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Compreender a fisiologia e histopatologia da hipertrofia cardíaca. Estudar a diferença entre os tipos de remodelações das hipertrofias cardíacas (fisiológica e patológica). Revisar os valores de PA normal e alterada. Analisar as complicações da HAS e como trata-la (importância em manter os níveis de PA regulada). Fisiopatologia e Histopatologia da hipertrofia cardíaca As cardiomiopatias são doenças que acometem o músculo do coração, ou seja, acometem o miocárdio. Pode-se dividir as cardiomiopatias em 5 grupos, sendo eles: cardiomiopatia dilatada; hipertrófica; restritiva; cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito; e cardiomiopatias não classificadas (como Takotsubo). Antes de se iniciar, devemos estar cientes de alguns termos: Hiperplasia: aumento do número de células ou tecido, logo, acomete órgão e tecidos capazes de realizar divisão mitótica. Metaplasia: é a substituição de um tipo de célula por outro tipo. Exemplo: Células escamosas estratificadas por células epiteliais cilíndricas ciliadas que ocorre na traqueia e vias respiratórias de um fumante. Atrofia: diminuição da célula e do órgão. Displasia: é o crescimento desordenado das células. Hipertrofia: é o aumento do tamanho celular bem como na quantidade de massa de tecido funcional. Quando se trata de uma hipertrofia cardíaca, significa que houve um aumento nas células do miocárdio, assim como na quantidade de massa de tecido funcional. A hipertrofia ocorre devido às alterações das proteínas do sarcômero, por conta da mutação genética. O sarcômero é a unidade de contração das miofibrilas e é composto pelos filamentos delgados de actina, tropomiosina e troponina, intercalados pelos filamentos espessos de actina e miosina. O mecanismo de contração é dependente de cálcio. Esse é o motivo pelo qual fármacos bloqueadores de cálcio são utilizados para reduzir a contratilidade cardíaca, gerando vasodilatação, redução da frequência cardíaca e consequentemente da pressão arterial. A principal característica histológica dessa patologia é a tríade composta pela hipertrofia dos miócitos, desarranjo dos miócitos (e das miofibrilas) e fibrose intersticial. Isso porque, na cardiomiopatia hipertrófica, ocorre uma produção excessiva de algumas proteínas fibrilares, principalmente da cadeia pesada da b-miosina e na proteína C ligante de miosina, o que leva à desorganização arquitetônica do miocárdio, com os miócitos oblíquos ou perpendiculares entre si e não paralelos, tudo isso associado a um aumento de colágeno intersticial Figura: Células musculares cardíacas normais. Figura: Desarranjo dos miócitos e fibrose intersticial. Além disso, a hipertrofia cardíaca se constitui um dos principais mecanismos de adaptação do coração em face de uma sobrecarga de trabalho, de pressão ou de volume, imposta em determinadas condições, ocasionando um aumento de massa do miocárdio. Esse aumento ocorre em decorrência de alterações genéticas isoladas (como a cardiomiopatia hipertrófica), em resposta a condições fisiopatológicas (como a hipertensão arterial) ou como resposta fisiológica devido à sobrecarga de trabalho imposta pelo treinamento físico dinâmico e resistido (como o realizado de forma crônica por atletas). Nas situações patológicas e fisiológicas ocorre a adaptação hipertróficas do miocárdio com características fenotípicas e funcionais diferente entre si, podendo ser classificadas em: hipertrofia concêntrica e excêntrica. Problema 3 – Mudanca Necessaria . tipos de remodelação de hipertrofia O remodelamento é o conjunto de alterações genéticas, moleculares, neuro-humorais, celulares e intersticiais cardíacas. Além de manifestações clinicas, como: modificação de tamanho, de massa, da geometria e da função do coração, em respostas determinadas injurias, agudas ou sobrecargas crônicas. Existem alguns tipos de hipertrofia, são elas:. ó Acontece durante a vida devido a uma exigência do corpo. Exemplo: coração de atleta. ó Ocorre devido a uma doença. Exemplo: hipertensão arterial. ê É a sobrecarga de pressão, ou seja, ocorre um aumento na espessura (diminuição do lumen).. Os pacientes com HAS são os mais comuns de possuírem essa patologia. ê É quando a uma sobrecarga nos volumes sanguíneos. Geralmente ocorre nas insuficiências valvares, obesidade e em parte dos indivíduos com hipertensão arterial, particularmente os obesos. Figura: Representação esquemática dos padrões de hipertrofia miocárdica do ventrículo esquerdo. Valores da PA Complicações da HAS Devido a diversos fatores que podem influenciar no surgimento da HAS, que podem levar a uma hipertrofia cardíaca, porém a meios de trata-la para evita-las. O diabetes pode causar instalação de um quadro de hipertensão, já que a resistência à insulina dificulta o acesso das células à glicose circulante. Isso deixa o sangue com níveis maiores de açúcar, o que contribui para o enrijecimento das artérias e o aumento da pressão. Considerando-se que todo diabético apresenta alto risco CV, o tratamento inicial inclui a associação de dois ou mais fármacos de classes diferentes. í ó Níveis elevados sujeitam o indivíduo à secreção de substâncias vasoativas com exacerbação do processo de formação de placas de ateroma, que culminam em aterosclerose. Na presença de disglicemia, os medicamentos preferenciais para início de tratamento da HA na SM são os bloqueadores do SRAA e os BCC. ç ô A insuficiência renal pode causar hipertensão devido à retenção excessiva de sal e líquidos, ou liberando um hormônio produzido no rim, a renina. A hipertensão pode lesar os rins porque torna os vasos sanguíneos desses órgãos mais espessados e rígidos. Com isso há uma redução da irrigação sanguínea tornando a função renal ineficiente. ê í A elevação da pressão arterial sistólica isolada ou da diastólica aumenta a incidência de quadros de insuficiência cardíaca. O aumento da pós-carga induz à hipertrofia ventricular, à disfunção ventricular e à insuficiência cardíaca associado com doença isquêmica é responsabilizada, como a principal causa da falência cardíaca. A hipertensão arterial sistêmica é um fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, que se manifestam, predominantemente, por acometimento isquêmico cardíaco, cerebral, vascular periférico e renal. Referência Remodelação Cardíaca: Conceitos, Impacto Clínico, Mecanismos Fisiopatológicos e Tratamento Farmacológico - Sanar Medicina. Disponível em: <https://www.sanarmed.com/artigos- cientificos/remodelacao-cardiaca-conceitos-impacto-clinico- Quando temos uma sobrecarga de pressão (hipertensão arterial) os miocardiócitos são submetidos a um maior trabalho, logo, irão se hipertrofiar na tentativa de manter o fluxo necessário. Em consequência disso a parede irá se espessar ocorrendo uma hipertrofia. mecanismos-fisiopatologicos-e-tratamento-farmacologico>. Acesso em: 14 fev. 2022. RICARDO, M.; PONTES, N.; LEÃES, P. Artigo SOCIEDADE SOCIEDADE SOCIEDADE SOCIEDADE SOCIEDADE REVISTA da de CARDIOLOGIA do de CARDIOLOGIA do de CARDIOLOGIA do de CARDIOLOGIA do de CARDIOLOGIA do RIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL Remodelamento Ventricular: dos Mecanismos Moleculares e Celulares ao Tratamento. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://sociedades.cardiol.br/sbc- rs/revista/2004/03/artigo11.pdf>. NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. 9788527737876. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 14 fev. 2022. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 7a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Volume 107, no 3, Supl. 3, Setembro 2016.
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