Buscar

Resumo - Circulação sanguínea cerebral e Acidentes vasculares encefálicos

Prévia do material em texto

Circulação sanguínea cerebral e 
Acidentes vasculares encefálicos 
 
 O fluxo sanguíneo é de extrema importância 
para o nosso cérebro. O sangue que chega 
até ele e aos demais órgãos do corpo 
transporta oxigênio e nutrientes que são 
fundamentais para o bom funcionamento do 
organismo. Essa vascularização cerebral é 
muito elevada, sendo superada apenas pela 
do rim e do coração. Calcula-se que em 
cerca de um minuto circula pelo encéfalo 
uma quantidade de sangue 
aproximadamente igual ao seu próprio peso. 
 
 A alta taxa metabólica do encéfalo exige um 
suprimento contínuo de oxigênio e glicose. 
Quedas na concentração dessas substâncias 
no sangue circulante ou, por outro lado, a 
interrupção do fluxo sanguíneo ao encéfalo 
não é tolerada nem por um período muito 
curto e um dano permanente será 
provocado. 
 
 O fluxo sanguíneo cerebral é diretamente 
proporcional à diferença de pressão arterial e 
venosa. Há uma mínima variação da pressão 
venosa no encéfalo, de modo que a 
variação de pressão arterial é a maior 
responsável pelas alterações no fluxo. 
Vascularização arterial 
 Os pares de artérias especializadas pela 
vascularização encefálica são as artérias 
vertebrais (sistema Vértebro-basilar) e as 
artérias carótidas internas (Carotídeo). Estas 
artérias se conectam, formando um anel, o 
Polígono de Willis, que se encontra na base do 
cérebro. 
 
 O Sistema Vértebro-basilar supre a parte 
posterior e o lobo occipital do cérebro. Os 
vasos do circuito posterior incluem: As artérias 
vertebrais, a artéria basilar e seus ramos, as 
artérias cerebrais posteriores e as artérias 
comunicantes posteriores. 
 
 
 O Sistema Carotídeo interno, por sua vez, 
envolve todas as artérias que se originam das 
artérias carótidas internas. É responsável pelo 
suprimento de sangue das partes anterior e 
média do cérebro. As artérias deste circuito 
anterior são: As artérias carótidas internas, as 
artérias cerebrais anteriores, a artéria 
comunicante anterior e as artérias cerebrais 
médias. 
 
 Em síntese, as artérias vertebrais convergem 
próximo à base da ponte para formar a 
artéria basilar que é única. Ela se divide em 
duas artérias cerebrais posteriores que irrigam 
a parte posterior da face inferior de cada um 
dos hemisférios cerebrais. A artéria cerebral 
posterior envia ramos, chamados artérias 
comunicantes superiores, que se conectam 
com as carótidas internas. Assim, as artérias 
carótidas internas originam, em cada lado, 
uma artéria cerebral média e uma artéria 
cerebral anterior. As artérias cerebrais 
anteriores em cada lado estão conectadas 
pela artéria comunicante anterior e as artérias 
cerebrais posteriores se comunicam com as 
arteriais carótidas internas através das artérias 
comunicantes posteriores. 
Vascularização venosa 
 Já no que se refere à vascularização venosa 
do encéfalo, a drenagem venosa é realizada 
pelas veias cerebrais superficiais e veias 
cerebrais profundas para os seios da dura-
máter, de onde o sangue converge para as 
veias jugulares internas, que recebem 
praticamente todo o sangue venoso 
encefálico. 
 
 O Sistema Venoso Superficial drena 
principalmente o córtex e a substância 
branca subjacente. É formado por pequenos 
ramos venosos que se anastomosam para 
formar veias de maior calibre (veias 
superficiais superiores e inferiores) e que 
desembocam nos seios da dura-máter. 
By: Ewylle Farias 
 Por outro lado, o Sistema Venoso Profundo 
drena o sangue de regiões situadas mais 
profundamente no cérebro, tais como: 
tálamo, hipotálamo, corpo estriado, cápsula 
interna, diencéfalo e grande parte do centro 
branco medular do cérebro. A veia mais 
importante deste sistema é a veia cerebral 
magna, também conhecida como veia de 
Galeno, para a qual concentra todo o 
sangue do sistema venoso profundo do 
cérebro. 
 
 Nesse sentido, quando, por algum motivo, o 
fluxo sanguíneo cerebral é interrompido, 
podemos ter problemas sérios como doenças 
cerebrovasculares, a exemplo dos acidentes 
vasculares encefálicos (AVEs). 
Acidentes vasculares encefálicos 
 O acidente vascular encefálico, ou acidente 
vascular cerebral, ou ainda popularmente 
conhecido como “derrame”, é uma 
condição que afeta o pleno funcionamento 
do cérebro, pois o sangue, contendo 
nutrientes e oxigênio, não chega a 
determinadas áreas cerebrais, resultando na 
perda das funções dos neurônios, que não se 
regeneram, e causando sinais e sintomas que 
dependerão da região do cérebro envolvida. 
Em outras palavras, o AVE é a insuficiência no 
fluxo sanguíneo em uma determinada área 
do cérebro. Existem três tipos de AVEs (ou 
AVCs), são eles: Isquêmico, hemorrágico e 
transitório. 
 
 O acidente vascular cerebral isquêmico 
corresponde à maioria dos casos e ocorre 
pela falta de sangue em determinada área 
do cérebro, decorrente da obstrução de uma 
artéria por meio de materiais como placas de 
gordura e coágulos sanguíneos. 
 
 No acidente vascular cerebral 
hemorrágico há o rompimento efetivo de 
uma ou mais veias de seu cérebro em virtude 
de traumas, hipertensão arterial e problemas 
de coagulação, que causa um sangramento 
que pode gerar uma pressão no cérebro. 
 
 Por fim, o acidente vascular cerebral 
transitório (ou isquêmico transitório) é 
caracterizado por uma interrupção 
temporária do fluxo de sangue ao cérebro, 
que pode acontecer por diversos motivos. Ele 
deve ser encarado como um aviso de que 
algo está errado a fim de sua causa ser 
descoberta e tratada com antecedência. 
 
 Os sintomas do AVE incluem dificuldade para 
andar, falar e compreender, além de paralisia 
ou dormência da face, do braço ou da 
perna. 
 
 Quanto ao tratamento, ele deve ser feito o 
mais rápido possível com o uso de 
medicamentos anticoagulantes para 
minimizar danos cerebrais, além de buscar 
prevenir a ocorrência de mais acidentes 
vasculares encefálicos.

Continue navegando