Prévia do material em texto
dos tetos com solução de hipoclorito de sódio a 1%; pós dipping: solução de iodo glicerinado, higienização dos equipamentos utilizados na ordenha); tratamento dos casos clínicos; descarte de animais crônicos; manutenção de um ambiente apropriado para bovinocultura leiteira; vacinas. Revisão de Microbiologia Veterinária I - 2ª prova ⇢ Staphylococcus: Características gerais: cocos Gram-positivos; catalase positivos; imóveis; anaeróbios facultativos; não formadores de endósporos; têm como habitat: pele, mucosas, trato respiratório e digestivo de animais e humanos; resistentes a dessecação; colônias brancas, cinzas, opacas ou douradas; Principais fatores de virulência: biofilme, enzimas, toxinas, mecanismos de resistência antibiótica. Causador da epidermite exudativa: dermatite seborreica generalizada ou localizada que atinge principalmente leitões nas primeiras semanas de vida; S. hyicus não é invasivo e precisa de lesões na pele (marcação dos leitões, castração, corte de cauda, brigas); Multiplica-se na pele e pode alcançar todo o organismo, principalmente fígado, rins, articulações, sistema nervoso e pele); A forma crônica apresenta-se como localizada; sintomatologia: pequenas áreas da pele circunscritas, recobertas por crostas escamosas localizadas principalmente na região dorsal e lateral do corpo; A forma aguda apresenta-se como generalizada, causando sintomas como febre, apatia, perda de peso, vesículas que se rompem e liberam líquidos (formando crostas marrons, de modo que o corpo dos leitões se cobre de um exsudato gorduroso e mal cheiroso); Diagnóstico: sinais clínicos; swab das lesões; anamnese; histórico clínica; Tratamento/profilaxia: penicilinas; antissépticos; higiene nas instalações. ⇝ Staphylococcus aureus: Principal enfermidade: mastite, que é uma infecção da glândula mamária causada por microrganismos (principalmente bactérias) ou traumas, que provocam alterações físico- químicas no leite, com possível perda do teto ou morte do animal; a mastite pode ser classificada como contagiosa [microrganismos da flora do úbere (S. aureus e Streptococcus agalactiae)] ou ambiental [microrganismos do ambiente (E.coli, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae)]; A mastite clínica se caracteriza pela presença de sinais clínicos como edema, hipertermia (calor), grumos, pus, alterações no leite; na mastite subclínica, por sua vez, não são observados sinais clínicos clássicos (é a forma mais prevalente); O diagnóstico para a forma clínica pode ser fechado a partir de sinais clínicos e do teste caneca de fundo preto), enquanto o diagnóstico para a forma subclínica pode ser fechado a partir de alguns testes (california mastitis test, wisconsin mastitis test, contagem das células somáticas); Prevenção: correto manejo de ordenha (lavar teto com água limpa, pré dipping: desinfecção ⇝ Staphylococcus hyicus: ⇢ Streptococcus/Enterococcus: Características gerais: cocos Gram-positivos; imóveis (exceção de alguns Enterococcus); não esporulados; em meios sólidos, formam cadeias curtas ou pares, e em meios de caldos, formam cadeias longas ou agrupadas; sensíveis a dessecação; importantes saprófitos do leite e produtos lácteos; anaeróbios facultativos; catalase negativos; fermentadores de açúcar (ácido lático principal produto); fastidiosos (preferem meios enriquecidos); Microorganismos entéricos de animais e humanos; Patógenos oportunistas de feridas, mastite em bovinos, infecções urinárias e otológicas em cães; Toleram sais biliares e crescem em ágar MacConkey. Streptococcus: pele, mucosa, trato respiratório superior, urogenital inferior (comensais); Enterococcus: oportunistas, trato intestinal de animais e humanos; S. pneumoniae: capnofílico; Crescem em 37 ̊C; Enterococcus: 10 - 45 ̊C em ágar MacConkey; Fatores de virulência: proteínas de superfície; enzimas e toxinas; algumas sp possuem cápsula (S. suis, S. equi); Identificação: padrão hemolítico; grupamento de Lancefield; provas bioquímicas. maduros; Profilaxia: isolamento de animais doentes; endoscopia das bolsas guturais; vacinas comerciais (50% de proteção). ⇝ Streptococcus equi subp. equi: ⇢ Enterobactérias: ⇝ Streptococcus suis: ⇝ Enterococcus sp.: Características gerais: bacilos Gram negativos; catalase positivos; não esporulados; anaeróbios facultativos; móveis (flagelo peritríquio) ou imóveis; capsulados ou não; reduzem nitrito a nitratos; oxidase negativos; todos os gêneros fermentam glicose, com produção de ácido (com ou sem gás); Lactose positivos: E.coli, Enterobacter sp., Klebsiella sp., Citrobacter sp.; Causador do garrotilho ou adenite equina, estreptococcia equina ou coriza contagiosa; Infecção do trato respiratório superior com linfadenite; Rinofaringite equina contagiosa que acomete predominantemente equinos com menos de dois anos; S equi: grupo C de Lancefield; possui uma cápsula de ácido hialurônico; Sinais clínicos do garrotilho: descarga nasal bilateral abundante com tosse e espirros; linfonodos submandibulares e retrofaríngeos edemaciados quentes e doloridos podendo apresentar fístulas; O garrotilho têm baixa letalidade, mas pode levar a complicações como: garrotilho bastardo, púrpura hemorrágica, empiema das bolsas guturais.; Garrotilho bastardo: disseminação da bactéria para outros linfonodos do organismo; a ruptura leva a uma infecção generalizada e morte; Púrpura hemorrágica: vasculite aguda devido à precipitação de imunocomplexos nos capilares; Empiema das bolsas guturais: infecção dessas bolsas que pode levar à aspiração de pus e formação de condróides A transmissão pode ser direta (animais sadios e doentes) ou indireta (tratadores, fômites infectados, potro com descargas nasais contamina a glândula mamária da mãe); Diagnóstico: achados epidemiológicos; anatomopatológicos; isolamento da bactéria; Tratamento: penicilina; drenagem de abcessos Alfa hemolítico; grupos de Lancefield: D,R,S,T; Habitat: tonsilas, cavidade nasal, trato genital e alimentar de suínos sadios e acometidos das infecções clínicas; Pode ser associado com meningite, septicemia, artrite, broncopneumonia; Surtos podem ser associados com desmame de portadores sadios e fatores estressantes, como superlotação, criação intensiva, infecções virais; Sinais clínicos: inapetência, depressão, manqueira, meningite; Casos superagudos: porcos mortos sem sinais premonitórios; Tratamento, controle e prevenção: reconhecimento dos sinais clínicos e rápida terapia antibiótica; higiene e manejo adequado; terapias profiláticas em porcas antes do parto e suínos lactantes e desmamados. oxidase negativos; não fermentam lactose; patógeno intracelular facultativo; temperatura ótima de 37 ̊C, mas podem crescer a 43 ̊C graus Celsius; isolamento pode requerer enriquecimento seletivo; S. Typhi: febre tifóide em seres humanos; Epidemiologia: cosmopolita; ampla variedade de hospedeiros, cometendo mamíferos, aves e reptéis (que excretam esses bacilos nas fezes); presença de portadores assintomáticos; surtos clínicos estão relacionados com imunossupressão e estresse; Transmissão: oral fecal, transplacentária, conjuntival, umbilical, cutânea e ocasionalmente respiratória; Fatores predisponentes: falta de higiene, superlotação, estresse, temperaturas extremas, etc.; Podem se apresentar nos animais como: enterites, septicemia, portador assintomático; Salmonelose em bovinos: S. Typhimurium, S. Dublin e S. Newport; em suínos: S.Cholerasuis e S. Typhimurium; em equídeos: S. Typhimurium, S. Anatum; em cães e gatos: raras, mas S. Typhimurium e S. Enteriditis são os espécimes mais relatados; em aves: qualquer Salmonella móvel, mas principalmente S. Typhimurium e S. Enteriditis; Patogenias em aves: purulose, tifo aviário e arizoonose aviária Diagnóstico: sinais clínicos + cultura bacteriana. Isolamento em ágar MacConkey. PCR e sonda de DNA; Tratamento: antibioticoterapia (Resistência: estreptomicina, espectionomicina e sulfametoxazol); reposição de fluidos e eletrólitos; Controle: higiene, evitar superlotações, ofertar água de qualidadeaos animais, animais infectados devem ser isolados, minimizar fatores estressantes, descarte cuidadoso das carcaças, etc. Fermenta lactose com gás (90% das cepas); Importante distinguir comensais e patogênicas; Podem causar doenças intestinais e não entéricas (trato respiratório das aves, infecções urinárias) e podem causar bacteremias ou septicemias; Verde metálica em ágar Teague; Cor de rosa em ágar MacConkey; Fatores de virulência: cápsula produzida por algumas linhagens; endotoxinas; fímbrias; enterotoxinas (termolábeis e termoestáveis); verotoxina ou toxina Shiga-like; Patotipos de E. coli: ETEC (enterotoxigênica que produz enterotoxinas); EPEC (enteropatogênica que provoca destruição de microvilosidades); STEC/EHEC (produtora de toxina Shiga- like/enterohemorrágica); Nos suínos, causa a doença do edema (+ importantes: O138, O139; O 141); Pode causar enterocolite hemorrágica em bezerros. Inclusive, o gado bovino é o principal reservatório de EHEC; Doença do edema: 7-15 dias pós desmame; transmissão: aérea, oral, nasal, fecal-oral, vertical, ambiental; fator genético e alteração na flora intestinal; sinais: edema do tecido subcutâneo, submucosas, dispneia, anorexia, fibrina no peritônio, corrimento seroso nas comissuras labiais, morte hiper aguda. Lactose negativos: Salmonella sp., Shigella sp., Serratia sp., Proteus sp., Providencia sp., Morganella sp.; Infecção pode se dar via oral ou via fômites; Tipo de infecção pode ser entérica ou extra intestinais (urinária, pneumonia, abcessos, mastites); Podem apresentar 4 grupos de antígenos: O (somático) H (flagelar) K ou Vi (capsular) e F (fimbrial). ⇝ E. coli: ⇢ Pseudomonas: ⇝ Salmonella sp.: Bacilos Gram negativos; geralmente móveis (exceção S.Pullorum e S. Gallinarum); anaeróbios facultativos; não capsulados (exceção: S. Typhi; S. Paratyphi C e S. Dublin); catalase positivos; Características gerais: bacilos Gram-negativos não fermentadores de carboidratos; não esporulados; móveis (com exceção da Burkholderia mallei); aeróbios obrigatórios (na presença de NO3, podem crescer em meio anaeróbio); oxidase e catalase positivos; suportam temperaturas variáveis (4 - 42 ̊C); -ctante pulmonar, o que leva ao colapso dos alvéolos – colabamento alveolar); proteases; Fazem parte da microbiota normal de animais sadios (pele, mucosas e intestino); Podem causar otites, ceratites (inflamação da córnea), dermatites, mastites, pneumonias e outras infecções respiratórias, cistite e podem apodrecer a lã de ovelhas; Podem infectar bovinos, ovinos, equinos, suínos, caninos, felinos, chinchilas, répteis e outras sp.; Poucas opções de antimicrobianos eficazes (gentamicina, tetraciclina ou tobramicina + carbenicilina podem ser opções terapêuticas). Características gerais: bacilos Gram-negativos não fermentadores; não esporulados; não capsulados imóveis; oxidase e catalase positivos; aeróbios obrigatórios; intracelulares facultativos; pouco resistentes à dessecação, ao calor e a desinfetantes químicos; Crescem em meios com glicerol e sangue, sendo, portanto, mais fastidiosos; Não produzem pigmentos; Reduzem nitrato; Causador do mormo, patologia caracterizada por acometer equinos, asininos e muares (a notificação do mormo é obrigatória, posto que se trata de uma zoonose com alto índice de mortes e difícil tratamento); Eventualmente, essa espécie pode contaminar humanos, felinos, caninos, caprinos e ovinos; aves, suínos e bovinos são naturalmente resistentes ao mormo; O mormo também é chamado de catarro-de-burro, e causa o aparecimento de nódulos e ulcerações na pele e/ou no trato respiratório; a doença pode se apresentar como hiperaguda (comum de asininos e muares), aguda (comum de asininos e muares) ou crônica (equinos); Sintomatologia da infecção aguda: febre alta, depressão, dispneia (falta de ar), diarreia, descarga nasal com muco e sangue, linfadenopatia regional (aumento palpável dos linfonodos regionais), óbito em até duas semanas; Sintomatologia da infecção crônica: sinais nasais, pulmonares e/ou cutâneos; A maioria cresce no meio MacConkey; também podem ser cultivados em outros meios comuns, como Mueller-Hinton, ágar Nutriente e ágar sangue; Podem produzir biofilme (exopolissacarídeo formado por um agregado de células de micro- organismos que forma uma película extracelular que protege a colônia); Algumas espécies são produtoras de pigmentos solúveis, que, in vivo, auxiliam o micróbio a escapar do sistema imune; P. putida e P. fluorescens são espécimes que podem infectar peixes; São micróbios cosmopolitas e ambientais, e configuram o protótipo do patógeno oportunista, ou seja, normalmente causam doenças apenas em animais imunocomprometidos; Algumas espécies colonizam a pele, as fezes e as membranas mucosas. ⇝ Pseudomonas aeruginosa: São pouco resistentes à dessecação e a baixas temperaturas; Cloro na água é bactericida para essa espécie; Determinados fatores são predisponentes na patogenicidade dessa espécie, como condições de manejo inadequadas, traumas, uso de antimicrobianos, estresse, entre outros; Tratar de maneira antecipada cortes e abrasões, utilizar materiais estéreis e ter controle de qualidade sobre a água são exemplos de profilaxia contra essa espécie; Possuem um conjunto de fatores de virulência. Algumas cepas possuem cápsulas, fímbrias e outras adesinas, além de produzirem sideróforos (compostos que atuam na captação de ferro); Produzem diversas toxinas e enzimas que lesionam e invadem o tecido, como a elastase, que degrada a elastina (proteína responsável pela elasticidade dos alvéolos); com a degradação dessa proteína, os alvéolos tendem a perder a sua capacidade de expansão; Outras enzimas/toxinas são: exoenzima S e exoenzima U (tóxicas para macrófagos e neutrófilos); exotoxina A (interfere na síntese proteica, causando a morte da célula); fosfolipase C e ramnolipídeo (destroem o surfa- ⇝ Burkholderia mallei: Causa a melioidose, também conhecida como doença de Whitmore; Bastante distribuída no sudeste da Ásia e no norte da Austrália; É uma espécie saprófita, podendo ser encontrada na água e no solo lamacento; Diferentemente da B. mallei, é móvel e com flagelos polares; Cresce em ágar MacConkey, a 42 ̊C; Intracelulares facultativos e possuem odor bolorento; Pode sobreviver por anos em solos úmidos e em condições laboratoriais; Pode acometer ovinos, caprinos, equinos, suínos, bovinos, caninos, felinos e humanos; Pode causar nódulos, abcessos e/ou úlceras na pele; também pode estar associada a abortos, artrites, diarreias e distúrbios respiratórios; A transmissão costuma ocorrer a partir do contato com água e solo contaminados; O diagnóstico pode ser realizado por meio de testes sanguíneos, fixação do complemento e a partir de testes de hemaglutinação. Características gerais: bactérias Gram-positivas; morfologia de bastonetes variados; esfregaços comumente têm formato de "escrita chinesa" ou apresentam células em paralelo; não são esporuladas; não são álcool-ácido-resistentes (apesar de serem resistentes, não possuem coloração características dos micróbios álcool- resistentes); catalase positivos; oxidase negativos; comumente anaeróbios facultativos; imóveis; possuem ácidos micólicos na parede celular; são fastidiosos, requerendo meios acrescidos de soro ou sangue; Micróbios distribuídos em vários ambientes; Algumas espécies compõem a microbiota de humanos e de animais, enquanto outras espécies são patógenos oportunistas; Corynebacterium bovis: matites subclínicas; C. pseudotuberculosis: linfadenite caseosa; C. diphtheriae: difteria em humanos; Animais doentes e reservatórios eliminam micróbios por meio de lesões e descargas nasais; A contaminação pode ser diversa; via fômites contaminados, via digestiva, via respiratória e via cutânea; Dietas inadequadas, falta de higiene, treinamento excessivo, aglomeração de animais, entre outros, são alguns dos fatores que predispõem o desenvolvimento e a disseminação do mormo; Teste padrão ouro: Western Blotting (WB); método de biologia molecular/bioquímica que detecta proteínas específicase que permite a confirmação do mormo; Outros testes sorológicos, como ELISA e fixação do complemento, podem servir como triagem; aspectos clínico-epidemiológicos e anatomopatológicos e a identificação microbiológica podem ser empregados também no diagnóstico; Teste intradermo-palpebral de maleína pode ser empregado em equinos com menos de seis meses de idade e com sintomatologia correspondente ao mormo; Desinfectar as instalações, evitar adquirir animais de fontes duvidosas ou de áreas endêmicas, fazer quarentena com os animais recém-adquiridos, oferecer ambiente/dieta adequados, evitar a aglomeração de animais e eutanasiar animais contaminados são métodos eficientes para o controle e para a profilaxia do mormo; Após eutanásia, deve-se incinerar as carcaças contaminadas; Em humanos, cerca de 50% dos casos são fatais; a contaminação, em humanos, pode se dar via inalatória ou por contato com fômites/secreções contaminadas; O garrotilho, diferentemente do mormo, não tem como sintomatologia o surgimento de úlceras. Além disso, o garrotilho imuniza, e animais contaminados não precisam ser eutanasiados. ⇝ Burkholderia pseudomallei: ⇢ Corynebacterium: ⇝ Corynebacterium pseudotuberculosis: -ais, causando hemólise, aumentando a permeabilidade dos vasos (sanguíneos e linfáticos), destruindo fosfolipídios das membranas celulares, além de possuírem ação necrosante; Esses micróbios possuem a capacidade de sobreviver dentro de neutrófilos e macrófagos após fagocitose. Além disso, induzem a formação de abcessos encapsulados nos linfonodos/órgãos, com área central necrosada e com aparência laminar semelhante a uma cebola; a localização desses abcessos depende do local por onde o micróbio adentrou no organismo, porém, o mais comum é que a maioria das lesões ocorram nas regiões da cabeça e do pescoço; “Síndrome da ovelha magra” é quando ocorre a infecção generalizada por essa espécie, de maneira que o ovino pode apresentar abcessos nos pulmões, nos rins, no fígado e em outros órgãos. Isso tende a causar perda de peso crônica, subfertilidade, queda na produção, entre outras consequências; O diagnóstico pode ser feito por meio de testes sorológicos, como ELISA e IHS (Inibição da hemólise sinérgica; teste utilizado para a detecção de anticorpos). Além disso, os abcessos internos podem ser observados por meio de exames de imagem. A presença de abcessos pode ser correlacionada às altas dosagens de anticorpos, para auxílio no diagnóstico; Como o micróbio permanece dentro do abcesso, não há tantas terapias eficientes. Dependendo do caso, alguns antimicrobianos podem ser eficazes, mas ainda é necessário que eles sejam administrados por um longo período; A drenagem ou a extirpação dos abcessos pode ser efetiva em alguns casos; em outras situações, o animal deve ser abatido, e a carcaça deve ser descartada parcial ou totalmente, a depender da situação; O isolamento e o tratamento de animais lesionados, junto ao descarte de animais positivos e a incineração do material caseoso, são ações profiláticas; impedir a amamentação de fêmeas positivas, desinfectar as instalações e não utilizar fômites contaminados também são excelentes métodos de profilaxia; Existe vacina, que impede a infeção de animais sadios. Ovinos jovens devem ser vacinados com três meses de idade e receber dose de reforço após São imóveis, não esporuladas e não capsulados; Parede celular rica em lipídeos, que dificultam a fagocitose e a digestão por enzimas do hospedeiro. Os lipídeos também conferem, ao micróbio, variabilidade ambiental e citotoxicidade; Morfologia de bastonete curto, semelhante a cocos; Intracelulares facultativos de macrófagos; Crescem à temperatura de 37°C e pH neutro (7); Apresentam-se como beta-hemolíticos após 48- 72 horas; Colônias brancas e pequenas; Fermentam diversos açúcares, mas não produzem gases; Uma das principais patologias associada a essa espécie é a linfadenite caseosa, conhecida popularmente como "mal do caroço" ou “falsa tuberculose”, sendo característica de caprinos e ovinos; Em equinos, causa a linfangite ulcerativa (infecção dos vasos linfáticos), também conhecida como "garrotilho das terras secas"; Causa abcessos cutâneos em bovinos; Essa espécie, caso lisogenisada (infectado por um vírus bacteriófago), pode produzir toxina diftérica; Essa espécie possui dois biotipos: ovis (nitrato negativo; infecta pequenos ruminantes) e equi (nitrato positivo; infecta equinos). Bovinos podem ser infectados pelos dois biotipos; Micróbios resistentes à dessecação, e podem permanecer vivos no solo, nas instalações, na carne congelada e na pele por meses; Reduz a produção de carne e de leite em ruminantes, retarda o desenvolvimento dos animais, deprecia a lã e a pele dos animais infectados; além disso, pode ocorrer a morte ou pode ser necessário o descarte do animal, em casos de disseminação sistêmica do micróbio; A principal fonte de infecção é o conteúdo dos abcessos, que pode contaminar a água, o solo e outros animais; A contaminação dos animais pode ocorrer via digestiva, via inalatória ou por meio de traumas na pele; Produz a exotoxina fosfolipase D, uma glicoproteína que age sobre as células endoteli- 4 meses; ovinos adultos devem receber reforço anual; Humanos que entram em contato com animais infectados podem desenvolver linfadenite subaguda ou crônica. ⇝ C. renale; C. pilosum; C. cistitidis: Essas espécies microbianas comumente acometem fêmeas bovinas, podendo causar cistites, uretrites, pielonefrites, entre outras inflamações; Podem ser isolados da vulva, da vagina e do prepúcio de bovinos sadios; Estresse da prenhez e do parto, dieta proteica e utilização de instrumentos contaminados são fatores que predispõem a proliferação dessas sp.; Possui fatores de virulência como pili e urease; Presença de sangue e pus na urina, cólicas, diarreia, anemia, anorexia, febre e desconforto ao urinar são alguns dos sinais clínicos; A bexiga e os ureteres se tornam mais espessos com o avançar da doença, e os rins podem desenvolver pequenos abcessos múltiplos; Histórico de hematúria e exames de imagem com indicativos clínicos podem ser utilizados para o diagnóstico, assim como exame microscópico da urina para a detecção de leucócitos e bactérias; Isolar e tratar animais contaminados, higienizar as instalações, utilizar apenas instrumentos esterilizados e dar preferência à inseminação artificial são ações profiláticas que podem ser adotadas; C. renale é uma espécie sensível à penicilina, à eritromicina, à polimixina B e à canamicina. Autoria: Erika Gadelha e Raíssa Gomes.