Demografia

Prévia do material em texto

Demografia 
Conceitos populacionais 
→ População absoluta: total de habitantes 
→ População relativa: habitantes por km2 
→ País populoso: alta população absoluta 
→ País povoado alta população relativa 
→ País superpovoado: precárias condições 
socioeconômicas 
→ Densidade demográfica: habitantes/km2 
→ Taxa de fecundidade: filhos por mulher em 
idade fértil (15-50 anos) 
→ Taxa de natalidade: nascidos vivos em 1 ano x 
1000 / população total 
→ Taxa de mortalidade: óbitos em 1 ano x 1000 / 
população total 
→ T.M. infantil: óbitos com menos de 1 ano a 
cada 1000 nascidos vivos 
→ Crescimento vegetativo ou natural: TN – TM 
→ Crescimento demográfico: C.V. + migração 
(imigrantes - emigrantes) 
→ População total: C.D. + população existente 
→ Razão de dependência: número de jovens e 
idosos sustentados por cada grupo de 100 
pessoas economicamente ativas 
 
Crescimento populacional 
brasileiro 
→ 1ª fase (1872-1941): crescimento lento 
▹T.N. alta: realidade do campo; maioria casava 
cedo e tinha muitos filhos para ajudar na lavoura 
▹T.M. alta: ausência de medidas médico-
sanitárias 
▹1904: políticas de saneamento e avanço na 
medicina (revolta da vacina) 
→ 2ª fase (1941-1970): crescimento acelerado 
▹Fim da 2ª guerra: Brasil na rota de grandes 
empresas multinacionais, impondo condições 
econômicas e demográficas vantajosas, pois o 
baixo C.V. dificulta a mão de obra barata e 
mercado consumidor atraente 
▹Industrialização: urbanização e políticas 
publicas de saúde (↓T.M.) e ações 
governamentais como auxílio natalidade e salário 
família (↑T.N.) 
▹Anos dourados: crescimento econômico 
mundial 
→ 3ª fase (1971-atualidade): declínio do 
crescimento vegetativo 
▹Primeira Crise do Petróleo (1973): elevação do 
preço do barril 
▹Ditadura Militar (1964-1985): política 
antinatalista (farta distribuição de métodos 
contraceptivos) reduz a T.N. 
▹Industrialização + urbanização: acesso a 
educação 
 
Transição demográfica 
→ Sociedades passam de altas para baixas T.N. e 
T.M. (mudança no C.V.) 
→ Pré-transição: baixo crescimento vegetativo 
▹T.N. alta: filhos homens são mão de obra na 
produção rural (trabalho coletivo no campo) e 
ausência de métodos contraceptivos 
▹T.M. alta: escassez de alimentos e caráter 
precário da medicina e saneamento básico 
→ 1º momento: explosão demográfica = 
crescimento vegetativo alto 
▹Queda da T.M.: substituição da mão de obra 
braçal por máquinas, maior produção e 
disponibilidade e menores preços; acesso ao 
saneamento básico e condições melhores de 
saúde (revolução médico-sanitária) 
→ 2º momento: desaceleração demográfica 
▹Queda da T.N.: planejamento familiar, métodos 
contraceptivos, custo de vida urbana, lutas sociais 
e entrada da mulher no mercado de trabalho 
▹Baixa T.M.: ↑produtividade, tecnologias 
médicas e saneamento básico 
→ Estabilização demográfica: sociedades 
urbanizadas e pós-industriais 
▹Baixa T.N.: priorização da carreira profissional 
▹Aumento da T.M.: grande número de idosos 
▹Crescimento vegetativo em queda e tendencia 
de crescimento vegetativo negativo = diminuição 
da população absoluta 
 
 
Teorias demográficas 
→ Malthus (1790): alimentos crescem em P.A. e 
população em P.G., gerando fome e miséria 
▹Risco: população poderá dobrar a cada 25 anos 
▹Defende a criação de filhos apenas para ricos 
donos de terra 
▹Não enxerga que as máquinas promoveriam 
saltos na produção, já que no início da Revolução 
Industrial, havia máquinas apenas na Inglaterra 
→ Neomalthusianos (1940-70): crescimento 
populacional leva a pobreza 
▹Mundo desenvolvido propõe que o 
subdesenvolvido realize investimentos 
econômicos ao invés de sociais, que diminuiriam 
a renda nacional per capita e recursos em 
infraestrutura, setor agrícola e industrial 
▹Defendem controle da T.N., já que o alto 
número de filhos nas camadas pobres exigiria 
grande investimento do estado, levando-o a 
falência 
→ Reformistas ou Marxistas (1940-70): pobreza 
leva o crescimento populacional 
▹Famílias pobres sem acesso ao planejamento 
familiar e consciência de determinações 
econômicas e sociais (precariedade da educação) 
▹Pobreza causada pela má distribuição de renda 
e subdesenvolvimento 
▹Estado deve 
promover igualdade 
econômica e justiça 
social através de 
melhorias 
socioeconômicas 
▹Contrários ao controle da natalidade: após o 
salto populacional, ocorre a queda natural do 
crescimento populacional ao longo do 
desenvolvimento 
→ Ecomalthusianos: crescimento populacional 
leva a escassez de recursos naturais (maior 
demanda e exploração) 
▹Críticas: o problema está no aumento do 
consumo, já que a T.N. e T.M. estão diminuindo e 
há o envelhecimento da população 
 
Pirâmide etária 
→ Distribui a população em número de pessoas 
por idade e gênero 
→ Base larga e topo 
estreito (triangular): 
subdesenvolvimento = 
↑TN e ↓expectativa 
de vida 
→ Topo largo: 
desenvolvimento = ↑expectativa de vida 
→ Corpo: indica a população economicamente 
ativa (PEA) 
▹Gerador de riquezas (PIB): razão de 
dependência baixa 
▹Em países subdesenvolvidos a razão de 
dependência é grande (alta T.N.), em países em 
desenvolvimento ela diminui e em países 
desenvolvidos ela volta a ser grande (aumento da 
longevidade) 
▹Os extremos não são bases de produção, mas 
de consumo 
→ Janela ou bônus 
demográfico: 
predomínio de 
adultos e redução 
de idosos e 
crianças (↓
fecundidade e ↑esperança de vida) diminuindo a 
razão de dependência; favorece o crescimento 
econômico 
▹Brasil: 1960 = 90%, 2020 = 44,4%, 2050 = 58,5% 
e 2060 = 66,4%; início em 1995 e fechamento em 
2055 
 
Setores ou atividades da 
economia 
→ Setor primário: agricultura, garimpo e pesca 
artesanal -(2%)+ 
▹Exploração de recursos naturais e fornecimento 
de matéria-prima 
→ Setor secundário: indústria de transformação, 
construção civil -(16%)+ 
▹O aumento da informática e robótica leva à 
procura por mão de obra do setor secundário 
para o terciário 
→ Setor terciário: comercio, prestação de 
serviços e administração publica (80%)+ 
→ Setor quaternário: propriedade intelectual, 
criatividade, inovação no mercado, capacidade de 
pensar; alto nível tecnológico e maiores salários 
→ Setor quinário: prestação de serviços sem 
busca de lucro na administração publica, como as 
ONGs 
→ Setor formal e informal: 
▹Setor formal: pessoa exerce atividade 
registrada junto a órgãos competentes, 
possuindo direitos e deveres legais 
▹Setor informal: ausência de registros e direitos 
trabalhistas 
 
Classificação etária 
→ População em idade ativa (PIA): aptas a 
exercer atividade econômica, em idade para 
trabalhar, ou seja, com 15 anos ou mais no Brasil 
→ População em idade não ativa (PINA): com 14 
anos ou menos 
PIA: 
→ População economicamente ativa (PEA): 
dispostos a trabalhar 
→ População inativa ou não economicamente 
ativa (PNEA): não possuem e não estão 
procurando trabalho 
PEA: 
→ População economicamente ocupada (PEO): 
▹Empregados: trabalham em contrapartida de 
uma remuneração 
▹Trabalhador autônomo: exerce atividade 
econômica sem empregados 
▹Empregadores: exploram atividade econômica 
com empregados 
▹Não remunerados: exercem ocupação 
econômica por pelo menos 15h semanais sem 
remuneração 
→ População economicamente desocupada 
(PED): pessoas que não tem trabalho, mas estão 
dispostas a trabalhar 
❊ Países pobres: alta T.N. e T.M. eleva a PEA, o 
que gera mão de obra farta e barata e atrai 
empresas 
 
Desemprego 
→ Trabalho x emprego: 
▹Trabalho: tarefa qualquer fundamental para a 
sobrevivência 
▹Emprego: elo entre o trabalhador e o sistema 
capitalista, garante salário, sobrevivência, direitos 
e deveres trabalhistas 
→ Desempregado: não desenvolveu nenhum 
trabalho que pudesse conferir retorno financeiro, 
embora tenha procurado 
→ Causas do desemprego: 
▹Desenvolvimento tecnológico: reduz a 
necessidade de mão de obra 
▹Globalização: abertura dos mercados e entrada 
de produtos estrangeiros mais baratos,que 
concorrem com produtos nacionais 
▹Desindustrialização: fechamento da indústria 
por falência ou deslocamento para regiões com 
menor custo de produção 
▹Terceirização: contratar empresa com 
trabalhadores especializados e equipada com 
máquinas (maior produtividade com menor mão 
de obra) 
→ Consequências do desemprego: problemas 
econômicos e sociais 
▹Aumenta encargos públicos, como o auxílio 
desemprego, e reduz mercado consumidor, 
atividade produtiva e arrecadação de impostos 
▹Trabalho informal: sem carteira assinada e 
garantias trabalhistas 
→ Desemprego estrutural: substituição da forca 
humana por tecnologias 
▹Afeta mais os países desenvolvidos: 
investimentos em tecnologia e mão de obra 
qualificada a trabalhar com automação da 
produção 
→ Desemprego conjuntural ou cíclico: crises 
econômicas momentâneas, variações cíclicas da 
economia, conjuntura econômica (situação, 
contexto) 
▹Boom econômico: explosão da economia com 
aumento de empregos 
▹Afeta mais os países subdesenvolvidos: as 
economias não são solidas, sendo mais 
suscetíveis as crises 
▹Obs: crise de 2008 (Bolha especulativa 
imobiliária) é a prova de que o mundo 
desenvolvido não é imune a esse desemprego, já 
que foi iniciada nos EUA e impactou a Europa e, 
em menor escala, países emergentes 
 
Distribuição de renda 
→ índice gini: mede o grau de concentração de 
renda 
→ Desigualdade: 
▹Mulheres ocupam a maior parte da PIA, mas os 
homens ocupam mais da metade dos postos de 
trabalho e recebem maiores salários 
▹A população branca ocupa a maior parte da 
população economicamente ocupada e recebe 
maiores salários que pardos e pretos 
▹Pessoas com acesso a educação possuem mais 
instrução e melhor formação, recebendo maiores 
salários 
→ Fatores: 
▹Sistema tributário: pesa mais no bolso dos 
pobres 
▹Inflação: não repassada aos salários dos 
trabalhadores na integralidade, gerando uma 
gradual perda do poder aquisitivo 
 
Índice de desenvolvimento 
humano (IDH) 
→ Objetivo: mensurar o que o Estado devolve 
para a sociedade 
→ 1990-2010: 
▹Educação: análise da taxa de alfabetização da 
população com 15 anos ou mais e da taxa de 
escolarização (porcentagem de pessoas em idade 
escolar que frequentam a escola efetivamente) 
▹Longevidade: expectativa de vida ao nascer; 
reflete as condições de vida, sobretudo 
relacionadas a alimentação e saúde 
▹Renda: calculada com base no PIB per capita do 
país; calculada em dólar PCC (paridade do poder 
de compra) 
→ 2010-atualidade: 
▹Educação (acesso ao conhecimento): média de 
anos de educação de adultos (a partir dos 25 
anos) e expectativa de anos de escolaridade para 
crianças em idade escolar 
▹Longevidade (expectativa de vida): mede uma 
vida longa e saudável 
▹Renda (padrão de vida): medido pela Renda 
Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em 
dólar PCC 
❊ PIB considera o que é produzido e importado 
em um país, enquanto a RNB considera o 
exportado, ou seja, o que resta no país 
efetivamente 
 
Formação da população 
brasileira 
→ Os indígenas: 
▹1500-1870: decréscimo da população indígena 
▹1991: IBGE inclui indígenas no censo 
demográfico nacional e o contingente de 
brasileiros que se consideram indígenas 
aumentou 
▹Problemas: invasões e degradações territoriais 
e ambientais, exploração de trabalho e êxodo 
desordenado causando concentração de 
indígenas nas cidades; deve-se buscar respostas 
para a sobrevivência física e cultural e garantir 
melhores qualidades de vida as próximas 
gerações 
▹Demarcação de terras indígenas (constituição 
de 1988): diversidade étnica e cultural, 
conservação ambiental, proteção de povos 
indígenas isolados e ordenamento fundiário 
(diminui o conflito por posse de terra) 
→ Os negros: 
▹Brasil Colônia: o tráfico de escravos africanos 
negros foi uma atividade lucrativa e que garantia 
mão de obra nos engenhos 
▹Lei áurea (1888): abolição da escravidão após 
diversas lutas de resistência escravista, como o 
Quilombo do Palmares 
▹Exclusão da população afro-brasileira: maiores 
taxas analfabetismo, menor escolaridade média, 
menor rendimento médio e maiores índices de 
desemprego