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MFC Maria Luiza Lima – T24 Estudos Transversais INTRODUÇÃO Conhecidos como estudos seccionais, de prevalência ou de corte transversal. Constituem uma fronteira entre analíticos e descritivos, sendo classificados ora como um, ora como outro. A seleção dos participantes é feita a partir da população ou de uma amostra, sem que o investigador saiba, a priori, quem são os doentes, os sadios, os expostos e os não expostos . Selecionada a população (n), o investigador mede simultaneamente a presença ou ausência tanto da doença como da exposição. Exemplo: investigação que estuda a distribuição da infecção pelo vírus da hepatite B e de fatores de risco para essa infecção em determinada cidade. Investigador aplicará um questionário, incluindo práticas que são relacionadas à hepatite B, como o uso de drogas. Estudos transversais não são considerados analíticos uma vez que, em grande parte dos casos, não é possível saber com exatidão se a exposição precede a doença o resulta ela, já que a amostra equivale a uma fotografia da população, refletindo o que acontece no instante da realização do estudo Mostrar a situação como um instantâneo, a metodologia transversal impossibilita a definição de qual variável ocorre primeiro, tornando-se difícil testar uma hipótese de causalidade entre uma exposição e uma doença. Um estudo só pode ser considerado verdadeiramente analítico nas situações em que a exposição (variável independente) é constante ao longo do tempo, havendo, assim, a certeza de que ela antecedeu a doença (variável dependente). Essas situações ocorrem quando a exposição é de natureza genética, presente desde o início da vida do indivíduo. Uma limitação metodológica dos estudos transversais, por estudar casos prevalentes e não incidentes, é a possibilidade de refletir não apenas etiologia, mas também a sobrevivência. Metodologia transversal é utilizada na área médico-sanitária, por permitirem verificar existência de associações e, consequentemente, funcionam como excelentes geradores de MFC Maria Luiza Lima – T24 hipóteses, além de permitirem o conhecimento da distribuição de um grande número de eventos e situações em uma comunidade. Soma-se a isso sua grande facilidade operacional, normalmente associada à rapidez de execução e custos reduzidos. Estudos transversais podem ser realizados de modo sequencial, em diferentes momentos em uma mesma população. Isso permite evidenciar tendências de doença, bem como avaliar a eficácia de programas específicos de controle. Um estudo transversal permite, inicialmente, a determinação da prevalência da doença na população estudada, fornecida pela expressão: A metodologia transversal parte de indivíduos sobre os quais, a priori, não se tem informação sobre a presença da exposição e da doença, medindo-se ambas simultaneamente. Por não partir de expostos e não expostos e neles observar-se o aparecimento de casos novos da doença, não há possibilidade de calcular coeficientes de incidência. Assim, os indivíduos que, em um estudo transversal, são diagnosticados como portadores da doença objeto de investigação, representam casos prevalentes. RAZÃO DE PREVALÊNCIA: expressa somente quantas vezes mais os expostos adoecem, quando comparados aos não expostos. A razão só pode ser interpretada em conjunto com seu intervalo de confiança.
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