Buscar

Slide da Unidade - Fundamentos da Educação Inclusiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Unidade 02
TULIANE FERNANDES DUTRA 
ISABELA CRISTINA MARINS 
Unidade 2 | Introdução
Um sistema educacional inclusivo deve atender
as dificuldades de aprendizagem de todos os
estudantes. É partindo dessa ideia, que daremos
continuidade aos estudos. Os capítulos que
serão abordados são: princípios e fundamentos
de uma escola inclusiva, adaptações curriculares
para a inclusão, os desafios dos professores na
educação inclusiva e a capacitação docente para
educação inclusiva.
Fonte: Pixabay
Unidade 2 | Objetivos
▪ Identificar os princípios e fundamentos para a construção de uma escola
inclusiva;
▪ Elaborar as adaptações curriculares para propiciar a aprendizagem de todos os
alunos;
▪ Avaliar os desafios dos professores para implantar e manter uma Educação
Inclusiva discernindo sobre suas dificuldades e as resistências impostas pelo
sistema e pela sociedade como um todo;
▪ Identificar os requisitos curriculares e as competências a serem desenvolvidas
no processo de capacitação docente para atuar na Educação Inclusiva.
Princípios e funcionamentos de uma escola 
inclusiva
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (13.146) define barreiras atitudinais
como “atitudes ou comportamentos que
impeçam ou prejudiquem a participação social
da pessoa com deficiência em igualdade de
condições e oportunidades com as demais
pessoas” (BRASIL, 2020).
Fonte: Pixabay
Nesta perspectiva, Dischinger e Machado (2006) explicam que as
barreiras atitudinais são aquelas determinadas na esfera social, sendo
que, as relações humanas centram-se nas restrições dos indivíduos e
não em suas habilidades. Um exemplo no ambiente escolar citado
pelas autoras é “quando o professor de educação física impede um
estudante cadeirante de participar de um jogo de bola. Ele faz isso
principalmente por não reconhecer seu direito de inclusão, e não tanto
por não saber criar modos de brincar que permitam sua participação
no jogo”. (DISCHINGER; MACHADO, 2006, p. 36).
Apesar dos movimentos sociais lutarem pelo direito da inclusão das
pessoas com deficiência, em uma escola regular, esse ambiente apresenta
fragilidades, pois ele não foi pensado e nem projetado para atender essa
diversidade. Além disso, esses espaços não estão sendo adequados,
consequentemente, a educação tem sofrido grandes impactos com a
inclusão escolar.
As barreiras atitudinais são barreiras sociais geradas, mantidas, fortalecidas
por meio de ações, omissões e linguagem produzidas ao longo da história
humana, num processo tridimensional o qual envolve cognições, afetos e
ações contra a pessoa com deficiência ou quaisquer grupos em situação de
vulnerabilidade, resultando no desrespeito ou impedimento aos direitos
dessas pessoas, limitando-as ou incapacitando-as para o exercício de
direitos e deveres sociais: são abstratas para quem as produz e concretas
para quem sofre seus efeitos. (LIMA; TAVARES, 2012 p.12, apud RIBEIRO,
et al., 2017, p. 10).
Lei 9.394 de 1996, Lei 13.146 de 2015
A LDB 9.394 de 1996 no artigo 4º, regulamenta que é
dever do Estado com a educação escolar pública,
garantir a educação básica (Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio) obrigatória e gratuita para
todos e todas, conforme descrito: “I - educação básica
obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)
anos, organizada da seguinte forma: pré-escola; ensino
fundamental; ensino médio” (BRASIL, 2020).
Fonte: Pixabay
Já referente à educação inclusiva, a LDB 9.394, também determina que
é dever do estado, conforme descrito a seguir:
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL, 2020).
A Lei 13.146 de 2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, explica que ela é “destinada a assegurar e a promover,
em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais por pessoa com deficiência, visando sua inclusão social
e cidadania”. (BRASIL, 2020).
É também a Lei 13.146 que determina que será considerado pessoa
com deficiência “aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas” (BRASIL, 2020).
Adaptações Curriculares para a Inclusão
São diversas mudanças que vem acontecendo na
educação formal, por isso a busca constante por práticas
críticas e reflexivas para a construção do saber de
qualidade, que visa a aprendizagem de todos e todas.
Nesse contexto, a escola tem o currículo para orientar o
seu processo de aprendizagem. Segundo Sacristán
(1998) o currículo escolar se refere à trajetória de
formação dos alunos.
Fonte: Pixabay
É importante lembrar que as adaptações curriculares em uma escola
inclusiva são necessárias, pois a inclusão deve ser de todos e todas,
independente das suas necessidades educacionais especiais, origem
socioeconômica, cultural ou religião. A escola e a sala de aula são
ambientes em que as necessidades dos estudantes devem ser
atendidas e desenvolvidas.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova redigido por Fenando
de Azevedo e assinado por mais de 25 educadores e/ou escritores,
para o governo, tem como ideia central que o currículo escolar para
educação deve ser funcional e ativo, e ainda, que os currículos devem
adaptar-se aos interesses naturais dos alunos, que são o eixo da
escola e o centro de gravidade do problema da educação.
Nesta perspectiva, os princípios da Escola Nova baseiam-se na:
▪ Iniciativa do estudante;
▪ Preocupam-se com o que a criança pode realmente aprender;
▪ Valorizam as tendências espontâneas da criança;
▪ Os professores sugerem, orientam e coordenam;
▪ Os métodos, programas e horários são maleáveis;
▪ Visam as noções utilizáveis;
▪ São essencialmente educativos;
▪ Estão mais próximos do meio natural de vida;
▪ Buscam o aperfeiçoamento, entre outros.
Currículo e a Inclusão Escolar
As adaptações curriculares são necessárias,
pois têm como objetivo buscar alternativas
para o desenvolvimento e aprendizagem dos
estudantes com necessidades educacionais
especiais. É importante evidenciar que a
menção da adaptação curricular está
presente tanto na Lei 13.146, como na Lei
9.394.
Fonte: Pixabay
Lei 13.146, Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar,
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: III – o
projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional
especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis,
para atender às características dos estudantes com deficiência e
garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade,
promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia.
Lei 9.394, Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação: I - currículos, métodos, técnicas,
recursos educativos e organização específica para atender as suas
necessidades. (BRASIL, 2020, Grifo da autora).
Apesar da adaptação curricular estar regulamentada em lei, não está
especificado como deve ser realizada. Os autores Oliveiro e
Machados (2007 apud SANTANA, et al. 2020) explicam que essas
adaptações implicam no número de alunos em sala de aula, a
cooperação entre os professores do ensino regular e do ensino
especial e, ainda, o tempo de permanência do estudante em uma
determinada série.
De acordo com Santana e outros autores (2020), as adaptações
curriculares são um caminho para o atendimento dos estudantes com
necessidades específicas. No entanto, para compreender essas
necessidades deve ser realizada uma avaliação para identificar as
necessidades de aprendizagem específicas de cada aluno. Santana e
outros autores (2020) explicam que essa avaliação deve ser realizada
porequipe interdisciplinar de setor ou servido de orientação do
centro ou instituição.
Se faz necessário lembrar que o currículo é que deve ser adaptado às
necessidades educacionais dos estudantes. Logo, a função da escola é
oferecer currículos que se adaptem à diversidade de estudantes que
ela tem, isto é, o currículo deve ser organizado respeitando os
interesses, as potencialidades e capacidades de cada um.
Currículo e a Inclusão Escolar
Os professores desempenham um papel importante durante todo
processo de aprendizagem dos estudantes com necessidades especiais.
É com apoio destes profissionais que os alunos vão desenvolver e
ampliar as habilidades que já possuem.
Fonte: Pixabay
Na sala de aula, o professor é o responsável por organizar o
ambiente, guiar e orientar as atividades durante o processo de
aprendizagem para aquisição do conhecimento e das competências.
Para nortear e adaptar a sua prática quando necessário, o professor
tem como apoio o projeto pedagógico da escola, que indica ações
que ele deverá assumir diante da diversidade presente na sala de
aula. Por isso a sua participação na construção deste documento é
relevante.
Além disso, o professor é o responsável por proporcionar uma sala de
aula de cooperação e oportunidade para todos. É um desafio para os
professores proporcionarem esse ambiente, perante a diversidade
presente em sala de aula. Salend (2008) apud Silva (2012) explica que
os professores precisam considerar os diversos fatores que tornam os
indivíduos únicos, como raça, gênero, língua, comprometimento e
nível econômico, pois esses fatores interagem e influenciam o
desempenho acadêmico e social dos seus estudantes.
A educação inclusiva veio tornar mais complexa e mais desafiadora a
tarefa dos educadores e evidenciou que sua formação nunca está
acabada. Eles precisarão estudar o que estavam dispensados de
estudar aprender técnicas nas quais antes não pensavam, adequar
seu ritmo ao de seus alunos, aprender a “ouvir” por outros meios
diferentes da audição, terão de rever suas expectativas, as formas de
ensinar, avaliar, aprovar, reprovar. (CAMPBELL, 2009, p. 158).
Os quatro pilares da educação 
contemporânea
Aprender a ser: desenvolvimento total da
pessoa: afetividade; valores éticos e morais;
honestidade e coerência; liberdade e
responsabilidade; perseverança, constância
e persistência; pensamento autônomo e
crítico; equilíbrio emocional; integração
entre o físico, psíquico e espiritual
(HENGEMULLE, 2004). Fonte: Pixabay
Aprender a conhecer: domínio dos instrumentos do conhecimento;
espírito de pesquisa e busca; compreensão de fenômenos; capacidade
de argumentar; conhecimento técnico-científico; integração da teoria e
prática; consciência de aprender a aprender e atualizar-se sempre;
conhecimento sensitivo, artístico, estético; apropriação crítica das
informações e dos recursos tecnológicos (HENGEMULLE, 2004).
Aprender a fazer: qualificação profissional e o desenvolvimento de
competências para solucionar diversas situações e trabalhar em equipe:
solução de problemas; elaboração de conceitos autônomos e críticos;
capacidade empreendedora; elaboração de projetos, propostas;
liderança; espírito de inciativa, invenção e imaginação; administração e
resolução de conflitos (HENGEMULLE, 2004).
Aprender a conviver: educar para convivência, para enfrentar as
questões postas pela diversidade e pelo multiculturalismo; espírito
cooperativo e de equipe; respeito às diferenças culturais, sociais e
religiosas; autoconhecimento para conhecer e compreender os outros;
espírito de autocrítica e humildade; capacidade de dialogar; ética pessoal
e profissional; sociabilidade e harmonia; capacidade para enfrentar as
tensões entre pessoas, grupos e nações (HENGEMULLE, 2004).
Capacitação docente para educação 
inclusiva
O docente deve sempre considerar e
reconsiderar as suas práticas educativas no
contexto social em que essas práticas
acontecem, na vivência acadêmica, mas
também na sociedade em que a escola está
inserida. Ele não pode descartar experiências
já desenvolvidas e vivenciadas em outros
momentos e espaços, mas ele precisa
considerar sua atualização constante.
Fonte: Pixabay
Tornar-se exímio pesquisador também é requisito para a formação
docente, visto que o professor é um sujeito do processo. Assim, é
preciso que os sistemas de ensino proponham estratégias de formação
inicial e continuada, a fim de melhor preparar esse profissional para o
exercício da sua profissão, inclusive prevendo seus planos de carreira a
ascensão para aqueles que manifestarem interesse nessa formação
(GROCHOSKA, 2012).
Neste contexto, Nascimento e outros autores (2016) indicam que a
formação inicial deve consistir em aprender a aprender com a
experiência. Diante desta perspectiva, os autores explicam que a
formação docente precisa entender que existe uma relação entre a
formação e o trabalho docente e que essa relação pode ser traduzida
em uma somatória de momentos formais e não articulados.
Candau (1997) apud Chimentão (2009), destaca três aspectos
necessários para o processo de formação continuada dos professores: a
escola, como locus privilegiado de formação; a valorização do saber
docente e o ciclo de vida dos professores. Chimentão (2009) explica
que isso significa dizer que a formação continuada parte das
necessidades reais do cotidiano escolar do professor; em seguida,
valoriza o saber docente, isto é, o saber curricular/disciplinar e o saber
da experiência e, por último, valorização do saber construído na prática
pedagógica, ou seja, teoria e prática.
A formação docente e a educação 
inclusiva
De acordo com Adams et al. (2017) a
formação continuada é uma forma de superar
as precariedades na formação inicial, mas
também deve ser articulada vinculada às
mudanças socioculturais. Assim, os autores
explicam a necessidade de se discutir qual o
papel do professor para o atendimento às
diferenças, uma formação de professores
voltada também para a educação especial.
Fonte: Pixabay
É um desafio a formação docente inicial e continuada de professores,
pois segundo Adams et al. (2017) esses cursos devem desenvolver
conhecimentos que possibilitem promover nestes profissionais novas
atitudes e a compreensão das diversas e complexas situações de
ensino, garantindo aos docentes a oportunidade de realizarem de
maneira responsável e satisfatória seu papel no processo de ensino e
aprendizagem para a diversidade.
Não se pode deixar de mencionar que a escola, de acordo com
Campbell (2009) deve propiciar condições dignas de trabalho para os
professores comuns e especializados. Segundo o autor, a escola precisa
compreender que nem todos os professores têm condições psíquicas e
profissionais adequadas ao trabalho com alunos com necessidades
educacionais especiais, necessitando de orientação, preparo e apoio.
Obrigada!

Continue navegando