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1 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP Câncer de Pâncreas Introdução O principal tipo de câncer de pâncreas é o Adenocarcinoma ductal (principalmente da cabeça do pâncreas, também chamado de periampular), que representa 80-90% dos casos. Geralmente acomete principalmente idoso, homens e negros e o principal fator de risco é o tabagismo. Quadro Clínico O quadro clínico do câncer de pâncreas é da seguinte forma: - Inicialmente possui uma icterícia progressiva e verdínica, devido à compressão do ducto colédoco (lembre-se que o principal local deste tipo de câncer é a cabeça); - Sinal de Courvoisier- Terrier: Distensão da vesícula biliar de maneira lenta, porém indolor Isso ocorre por um refluxo retrógrado da bile para a vesícula biliar; - Perda ponderal; - Dor abdominal dita “surda”; - Linfonodo supraclavicular à esquerda. Apesar dos sintomas de câncer de pâncreas serem exuberantes, eles demoram a surgir, de modo que acabamos perdendo o tempo de realizar uma terapia curativa. OBS: Marcador tumoral: o principal marcador tumoral de câncer de pâncreas é o CA 19-9, porém é um marcador inespecífico, mas, quanto mais alta sua dosagem, maior a probabilidade de ser câncer de pâncreas. Além disso, permite avaliar tratamento. Diagnóstico O diagnóstico do câncer de pâncreas é feito da seguinte forma: - USG endoscópico: é o melhor exame para diagnóstico de maneira precoce. Possui como vantagem realização de uma biopsia transduodenal; - TC de abdome: representa o exame que definitivamente dá o diagnóstico e permite avaliar a Ressecabilidade; - Biópsia: é o exame que irá dizer o diagnóstico histológico desse câncer. Geralmente é feita no momento intra-operatório. Pode ser feito de maneira: Percutânea (feita via tomografia não é feita de rotina por perigo de deixar massas metastáticas pelo trajeto da agulha); Transduodenal (feita via USG endoscópico). Estadiamento e Tratamento O tratamento do câncer de pâncreas depende do Estadiamento: Ou seja, T4 é considerado tumor irressecável, indicando tratamento paliativo, assim como M1. Tratamento: O tratamento é feito da seguinte forma: - Tratamento curativo: é feito em 20% dos casos T3, N (tanto faz N0 ou N1) e M0. A técnica cirúrgica depende da localização do tumor, de modo que: Tumor em cabeça do pâncreas: Cirurgia de Wipple Modificada; Tumor em corpo/cauda: Cirurgia de Child. A linfadectomia não parece melhorar a sobrevida do paciente; Quimioterapia adjuvante: ajuda na sobrevida do paciente. - Tratamento Paliativo: é feito em 80% dos casos, afinal é um câncer que é diagnóstico no seu estádio tardio geralmente T4, N (Tanto faz ser N1 ou N0) e M1 (metástase). Paciente sem condição de realização de cirurgia (icterícia intensa ou obstrução duodenal, por invasão do duodeno): Stents em colédoco e/ou duodeno; STENT NO COLÉDOCO STENT NO DUODENO Paciente Com condição cirúrgica: iremos retirar a icterícia ou a obstrução intestinal através de um procedimento cirúrgico, de modo que: Coledocojejunostomia: redução da icterícia E/OU; Gastrojejunostomia: redução da obstrução duodenal. Realiza quimioterapia adjuvante (posterior à cirurgia). OBS: O ideal é que o paciente com câncer de pâncreas seja submetido ao protocolo de pesquisa, uma vez que é um câncer que possui pouca taxa de sobrevida.
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