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Autismo,_Hiperfoco,_Asperger_e_TDAH_uma_pesquisa_bibliografica

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
 
 
 
 
 
 
AUTISMO, HIPERFOCO, ASPERGER E TDAH 
Uma pesquisa bibliográfica 
 
GABRIEL GOLONI LOLO 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
 
 
 
 
 
Sumário 
Resumo ............................................................................................................. 4 
Introdução ......................................................................................................... 4 
Desenvolvimento .............................................................................................. 5 
Outras características do Autismo ................................................................. 9 
O cérebro no TDAH ........................................................................................ 10 
Neuroplasticidade e poda neural .................................................................. 12 
Transtorno de Oposição e Desafio (TOD) .................................................... 13 
Ondas cerebrais e TDAH ............................................................................... 16 
O Hiperfoco e o estado de Flow .................................................................... 17 
Prematuridade e TEA ..................................................................................... 22 
História da Síndrome de Asperger ............................................................... 22 
Características da Síndrome de Asperger ................................................... 23 
Tratamento e intervenção .............................................................................. 24 
CONCLUSÃO .................................................................................................. 26 
Referências ..................................................................................................... 27 
 
 
Resumo 
O presente artigo trata de uma pesquisa bibliográfica que buscou investigar os aspectos do 
TDAH aliados ao autismo e a Síndrome de Asperger por meio de artigos em língua portuguesa 
e em língua inglesa em bases de dados como SCIELO, Pubmed e PePSIC por meio da 
metodologia SNAPPS e uso do método indutivo. Buscou-se compreender o funcionamento 
cerebral de um indivíduo com TDAH bem como a condição de hiperfoco. Além desses 
aspectos, procurou-se esclarecer as diferenças entre indivíduos com e sem o transtorno, 
assim como os neurotransmissores envolvidos. Ademais, foram contemplados aspectos 
referentes às ondas cerebrais no transtorno. Também se buscou informações acerca do TOD, 
uma das comorbidades que podem acontecer concomitantemente com o TDAH, além de 
discussão acerca das formas de intervenção frente ao transtorno. Também são feitos 
comentários acerca dos fatores de risco para o TEA 
 
Palavras-chave: TDAH, Hiperfoco, Transtorno do Espectro Autista 
 
4 
 
 
Introdução 
O Hiperfoco pode ser definido como uma forma intensa de concentração em 
um mesmo assunto, tópico ou tarefa e é bastante frequente em pessoas com 
transtorno do espectro autista (TEA), sendo um padrão de comportamento restrito e 
repetitivo. O hiperfoco também pode estar presente em outras condições como TDAH. 
Dentre as características do TDAH, podemos citar: 
a) Dificuldade de comunicação e de interação; 
b) Dificuldade em manter contato visual; 
c) Dificuldade em interpretar expressões; 
d) Dificuldade de interpretação do contexto de comunicação (por exemplo, de 
compreender a linguagem figurada, imaginativa); 
e) Padrões estereotipados e repetitivos de comportamento; 
f) Interesses restritos, nos quais o indivíduo obtém desempenho acima da 
média; 
g) Hiperfoco em atividades específicas; 
h) QI normal (na maioria das vezes) ou acima da média; 
i) Atraso na fala (em graus mais severos); 
j) O indivíduo não reage bem quando é rejeitado; 
k) Instabilidade do humor e das emoções. 
A etiologia do TEA está relacionada com fatores genéticos e ambientais, tais 
como: baixo peso ao nascer (< 2500g), uso de drogas, infecções maternas durante a 
gestação e prematuridade (MOORE et al., 2000, CEDERLUND; GILLBERG, 2004; 
SCHENDEL; BHASIN, 2008) 
 
5 
 
 
 
Desenvolvimento 
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é a primeira 
doença neuropsiquiátrica que surgiu no século XX e está associada a prejuízo 
acadêmico e social sendo tipicamente diagnosticada nos primeiros anos escolares da 
criança; havendo estudos de tratamentos com medicamentos desde 1937. A 
aprovação e a regulamentação do tratamento medicamentoso com estimulantes para 
crianças deram-se no início dos anos 1960 (DOYLE, 2004) 
O TDAH tem aparecido com variações na sua nomenclatura no decorrer da 
história, incluindo algumas denominações como Lesão Cerebral Mínima, Reação 
Hipercinética da Infância, Distúrbio do Déficit de Atenção ou Distúrbio de 
Hiperatividade com Déficit de Atenção/Hiperatividade e TID (Transtorno Invasivo do 
Desenvolvimento) (Poeta e Neto, 2006) 
Historicamente, as primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na 
literatura médica apareceram no meio do século XIX (Topczewki, 1999); e sua 
nomenclatura vem sofrendo alterações contínuas. Na década de 40, surgiu a 
designação “lesão cerebral mínima”, que em 1962, foi modificada para “disfunção 
cerebral mínima”. 
Os sintomas geralmente se iniciam antes dos sete anos, embora o diagnóstico 
do transtorno seja posterior. Os sintomas aparecem em casa, na escola e no trabalho. 
Muitas vezes, o transtorno é reconhecido no ambiente escolar por que as dificuldades 
de atenção ficam evidentes (Bromberg, 2002; Silvia, 2004) 
Segundo Riesgo e Rohde (2004), alguns eventos pré ou perinatais como, por 
exemplo, o baixo peso ao nascer, a exposição ao álcool ou cigarros durante a 
gestação, aumentam o risco para o desenvolvimento do TDAH. 
O TDAH frequentemente se apresenta em comorbidade com outras doenças 
psiquiátricas, como, por exemplo, os transtornos da conduta e de oposição desafiante 
na infância e os transtornos do humor, de ansiedade e por uso de substâncias na vida 
adulta. Outro complicador para os estudos de neurobiologia do transtorno envolve o 
fato de que o TDAH de crianças e o TDAH de adultos não são uma singularidade. Por 
exemplo, na infância e na adolescência, os meninos são mais afetados do que as 
6 
 
 
 
meninas, e a apresentação predominantemente hiperativa tem prevalência mais alta, 
algo que não acontece nos adultos. Além disso, estudos clínicos demonstram que o 
TDAH também pode sofrer remissão na vida adulta, justificando a possibilidade de 
flutuações do diagnóstico ao longo da vida. Por fim, estudos em coortes populacionais 
indicam que o TDAH de adultos talvez não seja sinônimo de TDAH persistente, já que 
também existe a possibilidade do surgimento da doença mais tardiamente na 
adolescência e mesmo na vida adulta. (QUEVEDO; IZQUIERDO, 2020, p. 320) 
O TDAH geralmente se manifesta como hiperatividade, impulsividade ou 
desatenção, o que gera a impressão de que a pessoa não consegue se concentrar. 
Dificuldade de aprendizagem, perturbações motoras (equilíbrio, noção de 
espaço e tempo, esquema corporal etc) e fracasso escolar são manifestações que 
acompanham o transtorno hiperativo. A variabilidade do comportamento entre 
ambientes é outra característica dessas crianças. O TDAH representa, junto com a 
dislexia, a principal causa de fracasso escolar, sendo que a dificuldade de 
aprendizagem está presente em 20% das crianças com este transtorno (Mattos, 
2001). A falta de atenção e a desorganização estão diretamente ligadas à vida escolar 
da criança, que tem seu processo de alfabetização comprometido, em especial na 
área de exatas, por exemplo, na matemática (AMORIM, 2012). 
Uma pessoa com TDAH tem dificuldade de permanecer em atividades 
obrigatórias de longa duração. Participar como ouvinte de uma palestra em que o tema 
não seja motivo de grande interesse e não o faça entrar em hiperfoco, por exemplo 
(SILVA, 2009) 
Outracaracterística é a tendência ao desespero. Quando algum indivíduo se 
vê diante de uma dificuldade, costuma vê-la como intransponível (SILVA, 2009, p. 24) 
Além disso, um TDA tem baixa tolerância à frustração e, quando não consegue 
esperar por algo, lança-se impulsivamente no seu objetivo de consegui-lo. O indivíduo 
também se irrita com facilidade quando algo não acontece conforme ele planejou. 
Ainda de acordo com Silva (2009), a mente do indivíduo com TDAH age sem 
pensar ou avaliar possíveis consequências. Costuma, por exemplo, falar sem pensar, 
o que pode acarretar ofensas. 
7 
 
 
 
O transtorno é observado a partir de três subtipos: os que apresentam 
predominantemente as dificuldades de atenção; outro que prevalece a impulsividade 
e a hiperatividade; e o que combina os dois anteriores. O tipo com predomínio de 
sintomas de desatenção é mais frequente no sexo feminino e parece apresentar, 
conjuntamente com o tipo combinado. Nos tipos que apresentam, 
predominantemente, as dificuldades de atenção, são apresentadas características 
marcantes de falta de atenção e dificuldade para se ater aos detalhes, os que 
ocasionam erros grosseiros nas atividades, sejam elas escolares ou não. 
No tipo combinado, no qual concomitantemente há sintomas de ambos os 
subtipos, as pessoas com déficit de atenção se distraem com facilidade diante do 
menor estímulo, interrompendo continuamente suas atividades. Nelas, a 
hiperatividade se manifesta não só como inquietação motora, mas também intelectual 
e verbal. A impulsividade se evidencia por respostas aceleradas, dificuldade de 
autocontrole e de autorregulação de seguir instruções de forma sequenciada e 
pausada, e de antecipar as consequências de seus atos (Rohde et al, 2004). 
No que se refere aos estudos da genética do TDAH, estudos epidemiológicos 
mostram a recorrência familiar e, conforme Todd (2000), o risco da recorrência do 
TDAH entre pais e irmãos é cerca de cinco vezes maior que a prevalência na 
população. Estes dados foram obtidos a partir de estudos com famílias com gêmeos 
e adotados. Para ver os genes que potencialmente estão relacionados ao TDAH, 
consultar BERGER; ROHN; OXFORD (2013, p. 7) 
Outros achados apontam alguns problemas genéticos relacionados com o 
autismo que são as convulsões, a deficiência mental, a diminuição neural, assim como 
a diminuição sináptica na amígdala, no hipocampo e no cerebelo. Da mesma forma o 
tamanho aumentado do encéfalo e concentração aumentada de serotonina circulante 
também são causas neurobiológicas que estão associadas ao autismo. Estas fortes 
evidências acerca do fator genético de doenças psiquiátricas como o autismo, 
permeiam há mais de três décadas. Há 15 anos, estudos começaram uma análise de 
ligação gênica, no qual uma quantidade muito pequena de genes foi identificada e 
poderá ser reconhecida somente quando um número muito alto de pessoas afetadas 
e familiares passarem por análise (CARVALHEIRA et al, 2004). 
8 
 
 
 
Em outro estudo, Faraone et. al (1992) concluíram que 57% das crianças com 
TDAH têm pais afetados com o transtorno, com um risco de 15% entre irmãos. 
Também confirmaram esta teoria os estudos feitos com gêmeos monozigotos, nos 
quais se constatou a concordância de 51%, enquanto em dizigoticos a concordância 
é de 33% com maior incidência de TDAH em familiares de primeiro grau do indivíduo 
afetado. 
Embora haja um componente genético para o TDAH, não se tem certeza de 
qual é. Não há um gene responsável pela manifestação do transtorno. 
Segenreich e Mattos (2007) afirmam que trabalhos recentes encontram 
evidências de que o TDAH se trata de um distúrbio neurobiológico. Dois grupos de 
pesquisas atuais têm resultados que atribuem a este transtorno duas possíveis 
causas: uma relacionada ao déficit funcional do lobo frontal, mais precisamente o 
córtex cerebral; e a outra ao déficit funcional de certos neurotransmissores. 
Pesquisadores como Barkley (2002) acreditam ainda que o TDAH se evidencia 
por um déficit básico no comportamento inibitório. Uma deficiência em determinadas 
áreas nas quais o cérebro deveria comandar. Ainda para este pesquisador, um dos 
problemas preponderantes é que a criança com este transtorno tem dificuldade em 
manter sua atenção focalizada por um período mais longo. 
Outra característica que se manifesta na criança com TDAH é a hiperatividade, 
que é marcada por inquietação, impaciência, atividade motora excessiva, e, também, 
como conversa excessiva. Além disso, percebe-se uma movimentação diferenciada, 
marcada por tiques (movimentos repetitivos). É comum também observar que a 
criança costuma interromper falas de outras pessoas ou mudar de assunto durante 
uma conversa. (LUIZÃO; SCICCHITANO, 2014). 
É na vida escolar da criança que os problemas decorrentes do TDAH ficam 
mais evidentes. O desempenho escolar da criança com TDAH é instável. Em alguns 
momentos, a criança realiza uma excelente atividade, enquanto em outros realiza um 
trabalho com baixa qualidade; e isso ocorre em períodos muito próximos. A causa 
dessa instabilidade no desempenho reside na instabilidade da atenção. Algumas 
9 
 
 
 
características diferenciam a criança com TDAH de crianças sem o transtorno, e estas 
diferenças parecem evidenciar-se quando a criança ingressa no contexto escolar. 
O TDAH não é considerado uma dificuldade de aprendizagem. O transtorno, 
na verdade, pode levar o indivíduo a desenvolver dificuldades de aprendizado. 
O acompanhamento psicopedagógico é importante, pois busca auxiliar atuando 
diretamente sobre a dificuldade escolar, minimizando a possível defasagem de 
conteúdos escolares e possibilitando condições para que novas aprendizagens 
ocorram. Além disso, o psicopedagogo poderá auxiliar a criança nos aspectos ligados 
à organização e planejamento do tempo e das atividades. 
A impulsividade é marcada por ações que não são precedidas de pensamento 
e parece não se limitar apenas ao aspecto motor, sendo observada também nos 
pensamentos da pessoa. 
Além disso, de acordo com Klin (2006), crianças com autismo têm dificuldade 
em aceitar alterações na sua rotina. Uma tentativa de alteração da rotina de uma 
criança por parte dos pais pode ser recebida com sofrimento por ela. As alterações na 
rotina ou no ambiente podem evocar grande oposição ou contrariedade. 
A compreensão das alterações dos mecanismos do cérebro autista pode 
estimular a elaboração de novas e mais adequadas estratégias sociais para estes 
pacientes (ZILBOVICIUS, 2006) 
Outras características do Autismo 
Tanto a hiper quanto a hipossensibilidade aos estímulos sensoriais são típicos 
das crianças com autismo. Elas podem ser muito agudamente sensíveis a sons 
(hipossensibilidade), e tapar os ouvidos ao ouvir um cão latir ou o barulho de um 
aspirador de pó. Outras podem parecer ausentes frente a ruídos fortes ou a pessoas 
que as chamam, mas ficam fascinados pelo fraco tique-taque de um relógio de pulso 
ou pelo som de um papel sendo amassado. (KLIN, 2006, p. 7). 
 Essas disfunções são características do TPS (Transtorno de Processamento 
Sensorial). A hipersensibilidade ocorre quando a criança busca evitar os estímulos 
10 
 
 
 
sensoriais. Isso faz com que a criança evita novas texturas, barulhos muito altos, 
encolha o corpo, evite contato físico etc. 
Bodfish e colaboradores (2000) identificaram classes similares, agrupadas em 
quatro categorias distintas: 1) comportamentos motores estereotipados; 2) 
comportamentos ritualísticos; 3) comportamentos compulsivos; 4) comportamentos 
auto lesivos e; 5) interesses restritos. Os três primeiros seriam variações de um 
mesmo tipo de comportamento, com diferentes graus de complexidade. A estereotipia 
motora, a modalidade mais simples, é definida como conduta auto reforçadora, 
caracterizada por movimentos repetitivos tais como balançar o corpo, correr sem 
propósito ou remexer as mãos. As condutas ritualísticasenvolvem comportamentos 
estereotipados mais complexos, como o cumprimento de rotinas e resistência a 
mudanças. As compulsões representam grau mais acentuado de um complexo 
conjunto de comportamentos estereotipados que tipicamente vem associado a 
alterações fisiológicas e afetivas. Em termos comportamentais ele é observado em 
comportamentos exagerados de verificação, ordenação/contagem para alcançar 
simetria/exatidão, limpeza e/ou acúmulo de objetos (CHOK; KOESLER, 2014). 
O cérebro no TDAH 
Na década de 80, para não precisar remontar a história destas técnicas, 
estudos post-mortem deram início aos estudos básicos de neuroanatomia em pessoas 
autistas. Foram descritas alterações no lobo frontal medial, temporal medial, gânglios 
da base e tálamo (DAMÁSIO e MAURER, 1978, apud MOURA et al, 2005). 
Os artigos sobre o tema relatam que pacientes autistas apresentam prejuízo 
em regiões cerebrais como o cerebelo, a amígdala, o hipocampo, gânglios da base e 
corpo caloso, no entanto, as anormalidades celulares e metabólicas permanecem 
desconhecidas (BOLIVAR et al, 2007; DEVITO et al, 2007; MINSHEW & WILLIAMS, 
2007 apud PEREIRA, 2007). 
Segundo Zilbovicius et al. (2006), investigações com exames de imagem 
cerebral realizadas em indivíduos autistas descobriram diferenças localizadas 
principalmente nos sulcos frontais e temporais. Tal estudo encontrou anormalidades 
da anatomia e do funcionamento do lobo temporal de indivíduos autistas. Essas 
11 
 
 
 
alterações estão localizadas bilateralmente nos sulcos temporais superiores (STS). O 
STS é uma região importante para a percepção de estímulos sociais e demonstram 
hipoativação na percepção de face e cognição social (direção do olhar, expressões 
gestuais e faciais de emoção), e estão significativamente ligados com outras partes 
do “cérebro social”, tais como o Giro Fusiforme e a Amígdala (ZILBOVICIUS et al., 
2006) 
A compreensão das alterações dos mecanismos do cérebro autista pode 
estimular a elaboração de novas e mais adequadas estratégias sociais para estes 
pacientes (ZILBOVICIUS, 2006) 
De acordo com este autor, ainda foram observadas alterações no lobo 
temporal, responsável pela linguagem, pelo processamento visual, pela memória, pelo 
gerenciamento das emoções e pela memorização. 
 
Segundo Frith e Cohen (2013), a principal anormalidade de pessoas com 
autismo é a dificuldade de elaborar considerações a respeito de outros indivíduos. 
São os neurônios espelho, localizados no lobo frontal, que permitem pensar sobre nós 
mesmos e sobre o outro e, desta forma, prever o comportamento de seus 
semelhantes. 
Para Lameira, Gawryszenwski e Pereira (2006), o entendimento de ações 
(essencial para a tomada de atitude em situações de perigo), a imitação 
(extremamente importante para os processos de aprendizagem) e a empatia (a 
tendência em sentir o mesmo que uma pessoa na mesma situação sente, a qual é 
fundamental na construção dos relacionamentos) são funções atribuídas aos 
neurônios-espelho e são exatamente essas funções que se encontram alteradas em 
pessoas autistas. 
Um estudo publicado em 2010 revelou que as crianças com TDAH não têm as 
mesmas ligações entre o córtex frontal do cérebro e a área de processamento 
visual. Isto sugere que o cérebro com TDAH processa a informação de forma diferente 
do que um cérebro sem TDAH. 
12 
 
 
 
O diagnóstico do autismo ainda é baseado em critérios comportamentais, pois 
não foram achados marcadores biológicos para o transtorno. (MOURA et al, 2005, 
apud GARCIA e MOSQUEIRA, 2011) 
Neuroplasticidade e poda neural 
Uma das características do cérebro é a plasticidade, também chamada de 
neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar a diferentes situações 
e ambientes. Além do mais, a plasticidade cerebral descreve a habilidade do cérebro 
de eliminar sinapses (poda neural) e de estabelecer novas conexões (BERGER; 
ROHN; OXFORD, 2013). 
No primeiro ano de vida de um ser humano o cérebro forma os circuitos neurais. 
Essa “rede”, que se assemelha a uma teia de aranha, é repleta de ligações entre os 
neurônios – as chamadas sinapses -, sendo a responsável por conduzir a informação 
que transita entre o cérebro, sistema nervoso central e organismo. Nesse período do 
desenvolvimento infantil, a criança possui o dobro de sinapses que um adulto. Isso 
ocorre porque o cérebro lança circuitos para inúmeras atividades, já que não conhece 
o estilo de vida que levaremos. 
Além disso, durante a infância ocorre um ajuste no número de neurônios (poda 
neuronal) e aumento da sinaptogênese (formação das sinapses), favorecendo a 
aprendizagem de novas informações. Já durante a adolescência, ocorre um 
refinamento sináptico, com eliminação de sinapses ineficientes” e aumento da 
mielinização. A taxa de aprendizagem de novas informações diminui, mas a 
capacidade de usar e elaborar o que já foi aprendido aumenta. 
Períodos críticos são fases de desenvolvimento, nas quais alguns sistemas 
neurais estão mais suscetíveis à plasticidade. Há duração e início específicos para 
cada sistema em dependência da idade e da exposição à experiência. Sem ativação 
neural, o sistema fica em um estado de espera com desenvolvimento inadequado. Por 
outro lado, ambientes enriquecidos podem prolongar o período de maior plasticidade. 
(ANDRADE; MARTINS JUNIOR; FRANCO, 2013) 
13 
 
 
 
Com o tempo, na medida em que o indivíduo recebe estímulos de 
aprendizagem e desenvolvimento, o cérebro passa a reconhecer quais conexões têm 
sido utilizadas com maior frequência e reforça esses circuitos na forma de memória. 
Os recursos que não são utilizados vão sendo desativados. A essa exclusão, dá-se o 
nome de “poda neural”, um processo que ocorre dentro do cérebro, que resulta na 
redução do número total de neurônios e sinapses. Esse “corte” acontece inúmeras 
vezes ao longo da vida, sendo mais intenso próximo aos 3 anos de idade e na 
adolescência, o que é benéfico para o bom funcionamento do cérebro. (RUSSO, 2018) 
Transtorno de Oposição e Desafio (TOD) 
Uma das comorbidades que um indivíduo com TDAH pode apresentar é o TOD 
(Transtorno de Oposição e Desafio). O DSM-IV (APA, 1995) caracteriza o transtorno 
de oposição e desafio como um transtorno comportamental que apresenta um padrão 
recorrente de comportamento negativista, desafiante, desobediente, principalmente 
com figuras de autoridades que levam a um prejuízo na vida acadêmica, social e 
familiar do paciente. 
Para o diagnóstico de TOD são necessários pelo menos quatro dos seguintes 
sintomas: 1) Irrita-se frequentemente; 2) discute com adultos ou figuras de autoridade; 
3) costuma desafiar as regras dos adultos; 4) faz coisas deliberadamente para 
aborrecer a terceiros; 5) culpa os outros pelos seus próprios erros; 6) se sente 
ofendido com facilidade; 7) tem respostas coléricas quando contrariado; e 8) é 
rancoroso e vingativo quando desafiado ou contrariado. 
Como apontado por Grevet et al. (2007), pacientes com TDAH e TOD 
apresentaram maior agressividade, maior ocorrência de notas baixas e mais 
problemas com seus parceiros em relação àqueles diagnosticados exclusivamente 
com TDAH ou TOD. 
Pacientes com TDAH apresentam menor volume da substância cinzenta em 
regiões dos gânglios da base envolvidas com o controle motor, mais especificamente 
o putâmen, o globo pálido e o núcleo caudado. No entanto, os níveis parecem se 
estabilizar após o tratamento com Metilfenidato. 
14 
 
 
 
O TDAH também foi associado a prejuízo na sincronização de ativação entre a 
rede de modo-padrão (DMN; do inglês default mode network), que normalmente é 
mais ativa quando não há realização de tarefas, e a rede positiva de tarefas (TPN; do 
inglês task-positive network), que é ativada durante a realização de tarefas. Nos 
indivíduos com TDAH, a ativação da DMN ocorre durante a realização de tarefas que 
exigem concentração. 
Uma das hipóteses para isso éque, no TDAH, há deficiência nas trocas 
contínuas entre a TPN e a DMN e acredita-se que seja porque há dificuldade em 
desligar a DMN durante a realização de tarefas. Essa mudança entre o estado de 
repouso e o de pensamento é prejudicada nesta condição (SIDLAUSKAITE, 2016) 
Um dos mais fascinantes fenômenos cognitivos no autismo é a presença das 
denominadas “ilhotas de habilidades especiais” ou splinter skills, habilidades 
preservadas ou altamente desenvolvidas em certas áreas que contrastam com os 
déficits gerais de funcionamento da criança. Não é incomum, por exemplo, que as 
crianças com autismo tenham grande facilidade de decifrar letras e números, às vezes 
precocemente (hiperlexia), mesmo que a compreensão do que leem esteja muito 
prejudicada. (KLIN, 2006, p. 7) 
De acordo com um estudo feito em 2018 por pesquisadores da Radboud 
University Nijmegen Medical Centre, o cérebro de um indivíduo com TDAH tem menor 
volume em cinco áreas subcorticais e menor volume em relação ao cérebro de um 
indivíduo sem TDAH. Essas diferenças foram mais notadas em crianças do que em 
adultos. Também se concluiu que a amigdala e o hipocampo são menores. Essas 
áreas são responsáveis pelo processamento das emoções e estão ligadas à 
impulsividade. Além disso foram detectadas alterações no fluxo sanguíneo para o 
cérebro em pessoas com TDAH, isso ocorre, por exemplo, nas áreas pré-frontais. 
A área pré-frontal é responsável por funções executivas como o planejamento, 
a organização e a atenção, além da lembrança e das reações emocionais. 
A teoria científica atual defende que no TDAH existe uma disfunção da 
neurotransmissão dopaminérgica na área frontal (pré-frontal, frontal motora, giro do 
cíngulo); regiões subcorticais (estriado, tálamo médio dorsal) e a região límbica 
15 
 
 
 
cerebral (núcleo acumbens, amígdala e hipocampo). Alguns trabalhos indicam uma 
evidente alteração destas regiões cerebrais resultando na impulsividade do paciente 
(Rubia et al., 2001) 
Existem vários mitos sobre o TDAH, dentre eles o que existe maior prevalência 
de meninos do que de meninas no quadro, isso se dá porque nos meninos ocorrem 
mais as características de hiperatividade e impulsividade, o que acaba por incomodar 
mais pais e professores fazendo com que procurem ajuda mais rápido; já nas meninas 
a característica que prevalece é a de desatenção, como não incomodam são poucas 
as diagnosticadas com o transtorno. O TDAH varia em intensidade, nas características 
e na forma em que se manifesta. Deriva de um funcionamento alterado do sistema 
neurobiológico cerebral, os neurotransmissores apresentam-se alterados quantitativa 
e/ou qualitativamente na área pré-frontal do cérebro. 
Acredita-se que o hiperfoco resulte de níveis anormalmente baixos de 
Dopamina, um neurotransmissor particularmente ativo nos lobos frontais do cérebro. 
Essa deficiência de Dopamina torna difícil alterar o foco para assumir tarefas chatas, 
mas necessárias. 
A Dopamina é um neurotransmissor produzido pelo corpo responsável pela 
sensação de prazer e pelo foco. É feita por meio da conversão do aminoácido Tirosina 
em Dopa que, depois, é convertida em Dopamina. Ela afeta funções como o 
aprendizado, a motivação, a frequência cardíaca, dentre outras. 
Alguns pesquisadores acreditam que esta diferença se deve ao fato de os 
neurónios nos cérebros e sistemas nervosos das pessoas com TDAH não medicadas 
terem concentrações mais elevadas de proteínas chamadas transportadores de 
dopamina. A concentração destas proteínas é conhecida como densidade do 
transportador de dopamina (DAT), responsáveis pela recaptação de Dopamina para 
dentro dos neurônios pré-sinápticos, parece ser reduzida em indivíduos com TDAH. 
Além disso, são observados baixos níveis de Serotonina. 
O sistema serotonérgico (Serotonina) também está implicado no TDAH, e 
níveis baixos de serotonina são observados em pacientes com o transtorno. No 
entanto, as evidências de envolvimento desse sistema não são tão consistentes 
16 
 
 
 
quando comparadas às existentes para os sistemas dopaminérgico e noradrenérgico. 
Além disso, níveis alterados de glutamato e ácido gama-aminobutírico (GABA) já 
foram reportados em indivíduos com TDAH. 
A serotonina atua regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, 
temperatura corporal, sensibilidade e funções cognitivas e, por isso, quando se 
encontra numa baixa concentração, pode causar mau humor, dificuldade para dormir, 
ansiedade ou mesmo depressão. (ZANIN, 2021) 
Podem ser alvo do hiperfoco: músicas, livros, filmes, um personagem, letras, 
números, uma disciplina, entre outras infinitas possibilidades. 
Ondas cerebrais e TDAH 
 Evidências sugerem que o mau funcionamento do lobo frontal direito com 
atividade elétrica de ondas lentas (teta), que possuem frequência de 4 a 7 Hz e 
diminuição de ondas rápidas (beta), que possuem frequência de 13 a 20 Hz estão 
relacionadas ao TDAH. Os sintomas resultantes são falta de atenção, distração e 
hiperatividade. Um estudo feito em 2007, apresentado na revista Neuroscience, 
mostrou que a ativação das ondas beta e a inibição das ondas Theta têm efeito sobre 
o comportamento desatento e aumenta o foco de crianças com transtorno do déficit 
de atenção e hiperatividade (TDAH). 
Sobre as ondas Beta, Pasri (2019) afirma que 
As ondas beta correlacionam-se com a consciência normal do que 
estamos vivendo no dia a dia ou a um estado de alerta mais apurado 
ou até mesmo raciocínio logico, porém geralmente em nosso cotidiano 
a onda que mais se destaca são as ondas beta, conforme haja um 
nível mais elevado de estresse e ansiedade, o nível de ondas beta 
também irá se elevar 
Além desse espectro, há também as ondas alfa, que estão presentes em 
estados de relaxamento, meditação concentração e aprendizado. 
17 
 
 
 
Figura 1- Classificação das faixas de ondas cerebrais e seus respectivos estados mentais
 
Fonte: http://www.brainvistta.com/português/fundamentos/o-que-são-ondas-cerebrais/ 
(CLASSIFICAÇÃO..., 2013) 
Como mostra a figura, ondas abaixo de 8 pulsos por segundo são consideradas 
ondas lentas (Teta, 4-7 Hz), estando o cérebro num estado de profundo relaxamento 
e inatividade. O que ocorre no TDAH é um excesso de atividade dessas ondas lentas 
no córtex pré-frontal. 
Em geral, quando prestamos atenção em uma tarefa, áreas especializadas do 
cérebro se ativam e ele fica “acelerado”. Para pessoas com déficit de atenção, esse 
processo natural de “acelerar” não ocorre e algumas vezes, durante as tarefas 
cognitivas, há um aumento das ondas mais lentas, dificultando ainda mais os 
processos cognitivos (GOMES, 2013) 
O Hiperfoco e o estado de Flow 
O hiperfoco está relacionado ao estado de Flow. De acordo com Nakamura e 
Csikszentmihalyi (2014) esse estado é caracterizado por concentração intensa, 
atenção energizada e uma imersão na atividade que resulta em prazer. 
O estado de Flow (fluxo) pode ocorrer de maneiras diferentes para pessoas 
diferentes. Muitas vezes ocorre quando você está fazendo algo que gosta e em que é 
bastante habilidoso. Além disso, a tarefa possui objetivos desafiadores, porém claros. 
A atividade é recompensadora, tanto que, frequentemente, a noção de tempo é 
perdida (CHERRY, 2021) 
http://www.brainvistta.com/português/fundamentos/o-que-são-ondas-cerebrais/
18 
 
 
 
Conforme Csikszentmihalyi (1975; 2000), entrar em Flow envolve encontrar um 
equilíbrio entre desafio e habilidade: se o desafio for alto e a pessoa não tiver 
habilidades suficientes para executá-la, o sentimento será de ansiedade e frustação, 
por outro lado, se as habilidades para determinada tarefa forem altas, mas o grau de 
dificuldade pequeno, a sensação é de tédio. O flow acontecerá quando os desafios e 
habilidades estiverem em perfeito equilíbrio. Além disso, é importante ter objetivos 
claros e próximos, e também ter feedback imediato sobre os progressos realizados. 
Quandoem Flow, o indivíduo opera em plena capacidade (DE CHARMS, 2013; 
DECI, 2013). 
Mihalyi Csikszentmihalyi, psicólogo húngaro, nos introduz ao conceito de 
Flowtime. Flowtime é o período de alto foco para produzir algo no estado de Flow 
(Fluxo), que é o momento de produtividade máxima em que se utiliza a maior 
capacidade e maior energia para realizar uma tarefa desafiadora, possuindo as 
habilidades necessárias. (CSIKSZENTMIHALYI, 1998) 
 
Figura 2- Estado de Flow 
Fonte: https://medium.com/@AbutheGuru/the-state-of-flow-c4db63bf5d23 (ALDARAZY, 2019) 
Há aspectos positivos em se ter um hiperfoco, desde que ele seja explorado 
corretamente. O hiperfoco pode ajudar a desenvolver novas habilidades, pode ainda 
se tornar a própria profissão da pessoa, além de ser um importante meio de aumentar 
a autoestima (já que saber que se é bom em algo é encorajador). 
https://medium.com/@AbutheGuru/the-state-of-flow-c4db63bf5d23
19 
 
 
 
Sobre o hiperfoco, podemos afirmar que 
É uma maneira de lidar com a distração. Os jovens com TDAH da 
Universidade [Escola de Medicina da Georgetown University] me 
dizem que, intencionalmente, entram em um estado de foco intenso 
para fazer um trabalho. As crianças mais novas fazem a mesma coisa 
inconscientemente, quando estão fazendo algo prazeroso, como 
assistir a um filme ou jogar um jogo de computador. Muitas vezes nem 
sabem que estão se concentrando tão intensamente (SILVER, 2019, 
on-line). 
O cérebro no autismo é hiper excitado, então o hiperfoco pode ser um refúgio 
durante o estresse, situações desconfortáveis ou momentos de ociosidade. 
De acordo com Brown (2005); Conner (1994) e Doyle (2007), o indivíduo entra 
em hiperfoco quando está fazendo algo que gosta como ver TV ou jogar videogame. 
Vale ressaltar que o hiperfoco não é um critério diagnóstico para o TDAH 
(American Psychiatric Association, 2013) 
Estudos recentes sugerem que se inclua a desregulação emocional como 
sendo um sintoma fundamental no TDAH adulto. A emoção conglomera processos de 
avaliação, sensação física, comportamento motor, intencionalidade e expressão 
interpessoal; desempenha a função básica de auxiliar uma pessoa na avaliação de 
alternativas, ao oferecer motivação e revelar necessidades e perigos. Portanto, 
regular as emoções representa uma habilidade fundamental para a interação social. 
(GHIGIARELLI, 2016) 
Desta forma, a desregulação emocional pode ser definida como a dificuldade 
ou inabilidade de lidar com as experiências ou processar as emoções, podendo se 
manifestar como intensificação excessiva ou como desativação das emoções. 
(GHIGIARELLI, 2016) 
O paciente com TDAH apresenta tendência a executar várias tarefas ao mesmo 
tempo, deixando muitas inacabadas. Além disso, falha na organização de tempo e 
espaço, dificuldade de planejamento, problemas de memória em curto prazo, 
dificuldade para lidar com regras sociais, falhas de julgamento, interpretações 
20 
 
 
 
errôneas por não perceber detalhes, dificuldade em expressar sentimentos, ansiedade 
crônica, falta de motivação, hiperatividade e dificuldade em aprender com a 
experiência (BENCZIK; CASSELA, 2015; MATTOS e ROHDE, 2012). 
Em crianças, os principais sintomas do TDAH são a falta de atenção, a 
impulsão e a hiperatividade. Há muito tempo as queixas de hiperatividade e 
impulsividade expostas pelos pais e professores já levavam ao diagnóstico de TDAH, 
tanto por profissionais quanto por leigos no assunto. Esse transtorno evidencia-se 
mais em crianças do sexo masculino (SOUZA et al., 2007). 
As crianças com altos níveis de labilidade emocional apresentam baixo nível 
de tolerância, frustram-se mal, tem altos níveis de irritabilidade e demonstram 
frequentes choros ou ataques de raiva. A labilidade emocional também pode estar 
associada à expressão de emoções positivas, como exuberância, excitabilidade e 
energia, que são desproporcionais à circunstância provocadora, e podem ser 
desagradáveis para os pares (SOBANSKI, et al., 2010). 
Características de cunho negativo são observadas em crianças portadoras do 
TDAH. Por volta dos 6 a 11 anos a criança com o Transtorno apresenta baixa 
autoestima, comportamentos distorcidos e problemas da ordem social. Com a 
chegada da adolescência, por volta dos 12 anos, ambos os sexos podem apresentar 
comportamento subversivo às normas da instituição de ensino, gerando dificuldades 
no aprendizado e podendo culminar até na sua expulsão da escola (DESIDERIO, 
2007). 
Estas reações emocionais, tanto para as emoções positivas como para as 
negativas, são tipicamente breves, durando na ordem de minutos a horas, em vez de 
dias a semanas, e assim, diferem da labilidade associada a perturbações do espectro 
bipolar caracterizadas por episódios prolongados (por exemplo, dias-semanas) de 
estados emocionais baixos ou altos. A labilidade emocional no TDAH pode, no 
entanto, sobrepor-se com a interrupção do humor perturbador ou “desregulação grave 
do humor”, ambos caracterizados por surtos de temperamento crônicos (POSNER, 
KASS e HULVERSHORN, 2014) 
21 
 
 
 
Em 2014, um importante estudo realizado por neurocientistas no Centro Médico 
da Universidade de Columbia – que foi publicado na revista científica Neuron, trouxe 
à luz uma nova perspectiva quanto ao funcionamento do cérebro de um autista. A 
pesquisa demonstrou que as crianças com TEA possuíam um excesso de sinapses – 
as conexões entre as células cerebrais, o que, segundo o artigo, ocorreria devido a 
uma ineficiência no processo de poda neural durante o processo de desenvolvimento 
cerebral. Devido a esse fato poderiam ocorrer os déficits neurológicos comuns no 
autismo. 
Um estudo liderado por brasileiros, no final de 2017, mostrou que os astrócitos 
possuem um papel importante no autismo. Antigamente se acreditava que os 
astrócitos eram apenas uma espécie de suporte físico para os neurônios. Agora, isso 
mudou. Estas células são responsáveis por sustentar e nutrir os neurônios e estão 
envolvidos em diversas atividades cerebrais. Além disso, eles regulam a concentração 
de diversas substâncias do sistema neuronal, tendo assim potencial para interferir nas 
funções cerebrais de quem tem o espectro autista (RUSSO, 2018) 
O cérebro dos autistas está o tempo todo lidando com uma grande quantidade 
de sensações, informações e múltiplos pensamentos ao mesmo tempo. O autista 
necessita uma maior sistematização para que todos estes estímulos não o 
sobrecarreguem e em consequência há uma tendência a ser mais rigoroso e rígido 
nas suas ideias. 
Um hiperfoco em filmes, por exemplo, pode ser o ponto de partida para uma 
pessoa com TEA desenvolver sua habilidade de escrita e escrever um roteiro de filme 
quando adulto. 
Muitos profissionais e educadores utilizam o hiperfoco da criança com TEA a 
favor de sua educação e aquisição de novas habilidades e aprendizados. 
O cérebro incorpora novos aprendizados através de redes neuronais de 
preferência que vão se firmando através de experiências vividas com significado e/ou 
repetidas; a estratégia deve ser então no sentido de agregar a estas redes formadas 
através do hiperfoco, novas informações, ampliando o interesse e o conhecimento da 
22 
 
 
 
criança. Isso deve ser feito através de atividades interessantes, motivantes e 
reforçadoras. 
Prematuridade e TEA 
Outro fator de risco para o TDAH é a prematuridade. Um estudo recente, 
realizado na Suécia, avaliou dados de 4 milhões de pessoas nascidas entre 1973 e 
2013, apontou que crianças nascidas prematuramente possuem mais chances de 
desenvolver TEA. Para pessoas nascidas com 22 a 27 semanas de gestação, a 
prevalência foi de 6,1%. Para pessoas nascidas com 28 a 33 semanas, a prevalência 
foi de 2,6%, 1,9% entre os nascidos de 34 a 36 semanas, 2,1% entre nascidos antes 
de 37 semanas, 1,6% para os nascidos entre 37 e 38 semanas e 1.4% de incidência 
para os nascidos entre 39 e 41 semanas de gestação (CRUMP;SUNDQUIST; 
SUNDQUIST, 2021) 
História da Síndrome de Asperger 
O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo 
Kanner, em seu artigo “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”. Kanner usa o termo 
“mãe geladeira” para descrever a relação de distância e frieza materna, enquadrado 
no modelo psicodinâmico (CRAVEIRO DE SÁ 2003, p. 95). 
 
Em 1944, Hans Asperger, um pediatra austríaco com interesse em educação 
especial, descreveu quatro crianças que tinham dificuldade em se integrar 
socialmente em grupos. Desconhecendo a descrição de Kanner do autismo infantil 
precoce publicado só um ano antes, Asperger denominou a condição por ele descrita 
como "psicopatia autística", indicando um transtorno estável de personalidade 
marcado pelo isolamento social. Apesar de ter as habilidades intelectuais 
preservadas, as crianças apresentaram uma notável pobreza na comunicação não-
verbal, que envolvia tanto gestos como tom afetivo de voz, empatia pobre e uma 
tendência a intelectualizar as emoções, uma inclinação a ter uma fala prolixa, em 
monólogo e às vezes incoerente, uma linguagem tendendo ao formalismo (ele os 
denominou "pequenos professores"), interesses que ocupavam totalmente o foco da 
atenção envolvendo tópicos não-usuais que dominavam sua conversação, e 
incoordenação motora. A SA não recebeu um reconhecimento oficial antes da 
23 
 
 
 
publicação da CID-10 e do DSM-IV, ainda que tenha sido relatada pela primeira vez 
na literatura da Alemanha em 1944. 
O uso do termo "autismo" para discriminar a natureza de uma alteração tanto 
por Kanner quanto por Asperger não é mera coincidência, uma vez que, no começo 
do século XX, o eminente psiquiatra Eugen Bleuler havia introduzido o termo, 
referindo-se à limitação de relações interpessoais e com o mundo externo típico da 
esquizofrenia (Frith, 2004). As palavras "autista" e "autismo", que foram utilizadas para 
descrever a restrição da vida social para um retraimento em si mesmo, derivam do 
grego autos, que significa "si mesmo". 
O trabalho de Asperger era conhecido essencialmente nos países 
germanófonos e, somente nos anos 1970, foram feitas as primeiras comparações com 
o trabalho de Kanner, especialmente por pesquisadores holandeses, tais como Van 
Krevelen, que tinham familiaridade com as literaturas em inglês e alemão. As 
tentativas iniciais de comparar as duas condições foram difíceis devido às grandes 
diferenças nos pacientes descritos. Os pacientes de Kanner eram mais jovens e 
tinham maior prejuízo cognitivo. 
Características da Síndrome de Asperger 
Apesar de existirem algumas semelhanças com o Autismo, as pessoas com 
Síndrome de Asperger geralmente têm elevadas habilidades cognitivas (pelo menos 
Q.I. normal, às vezes indo até às faixas mais altas) e funções de linguagem normais, 
se comparadas a outras desordenas ao longo do espectro. 
Apesar de poderem ter um extremo comando da linguagem e vocabulário 
elaborado, estão incapacitadas de o usar em contexto social e geralmente têm um 
tom monocórdico, com alguma nuance e inflexão na voz. 
Crianças com Síndrome de Asperger podem ou não procurar uma interação 
social, mas têm sempre dificuldades em interpretar e aprender as capacidades da 
interação social e emocional com os outros. 
Hobson (1995) postulou que crianças com SA têm incapacidade para interagir 
emocionalmente com os outros, portanto a criança com Autismo não recebe as 
24 
 
 
 
experiências sociais necessárias para desenvolver as estruturas cognitivas para a 
compreensão. 
Crianças com autismo tendem a demonstrar mais desatenção e são impulsivas, 
elas têm mais dificuldades de coordenação motora e problemas cognitivos mais 
sérios. No asperger, isso vem de maneira mais leve. Além disso, o nível de inteligência 
em um portador de asperger é normal. 
Na Síndrome de Asperger os indivíduos possuem uma elevada capacidade 
cognitiva, de tal forma que não apresentam qualquer atraso significativo no 
desenvolvimento da linguagem, e isso pode não ser percebido. Uma das suas 
dificuldades centra-se na incapacidade de utilizar socialmente as suas funções de 
linguagem que podem ser extremamente elaboradas, sendo assim, eles tê dificuldade 
para se socializar. 
Baron, Cohen e col. (1993), indicam que as primeiras experiências são as 
cognitivas. As teorias destes autores sobre a mente são baseadas na ideia de que as 
crianças com Autismo falham no desenvolvimento da compreensão de que a mente e 
o estado mental relata o comportamento. 
Turber e Tager-Flusberg (1993) indicam que crianças com Autismo não 
desenvolvem uma compreensão de que a linguagem e comunicação existem para 
troca de informação. 
Tratamento e intervenção 
A Ritalina (Metilfenidato) é uma droga que age como estimulante do sistema 
nervoso central, tendo efeito positivo no ser humano quanto à concentração e ao 
desempenho de atividades, diminuindo a fadiga. Droga também usada no tratamento 
do TDAH, enquadra-se na medicalização de psicofármaco mais utilizado na 
Psiquiatria infantil (BRZOZOWSKI; DIEHL, 2013). 
O diagnóstico precoce do TDAH, assim como as demais patologias, é mais um 
fator positivo no combate desse Transtorno. Vê-se que apesar de muitos profissionais 
indicarem a Ritalina já de imediato, ainda existem profissionais que procuram em 
outras substâncias com resultados iguais ou melhores para o tratamento do TDAH. 
(DE MATOS, 2018) 
25 
 
 
 
Venâncio (2015) destaca muito bem as intervenções não farmacológicas que 
devem ser incluídas ao tratamento do TDAH, e nelas mostra a união da força entre a 
família, a escola e o psicólogo. Pode-se destacar que o treinamento de 
comportamento para os pais serve como um manual de ajuda para orientar quanto ao 
comportamento da criança sem gerar consequências punitivas; intervenções 
psicossociais visam ajudar as crianças e suas famílias com terapias psicológicas e 
sociais, como psicoeducacional, aconselhamento dos pais e treinamento de 
habilidades sociais; intervenções de comportamento em forma de manual que ajuda 
a utilizar recompensas e não consequências punitivas; intervenções como base na 
escola, em que os professores são os principais mediadores e ocorrem na sala de 
aula. 
Como enfatiza Russo (2021), estimular a neuroplasticidade do indivíduo com 
TEA também é importante. Ações de aprendizagem que estimulem os neurônios de 
maneira a contribuir com a melhora nos processos de reabilitação e otimização de 
resultados funcionais do cérebro de quem está no espectro. Quanto antes forem 
introduzidas ações para estimular o cérebro, mais os neurônios modificam-se para 
lidar com as complicações do TEA.
 26 
 
CONCLUSÃO 
Por meio dessa pesquisa tornou-se possível aprofundar e descobrir novos aspectos a 
respeito do TDAH, como o seu funcionamento e suas bases neurobiológicas. É 
importante elucidar que o TDAH não é totalmente compreendido, o que, muitas vezes, 
ocasiona o aparecimento de informações falsas e de estereótipos a respeito do TDAH 
e do Transtorno do Espectro Autista. 
A Ritalina é o principal medicamento utilizado no tratamento. Além disso, o apoio 
familiar, psicológico e no ambiente escolar também é de extrema importância. 
 
 
 
 
 
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