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Aula 6 - Estudos de Caso Controle

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MFC Maria Luiza Lima – T24 
Estudos de Caso Controle 
INTRODUÇÃO 
 O PONTO DE PARTIDA É A VARIAVEL 
DEPENDENTE (desfecho). 
 Indivíduos que possuem a doença e os que não 
possuem  em AMBOS investiga-se a 
presença da variável independente (exposição). 
ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DO ESTUDO 
1. SELEÇÃO DO GRUPO DE CASOS (DOENTES): 
 Indivíduos com a doença. 
 Casos novos são vantajosos por permitirem 
maior homogeneidade e questionamento 
detalhado sobre a exposição (tem contato 
pessoal com o participante). 
 Se a doença for condição rara, a decisão de 
incluir apenas casos novos pode alongar 
demais o tempo de investigação (inviável). 
 Casos antigos são desvantajosos pois as 
informações registradas sobre a exposição à 
variável de interesse podem apresentar 
deficiências (na qualidade). 
 Se a doença for condição rara, é uma boa 
opção por fornecer a possibilidade de 
seleção de casos em números adequados. 
2. SELEÇÃO DE GRUPO DE CONTROLES (SEM A 
DOENÇA): 
 Fornece a um grupo de comparação com 
indivíduos sem a doença, para que neles possa 
ser medida a proporção de exposição à variável 
suspeita. 
 Problema: a margem de incerteza quanto à 
ausência da doença entre os indivíduos 
selecionados como controles. 
 Tornar casos e controles semelhantes quando 
as características gerais têm como objetivo: 
neutralizar os possíveis efeitos das variáveis 
geradoras de confusão, capazes de inferir nos 
resultados finais do estudo. 
 Uma das maneiras é forçar a 
homogeneidade entre casos e controle 
(pareamento ou matching). 
 Pareamento individual  para cada caso, é 
escolhido um controle igual (qualitativo) ou 
semelhante (quantitativo). Estas variáveis não 
poderão ser objeto de investigação quanto 
a uma eventual associação com a doença, 
uma vez que os grupos de casos e de 
controles serão homogêneos em relações a 
elas. A razão de pareamento (número de 
controles definidos para cada caso) é, no 
máximo 4:1. 
3. OBTENÇÃO DAS INFORMÇÕES REFERENTES 
À EXPOSIÇÃO: 
 A fonte mais confiável seria o participante. 
Contudo, nem sempre este relata a veracidade 
dos fatos. Desse modo, há ‘’viés’’ de respostas 
falsas em virtude de sonegação de informação, 
lembrança de quando ocorreu, entre outros. 
Para isso, é necessário que os registros dos 
serviços de saúde retratem anamneses 
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suficientemente detalhados sobre os hábitos de 
vida do paciente. 
 Uma das maneiras de evitar viés é o treinamento 
intenso e padronizado dos entrevistados, usar o 
mesmo entrevistador para os dois grupos ou 
atribuir aos diferentes entrevistadores números 
iguais de casos e controle. 
 A utilização de informações já registradas em 
épocas anteriores, previamente ao 
aparecimento da doença entre os casos, seria 
uma maneira prática de lidar com essa questão 
e contornar a introdução de um possível viés. 
4. ANÁLISE: 
 Comparação das proporções de expostos ao 
fator causal suspeito entre casos e controles. 
 Não é possível calcular coeficientes de incidência 
(doentes e não doentes). 
 Não há possibilidade de comparar riscos 
diferentes e calcular o risco relativo (RR possui 
incidência). 
 Odds Ratio (OR): probabilidade de ocorrência de 
um fenômeno / probabilidade da sua não 
ocorrência. 
 Medida indireta que pode ser calculada todas 
as vezes que a doença se apresenta como 
um evento raro. 
 Expressa o quanto a exposição eleva o risco 
de aparecimento da doença (OR = 2: risco 
2 vezes maior de a doença aparecer entre 
os expostos ao fator causal suspeito). 
 Necessidade dos participantes serem 
representativos do conjunto da população da 
qual se originam, em termos de história de 
exposição à variável independente. 
 Indivíduos casos, quando comparados ao 
conjunto de indivíduos com a mesma 
doença na população, devem ter exposição 
semelhante ao fator de risco em estudo. 
 Indivíduos controle, em termos de 
exposição, devem representar os indivíduos 
da população que não apresentam a doença 
objeto da investigação. 
VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 VANTAGENS: Rapidez, baixo custo, grande 
utilidade para doenças rara, constitui abordagem 
inicial ideal para testar associação de uma doença 
com múltiplas variáveis intendentes. 
 DESVANTAGENS: possibilidade de vieses de 
diferentes tipos, não fornecimento de medidas 
diretas de risco, dificuldade ou impossibilidade de 
determinação de uma relação temporal clara 
entre fator suspeito com a doença, dificuldade 
de conhecer com a precisão a 
representatividade dos casos e controles 
selecionados para o estudo. 
OBSERVAÇÕES 
 Para avaliar fator de proteção: usa Ensaio Clínico 
Randomizado (seleciona uma amostra, divide 
aleatoriamente em dois grupos). Ensaio clinico é 
a mesma coisa que estudo experimental 
(separa-se dois grupos e cada ser exposto a 
uma droga, por exemplo). 
 Caso-Controle: quem tem e quem não tem 
câncer de pâncreas e observa no passado, 
quantos tinham diabetes. 
 Coorte Retrospectivo: quem, aos 20 anos, tinha 
e quem não tinha diabetes e observa nos dois 
grupos hoje, com 70 anos, quem tem e quem 
não tem câncer de pâncreas. 
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 INSTANTÂNEOS SOBRE PREVALÊNCIA DE 
AGRAVOS  TRANSVERSAL (estudos de 
prevalência). 
 PRODUÇÃO DE MEDIDAS DE INCIDÊNCIA E DE 
FATORES DE RISCO  COORTE. 
 ASSOCIAÇÕES ETIOLÓGICAS EM AGRAVOS 
DE BAIXA INCIDÊNCIA  CASO-CONTROLE. 
 AVALIA INTERVENÇÕS TERAPÊUTICAS E 
PREVENTIVAS (variável independente profilática 
ou terapêutica)  ENSAIO CLÍNICO.

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