 Sinal de brudzinski: flexão passiva do 
pescoço pelo examinador com leve flexão 
das coxas e joelhos pelo paciente. sente dor 
se tiver por exemplo irritação meníngea 
 sinal de Kernig: paciente em decúbito 
dorsal com curso de semifletidas, o 
examinador tenta estender as pernas e o 
paciente sente dor. Ex: ciatalgia e irritação 
meníngea 
 
 
 
 
 Sinal de Laségue: dor lombar irradiada para 
a região posterior do membro inferior 
quando este elevado passivamente pelo 
examinador que com a outra mão impede 
afecção do joelho. Ex: ciatalgia 
 
7. coordenação: a coordenação adequada 
traduz o bom funcionamento de pelo 
menos 2 setores do sistema nervoso o 
cerebelo e a sensibilidade proprioceptiva 
 Ataxia: é a perda de coordenação pode ser 
cerebelar sensitiva ou mista. os exames de 
coordenação são a prova indicador nariz, a 
prova calcanhar joelho e caminhar em uma 
linha reta 
 equilíbrio estático: é feito o teste de 
romberg, se der positivo sugere que a 
ataxia é de natureza sensorial, ou seja, 
depende da perda da própria recepção 
vestibular. se der negativo sugere que 
ataxia de natureza cerebelar, ou seja, 
depende de disfunção localizada do cerebelo 
8. sensibilidade: as fibras mais calibrosas 
transmitem as sensações relacionadas com a 
vibração, com as modificações posturais e 
com o tato discriminativo. já as fibras mais 
finas estão encarregadas da Transmissão das 
sensações de frio, que calor, de dor e de 
trato grosseiro 
 
9. nervos cranianos: 
 
Sistemas motores: 
 Piramidal: é voluntário e composto pelo 
córticoespinal lateral, córticoespinal ventral 
e córticonuclear 
 Extrapiramidal: é involuntário e é composto 
pelo trato rubroespinhal, trato olivoespinal, 
trato retículoespinal, trato tectoespinal e 
trato vestíbuloespinal

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