Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HP2: habilidades profissionais 2 Saúde baseada em evidências: Tipos de estudos epidemiológicos: Caso-controle: compara qualidade de vida, hábitos de vida etc. os grupos devem ser parecidos em idade, peso, sexo ou outras coisas que influenciem. Normalmente é retrospectivo. Assim seleciona-se casos e controles no início do estudo e investiga as exposições associadas, para identificar se a exposição ocorre com maior ou menor frequência entre casos ou em controles. Adequados para avaliar doenças com período de latência longo, doenças raras e favorece o estudo de associação entre diferentes exposições para uma doença ou agravo. Ex: Homens e Mulheres com 30-40 aos que fizeram cirurgia bariátrica a mais de 10 anos X homens ou mulheres com 30-40 anos que não fizeram a cirurgia = Quem absorve mais nutrientes, quem tem mais pedra na vesícula, quem tem a melhor qualidade de vida... Relação dos casos pelos não-casos: para expressar o quanto a exposição é mais frequente entre casos do que entre controles. A medida realizada é a razão de chances de exposição: chance de exposição entre casos (a e c), chance de exposição entre controles ( b e d) e razão de chances (a e c por b e d) Viés de memória: a maneira que a informação da exposição é lembrada ou relatada por casos que experimentaram um desfecho adverso de saúde e por controle que não experimentaram esse desfecho. Os indivíduos que experimentaram a doença ou outro desfecho tendem a pensar sobre as possíveis “causas” da sua doença e, assim, têm maior probabilidade de lembrar suas histórias de exposição, diferentemente daqueles que não foram afetados pela doença. Viés de seleção: ocorre quando a amostra de casos não é comparável a amostra de controles (populações distintas) Viés de Berkson: ocorre em estudos caso controle de base hospitalar com controles também hospitalares pelas diferentes probabilidades de internação de casos e controles. Amostras de pacientes internados em hospitais são tendenciosas para estudar comorbidades Coorte: acompanha a população por um tempo, os pacientes podem mudar de condições (doente e não-doente). Ex: hipertensão, quantas vezes internou, quantas vezes já foi em uma consulta... Avaliar a relação entre uma possível causa (exposição) e o risco de desenvolvimento de uma doença, agravo ou comportamento em saúde (desfecho). Indivíduos são acompanhados ao longo do tempo para a avaliar a incidência do desfecho de interesse, deve-se comparar a ocorrência da doença em grupos de indivíduos com e sem as características de interesse, também podem estimar prevalência. Indicam a causa, o risco ou a proteção Medidas de ocorrência: Viés de seleção: grupo estudado não reflete as características da população geral. Problema de seleção, perdas ou recusas Viés de acompanhamento: perda de participantes ao longo do estudo Relacionadas com a exposição, com o desfecho ou ambos) Viés de informação: erro de classificação dos sujeitos do estudo. Pode exagerar ou atenuar associações examinadas Transversal: estuda o que está acontecendo agora. Serve para estimar a frequência dos fatores de risco e da doença, avaliar a frequência de outras características na população, investigar a relação entre fatores de risco e doença. Perguntas que podemos responder com os estudos transversais: Qual é a frequência de doença? Qual é a frequência de exposição? Qual é a cobertura de serviços? Exposição e doença estão associadas? Qual é a tendência na ocorrência de um agravo? Viés de seleção: indivíduos incluídos no estudo são diferentes da população-alvo Viés de amostragem: em virtude do processo de amostragem, a amostra não representa a população-alvo Viés de não respondentes: corresponde às perdas em um estudo – não respondentes são sempre diferentes dos participantes Viés de sobrevivência: a exposição do estudo está relacionada com a duração da doença – AIDS e classe social Viés de informação: informação é colhida diferentemente entre expostos e não expostos Viés do entrevistador: entrevistador tem ideias pré-concebidas sobre a hipótese em estudo Viés do entrevistado: parte dos entrevistados reage de maneira diferente em relação ao procedimento de coleta de dados Viés do instrumento: instrumento mal calibrado ou utilizado de maneira diferente entre expostos/não expostos e doentes/não doentes Ecológico: Estudo observacional analítico que busca avaliar como os contextos social e ambiental podem afetar a saúde de grupos populacionais. Unidades de estudo são grupos de indivíduos ou populações, e não indivíduos; geralmente as populações são definidas geograficamente (bairros, municípios, estados, países). Realizados com bases de dados secundários referentes a grandes populações (fonte de dados oficiais: OMS, registros nacionais: SIM, SINASC, IBGE, DATASUS, SISVAN, etc). Existem efeitos que somente podem ser medidos no nível ecológico. Ex. implantação de um novo sistema de saúde, leis anti-tabagismo. As variáveis medidas representam características da população total estudada, e a unidade de análise é um agregado. Para fins de comparação das populações, valores médios de um suposto fator de risco e desfecho são obtidos para as unidades de observação. Através de medidas agregadas, ambientais e globais Medidas agregadas: sintetizam características individuais dentro de cada grupo. Ex: proporção de fumantes, taxa de incidência de uma doença, renda familiar média e etc. Medidas ambientais: características físicas do ambiente. Ex: nível de poluição do ar, qualidade da água, nível de radiação solar, etc. Medidas globais: atributos de grupos, organizações ou lugares sem análogo no nível individual. Ex: densidade demográfica, nível de desigualdade social, existência de determinado tipo de sistema de saúde Falácia ecológica ou viés de agregação: pode ocorrer porque uma associação entre duas variáveis no nível agregado não necessariamente representa uma associação no nível individual. Ex: Estudo clássico de Emile Durkhein (religião e suicídio no final do século XIX): regiões com maior % de protestantes apresentavam maior % de suicídios. Porém quando avaliado no nível individual, eram os católicos residindo em províncias protestantes que se suicidavam mais. Nem sempre um achado no nível agregado reflete de fato o que ocorre no nível individual.
Compartilhar