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1 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Clínica Cirúrgica, VII° Lembrar de sempre realizar anamnese completa do paciente que será submetido à cirurgia, antes da realização da anestesia. Importante avaliar a presença de comorbidades, doenças concomitantes, alergias, miopatias, gestação, etc. É importante também avaliar a necessidade de consulta especializada, medicamentos em uso, e realizar os exames laboratoriais necessários (consultar resumo “Avaliação Pré-Operatória”). Jejum Pré-Operatório Todo procedimento que envolverá abolição ou diminuição dos reflexos de via aérea requerem jejum pré-operatório. Outras condições a serem avaliadas são as que atrasam o esvaziamento gástrico (DRGE, gestação a partir de 12 semanas, neuropatias, abdome agudo, hérnia de hiato, etc.). Conforme visto no REMIT, o jejum prolongado não é benéfico. É consenso que 8 horas de jejum para sólidos é um tempo adequado. Quanto aos líquidos, jejum de 2 horas antes do procedimento líquidos mais “específicos” como leite materno ou manitol tem outro tempo de jejum necessário (3 e 4 horas respectivamente). Risco Cirúrgico A American Society of Anesthesiologists (ASA) propõe uma classificação do risco cirúrgico. 2 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Manejo das Vias Aéreas Avaliação de Via Aérea Difícil Avaliações de dentição, próteses, anormalidades bucais, mento ou pescoço e mobilidade cervical e temporomandibular são necessárias. A classificação de Mallampati é a mais comum e aceita para avaliar a dificuldade da via aérea. É realizada com o paciente sentado o pescoço na posição neutra, perpendicular ao chão, a boca em abertura total e a língua em protrusão máxima e sem fonação. O observador deve estar sentado, com os olhos à mesma altura da linha dos olhos do paciente. A classificação “aumenta de número” conforme a via aérea se torna mais difícil. As estruturas visíveis em cada classificação são: Classe I: palato mole, pilares, úvula e tonsilas palatinas anterior e posterior; Classe II: palato mole, pilares e úvula; Classe III: palato mole e base da úvula visíveis; Classe IV: palato mole parcialmente visível. Mallampati classes I e II são consideradas vias aéreas fáceis; classes III e IV são consideradas vias aéreas difíceis. A distância esterno-mento é avaliada com o paciente sentado, o pescoço em extensão máxima e a boca fechada. Mede-se a distância entre o bordo superior do esterno (manúbrio) e o mento. Distância menor que 12,5 cm também é considerada sugestiva de intubação difícil. O diagnóstico de uma potencial dificuldade de intubação deve ser feito antes da administração de um anestésico!!! OK, MAS E SE NA HORA “H” A INTUBAÇÃO NÃO SAIR CONFORME PLANEJADA?!? A tolerância a ventilação inadequada e a hipóxia resultante depende da idade, do peso e do estado físico. As principais sequelas associadas ao manejo inadequado das vias aéreas são óbito, lesão cerebral, parada cardíaca, traqueostomia desnecessária e trauma na via aérea ou nos dentes. 3 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Curvas de dessaturação durante a apneia após uso de succinilcolina Escore de Intubação – se >ou= 8, provável ventilação ou intubação difíceis 4 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Avaliar se o paciente apresenta características sugestivas de Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS)! Procedimentos Iniciais à Intubação Limpar a cavidade oral, retirar corpos estranhos (dentadura, próteses dentárias, alimentos) e secreções locais. É necessário realizar o alinhamento dos 3 eixos de vias aéreas superiores: oral, laríngeo e faríngeo. Alinhamento das vias aéreas – posição olfativa ou posição do “cheirador”. (A) posicionamento correto; (B) posicionamento incorreto. A cabeça deve ser elevada de 5 a 10 cm por meio de coxim sob o occipício, a fim de eliminar o ângulo entre a laringe e a faringe. Posicionamento de vias aéreas. Podemos utilizar cânulas orofaríngeas para manter a língua sem cair na orofaringe – no entanto, a cânula de Guedel pode desencadear reflexo de vômito. Opções de Vias Aéreas Não-Invasivas A ventilação com Artificial Manual Breathing Unit (AMBU®) deve ser feita com o posicionamento correto da máscara ao redor do nariz e da boca, com pressão suficiente para produzir a elevação do tórax – deve estar conectado a uma fonte de O2 e reservatório para o CO2. Opções de Via Aérea Invasiva Máscara laríngea é um dispositivo supraglótico para manejo das vias aéreas. Dispensa laringoscópio ou instrumentos especiais para sua inserção. Corretamente posicionada, sua face convexa posterior estará em contato com a parede da faringe e a face anterior sobreposta à laringe, de forma a permitir ventilação. Sua ponta se aloja sobre o esfíncter esofágico superior. -------------------------------- A IOT é a técnica + frequentemente utilizada para manipulação da via aérea. 5 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Classicamente é realizada após indução anestésica com: opioide, hipnótico e bloqueador neuromuscular. Laringoscopia Direta Os dispositivos mais comuns são o laringoscópio comum é o videolaringoscópio. A técnica é a mesma: introdução de uma lâmina pela boca do paciente para visualização direta das cordas vocais e introdução do tubo traqueal. Laringoscopia com lâmina curva: entrar com o laringoscópio pelo canto direito da boca do paciente, afastando a língua para a esquerda, localizar a valécula, posicionar a ponta da lâmina na valécula e fazer um movimento para cima expondo as cordas vocais; Laringoscopia com lâmina reta: entrar pelo meio da boca, pinçar a epiglote com a ponta da lâmina e fazer os movimentos para cima expondo as cordas vocais. Há a situação de intubação em paciente consciente/acordado?!? Sim. Essa modalidade é escolhida quando alguma condição contraindica a intubação oral ou nasotraqueal (intubação difícil prevista, características anatômicas que impeçam ventilação sob máscara, necessidade de manutenção da consciência, risco de aspiração de conteúdo gástrico). O que fazer numa emergência sem acesso à via endo ou nasotraqueal?!? Cricotireostomia ou traqueostomia. São acessos cirúrgicos para a via aérea. O acesso cirúrgico de emergência é visto como a última abordagem do paciente que não pode ser intubado. Como proceder numa intubação em sequência rápida por drogas?!? A diferença é que nesta técnica não há momento de ventilar o paciente. Nesta técnica são usadas drogas de rápido início de ação para que o acesso à via aérea seja o mais ágil possível. 1. O paciente deve ser pré-oxigenado com fornecimento de oxigênio a 100%, de 3 a 5 minutos ventilando normalmente no seu volume corrente – a fração inspirada de oxigênio deve ser maior que 90%; 2. Acesso venoso deve estar garantido; 3. Equipamentos devem estar verificados; 4. Aspirador deve estar disponível; 5. O paciente deve estar em posição ótima (“cheirador”); 6. As medicações devem ser feitas e aplicadas em bolus; 7. As drogas a serem usadas são: opioides (fentanila ou alfentanila), hipnóticos (etomidato ou propofol) e relaxante muscular ultrarrápido(succinilcolina 1 mg/kg ou rocurônio 1,2 mg/kg). Após a injeção do relaxante muscular, em 60 segundos o paciente já está pronto para a IOT. Em seguida, a sua confirmação deve ser feita com capnografia de onda e ausculta bilateral dos pulmões. Anestesia Geral Os objetivos básicos da anestesia geral são obtenção de inconsciência, analgesia, bloqueio de reflexos e relaxamento muscular. Não há uma só medicação que realize tudo isso, logo, esses objetivos são obtidos com o uso de medicamentos com finalidades específicas. Hipnóticos: promovem a inconsciência e a manutenção do sono (propofol, midazolam, diazepam, etomidato, tiopental etc.); Opioides: são analgésicos, potencializam os efeitos dos hipnóticos e, em altas doses, podem ser sedativos (meperidina, morfina, fentanila, sufentanila, alfentanila e remifentanila); Relaxantes musculares: conferem imobilidade e paralisam a musculatura esquelética, facilitando a intubação 6 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! traqueal, a ventilação mecânica e o ato cirúrgico (atracúrio, cisatracúrio, pancurônio, rocurônio, succinilcolina etc.). A monitorização obrigatória em qualquer procedimento é feita com: 1. Cardioscopia; 2. Pressão arterial não invasiva; 3. Oximetria de pulso; 4. Capnografia em forma de onda se via aérea for abordada. A depender do tipo de cirurgia, monitores específicos podem ser incluídos à lista (índice bispectral (BIS), monitorização hemodinâmica invasiva, ecocardiograma transoperatório, etc.). Classes medicamentosas e suas medicações + utilizadas: Hipnóticos Tiopental (atualmente pouco utilizado), propofol, benzodiazepínicos (midazolam, diazepam, etc.), etomidato e cetamina Opioides Morfina, meperidina, fentanila, sufentanila, alfentanila, remifentanila Bloqueadores neuromusculares Despolarizantes: succinilcolina; Adespolarizantes: atracúrio, cisatracúrio, pancurônio, rocurônio, vecurônio Hipnóticos Propofol Hipnótico com rápido início de ação e para efeitos mínimos; Tem potencial antiemético, não tem ação analgésica; Potencial broncodilatador; Diminui pré e pós carga cardíacas; Potente depressor miocárdico!; Apneia; Hipotensão arterial; Tromboflebites; Valores: Adulto 1 a 2,5mg/kg Criança (>8 anos) 2,5 mg/kg Etomidato Não possui atividade analgésica; Reduz metabolismo cerebral, fluxo sanguíneo cerebral e da pressão intracraniana; Pode causar movimentos mioclônicos; Em infusões prolongadas causa supressão da adrenocortical, náuseas e vômitos; Efeitos mínimos sobre a pressão sanguínea sistêmica; Efeitos cardíacos mínimos. Cetamina ou Ketamina Difere dos demais sedativos por proporcionar analgesia significativa; Aumenta: PA, FC, DC, pressão pulmonar, pressão intraocular, pressão intragástrica. Benzodiazepínicos Midazolam (é o + prescrito como medicação pré-anestésica) – IV, IM, nasal e oral: Ação curta; Ansiolítico, sedativo, amnésico, anticonvulsivante e miorrelaxantes; Início de ação mais lento; Duração de ação mais curta; + amnésico e 4x + sedativo que diazepam!; Não tem ação analgésica; Discreta redução da PAM e FC 7 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Quem é o antídoto dos benzodiazepínicos? Flumazenil doses intermitentes de 0,2 mg até dose total de 1 mg. NÃO ADMINISTRAR BENZODIAZEPÍNICO + OPIÁCEOS!!! Risco de HIPOTENSÃO + DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA! Diazepam (mais usado no mundo) – sublingual, IV, oral, IM e retal: Tem ação quase exclusiva no SNC; Sedativo, hipnótico, relaxante muscular, amnésia e anticonvulsivante; O maior em solubilidade lipídica! Facilidade em atravessar a barreira hematoencefálica; Opioides Morfina: - Muito utilizada como adjuvante, intensifica a analgesia pós- operatória; - Libera histamina; - Pode provocar prurido pós administração oral, IV, peridural ou intratecal; - Provoca náuseas, vômitos, constipação intestinal e retenção urinária. Fentanila: - Alta solubilidade; Bradicardia; Rigidez muscular; Depressão respiratória; Náuseas e vômitos. Antídoto dos opioides? Naloxona! Sufentanila: - MUITO potente – 10x potência da fentanila!; - Maior efeito sedativo; - Ação sedativa bastante desejável. Possibilidade do paciente ficar consciente durante o ato anestésico-cirúrgico. Remifentanila (opioide + recente empregado na clínica): - Rapidamente metabolizado, não dependendo do fígado ou rim; - Pouco alterável pela idade, peso, insuficiência hepática ou renal; - Dura apenas de 7 a 10 minutos; - Não promove analgesia pós- operatória; - Rápida ação e recuperação. Bloqueadores Neuromusculares Temos o grupo dos despolarizantes (ativam os receptores de maneira semelhante à acetilcolina) e os adespolarizantes (evitam a ativação do receptor por ela). Despolarizantes Promovem bloqueio não competitivo. Atuam no receptor da acetilcolina, abrem os canais iônicos, gerando potencial de ação do músculo. Representados pela succinilcolina Realizam o bloqueio neuromuscular e não se desligam tão rapidamente dos receptores quanto a acetilcolina. A succinilcolina: Apresenta início rápido IV (30 a 60 seg) e IM (2 a 3 min); Tem curta duração (4 a 6 min); Utilizada para intubações em sequência rápida; Pode causar hiperpotassemia em queimados, acamados de longa data, neuropatas e miopatias; Pode desencadear hipertermia maligna!; Aumenta PA, intracraniana, intraocular e intragástrica. 8 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! Adespolarizantes Promovem bloqueio competitivo ao se ligarem aos receptores de acetilcolina – antagonistas. Impedem a abertura do canal iônico e o surgimento do potencial da placa terminal. 1. Curta duração: mivacúrio (fora da prática clínica); 2. Duração intermediária: atracúrio, cisatracúrio e rocurônio; 3. Duração longa: pancurônio, alcurônio, pipecurônio e doxacúrio (na prática clínica apenas o pancurônio está disponível). Entre os bloqueadores adespolarizantes, o rocurônio é o de início de ação mais rápido (1 minuto, na dose de 1,2 mg/kg), sendo boa opção para intubação em sequência rápida. Também apresenta excreções hepática e renal. Anestésicos Inalatórios São as drogas mais utilizadas para a administração de anestesia geral e são muito populares, pela sua facilidade de administração, fácil titulação de acordo com sinais clínicos e fração expirada do agente no analisador de gases. Podem ser gases (xenônio e o óxido nitroso) ou vapores de líquidos voláteis (sevoflurano, desflurano, isoflurano e halotano). Isoflurano: - Éter metiletílico halogenado com alto grau de estabilidade!; - Produz taquicardia (mais que o sevoflurano); - Vasodilatação coronariana. Desflurano: - Éter metiletílico totalmente fluorado; - Não pode ser realizado em pacientes despertos para indução anestésica; - Tem um despertar mais rápido. Sevoflurano: - Éter metilisopropílico totalmente fluorado; - ÓTIMO anestésico para indução (principalmente em crianças!); - Potente broncodilatador. Xenônio - GÁS: - É um gás inerte, mas com muitas características de um anestésico ideal; - Fornece alguma analgesia; - Não produz depressão miocárdica; - ALTO CUSTO! Óxido nitroso – GÁS: - O famoso “gás hilariante”; - Geralmente é utilizado de forma adjuvante; - Apresenta certa analgesia; - Inodoro / adocicado; - Maior risco de náuseas e vômitos pós- operatórios; OBS: tantoos anestésicos inalatórios quanto o relaxante muscular despolarizante (succinilcolina) podem causar hipertermia maligna!!! Fases da Anestesia Geral A anestesia geral possui cinco fases: pré- medicação, indução, manutenção e recuperação e emergência. 1. Pré-medicação: é feita para que o paciente chegue ao ato cirúrgico calmo e relaxado. Normalmente é administrado um ansiolítico (midazolam, diazepam); 2. Indução: normalmente feita com drogas IV – propofol é a mais usada. Após a indução o paciente rapidamente entra em sedação mais profunda, ou seja, perde a consciência, ficando num estado popularmente conhecido como coma induzido. Para aprofundar a anestesia, nesta fase, geralmente se associa um opioide. Neste momento o paciente não é mais capaz de proteger suas vias aéreas das 9 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! próprias secreções bucais: aqui realiza-se a intubação! Pode ser necessário uso de bloqueador neuromuscular; OBS.: neste momento da fase de indução o paciente está inconsciente, mas ainda sente dor! É necessário aprofundar mais a anestesia para realizar o ato cirúrgico. 3. Manutenção: nesta fase a anestesia costuma ser feita com anestésicos inalatórios ou IV, já que as drogas utilizadas na indução já estão ou já perderam seu efeito. Os anestésicos inalatórios são administrados pelo tubo orotraqueal junto com o oxigênio (halotano, sevoflurano, desflurano, . . .); 4. Emergência: aqui temos a fase final da cirurgia, quando o anestesista começa a reduzir a administração das drogas. Se há relaxamento excessivo, neste momento serão utilizados os antídotos das medicações realizadas. Lembrando que nesta fase, realiza-se nova dose de analgésicos, a fim de que o paciente não desperte com dor. Quando o paciente recobra total controle dos reflexos das vias respiratórias, retiramos o tudo orotraqueal. Recuperação Pós-Anestésica Todos os submetidos a anestesia geral ou regional devem ser encaminhados à sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) por um período mínimo de 1 hora. Após anestesia geral ou locorregional o paciente costuma apresentar rebaixamento do nível de consciência, instabilidade hemodinâmica, insuficiência respiratória, náuseas, vômitos. O paciente permanece monitorado e com todo o suporte necessário durante este período. Recebem alta da sala de RPA caso apresentem: ventilação adequada, via aérea desobstruída, estar acordado e bem orientado, perfusão tecidual adequada sem suporte farmacológico e diurese presente. Principais Complicações da Anestesia Geral Hipotermia; Cardiovasculares, como hipotensão, hipertensão, arritmias, isquemia miocárdica; Renais, como oligúria, poliúria; Alterações neurológicas; Endócrinas, como hipoglicemia, cetoacidose diabética, estado hiperosmolar hiperglicêmico; Disfunção hepática; Alterações eletrolíticas e acidobásicas; Náuseas e vômitos; Hipertermia maligna (raríssima, porém extremamente grave). Hipertermia Maligna A hipertermia maligna é uma doença hipermetabólica e farmacogenética do músculo esquelético, marcada pela alteração do metabolismo intracelular do cálcio em resposta aos anestésicos voláteis (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano) e succinilcolina, associados ou não. Costuma aparecer por volta da 3° indução anestésica do paciente. A febre é resultado, não uma causa do estado hipermetabólico da musculatura esquelética. O aumento da concentração livre de cálcio mioplasmático leva à rigidez do músculo masseter e de outros músculos, ativando a glicogenólise e o metabolismo celular. O resultado é a produção exacerbada de calor e ácido láctico e, ainda, o desenvolvimento de rabdomiólise. Se possível, realizar o teste de contração muscular ao halotano e identificar os pacientes suscetíveis dos normais. 10 Khilver Doanne Sousa Soares Material restrito, favor não reproduzir nem distribuir sua posse!!! Nenhum serviço de impressão e xerox pode redistribuir este material a outros clientes!!! A base do tratamento consiste em interrupção da inalação de anestésicos, hiperventilação com oxigênio a 100% e dantroleno sódico IV 2,5 mg/kg repetido até o controle das manifestações. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ TOGNINI, João Ricardo. et. al. Capítulo de livro – ANESTESIA.
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