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Organização e Legislação da Educação Unidade 3

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Organização e Legislação da Educação Unidade 3
Compreendendo os conceitos, histórico e evolução do currículo e a verificação do rendimento escolar.
Vivemos em uma sociedade repleta de desigualdades sejam elas econômicas ou sociais, a escola tem como objetivo oferecer condições de acesso e aquisição de conhecimento a todos, para que esse objetivo seja atingido a escola é fundamental analisar a concepção e a estrutura do seu currículo. Ao longo desta aula iremos estudar sobre os conceitos e a história do currículo e o debate em torno da verificação da aprendizagem. Dúvidas? Não se preocupe. Recorra ao fórum de dúvidas e discussões para socializar o seu conhecimento e esclarecer todas as suas dúvidas. Nós estaremos a sua disposição em caso de dificuldades!
Conceito do currículo
Durante a evolução do homem percebemos que ele sempre produziu conhecimento por meio da interação com o outro, e transmitia esse aprendizado aos outros integrantes da sociedade, seja pela comunicação ou arte, registrando suas histórias e conhecimentos.
O modo como esse currículo estará organizado será determinado pelo objetivo que se pretende atingir, seja para aquisição de conhecimento afim exercer apenas uma função no mercado de trabalho, ou o objetivo de transformar o aluno em um cidadão crítico e questionador, para as questões que estão em torno do seu dia a dia.
Sendo assim compreender as questões econômicas, políticas e culturais se fazem necessárias, uma vez que por meio dessa analise pode se organizar um currículo de acordo com os objetivos que se pretende atingir.
A escola ao refletir sobre os objetivos que a escolarização visa naquele grupo, deve buscar analisar o meio em que esses alunos, que são os protagonistas do processo aprendizado, estão inseridos uma vez que a elaboração do currículo não é algo fixo, mas algo flexível que deve ser composto pelos participantes da vida escolar, para que esse aprendizado possa ter sentido.
O currículo deve buscar propor conhecimento sobre algo vivenciado ou faze-los pensar ou agir de modo diferente pela reflexão de seus atos e atitudes.
A Lei de diretrizes e bases 9394/96 determina que seja desenvolvida uma base nacional comum curricular e uma base diversificada, e que a escola deve elaborar sua própria proposta pedagógica, com isso nota-se a importância de analisar as especificidades da onde está inserida a escola, para tornar a elaboração da proposta pedagógica algo coerente com o seu meio.
O currículo escolar é um documento que ganhará vida na vivência pedagógica, por isso deve estar relacionado com o projeto político pedagógico da escola, e ser desenvolvido com toda comunidade escolar buscando atender além do conteúdo comum, as particularidades de cada instituição. Segundo Veiga (2002)
Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. (VEIGA, 2002, p.7)
O referido autor ressalta que o currículo é composto de uma metodologia de construção coletiva, ou seja, não pode deixar de considerar todos os envolvidos no processo de aprendizagem, sejam eles professores e alunos, para que o ensino alcance os resultados esperados.
Segundo Salviani (2016) currículo é o conjunto de atividades desenvolvidas na escola, incluindo as atividades extracurriculares. A escola deve promover atividades que busquem refletir sobre a realidade do educando, dessa forma esse aluno terá condições de compreender o conteúdo historicamente elaborado, desenvolvendo sua criticidade frente ao seu meio e não apenas a repetição de aprendizados.
A escola quando não promove a reflexão do educando e busca apenas a repetição de conteúdos historicamente elaborados, tem como objetivo formar cidadãos aptos a apenas reproduzir, perpetuando a ideia de que existe somente uma sociedade ideal, e todos devem fazer parte dela sem promover questionamentos e aceitando sua condição frente a essa sociedade.
O currículo passou por inúmeras concepções de acordo com o momento social que a sociedade estava enfrentando.
Segundo Soares (1986)
As causas do sucesso ou do fracasso devem ser buscadas nas características dos indivíduos: a escola oferece igualdade de oportunidades; o bom aproveitamento dessas oportunidades dependerá do dom – aptidão, inteligência, talento – de cada um. (Soares, 1986, p.10)
Esse autor reflete um momento da história onde a escola tinha o objetivo de formar apenas mão de obra, pois se acreditava que a sociedade já estava demarcada pelo “dom”, e cabia ao aluno apenas reproduzir o conhecimento adquirido e ser a mão de obra ideal para o mercado de trabalho que a sociedade necessitava.
Em contraponto existem concepções que acreditam que a escola deve ser um espaço de reflexão, para que se forme cidadãos críticos que utilize das suas experiências para aprimorar seus conhecimentos.
Conforme Soares (1986)
A escola ao negar as classes populares o uso de sua própria linguagem (que censura e rejeita), ao mesmo tempo que fracassa em levá-las ao domínio da linguagem de prestígio, está cumprindo seu papel de manter as discriminações e a marginalização e, portanto, de reproduzir as desigualdades. (Soares, 1986, p.72)
Essa citação vem reforçar a importância de se considerar o meio social e os alunos que compõem o processo educativo, não para desconsiderar o conteúdo historicamente construído pela sociedade, mas para dar significado ao conhecimento informal disseminado no meio em que ele está envolvido, para que não se propague uma sociedade injusta e desigual.
Ao desenvolver um currículo a escola deve refletir o tipo de individuo que pretende formar, e o por meio do professor sendo um mediador do conhecimento deve buscar recursos para atingir esse objetivo proposto.
Currículo: Histórico, Evolução e a Verificação da Aprendizagem
O Brasil sofreu influência da sua concepção de currículos de vários países, entre eles os Estados Unidos, fazendo com que pesquisadores fossem nessas literaturas buscar base para o modelo brasileiro.
Conforme cita Pedra (1997)
A inteligência nacional não conseguiu criar pensamentos autonômicos sobre o currículo, mesmo porque a tradição brasileira fora a de programas (mais o feitio francês) e não a de currículo (ideia possível aos norte-americanos em virtude da grande descentralização do seu sistema escolar). Assim não restaram muitas alternativas senão a de buscar nos textos norte-americanos o conteúdo e a forma de pensar e fazer currículo. (Pedra, 1997, p.33)
Importante ressaltar que os educadores brasileiros buscavam a base e adaptavam para o contexto de ensino brasileiro.
Em 1549 os jesuítas chegam ao Brasil e se inicia o processo educacional, desenvolvendo ensinamentos e a maneira de aprendizado, para os grupos que eram considerados mais importantes e influentes socialmente e economicamente ou com foco na evangelização. Os jesuítas implantaram o Ratio Studiorum focado na seleção, sistematização e memorização de conteúdos, para catequisar os índios, sendo marcado pela pedagogia tradicional via o homem como um ser imutável.
Conforme Saviani (2007)
Essa concepção pedagógica caracteriza-se por uma visão essencialista de homem, isto é, o homem é concebido como constituído por uma essencial universal e imutável. (Salviani, 2007, p. 58)
A avaliação no modelo Ratio Studiorum, tinha como objetivo verificar o que o aluno memorizou, avaliando a concentração, silêncio e a ordem.
Nas orientações da Ratio, os exercícios e as avaliações de aprendizagem devem ser adotadas pelos docentes, sugerindo-se, ainda, a realização de torneios ou disputas na sala de aula, onde os alunos sejam desafiados a resolver exercícios diante de autoridades e convidados.
No terceiro momento, denominado “emulação”, os alunos são estimulados a competir com os próprioscolegas de classe e com os de outras salas. Para essa premiação, os jesuítas preparavam solenidades pomposas, convocando autoridades eclesiásticas e civis, e as famílias dos alunos. A emulação constitui uma das forças psicológicas mais ativas e eficientes e sempre foi incentivada pelos jesuítas, mediante o ingresso dos alunos mais talentosos e esforçados na academia. (ARANHA, 1989).
A tendência tradicional de ensino foi utilizada no Brasil até a Proclamação da República, sendo marcada por um ensino baseado na verdade absoluta, com foco na memorização e na verificação de resultados.
No decorrer da história outros métodos com influências estrangeiras forma implantados, como o ensino mútuo, onde os alunos que se destacavam eram convidados a auxiliar os outros alunos na aquisição do conhecimento. No Brasil na segunda metade do século XIX observam-se sinais de mudança na educação com a preocupação da ineficiência do ensino, dando inicio ao método intuitivo que busca a utilização de materiais de apoio como lousa, globo, mapas para melhorar a qualidade da educação.
Jonh Dewey foi o primeiro autor que encontramos discorrer sobre currículo, mas o assunto que ele aborda não tem como foco o que compreendemos de currículo atualmente, mas sim a pratica do professor dando autonomia para ele escolher seu meio e ambiente necessário para o aluno adquirir conhecimentos.
Franklin Jonh Bobbitt um teórico americano, afirmava que currículo é um conjunto de habilidades que a criança deve desenvolver, para quando for adulto estar preparada para outras coisas.
Diante da industrialização no país, os Estados Unidos, começou a observar a escola como uma empresa analisando, o onde se pretendia chegar e os métodos que utilizaria para atingir esse objetivo.
Para saber mais leia o artigo sobre Currículo no Contexto Escolar. https://bit.ly/2McROfc
A Revolução Francesa oriunda na Europa trouxe para o Brasil uma nova concepção de sociedade e educação dando origem a um importante movimento denominado escola nova, que defendia o desenvolvimento da individualidade e da autonomia, o professor passa a ser o facilitador da aprendizagem, é o início da preocupação e do debate sobre o currículo.
A escola nova era um movimento que defendia a educação ativista, o desenvolvimento da individualidade e da autonomia. A ênfase se dava na capacidade do aluno em aplicar os conhecimentos em situações vividas e não apenas na acumulação de conhecimento. (Aranha, 2006 p. 263)
A Escola Nova propõe um modelo que o aluno tenha liberdade de se expressar, fazendo a avaliação ser uma etapa desse processo e não um momento de valorização do acumulo de informações.
A avaliação é compreendida nesta abordagem como um processo válido para o aluno e não para o professor e entende-se que ela constitui apenas uma das etapas da aprendizagem. Nela não se pode visar só aos aspectos intelectuais, mas sim às atitudes e à aquisição de habilidades. (LUSTOSA JÚNIOR, 2013, p. 4).
Influenciados pelas ideias de John Dewey e Durkeim os intelectuais da escola nova acreditavam ser a educação o único meio capaz de construir uma sociedade democrática, com os mesmos direitos de oportunidades para todos.
O movimento da escola nova fazia críticas ao modelo tradicional de pedagógica implantada pelos jesuítas, e defendia que a educação e composta por experiências que tem como objetivo melhorar o ser humano.
Anísio Teixeira influenciado pelos pensamentos de Dewey iniciou o processo de preocupação na organização do currículo escolar. Conforme observamos em Moreira (2001).
Teixeira chamou assim, a atenção para a importância de se organizar o currículo escolar em harmonia com os interesses e estágios de desenvolvimento das crianças baianas. O currículo no entanto, foi ainda centrado nas disciplinas, mas de acordo com a realidade e as possibilidades do estado, carente de professores bem preparados capazes de implementar um currículo centrado nas atividades. (Moreira, 2001, p. 88)
Os ideais defendidos pela escola nova são visualizados até os dias atuais sobre concepção do currículo como um importante instrumento para democratizar a educação.
Em 1938 foi criado o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) após sua criação os estudos sobre currículo, passaram a ter mais força, e buscou-se discutir os problemas educacionais e propagar os novos ideais pedagógicos, em relação a análise do interesse sociais das crianças e sobre as avaliações escolares serem um instrumento, e não o final do processo educacional.
Em 1960 foi introduzido no Brasil o ensino tecnicista com ênfase na produção tinha como objetivo a exatidão, os currículos eram baseados nos princípios científicos e manuais que busquem na exatidão a excelência da técnica.
Insatisfeitos com a metodologia tecnicista os autores como Michel Apple e Henry Giroux influenciados por Paulo Freire, implantaram a teoria crítica questionam o currículo como um instrumento de dominação ideológica, que cria condições para a seleção e transmissão de conteúdos, de acordo com o interesse da burguesia.
A partir da década de 1980 as ideais da teoria crítica, desenvolveu uma nova forma de compreender o currículo, e em 1988 com a implantação da constituição brasileira e mais tarde com LDB em 1996 estabeleceu a implantação de um currículo mínimo de modo assegurar formação básica comum a todos os estudantes.
A partir da introdução do currículo na lei, muitos debates sobre o assunto surgem para buscar compreender a complexidade do processo educativo, e os desafios encontrados para que o currículo supere as influenciam econômicas e sociais, passando a ser um instrumento de oportunidades para todos.
Contudo a educação sempre esteve relacionada ao interesse social da classe dominante, e após a introdução da ditadura militar pelo presidente Getúlio Vargas surgiu uma nova era na educação denominada “pós crítica”.
A educação brasileira ao longo da história é marcada por teorias baseadas em:
Teorias Não Críticas – Composta pelas tendências tradicionais, escola nova e escola tecnicista tinham como característica sua neutralidade diante das questões sociais e políticas. A função da escola é preparar o educando para desempenhar papeis sociais.
	Escola tradicional: Composta por disciplinas especificas e conteúdos isolados, tem como objetivo prepara o aluno para atuar na sociedade, não promove debates ou reflexões.
	
	Escola Nova: Propõem o desenvolvimento de projetos com base no interesse dos alunos, ênfase no processo de aprendizagem e professor e visto como um facilitador do conhecimento, não promove a ênfase a criticidade do educando
	
	Escola Tecnicista: Importância do desenvolvimento de competências e habilidades específicas, molda o comportamento de acordo com a técnica, o educando é visto como alguém que irá receber a transmissão do conhecimento, desconsidera o seu pensar, criar e refletir
Teorias Criticas: Critica a perpetuação da desigualdade social pelas práticas escolares, é composta pela pedagogia criticoreprodutiva, defende a criação de um currículo emancipador que faz críticas a disseminação da cultura e da língua da classe dominante.
Teorias Pós Criticas: Ressalta que o currículo deve ser elaborado a partir dos interesses dos educandos e de acordo com os significados da realidade expressa pelos diálogos, a importância de se ouvir o aluno, é composta pela pedagogia histórico-critica, que propõem que os conteúdos sejam interligados de modo a favorecer uma análise crítica dos alunos, o professor passa a ser o mediador do processo ensino aprendizagem.
A pedagogia histórico-critica busca superar o modelo reprodutivista do currículo, se adequando dessa forma aos reais interesses da sociedade.
A escola deve criar condições para que se desenvolva o aprendizado por meio de diferentes interações, conhecendo as especificidades de cada integrante da comunidade escolar e promovendo a mediação das diferentes disciplinas com o conteúdo básico pré-estabelecido.
Deve ser analisado além de quem são os personagens que compõem a comunidade escolar,o papel da escola naquela comunidade, e qual o cidadão que gostaria de formar para poder estar atuando na sociedade.
Com base nesses questionamentos serão constituídos currículos que irão desenvolver cidadãos críticos e reflexivos, por meio de aprendizados significativos que promovam transformação no educando.
Conforme analisamos conforme a sociedade se evoluiu, o entendimento sobre currículo e papel dos alunos e professores foi sendo repensados, e as avaliações do rendimento escolar também foram sendo revistos.
Sousa (2014) afirma que a avaliação deve ser compreendida por meio de uma análise geral do ambiente escolar, e deve ser englobado os aspectos gerais e particulares de cada ambiente escolar.
Ao passo que o aluno se tornou o centro do processo de ensino aprendizado, o ato de avaliar deve ser utilizado para reavaliar e tomar decisões sobre a forma de trabalho do professor, para que se consiga atingir os resultados esperados pelos educandos.
A concepção de avaliação como um processo amplo de subsídio para tomada de decisão no âmbito dos sistemas de ensino é algo recente no Brasil, e deve ser entendido como um processo que vise contemplar competências e habilidades, o próprio currículo, os hábitos de estudo dos alunos, as estratégicas de ensino dos professores, o tipo de gestão dos diretores e os recursos a eles oferecidos para melhor realizar o seu trabalho. (MACHADO; ALAVARSE, 2014, p. 429).
A avaliação deve ser considerada para uma análise que contemple as competências, currículos, didática de ensino, gestão e recursos com objetivo de desenvolvimento pleno do educando.
Dessa forma a verificação do rendimento escolar deve ser apenas um instrumento para que se promova uma análise do trabalho desempenhado pela escola, promovendo a reflexão das práticas desenvolvidas pelos docentes para que desenvolva alunos aptos a exercer a cidadania.
[...]as avaliações são postas como subsídios para se repensar as políticas pedagógicas como foco nas funções diagnósticas e formativa da avaliação educacional. Tais funções destacam o fato de que testes e provas não se configuram como avaliação, mas, sim, são instrumentos e procedimentos que favorecem a avaliação. (MACHADO; ALAVARSE, 2014, p. 429).
O ato de avaliar implica no ato de acolher o aluno com base no conhecimento que ele já possui do assunto, e promover uma reflexão da pratica pedagógica que deverá ser desenvolvida pela escola e pelos professores para desenvolver objetivos e modo de fazer o educando atingir os objetivos propostos.
Dessa forma a avaliação não deve ser vista como algo tirano, mas sim como um importante instrumento a ser utilizado em prol da melhora da qualidade da educação.
Indagações sobre o currículo – Currículo e Avaliação em: https://bit.ly/1VBWkTd
Os PCNS – Parâmetros Curriculares Nacionais
Nessa aula iremos refletir sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais analisando seus objetivos, estrutura e como eles são importantes para garantir o direito de que todas as crianças, jovens e adolescentes do Brasil, possam usufruir de um conjunto de conhecimentos necessários para o exercício da cidadania.
Vamos juntos promover esse conhecimento?
Definição e Objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais
A Lei de Diretrizes e Bases 93.94/96 reafirma a necessidade de oferecer uma formação básica a todos, para isso determina um conjunto de diretrizes que irão nortear a educação do Brasil, para a etapa da educação denominada ensino fundamental e médio, foi elaborado os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais conhecidos como PCNS, é um conjunto de documentos sobre cada uma das áreas de ensino, que visam orientar a elaboração dos currículos em todo o Brasil.
Sua função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual. (Brasil, 1997, p.10)
Como podemos observar o PCN não trata de um documento impositivo, mas sim uma orientação flexível de acordo com a realidade educacional que a escola está inserida, onde caberá a escola e professores utilizar essas orientações, respeitando as diversidades culturais, sociais e econômicas, garantir uma educação de qualidade a todos.
Por sua natureza aberta, configuram uma proposta flexível, a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. Não configuram, portanto, um modelo curricular homogêneo e impositivo, que se sobreporia à competência político-executiva dos Estados e Municípios, à diversidade sociocultural das diferentes regiões do País ou à autonomia de professores e equipes pedagógicas. (Brasil, 1997, p.10)
Um dos objetivos dos PCNS é proporcionar aos educadores:
	Reflexão sobre as expectativas de aprendizagem e métodos de avaliação;
	Analisar os objetivos propostos e as práticas pedagógicas;
	Preparar planejamento que orientem o trabalho na sala de aula;
	Discutir o que leva o aluno participar ou não das atividades propostas em sala de aula;
	Produzir materiais que promovam uma aprendizagem significativa;
	Promover a discussão de temas relacionados a educação com pais e responsáveis.
Para saber mais acesse Parâmetro Curriculares Nacionais e a Autonomia da Escola: https://bit.ly/1VBWkTd
Os PCNS proporcionam uma reflexão e discussão do cotidiano da pratica pedagógica, revendo conteúdo e objetivos, a serem transformados pelos educadores.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais defende que o aluno deve participar do processo ensino aprendizagem de modo ativo, e o professor deve realizar intervenções visando a promoção de aprendizado, que favoreça o desenvolvimento da formação humana do educando.
O aluno deve ser considerado como sujeito do seu próprio desenvolvimento, interagindo com o professor, e esse deve se reconhecer como sujeito que participa da construção do conhecimento.
O protagonismo do aluno é um processo de ensino aprendizado, que visa oferecer uma Os PCNS orientam que o trabalho pedagógico pode ser realizado em ciclo ou série, e ressalta a importância do ciclo ser continuação do outro, dessa forma torna o ensino significativo e sequencial.
A avaliação da aprendizagem abordada pelo PCNS, é considerada como um instrumento que visa melhorar a qualidade da educação, por meio da avaliação pode analisar o processo ensino aprendizagem, rever condutas e repensar proposta para que obtenha um aprendizado eficiente.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais os professores podem realizar as avaliações utilizando de diversos recursos.
	observação sistemática: acompanhamento do processo de aprendizagem dos alunos, utilizando alguns instrumentos, como registro em tabelas, listas de controle, diário de classe e outros;
	análise das produções dos alunos: considerar a variedade de produções realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das aprendizagens conquistadas. Por exemplo: se a avaliação se dá sobre a competência dos alunos na produção de textos, deve-se considerar a totalidade dessa produção, que envolve desde os primeiros registros escritos, no caderno de lição, até os registros das atividades de outras áreas e das atividades realizadas especificamente para esse aprendizado, além do texto produzido pelo aluno para os fins específicos desta avaliação;
	atividades específicas para a avaliação: nestas, os alunos devem ter objetividade ao expor sobre um tema, ao responder um questionário. Para isso é importante, em primeiro lugar, garantir que sejam semelhantes às situações de aprendizagem comumente estruturadas em sala de aula, isto é, que não se diferenciem, em sua estrutura, das atividades que já foram realizadas; em segundo lugar, deixar claro para os alunos o que se pretende avaliar, pois, inevitavelmente, os alunos estarãomais atentos a esses aspectos. (Brasil, 1997)
Como observamos na orientação acima, o documento aborda vários aspectos da avaliação, e o teste e apenas um desses aspectos, dessa forma a avaliação não visa punir o aluno, mas sim fornecer ao professor informações de como se processou o aprendizado para aquele grupo.
Por meio dessas informações o professor poderá repensar estratégias e condutas pedagógicas que visam o aprendizado efetivo.
Os Parâmetros curriculares abordam tópicos sobre a didática que devem ser estimulados na sala de aula, são eles:
Autonomia
O aluno deve ser considerado construtor do seu próprio conhecimento, valorização das suas experiências, seus conhecimentos e interações entre os pares sejam alunos ou professores.
Diversidade
O professor deve considerar a narrativa de vida e vivência de cada aluno bem como suas especificidades intelectuais ou motoras de modo a proporcionar o aprendizado e a socialização de todos.
Interação e Cooperação
O professor deve promover e estimular práticas que estimule o trabalho em grupo de maneira produtiva e cooperativa, que possam aprender a ouvir e dialogar.
Disponibilidade para a aprendizagem
O educador deve proporcionar ambientes que gerem o interesse do aprendizado nos alunos, colocando problemas estimulando soluções despertando no aluno a vontade de buscar conhecimento.
Organização do Tempo
As atividades na sala de aula devem ser previamente preparadas analisando estrutura, materiais necessários e tempo estimado para que o controle e a organização favoreça a educação.
Organização do Espaço
O espaço deve ser planejado de modo que possam abrir espaços entre as carteiras, expor trabalhos nas paredes e criar condições para que os alunos assumam a decoração, ordem e limpeza do ambiente.
Seleção de Materiais
Os PCNS tratam a importância do livro didático, no entanto ressaltam que esse não deve ser o único material de acesso ao aluno, o professor deve considerar outras fontes de informações que contribuam com o aprendizado do aluno.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental são organizados em ciclos que englobam do 1º ao 9º ano é possuem como objetivo.
	compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito;
	
	posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
	
	conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;
	
	conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
	
	perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
	
	desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
	
	conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
	utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
	
	saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
	
	questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade. (Brasil, 1997, p.69)
Os PCNS são constituídos por 10 volumes para cada nível do fundamental, os níveis são divididos da seguinte forma:
Fundamental 1:
	Compreende do 1º ao 5º ano
	Disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Geografia, História, Arte, Educação Física, Temas Transversais, Ética, Meio ambiente, Saúde, Pluralismo Cultural e Orientação Sexual.
Fundamental 2:
	Compreende do 6º ao 9º ano
	Disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências da Natureza, Geografia, História, Arte, Educação Física, Língua Estrangeira, Pluralidade Cultural, Meio ambiente, Saúde e Orientação Sexual.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais também abordam o ensino médio, tendo como objetivo auxiliar os educadores na pratica da sala de aula, e possibilitar a reflexão sobre o desenvolvimento de um currículo que permita promover a continuidade de aprendizado do ensino fundamental.
As disciplinas que englobam o Ensino Médio, segundo os PCNS são:
	Linguagens;
	Códigos e suas Tecnologias (Biologia, Física, Química e Matemática);
	Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia e Política).
Os PCNS não são regras que devem ser seguidas pelos profissionais da educação, mas são referências que visam transformar objetivos, didáticas e conteúdos, promovendo um aprendizado efetivo a todos, independentes das suas condições sociais, culturais e econômicas.
Dessa forma os parâmetros curriculares são documentos que visam orientar o trabalho do professor, para que se garantam o que está determinado na constituição federal, o acesso de todos a uma educação de qualidade.
Leia os parâmetros curriculares nacionais. Em: https://bit. ly/1WzpeV0
A Formação dos Profissionais de Educação: Agências Formadoras e Tipos de Profissionais
O grande desafio da educação brasileira e a melhoria da qualidade da educação, durante nossos estudos puderam observar o importante papel que a escola para que o aluno a seja um ser reflexivo, questionador e critico para atuar na sociedade em que está inserido.
Mas uma pergunta nos vem à mente, será que os professores estão preparados para serem esses agentes de mudanças em seus alunos?
Nesse capítulo iremos estudar sobre a formação dos professores, a importância e função das agências formadoras e os tipos de profissionais existentes.
Formação de Profissionais de Educação e a qualidade da educação
Atualmente encontramos debates em torno de políticas públicas que buscam a melhoria da qualidade da educação, ao analisar as práticas pedagógicas que viabilizam a melhora da educação, o trabalho do professor passa a ser crucial, uma vez que o desempenho do professor se coloca como um dos fatores principais que influenciam a qualidade da educação.
Muitos estudos foram desenvolvidos sobre a necessidade de mudanças significativas no processo ensino aprendizagem, mas pouco ainda se fala sobre a formação profissional do professor, para desenvolver essa nova proposta de ensino. Conforme Noronha (2001)
As atuais reformas são ousadas textualmente e com certeza, são bastante fundamentadas, no que diz respeito à organização do conhecimento nas escolas, entretanto, em nenhum momento elas apontam para a instituição de uma política séria e efetiva de formação de professores (NORONHA, 2001, p.44).
A formação do professor é discutida desde a lei de diretrizes e bases 9394/96, onde no seu artigo 6º, já considera a importância da educação continuada, para atender as especificidades do exercício do trabalho docente.
Com isso observamos que a formação dos professores esta relacionada com a qualidade daeducação, uma vez que define os rumos do processo ensino aprendizagem, que será utilizado em sala de aula e impactará o aluno no seu desenvolvimento.
O trabalho do docente está relacionado com um conjunto de ideias e concepções que os orientam, e a formação inicial é uma delas, dessa forma se discutir a formação universitária dos professores se faz importante.
A formação inicial do professor deve buscar estimular a busca pelo conhecimento, por meio da pesquisa e da autorreflexão em relação ao seu trabalho, pois o trabalho docente não se trata de seguir uma cartilha, mas de refletir a melhor didática para aquele grupo. Conforme Nóvoa (1992)
A formação pode estimular o desenvolvimento profissional dos professores no quadro de uma autonomia contextualizada da profissão docente. Importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas na implantação das políticas educativas (NÓVOA, 1992,p.27).
Com o intuito de melhorar a capacitação da formação inicial dos professores o Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional da Educação CNE/CP9/2001, institui diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da educação básica.
No artigo 2º do CNE encontramos orientações importantes, sobre para que o futuro professor deva estar preparado.
	o ensino visando à aprendizagem do aluno;
	o acolhimento e o trato da diversidade;
	o exercício de atividades de enriquecimento cultural;
	o aprimoramento em práticas investigativas;
	a elaboração e a execução de projetos de desenvolvimento dos conteúdos curriculares;/CP 9/2001 -
	o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores;
	o desenvolvimento de hábitos de colaboração e de trabalho em equipe. (Brasil, 2001)
No artigo 6º do documento aborda que a aprendizagem do professor deve ser voltada para o exercício da reflexão e resolução de situações problemas, para que dessa forma o docente consiga, durante a sua pratica desenvolver reflexões sobre o trabalho pedagógica.
Parágrafo único - A aprendizagem deverá ser orientada pelo princípio metodológico geral, que pode ser traduzido pela açãoreflexão-ação e que aponta a resolução de situações problema como uma das estratégias didáticas privilegiadas. (Brasil, 2001)
Em 2015 o CNE desenvolveu um novo documento, e no artigo 8º trata sobre as aptidões dos professores:
receber
	Atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária;
	Compreender o seu papel na formação dos estudantes da educação básica a partir de concepção ampla e contextualizada de ensino e processos de aprendizagem e desenvolvimento destes, incluindo aqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria;
	Trabalhar na promoção da aprendizagem e do desenvolvimento de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano nas etapas e modalidades de educação básica;
	Dominar os conteúdos específicos e pedagógicos e as abordagens teórico-metodológicas do seu ensino, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano;
	Relacionar a linguagem dos meios de comunicação à educação, nos processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento da aprendizagem;
	Promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade;
	Identificar questões e problemas socioculturais e educacionais, com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras;
	Demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras;
	Atuar na gestão e organização das instituições de educação básica, planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas educacionais;
	Participar da gestão das instituições de educação básica, contribuindo para a elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico;
	Realizar pesquisas que proporcionem conhecimento sobre os estudantes e sua realidade sociocultural, sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambientalecológicos, sobre propostas curriculares e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas, entre outros;
	Utilizar instrumentos de pesquisa adequados para a construção de conhecimentos pedagógicos e científicos, objetivando a reflexão sobre a própria prática e a discussão e disseminação desses conhecimentos;
	Estudar e compreender criticamente as Diretrizes Curriculares Nacionais, além de outras determinações legais, como componentes de formação fundamentais para o exercício do magistério. (Brasil, 2015)
Leia o Conselho Nacional de Educação em:https://bit. ly/2HHTkR7
A profissão docente por muito tempo foi conhecida por uma profissão voltada por “dons”, o famoso “dom de ensinar”, como se o ato de ensinar fosse apenas uma habilidade nata do ser humano, não necessitando aprimoramentos e estudos.
Por meio da análise dos documentos fornecidos pelo Ministério da Educação podemos comprovar que o ser docente, trata-se de uma profissão que necessita de aprimoramentos, estudos e reflexões, dessa forma passa a desmistificar o pensamento que a profissão se tratar apenas de um “dom”.
Leia o artigo Vocação ou Profissão: Representações do Ser ou fazer docente: https://bit.ly/1WzpeV0
A profissão docente necessita de conhecimento, pesquisa, reflexão e aprimoramentos, pois o professor é o mediador do conhecimento e por meio dele será possível transformar a educação e oferecer um serviço de qualidade e com significado para o aluno.
Agências Formadoras e a Educação Continuada
O Plano Nacional de Educação (PNE) apresenta algumas metas e estratégica para promoção de uma educação de qualidade, dentre as metas algumas abordam sobre a qualificação e valorização profissional do docente, por entenderem que é de suam importância esses assuntos para refletir em uma educação de qualidade.
Leia Educação de Qualidade demanda bons professores e gestores. Em: https://bit.ly/2CsPBYr
Segue abaixo essas metas e as estratégias para atingir os objetivos:
	Meta 15 – Garantia que todos os professores possuam formação específica de nível superior, possuindo curso de licenciatura na área que atua.
A exigência da formação básica dos professores proporcionará uma melhor qualidade da sua formação e consequentemente do seu trabalho.
	Meta 16 – Formar 50% dos profissionais em cursos de pós-graduação e garantir a todos formação continuada.
Com essa meta os profissionais da educação deverão se aperfeiçoar por meio de cursos, dessa forma será estimulada a reflexão de suas práticas.
	Meta 17 – Valorizar os profissionais de magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência.
A valorização profissional por meio de uma remuneração justa e atraente, dessa forma os profissionais da educação terão mais tempo para se dedicar ao seu trabalho.
	Meta 18 – Assegurar a existência de planos de Carreiras para os profissionais da educação básica da educação básica e superior pública.
O plano de carreira irá estimular o professor a buscar a especialização executando sua pratica com maior excelência.
O Ministério da Educação em parceria com estados e municípios fundou as agencias formadoras, que promovem cursos de educação continuada, com o objetivo de aprimorar a qualificação dos professores e promover uma educação de qualidade.
São algumas das formações continuadaspara professores:
	Formação no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: O curso promove um debate sobre os direitos de aprendizagens, planejamento e avaliação.
	ProInfantil: Destinado para educadores da educação infantil
Leia pro infantil em: https://bit.ly/2oy0jIS
	Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – Parfor: Oferta a educação superior para que os profissionais possam obter a formação mínima para exercício da função.
	Proinfo: Integrado: Curso voltado para o uso da Tecnologia para exercício do trabalho docente
	Pró-Letramento: Destinado aos professores para melhorar a qualidade da leitura/escrita e matemática para os anos iniciais.
	Gestar II : Formação continuada em Língua Portuguesa e Matemática aos professores dos anos finais do ensino fundamental
	Rede nacional de formação continuada: Tem como objetivo melhorar a formação dos professores e alunos.
A LDB 9394/96 sofreu alteração por meio da lei 13.415 de 2017, essa lei trata a formação mínima exigida para ser profissional da educação.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (Brasil, 2017)
Segundo o artigo 62 para atuar na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, o professor deverá ter uma formação superior. Dessa forma muitos profissionais que antes atuavam na área apenas com o diplomo do magistério, terão que se aperfeiçoar para continuar exercendo a profissão.
Esse capítulo permitiu refletir que a educação brasileira deve preparar os professores, para que esses consigam atingir melhores resultados e proporcione uma educação de qualidade para todos os alunos.
Leia trabalho docente e o novo plano nacional de educação: valorização, formação e condições de trabalho. Em: https://bit. ly/2Mhrcti
Os Recursos Financeiros para a Escola: As responsabilidades do Estado, União e Municípios.
Recursos financeiros e a Educação
A constituição federal de 1988 declara ser a educação um direito social de todos, visto a extensão geográfica do Brasil nos questionamos, mas de quem e a responsabilidade por ofertar esse tipo de serviço?
Segundo o documento as responsabilidades seriam divididas em:
	Município: Responsável pela educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental;
	Estado e Distrito Federal: Responsável pelo ensino fundamental anos finais e ensino médio
Embora cada ente federado seja responsável por uma etapa da educação, o artigo 211º da constituição federal trata que os estados, municípios e distrito federal devem trabalhar em regime de colaboração para a oferta da educação.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará e financiará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, e prestará assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)(Brasil,1988)
Leia o artigo 211º da constituição em: https://bit.ly/2MK3NzO
O Plano Nacional de Educação também aborda que o alcance das metas, será realizado por meio de colaboração entre os entes da federação.
Art. 7º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios atuarão em regime de colaboração, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste Plano.
§ 1º Caberá aos gestores federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal a adoção das medidas governamentais necessárias ao alcance das metas previstas neste PNE.
§ 2º As estratégias definidas no Anexo desta Lei não elidem a adoção de medidas adicionais em âmbito local ou de instrumentos jurídicos que formalizem a cooperação entre os entes federados, podendo ser complementadas por mecanismos nacionais e locais de coordenação e colaboração recíproca.
§ 3º Os sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios criarão mecanismos para o acompanhamento local da consecução das metas deste PNE e dos planos previstos no art. 8o.
§ 4º Haverá regime de colaboração específico para a implementação de modalidades de educação escolar que necessitem considerar territórios étnico-educacionais e a utilização de estratégias que levem em conta as identidades e especificidades socioculturais e linguísticas de cada comunidade envolvida, assegurada a consulta prévia e informada a essa comunidade.
§ 5º Será criada uma instância permanente de negociação e cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 6º O fortalecimento do regime de colaboração entre os Estados e respectivos Municípios incluirá a instituição de instâncias permanentes de negociação, cooperação e pactuação em cada Estado.
§ 7° O fortalecimento do regime de colaboração entre os Municípios dar-se-á, inclusive, mediante a adoção de arranjos de desenvolvimento da educação. (Brasil, 2014)
Leia sobre plano nacional de educação cooperação federativa. Em https://bit.ly/2BdVU08
A Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 trata no seu texto a origem dos recursos públicos para a educação. Segundo o artigo 68º.
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:
	receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
	receita de transferências constitucionais e outras transferências;
	receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;
	receita de incentivos fiscais;
	outros recursos previstos em lei.
A lei aborda também que uma porcentagem referente aos recolhimentos dos impostos deverão ser investidos na educação. Conforme o artigo 69º
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
O Brasil possui o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) esse fundo foi instituído em 2007, onde cada estado tem o seu fundo, todo mês é abastecido e o valor e dividido entre a rede municipal e estadual dependendo do número de matrículas, etapa ou modalidade de ensino.
Conforme estudamos pudemos verificar que para o alcance dasmetas do plano nacional de educação e para garantir o que trata a constituição os Estados, Municipios e Estados devem trabalhar de modo cooperativo para que as diferenças econômicas não venham a segregar o ensino e possa dar oportunidade de acessos para todos a uma educação de qualidade.

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