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Distúrbios de Eqúilibrio Acidobásico: Acidose Respirátoriá/álcálose metábolicá/álcálose respirátoriá Alcalose Metabolica: Caracteriza-se por: • pH elevado, • Bicarbonato elevado, • PCO2 elevado, • Quase sempre com cloro e potássio baixos. Na prática clínica, as alcaloses metabólicas mais graves são associadas à contração de volume por perda de ácido gástrico ou pela administração de diuréticos de alça e tiazídicos. Estas são acidoses ditas cloreto-sensíveis. Nas alcaloses cloreto-resistentes, chamam a atenção a hipertensão e a hipopotassemia, ou seja, o restante do quadro clínico. o problema não tem a ver com a água, mas sim no SRAA, então, é necessário bloquear esse sistema através do uso da espironolactona (diurético poupador de potássio, que guarda potássio, resolvendo a hipocalemia, inibindo o hipoaldosteronismo, e, consequentemente, resolvendo a alcalose). Em alcaloses metabólicas, pode-se dividir a variação do PCO2 pela variação de bicarbonato. Contudo, pode-se realizar o cálculo de outra maneira: ΔPCO2 = 0,6 x ΔBIC. Portanto: • Se a variação de PCO2 for IGUAL a 0,6: pode-se dizer que o paciente tem uma resposta ventilatória normal e o distúrbio está compensado. • Se a variação de PCO2 for MAIOR que 0,6: pode-se dizer que o paciente tem uma alcalose metabólica associada a uma acidose respiratória. • Se a variação de PCO2 for MENOR que 0,6: pode-se dizer que o paciente tem uma alcalose metabólica associada a uma alcalose respiratória. Os casos de acidose, sejam eles metabólicos ou respiratórios, são acompanhados de hipercalemia (potássio alto), pois, em uma acidose, acumula-se H+, que tem carga positiva, tendendo a entrar em equilíbrio no meio intra e extracelular. Contudo, para o H+ entrar na célula, “alguém” precisa sair do meio intracelular, sendo que o íon mais abundante dentro da célula é o potássio, então, por isso, que, normalmente, as acidoses são acompanhadas de hipercalemia/hiperpotassemia. O inverso também é verdadeiro, ou seja, toda vez que tem uma alcalose, tem um consumo de H+ do meio extracelular, assim, o H+ do meio intracelular começa a sair para tentar compensar essa perda. Com isso, “alguém” precisa entrar na célula para manter a eletroneutralidade, sendo que o potássio é o que consegue entrar. Portanto, é normal ter hipocalemia em alcaloses. Quando o indivíduo fica hipovolêmico (vomita demais; desidrata um pouco; diarreia), ocorre uma alcalose de concentração, que é uma alcalose metabólica compensada. Se a hipovolemia for muito importante e o paciente ficar chocado, hipoperfundindo os tecidos, haverá a produção de ácido láctico em decorrência da respiração anaeróbia que os tecidos começam a realizar. Quando se acumula outros ácidos, pode-se dizer que está resultando em uma acidose metabólica com Ânion GAP aumentado. Alcalose respiratória: Quando o pH está alto (> 7,45) e o PCO2 está baixo (< 35), ocorre uma alcalose respiratória. Também pode-se calcular a PCO2 esperada, contudo, o cálculo diferencia-se se o distúrbio for agudo ou crônico, sendo que a história do paciente e o base excess (BE) contribuem para tal diferenciação. Um distúrbio agudo para o sistema renal equivale a 1-2 dias; já um distúrbio agudo para o sistema respiratório equivale a minutos ou algumas horas. O cálculo será: Acidose respiratória: Para acidoses respiratórias é necessário descobrir se o distúrbio é crônico ou agudo, pois o cálculo também se diferenciará. • Se for agudo: ΔBIC = 0,1 x ΔPCO2. • Se for crônico: ΔBIC = 0,4 x ΔPCO2. OBS: → Para uma pessoa rebaixar o nível de consciência precisa ter hipoxemia (normalmente deixa o paciente agitado/angustiado) ou hipercapnia (deixa o paciente sonolento, rebaixado). → Para fazer o diagnóstico de DPOC precisa-se de uma espirometria, ou seja, o diagnóstico depende de um teste funcional. → Quando se administra muito oxigênio para um paciente que já estava compensado, dando mais do que ele precisa, o cérebro entende que não precisa mais respirar, diminuindo a FR, começando a reter CO2, deixando o paciente acidótico. Conclusão: • Distúrbios do equilíbrio acidobásico são comuns em situações de emergência. Para o correto diagnóstico da causa de base, é importante seguir uma abordagem sistemática. • O cenário clínico em que ocorre o distúrbio é de extrema importância, não só para o diagnóstico, mas também para a terapêutica. • Na grande maioria das situações, o tratamento implica em corrigir a doença de base. • Mudanças no pH sérico se correlacionam com três grandes componentes: tampões fisiológicos, ventilação alveolar e rins. • Bicarbonato está presente em grande quantidade no sangue e sofre “interferência” dos pulmões e rins. • Acidose respiratória aguda é definida como uma redução do pH resultante de hipoventilação e aumento da PaCO2. • Aumento na ventilação por minuto é o mecanismo básico da alcalose respiratória (↓ PaCO2). • Acidose metabólica pode dever-se a: ■ Aumento da produção de ácidos. ■ Diminuição da excreção de ácidos. ■ Perda de álcalis. ■ Ácidos externos (p. ex.: metanol, etilenoglicol etc.). • Alcalose metabólica, na grande maioria das vezes, é causada por ↑ da reabsorção de bicarbonato pelos rins (p. ex.: hipovolemia, perdas de potássio, perdas de cloro) ou por fonte exógena (p. ex.: reposição volêmica). • Diagnóstico de distúrbios mistos necessita de cálculos com as fórmulas descritas. Referencias bibliograficas: 1. Medicina de Emergência – USP – 15º Edição 2021 – Velasco. 2. Resumos da med.
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