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Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1 Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO Período em que se analisa a hidratação (e o balanço hídrico), o estado de consciência, condições hemodinâmicas, de ventilação e de oxigenação, além das cicatrizes decorrentes do procedimento e o funcionamento dos drenos, sondas e cateteres CIRURGIAS Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 2 PEQUENO E MÉDIO PORTES A intervenção médica pode não ser necessária, principalmente se tratando de pacientes de baixo risco GRANDE PORTE Em pacientes de maior risco exigem uma maior atenção quanto à necessidade de intervenção médica em medidas de reajuste das condições homeostáticas diante da resposta orgânica desencadeada, além da reabilitação e cicatrização das lesões deste paciente RESPOSTAS ORGÂNICAS AO TRAUMA Ativação dos processos de coagulação Busca pela manutenção do equilíbrio eletrolítico e ácido-básico Aumento do débito cardíaco Processos catabólicos: lipólise, proteólise, glicogenólise e gliconeogênese Mobilização de leucócitos Produção de linfócitos T e macrófagos Redistribuição do fluxo sanguíneo Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 3 Desvio de líquidos de fora dos vasos para o meio intravascular EXAME CLÍNICO AVALIAR Nível de consciência Estado hemodinâmico Grau de hidratação: pode estar associado a disfunção cardíaca, renal, hepática, sepse, peritonite e hemorragias Verificação das frequências Auscultas cardíaca e respiratória Análise dos drenos: volume e aspecto das secreções Exame físico do abdome Inspeção e palpação da ferida operatória SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 4 DEFINIÇÃO Local para onde vai o paciente no pós-operatório imediato, até que o mesmo recupere a consciência e apresente estabilização dos sinais vitais, com acompanhamento do médico anestesiologista responsável LIBERAÇÃO A partir da recuperação da consciência e apresentação de estabilização dos sinais vitais, com acompanhamento do médico anestesiologista responsável MONITORIZAÇÃO Circulação + respiração + estado de consciência + intensidade da dor COMPLICAÇÕES CLASSIFICAÇÃO IMEDIATAS Primeiras 24h MEDIATAS Até o 7º dia TARDIAS Depois da retirada de pontos e alta hospitalar definitiva Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 5 SISTEMAS MAIS SUSCETÍVEIS ÀS INTERCORRÊNCIAS Cardiovascular Urinário Respiratório Digestório Hepatobiliar COMPLICAÇÕES DE TERMORREGULAÇÃO FEBRE IMEDIATA OU INTRAOPERATÓRIA Duração: até 48h Origem: inflamatória ou autolimitadas Principais causas: 24h - atelectasia pulmonar; 48h - flebite Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 6 Causas: infecções preexistentes, reações transfusionais, hipertermia maligna e REMIT Hipertermia maligna NÃO é febre pós-operatória e sim resposta HIPERMETABÓLICA após a exposição a um anestésico inalatório ou a um determinado relaxante muscular (succinilcolina) PRECOCE Duração: até o 3º dia Principal causa: ITU Causas: atelectasias, flebite, pneumonia, ITU, IAM, infecção preexistente, inflamação associada à cirurgia, trauma ou queimadura TARDIA Duração: até o 30º dia Principais causas: até 5º dia - infecção da ferida operatória; após 7 dias - coleção intracavitária fístula Causas: infecção cirúrgica, pneumonia, deiscência de anastomose, reação medicamentosa, infecção da FO com próteses, fístulas tardias e endocardite bacteriana por bacteriana HIPOTERMIA Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 7 Temperatura < 35ºC ou queda de 3ºC em período curto COMPLICAÇÕES DE FERIDA OPERATÓRIA SEROMA DEFINIÇÃO Coleção de gordura liquefeita, soro e liquido linfático que se forma no subcutâneo ORIGEM Liquefação de gordura Transudação serosa Extravasamento linfático QUADRO CLÍNICO Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 8 Edema localizado, bem circunscrito com ocasional drenagem CONDUTA Realizar aspirações PREVENÇÃO Colocar drenos de sucção sob retalhos de pele ou potenciais espaços mortos HEMATOMA DEFINIÇÃO Coleção anormal de sangue que pode estar no subcutâneo ou circunscrita em algum órgão ou tecido QUADRO CLÍNICO Descoloração púrpura/azul, com ou sem dor, que pode estar associada a drenagem de líquido vermelho CONDUTA A depender de sua localização e tamanho deve ser drenado ou tratado conservadoramente PREVENÇÃO Otimizar hemostasia no ato cirúrgico Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 9 DEISCÊNCIA DEFINIÇÃO Abertura das suturas cirúrgicas no início do curso pós-operatórios, podendo ser de planos superficiais, profundos ou até órgãos FATORES DE RISCO Infecção da ferida Seroma Hematoma Aumento da pressão abdominal Desnutrição Obesidade Uso de corticoide Radioterapia Má técnica cirúrgica Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 10 QUADRO CLÍNICO Descoloração púrpura/azul, com ou sem dor, que pode estar associada a drenagem de líquido vermelho CONDUTA Correção da causa base A depender do tamanho, realizar ressutura ou conduta expectante FORMAS Eventração: as vísceras ficam contidas na pele Evisceração: as vísceras são expostas ao ambiente INFECÇÃO TIPOS Superficiais: envolve apenas a pele e tecido subcutâneo Profunda: envolve os planos profundos (músculo e fáscia) De órgãos e cavidades: quando atinge órgãos internos manipulados na cirurgia FATORES DE RISCO Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 11 Desinfecção/esterilização inadequada Falha na técnica asséptica Presença de corpo estranho Procedimentos de emergência Cirurgia prolongada Cirurgia prévia Inflamação crônica Imunossupressão Desnutrição Idade avançada Obesidade Diabetes Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 12 Anemia Infecção prévia Uso de antibióticos inadequados Doença cutânea na área operada QUADRO CLÍNICO Edema, eritema, drenagem, consistência mole do local, leucocitose e febre CLASSIFICAÇÃO Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou descontaminados, na ausência de processo infeccioso ou falha de técnica grosseira, não-traumática e que não penetre os tratos respiratório, digestório, genital e urinário Potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos colonizados ou de difícil contaminação, na ausência de processo infeccioso, ou penetração dos tratos digestório, urinário e respiratório sem quebra de técnica Contaminadas: realizadas em tecidos colonizados por flora abundante cuja descontaminação é difícil ou impossível, ou quando ocorre quebra grosseira de técnica asséptica, ou grande contaminação do tubo digestivo Infectadas: realizadas em tecidos ou órgãos em presença de processo infeccioso, tecidos necróticos, corpos estranhos ou feridas sujas por longo período Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 13 CONDUTA Superficiais: dependendo da ferida deve ser feito com abertura dos pontos para facilitar a drenagem, limpeza e curativos diários + antibioticoterapia Profunda: drenagem + Antibioticoterapia + dependendo da ferida pode ser realizado abordagem cirúrgica PREVENÇÃO Assepsia e antissepsia: degermação, esterilização, escovação e paramentação correta Antibioticoprofilaxia: feridas potencialmente contaminadas e descontaminadas Antibioticoterapia: feridas infectadas COMPLICAÇÕES METABÓLICAS INSUFICIÊNCIA ADRENAL DEFINIÇÃO Falha das glândulas adrenais em produzir glicocorticoides adequados CAUSAS Insuficiência adrenal crônica Insuficiência adrenal aguda Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 14 QUADRO CLÍNICO Fadiga, fraqueza, anorexia, perda de peso, tontura ortostática, dor abdominal, diarreia, hiponatremia, hipoglicemia e libido reduzida DIAGNÓSTICO Cortisol plasmático < 3 ug/dL CONDUTA Paciente sintomático: cortisona ou hidrocortisona CRISE HIPERTIREOIDIANA Aumento sustentado dos hormônios tireoidianos levando a uma tireotoxicose agudaHIPOTIREOIDISMO Diminuição dos níveis de hormônios tireoidianos Resposta metabólica ou alteração central do hipotálamo SIHAD Síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético Síndrome que causa a hiponatremia normovolêmica crônica, levando a hiponatremia Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 15 COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS ATELECTASIA DEFINIÇÃO Colabamento alveolar FATORES DE RISCO Idosos Obesos Tabagistas Portadores de DPOC QUADRO CLÍNICO Febre baixa Taquipneia Taquicardia ACHADOS Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 16 Diminuição de murmúrios vesiculares na porção inferior do pulmão Condensação Lateralização do mediastino Figura A. Radiografia frontal do tórax mostra atelectasia do lobo superior direito. Figura 8B mostra uma radiografia em perfil do tórax onde é possível observar uma opacidade projetada sobre o coração e que representa atelectasia do lobo médio (setas). Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 17 CONDUTA Fisioterapia respiratória COMPLICAÇÃO Pneumonia: atelectasia > 72 horas PNEUMONIA PERÍODO Até 30 dias após a cirurgia FATORES DE RISCO Radiografia frontal do tórax (A) e corte de tomografia computadorizada (B) mostram atelectasia completa do lobo inferior esquerdo (setas). Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 18 Peritonite bacteriana pós-operatória Ventilação mecânica por longo período Aspiração pulmonar Secreção aumentada das vias aéreas PRINCIPAIS AGENTES Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Enterococcus sp. QUADRO CLÍNICO Febre Dispneia Aumento da secreção de vias aéreas ACHADO Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 19 Consolidação pulmonar PNEUMONIA ASPIRATIVA DEFINIÇÃO Processo inflamatório pulmonar por irritação química de substâncias, sem infecção no início HISTÓRIA Paciente sedado com diminuição do nível de consciência, que apresentam DRGE e foram operados de urgência ACHADO Infiltrado bilateral e difuso Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 20 MEDIDAS PREVENTIVAS Jejum Posição adequada Cuidados na intubação Proteção de vias aéreas MEDIDAS TERAPÊUTICAS Diagnóstico precoce Antibiótico Fisioterapia Broncoscopia Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 21 TROMBOEMBOLISMO PULMONAR DEFINIÇÃO Presença de um trombo na circulação pulmonar QUADRO CLÍNICO Dispneia Taquipneia Taquicardia Hipoxemia Dor pleurítica EXAME FÍSICO Tríade de Virchow: lesão endotelial + hipercoagulabilidade + estase venosa EXAMES COMPLEMENTARES Gasometria ( PaO2 < 70 mmHg) ECG Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 22 ACHADO Corcova de Hampton CONDUTA TERAPÊUTICA Oferta de O2 Terapia trombolítica Embolectomia pulmonar EDEMA PULMONAR DEFINIÇÃO Triângulo com a base voltada para a periferia que ocorre em quadros crônicos Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 23 Acúmulo de líquidos nos alvéolos pulmonares, causando diminuição das trocas gasosas e gerando hipoxemia FISIOPATOLOGIA Aumento da pré-carga ou da pós-carga Aumento da pressão hidrostática nos vasos sanguíneos pulmonares Aumento da permeabilidade dos capilares sanguíneos pulmonares ETIOLOGIA Iatrogênicas: excesso de reposição volêmica Disfunção miocárdica HAS não controlada Infecções generalizadas (sepse) QUADRO CLÍNICO Dispneia Ortopneia Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 24 Taquipneia Taquicardia Cianose Ansiedade ACHADOS Estertores crepitantes na ausculta pulmonar CONDUTA TERAPÊUTICA Furosemida Nitroprussiato de sódio Morfina SÍNDROME DE ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA) DEFINIÇÃO Lesão inflamatória aguda e difusa pulmonar que provoca aumento da permeabilidade vascular do pulmão, determinando aumento do seu peso e diminuição de tecido aerado. Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 25 ETIOLOGIA Pneumonia Sepse Trauma Aspiração CRITÉRIO DIAGNÓSTICO 1. Tempo: dentro de uma semana de um insulto clínico 2. Imagem de tórax (Rx ou TC): opacidades bilaterais não explicadas por derrames, colapso lobar/pulmonar ou nódulos 3. Origem do edema: IR não completamente explicada por insuficiência cardíaca ou sobrecarga de fluidos 4. Hipoxemia: PaO2/ FiO2 ≤ 300; Leve: entre 200 e 300; Moderada: entre 100 e 200; Grave: menor que 100 CONDUTA TERAPÊUTICA Ventilação Protetora Posição de decúbito ventral Bloqueador neuromuscular Diurético Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 26 COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES HIPERTENSÃO PÓS-OPERATÓRIA ETIOLOGIA Dor Hipotermia Hipóxia Hipervolemia Suspensão dos medicamentos anti-hipertensivos Renovascular ou tumoral ARRITMIA CARDÍACA PERÍODO Até 72h após o procedimento QUADRO CLÍNICO Dor torácica Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 27 Palpitações Dispneia ETIOLOGIA Hipóxia Hipercalemia Hipocalemia Hipercapnia Hipotermia Uso de anestésicos inalatórios INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO FATORES PREDISPONENTES Pacientes submetidos a cirurgias vasculares Pacientes com ICC prévia Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 28 Idosos QUADRO CLÍNICO Dor torácica Hipotensão Arritmias CRITÉRIO DIAGNÓSTICO Dor torácica típica + isquemia miocárdica no ECG + aumento de enzimas cardíacas INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DEFINIÇÃO Falência ventricular esquerda e congestão/edema pulmonar ETIOLOGIA Reposição volêmica excessiva em paciente com algum grau de disfunção ventricular esquerda FATORES DE RISCO Idade avançada Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 29 HAS Doença arterial coronariana QUADRO CLÍNICO Dispneia progressiva Hipoxemia ACHADO Congestão pulmonar Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 30 COMPLICAÇÕES RENAIS E URINÁRIAS RETENÇÃO URINÁRIA ETIOLOGIA Anestesia Uso de opioides Radiografia frontal de paciente portador de insuficiência cardíaca congestiva. Observar aumento da área cardíaca e consolidações bilaterais com padrão de “asa de borboleta” (edema pulmonar). Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 31 CONDUTA Sondagem vesical de alívio INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ETIOLOGIA Cirurgias pélvicas e perineais Uso de raquianestesia Uso de anestesia peridural FATORES DE RISCO Distensão excessiva da bexiga Trauma operatório ao plexo QUADRO CLÍNICO Febre Disúria Polaciúria Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 32 Dor hipogástrica DIAGNÓSTICO Urocultura CONDUTA Antibioticoterapia INCONTINÊNCIA URINÁRIA ETIOLOGIA Cirurgia pélvica CONDUTA Fisioterapia Nova cirurgia COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS ÍLEO PARALÍTICO DEFINIÇÃO Desaceleração da motilidade gastrointestinal não associada a obstrução mecânica Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 33 QUADRO CLÍNICO Náuseas e vômitos Distensão abdominal Ausência de características de obstrução mecânica ou de inflamação peritoneal: hérnia abdominal, sinais peritoneais ETIOLOGIA Cirurgia abdominal Desequilíbrio eletrolítico Doença aguda/sistêmica CONDUTA Aspiração nasogástrica contínua Jejum oral Líquidos IV e eletrólitos Quantidade mínima de sedativos Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 34 Evitar opioides e anticolinérgicos OBSTRUÇÃO MECÂNICA ETIOLOGIA Aderência Hérnia interna Abscessos Isquemia intestinal Fístulas Edema Intussuscepção QUADRO CLÍNICO Vômitos Distensão abdominal Cuidados Pós-Operatórios - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 35 Ruídos hidroaéreos CONDUTA Hidratação Plasil Correção de distúrbios hidroeletrolíticos Laparotomia