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Neuroanatomia: Filogênese e Organização do Sistema Nervoso

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� 30 de março de 2019
NEUROANATOMIA 
N1 
F I L O G Ê N E S E D O S I S T E M A 
NERVOSO: 
- Três propriedades do protoplasma são 
especialmente importantes: irritabilidade, 
condutibilidade e contratilidade. 
- A irritabilidade permite a uma célula detectar 
as modificações do meio ambiente. 
- Quando uma célula é sensível a um estímulo, 
ela reage a ele, dando origem de um impulso 
é conduzido através do protoplasma 
(condutibilidade)
- Essa resposta ao est ímulo pode se 
manifestar por um encurtamento da célula 
(contratilidade). 
- Existem células nervosas unipolares, ou seja, 
com um só prolongamento denominado 
axônio. Na extremidade destas células 
nervosas loca l izadas na super f íc ie , 
desenvolveu-se uma formação especial 
denominada receptor. 
- O receptor transforma varios tipos de 
estímulos físicos ou químicos em impulsos 
nervosos, que podem então, ser transmitidos 
ao efetuador, músculo ou glândula. 
- Os elementos nervosos tendem a se agrupar 
em um SNC. 
- Os neurônios situados na superfície são 
especializados em receber estímulos e 
conduzir os impulsos ao SNC.
• Para isto, são denominados neurônios 
sensitivos ou neurônios aferentes. 
- Os neurônios situados no gânglio e 
especializados na condução do impulso do 
SNC até o efetuador, no caso, o músculo, 
denominam-se neurônios motores ou 
efetentes. 
- São aferentes os neurônios, fibras ou feixe 
de fibras que traduzem impulsos para uma 
determinada área do SN, e eferentes os que 
levam impulsos desta área. 
• Portanto, aferente se refere ao que entra, e 
eferente ao que sai de uma determinada 
área do SN. 
- A conexão do neurônio sensitivo com o 
neurônio motor se faz através de uma 
sinapse localizada no gânglio.
• Um neurônio aferente com seu receptor, 
um centro, no caso o gânglio, onde ocorre 
a sinapse, e um neurônio aferente que se 
liga ao efetuador, no caso os músculos. 
- Neu rôn ios de assoc i ação f azem a 
associação de um segmento com o outro. 
assim, o estímulo aplicado a um segmento 
dá origem a um impulso, que é conduzido 
pelo neurônio sensitivo ao centro (gânglio). O 
axônio deste neurônio faz sinapse com o 
neurônio de associação, localizado no 
gânglio cujo axônio estabelece sinapse com 
o neurônio motor do segmento vizinho. 
�1 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
- Recapitulando: neurônio aferente (sensitivo)e 
neurônio eferente (motor).
I. Neurônio aferente (ou sensitivo): 
- A pele envia estímulos sensoriais para o 
SNC. 
- É pseudounipolar.
- Ao contrários dos axônios, que podem se 
regenerar, as lesões do corpo de um 
neurônio são irreversíveis. 
- Na extremidade dos neurônios sensitivos 
estão os receptores, capazes de transformar 
os vários tipos de estímulos físicos ou 
químicos em impulsos nervosos. 
II. Neurônio eferente (ou motor): 
- O SN envia estímulos para a contração. 
- É multipolar. 
- A função do neurônio eferente ou motor é 
conduzir o impulso nervoso do órgão 
efetuador (músculo ou glândula). 
- O impulso eferente determina uma contração 
ou uma secreção. 
- O corpo do neurônio eferente surgiu dentro 
do SNC. 
- Os neurônios eferentes que inervam os 
músculos lisos, músculos cardíacos ou 
glândulas têm seus corpos fora do SNC. 
- Os neurônios eferentes, que inervam 
músculos estriados esqueléticos, têm seu 
corpo sempre dentro do SNC e são os 
neurônios motores situados na parte anterior 
da medula espinal. 
III. Neurônios de associação: 
- O aumento de sinapses, aumentando a 
complexibilidade do SN permite a realização 
de padrões de comportamento cada vez 
mais elaborados. 
- Os neurônios de associação constituem a 
grande maioria dos neurônios existentes no 
SNC e recebem vários nomes: 
• Neurônios internunciais ou interneurônios.
E M B R I O L O G I A , D I V I S Õ E S E 
ORGANIZAÇÃO DO SN: 
I. Desenvolvimento do SN: 
- É do ectoderma que se origina o SN. 
- O primeiro indício de formação do SN 
cons i s te em um espessamento do 
ectoderma, formando a placa neural por volta 
do 20º dia de gestação. 
- A n o t o c o r d a s e d e g e n e r a q u a s e 
completamente, persistindo uma pequena 
parte que forma o núcleo pulposo das 
vértebras. 
- A placa neural adquire um sulco longitudinal 
denominado sulco neural, que se aprofunda 
para formar a goteira neural.
- Os lábios da goteira neural se fundem para 
formar o tubo neural. 
�2 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
- No ponto em que este ectoderma encontra 
os lábios da goteira neural, desenvolve-se a 
cista neural. 
- O tubo neural dá origem a elementos do 
SNC. 
- Ao passo que a cista dá origem a elementos 
do SNP. 
- As cristas neurais se dividem, dando origem 
a diversos fragmentos que vão formar os 
gânglios espinhais. 
• Neles se diferenciam os neurônios 
sensitivos, pseudounipolares, cujos 
prolongamentos centrais se ligam ao tubo 
neural, enquanto os prolongamentos 
periféricos se ligam aos dermátomos dos 
somitos. 
• Os elementos derivados da crista neural 
são os seguintes: gânglios sensitivos, 
gânglios do SNA, medula da glândula 
suprarrenal, melanócitos, células de 
Schwann, anfócitos, odontoblastos, dura-
máter e aracnóide. 
- O fechamento da goteira neural dá origem ao 
tubo neural. 
• O calibre do tubo neural não é uniforme. 
• A parte cranial dá origem ao encéfalo do 
adulto e constitui o encéfalo primitivo ou 
arquencéfalo. 
• A parte caudal dá origem à medula do 
adulto e constitui a medula primitiva do 
embrião. 
• N o a r q u e n c é f a l o d i s t i n g u e m - s e 
p r o s e n c é f a l o , m e s e n c é f a l o e 
rombencéfalo. 
- O p ro s e n c é f a l o d á o r i g e m a o 
telencéfalo e diencéfalo.
- O rombencé fa lo dá o r i gem ao 
mesencéfalo e o miencéfalo. 
- Do telencéfalo se evaginação duas 
p o r ç õ e s l a t e r a i s , a s v e s í c u l a s 
telencefálicas laterais. Esses vesículas 
c rescem mui to para fo rmar os 
hemisférios cerebrais e escondem 
quase completamente a parte mediana 
e o diencéfalo. 
- As cavidades do tubo neural são revestidas 
por epêndima e contem o líquido cérebro-
espinhal, ou líquor. 
- A proliferação neuronal se intensifica após a 
formação do tubo neural. 
• As células precursoras do neurônio 
passam a se dividir de forma assimétrica, 
formando outra célula precursora e um 
neurônio jovem que inicia o processo de 
m ig ração da reg i ão p ro l i f e r a t i va 
periventricular para a região mais externa, 
para formar o córtex cerebral e suas 
camadas. 
• Os neurôn ios migram ader idos a 
prolongamentos da glia radial, como se 
estes fossem trilhos longos dos quais 
deslizam os neurônios migrantes. 
- Após a migração, os neurônios jovens irão 
adquirir as características morfológicas e 
bioquímicas próprias da função que irão 
exercer. Ao chegar próximo à região alvo, a 
extremidade do axônio ramifica-se e começa 
a sinaptogênese. 
- A morte neuronal programada, é regulada 
pela quantidade de tecido-alvo presente.
• O tecido-alvo produz uma série de fatores 
neurotróficos que são captados pelos 
neurônios. Eles bloqueiam um processo 
ativo de morte celular por apoptose. 
• Ocorre a eliminação de sinapses não 
utilizadas ou produzidas em excesso. Em 
c a s o d e l e s ã o , n e u r ô n i o s q u e 
normalmente morreriam podem ser 
utilizados para recuperá-las. 
• Portanto, essa reserva neuronal determina 
a plasticidade neuronal, existente em 
crianças, e que vai diminuindo com a 
idade. 
�3 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
• É em razão da plasticidade que, quanto 
mais nova a criança, melhor o prognóstico 
em termos de recuperação de lesões. É 
também por isso que crianças tem a maior 
facilidade de aprendizado. 
• O cérebro continua crescendo ate o inicio 
da puberdade. Não se deve ao aumento 
do número de neurônios e sim ao aumento 
do numero de sinapses. A partir dai, 
começa um processo de eliminação das 
sinapses desnecessárias e não utilizadas. 
- A mielinização é considerada o final da 
maturaçãodo sistema nervoso. 
• A ultima região a concluir este processo é 
o córtex da região anterior do lobo frontal 
do cérebro, responsável pelas funções 
psíquicas. 
- O período fetal é importante para a formação 
de desenvolvimento do SNC. Fatores 
externos como substancias teratogênicas, 
irradiação, medicamentos, álcool, drogas e 
in fecções congên i tas podem afetar 
d i re tamente as d iversas e tapas de 
desenvolvimento. 
• Quando ocorrem no primeiro trimestre de 
gestação podem afetar a proliferação 
neuronal, resultando na redução do 
número de neurônios e microcefalia. 
• No segundo ou terceiro trimestres podem 
interferir na fase de organização neuronal, 
redução do numero de sinapses e 
ocas iona r quadros de a t raso no 
desenvolvimento neuropsicomotor e 
retardo mental. 
• A desnutrição materna ou nos primeiros 
anos de vida da criança podem interferir 
de maneira direta no processo de 
mielinizacão. 
• Falhas no fechamento da porção posterior 
ocasionam mal-formações, tais como 
espinhas bífidas e as mielomeningoceles.
- Na espinha bífida, a meninge, dura-
máter e medula são normais, a porção 
jornal da vértebra, no entanto, não está 
fechada. 
II. Divisões do sistema nervoso: 
- Sistema nervoso central: é aquele que se 
localiza dentro do esqueleto axial. 
- Sistema nervoso periférico: é aquele que se 
encontra fora do esqueleto axial. 
- Encéfalo: é a parte do SNC situada dentro do 
crânio. 
- Medula espinal: se localiza dentro do canal 
verterbral. 
O encéfalo e a medula espinal constituem do 
SNC. No entanto, temos o cérebro, cerebelo e 
tronco encefálico. A ponte separa o bulbo do 
mesencéfalo. 
- Nervos: sãos cordões esbranquiçados que 
unem o SNC aos órgãos periféricos. Se a 
união se faz com o encéfalo, os nervos são 
cranianos, se faz com a medula, são 
espinhais.
�4 PAULA R. C. PENTEADO
S i s t e m a 
n e r v o s o 
central 
S i s t e m a 
n e r v o s o 
periférico
Encéfalo
Medu la 
espinal 
Cérebro 
Cerebelo
T r o n c o 
encefálico 
Mesencéfalo
Ponte 
Bulbo 
Nervos 
Gânglios 
Terminações 
nervosas
Espinhais
Cranianos 
� 30 de março de 2019
• Em relação a nervos e raízes nervosas, 
existem dilatações constituídas sobretudo 
de corpos de neurônios, que são os 
gânglios.
- Existem gânglios sensitivos e gânglios 
motores viscerais. 
• Na extremidade das fibras que constituem 
os nervos situam-se terminações nervosas 
que são de dois tipos: sensitivas e 
motoras. 
A. Divisões do SN com base em critérios 
funcionais: 
- Pode dividir o SN da vida de relação ou 
somático, e SN da viva vegetativa ou 
visceral. 
- O SN da vida de relação é aquele que 
relaciona o organismos com o meio 
ambiente. Apresenta um componente 
aferente e outro eferente. 
• O componente aferente conduz impulsos 
originados em receptores periféricos, 
informando-os sobre o que se passa no 
meio ambiente. 
• O componente eferente leva aos músculos 
estr iados o comando dos centros 
nervosos, resultando em movimentos 
voluntários. 
- O SN visceral é aquele que se relaciona com 
a inervação e controle das estruturas 
viscerais. 
• O componente aferente conduz impulsos 
originados em receptores das vísceras ao 
SNC. 
• O componente eferente leva os impulsos 
originados no centros nervosos até as 
vísceras. 
• O componente eferente do SN visceral é 
denominado SNA e pode ser subdivididos 
em simpático e parassimpático. 
B. D i v i s ã o d o S N c o m b a s e n a 
segmentação: 
- Pode-se dividir o SN em segmentar e 
suprassegmentar. 
- Pertence ao SN segmentar todo o SNP, 
como medula espinhal e tronco encefálico. 
• Nos órgãos do SN segmentar não há 
córtex, e a substancia cinzenta pode 
localizar-se dentro da branca. 
- Pertence ao SN suprassegmentar o cérebro e 
o cerebelo. 
• Nos órgãos do SN suprassegmentar existe 
córtex, ou seja, uma camada fina de 
substancia cinzenta situada fora da 
substancia branca. 
- A s c o m u n i c a ç õ e s e n t r e o S N 
suprassegmentar e os órgãos periféricos, 
receptores e efetuadores se faz através do 
SN segmentar 
- Com base nesta divisão acima, pode-se 
c l a s s i fi c a r o s a r c o s r e fl e x o s e m 
suprassegmentares, quando o componente 
aferente se l iga ao eferente no SN 
suprassegmentar, e segmentares, quando 
isto ocorre no SN segmentar. 
C. Organização geral do SN: 
- Os neurônios sensitivos, cujos corpos estão 
nos gânglios sensitivos, conduzem à medula 
ou ao tronco encefálico impulsos nervosos 
originados em receptores situados na 
superfície ou no interior. 
Gânglios: são conjuntos de corpos celulares no 
SNP. Os gânglios sensitivos estão localizados 
na raiz posterior da medula espinhal. 
- Os prolongamentos centra is desses 
neurônios ligam-se diretamente ou por meio 
de neurônios de associação, aos neurônios 
motores, os quais levam impulsos a 
músculos ou a glândulas. 
TECIDO NERVOSO: 
�5 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
- Compreende basicamente dois t ipos 
celulares: os neurônios e as células gliais ou 
neuróglia. 
- O neurônio é sua unidade funcional, com a 
função de receber, processar e enviar 
informações. 
- A neuróglia compreende células que ocupam 
os espações entre os neurônios, com 
funções de sustentação, revestimento ou 
isolamento, modulação da atividade neuronal 
e de defesa. 
- Os neurônios não se dividem, ou seja, não 
são produzidos novos neurônios. 
• Entretanto, no bulbo olfatório e o 
h ipocampo, neurôn ios novos são 
formados em grande número diariamente. 
I. Neurônios: 
- São células altamente excitáveis, que se 
comunicam entre si ou com células 
efetuadoras. Elas modiviam o potencial de 
membrana. 
- A maior parte dos neurônios possui três 
re g i õ e s re s p o n s á v e i s p o r f u n ç õ e s 
especializadas: corpo celular, dendritos e 
axônio. 
A. Corpo celular: 
- O citoplasma do corpo celular recebe o 
nome de pericário. 
- No pericário, salientam-se as organelas 
envolvidas na síntese de proteínas. 
- O corpo celular é o centro metabólico do 
neurônio, responsável pela síntese de todas 
as proteínas neuronais, bem como pela 
maioria dos processos de degradação e 
renovação de constituintes celulares, 
inclusive de membranas. 
- A forma e o tamanho do corpo celular são 
extremamente variáveis, conforme o tipo de 
neurônio. 
- O corpo celular partem os prolongamentos 
(dendrito e axônio). 
- É o local de recepção estímulos, através de 
contatos sinápticos. 
B. Dendritos: 
- Geralmente são curtos, ramificam-se 
profusamente, originando denários de menor 
diâmetro. 
- São especializados em receber estímulos, 
traduzindo-os em alterações do potencial de 
repouso de membrana que se prolongam em 
direção ao corpo do neurônio e deste em 
direção ao cone de implantação do axônio. 
- O ambiente pode modificar sinapses no 
SNC, demonstrando sua plasticidade, que 
pode estar relacionada à memória e 
aprendizagem. 
C. Axônio: 
- É um prolongamento longo e fino que se 
origina do corpo ou de um dendrito principal, 
em região denominada cone de implantação. 
- Apresenta comprimento variável de alguns 
milímetros a mais de um metro. 
- Os axônios, após emitir número variável de 
colaterais, geralmente sofrem arborização 
terminal. 
- Através dessa porção terminal, estabelecem 
conexões com outros neurônios ou com 
células efetuadoras, músculos e glândulas. 
- A l g u n s n e u r ô n i o s , e n t r e t a n t o , s e 
e s p e c i a l i z a m e m s e c r e ç ã o . S ã o 
denominados neurossecretores e ocorrem na 
região do cérebro denominada hipotálamo. 
D. Classificação dos neurônios quanto a 
seus prolongamentos: 
- N o s n e u r ô n i o s b i p o l a r e s , d o i s 
prolongamentos deixam o corpo celular, um 
dendrito e um axônio. 
- Nos neurônios pseudounipolares, cujos 
corpos celulares se localizam nos gânglios 
sensitivos, apenas um prolongamento deixa 
o corpo celular, logo dividindo-se, à maneira 
de um T, em dois ramos, um periférico e 
�6 PAULA R. C. PENTEADO� 30 de março de 2019
outro central. O primeiro dirige-se à periferia, 
onde forma a terminação nervosa sensitiva; o 
segundo dirige-se ao SNC, onde estabelece 
contato com outros neurônios. 
• A zona de gatilho situa-se perto da 
terminação nervosa sensitiva. Essa 
terminação recebe estímulos, originando 
potenciais graduáveis que, ao alcançar a 
zona de gatilho, provocam aparecimento 
de potencial de ação. 
II. Neuróglia: 
- Os neurônios relacionam-se com as células 
coletivamente denominadas neuróglia ou 
glia. 
- As células da glia são capazes de se 
multiplicar por mitose, mesmo em adultos. 
A. Neuróglia do SNC: 
- A g l i a c o m p r e e n d e : a s t r ó c i t o s , 
oligodendrócitos, microgliócitos e células 
ependimárias. 
- Os astrócitos e oligodendrócitos são 
coletivamente denominados como macróglia.
1. Astrócitos: 
- Possuem forma semelhante a de estrela. 
- São abundantes. 
- Há dois tipos: astrócitos protoplasmáticos 
localizados na substância cinzenta e 
as t róc i tos fibrosos encont rados na 
substancia branca. 
- Ambos, por meio de expansões conhecidas 
como pós vasculares, apoiam-se em 
capilares sanguíneos.
- Tem função de sustentação e isolamento de 
neurônios.
- São importantes para a função neuronal, uma 
vez que participam do controle dos níveis de 
potássio extraneuronal, ajudando na 
manutenção de sua baixa concentração 
extracelular. Também contribuem para a 
recaptação de neurotransmissores. 
- Continuem o sítio de armazenagem de 
glicogênio no SNC. 
- Nos casos de lesão do tecido os astrócitos 
ativados aumentam a mitose e ocupam áreas 
lesadas à maneira de cicatriz. 
- Eles secretam fatores neurotróficos 
essenc ia i s pa ra a sob rev i vênc ia e 
manutenção de neurônios. 
2. Oligodendrócitos: 
- Distinguem-se em dois tipos: oligodendrócito 
satélite situados ao pericário e dendritos, e 
oligodendrócito fascicular, encontrado junto 
às fibras nervosas.
- Os fasciculadas são responsáveis pela 
formação da bainha de mielinha em axônios 
do SNC.
3. Microgliócitos: 
- São encontrados tanto na substancia branca 
como na cinzenta e apresentam funções 
fagocíticas. 
- Aumentam em caso de injúria e inflamação, 
sobretudo por novo aporte de monócitos, 
vindos pela corrente sanguínea. 
- Micróglios ativados poem migrar para locais 
de lesão e proliferar. 
- Apresentam antígenos e tem papel central na 
resposta imune do SNC. 
- Interagem com leucócitos que, em condições 
de quebra da barreia hematoencefálica, 
invadem o tecido nervoso. 
4. Células ependimárias: 
- São remanescentes do neuroepitél io 
embrionário. 
- Forram as paredes dos ventrículos cerebrais. 
- Nos ventrículos cerebrais, um tipo de célula 
ependimária modificada recobre tufos de 
tecido conjuntivo, constituindo os plexos 
corióideos, responsáveis pela formação do 
líquido cérebro-espinhal. 
�7 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
B. Neuróglia do SNP: 
- A neuróglia periférica compreende as células 
satélites e as células de Schwann. 
- As células satélites envolvem pericários dos 
neurônios, dos gânglios sensitivos e do SNA. 
- As células de Schwann circundam os 
axônios, formando seus envoltórios, a bainha 
de mielina e neurilema. 
- Em casos de injúria de nervos, as células de 
Schwann desempenham importante papel na 
regeneração das fibras nervosas, fornecendo 
substrato que permite o apoio e o 
crescimento dos axônios em regeneração. 
C. Fibras nervosas: 
- Compreende um axôn io e , quando 
presentes, seus envoltórios de origem glial.
- Quando envolvidos por bainha de mielina, os 
axônios são denominados fibras nervosas 
mielínicas. 
- Na ausencia de mielina, são denominadas 
fibras nervosas amielínicas.
- A bainha de mielina é formada pelas células 
d e S c h w a n n , n o p e r i f é r i c o , e p o r 
oligodendrócitos no central. 
- No SNP periférico as fibras nervosas de 
agrupam em feixes, formando os nervos. 
1. Fibras nervosas mielínicas: 
- Cada axônio é circundado por células de 
Schwann, que se colocam em intervalos ao 
longo de seu comprimento. 
- Essas células formam duas bainhas, a de 
mielina e a de neurilema.
- Essas bainhas interrompem-se em intervalos 
mais ou menos regulares. As interrupções 
são chamadas de nódulos de Ranvier. 
- A condução do impulso nervoso é, portanto, 
saltatória, ou seja, potenciais de ação só 
ocorrem nos nódulos de Ranvier e saltam em 
direção ao nódulo mais distal, o que confere 
maior velocidade ao impulso nervoso. Isso é 
possível em razão do caráter isolante da 
bainha de mielina, que permite à corrente 
elétrica, provocada por cada potencial de 
ação, percorrer todo o internódulo sem 
extinguir-se.
2. Fibras nervosas amielínicas: 
- Conduzem o impulso nervoso mais 
lentamente. 
D. Nervos: 
- Logo após sair do tronco encefálico, da 
medula espinhal ou de gânglios sensitivos, 
as fibras nervosas motoras e sensitivas 
reúnem-se em feixes que se associam a 
estruturas conjuntivas, constituindo nervos 
espinhais e cranianos. 
- Os grandes nervos são mie l ín icos . 
Apresentam um envoltór io chamado 
epineuro. Em seu interior, colocam-se as 
fibras nervosas organizadas em fascículos. 
Cada fascículo é delimitado pelo perineuro. 
Dentro de cada fascículo formam o 
endoneuro.
- Na media em que o nervo se distancia de sua 
origem, os fascículos o abandonam para 
entrar nos órgãos a serem inervados. 
- Os capilares sanguíneos encontrados no 
endoneuro são capazes de selecionar as 
moléculas que encontram em contato com 
as fibras nervosas. Assim, tem-se uma 
barreira hematoneural.
NERVOS EM GERAL: 
- Nervos são cordões esbranquiçados 
constituídos por feixes de fibras nervosas, 
reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o 
SNC aos órgãos periféricos. 
- Podem ser espinhais ou cranianos. 
- A função dos nervos é conduzir, através de 
suas fibras, impulsos nervosos do SNC para 
a periferia e da periferia para o SNC. 
�8 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
- São três as bainhas conjuntivas que entram 
na constituição de um nervo: epineuro, 
perineuro e endoneuro.
- Os nervos são quase totalmente desprovidos 
de sensibilidade. 
- Se um nervo é estimulado, a sensação 
geralmente dolorosa é sentida não no ponto 
estimulado, mas no território sensitivo que 
ele inerva. 
• Quando um membro é amputado, os 
cotos nervosos irritados podem originar 
impulsos nervosos que são interpretados 
pelo cérebro como se fossem originados 
no membro retirado, resultando na 
chamada dor fantasma.
- Os nervos podem bifurcar ou anastomosar. 
- O origem real correspondente ao local onde 
estão localizados os corpos dos neurônios, 
como a coluna anterior da medula, os 
núcleos dos nervos cranianos ou os gânglios 
sensitivos. 
- A origem aparente corresponde ao ponto de 
emergência ou entrada do nervos na 
superfície do SNC. 
I. Terminações nervosas: 
- As fibras nervosas dos nervos modificam-se, 
dando origem formações complexas, as 
terminações nervosas.
- As terminações nervosas podem ser de dois 
tipos: sensitivas (aferentes) ou motoras 
(eferentes). 
- As te rminações sens i t i vas , quando 
estimuladas por uma forma adequada de 
energia (mecânica, calor, luz), dão origem a 
impulsos nervosos que seguem pela fibra em 
direção ao corpo neuronal. 
- As terminações nervosas motoras existem na 
porcão terminal das fibras eferentes e são os 
elementos pré-sinápticos das sinapses 
neuroefetuadoras, ou seja, inervam músculos 
ou glândulas. 
- O termo receptor sensorial refere-se à 
estrutura neuronal ou epitelial capaz de 
transformar estímulos físicos ou químicos em 
atividade bioelétrica. 
- As terminações nervosas motoras ou junções 
neuroefetuadoras são menos variadas que as 
sensit ivas. Podem ser somáticas ou 
viscerais. 
II. Nervos espinhais: 
- São aqueles que fazem conexão com a 
medula espinhal e são responsáveis pela 
inervação do tronco, dos membros e das 
partes da cabeça. 
- São em número 31 pares. 
• 8 pares denervos cervicais. 
• 12 pares torácicos. 
• 5 pares lombares. 
• 5 pares sacrais. 
• 1 par coccígeo. 
- Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, 
onde estão os corpos dos neurônios 
sens i t i vos pseudoun ipo la res , cu jos 
prolongamentos central e periférico foram a 
raiz. 
- A raiz ventral (anterior) é formada por axônios 
que se originam em neurônios situados na 
coluna anterior e lateral da medula. 
- Da união da raiz dorsal (posterior), sensitiva, 
com a raiz ventral (anterior), motora, forma-se 
o tronco do nervo espinhal, que é misto. 
- As fibras que se ligam periféricamente a 
terminações nervosas aferentes conduzem 
os impulsos centripetamente e são aferentes. 
- As fibras que se originam em interceptores 
são viscerais. As que se originam em 
proprioceptores ou exteroceptores são 
somáticas. 
• As fibras originadas em exteroceptores ou 
fibras exteroceptivas, conduzem impulsos 
�9 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
originados na superfície, relacionados com 
a temperatura, dor, pressão e tato. 
• As fibras proprioceptivas podem ser 
conscientes ou inconscientes.
- O tronco do nervo espinhal sai do canal 
vertebral pelo forame intervertebral e logo de 
divide em ramo posterior e anterior, ambos 
mistos. 
- Os ramos posteriores dos nervos espinhais 
se distribuem aos músculos e à pele da 
região dorsal do tronco, da nuca e da região 
occipital.
- Os ramos anter iores representam a 
continuação do tronco do nervo espinhal. Se 
distribuem pela musculatura, pele, ossos e 
vasos dos membros, bem como para a 
região anterolateral do pescoço e tronco. 
- Os nervos originados dos plenos são 
plurissegmentares, ou seja, contêm fibras 
originadas em mais de um segmento 
medular. 
- J á o s n e r v o s i n t e r c o s t a i s s ã o 
unissegmentares, isto é, suas fibras se 
originam de um só segmento medular. 
- O trajeto de um nervo pode ser superficial ou 
profundo. 
• Os superficiais são predominantemente 
s e n s i t i v o s , e o s p r o f u n d o s s ã o 
predominantemente motores. 
A. Dermátomo: 
- Denomina-se dermátomo o território cutâneo 
inervado por fibras de uma única raiz dorsal. 
- Ele recebe o nome da raiz que o inerva, por 
exemplo, C3, T5, L4, entre outros. 
- O estudo da topografia dos dermátomos é 
muito impotante para a localização de lesões 
radiculares ou medulares e, para isso, 
existem mapas onde são representados nas 
diversas partes do corpo. 
B. Eletromiografia: 
- Estudo da atividade elétrica dos músculos 
estriados esqueléticos durante a contração 
muscular. 
- São colocados eletrodos sobre a pele ou 
podem ser inseridos como agulhas nos 
músculos a serem estudados. 
- Pode-se registrar diversas situações 
fisiológicas, características de potenciais 
elétricos. 
C. Tipos de lesão nervosa: 
- Neuropraxia: interrupção transitória da 
condução nervosa sem lesão anatômica. 
Bom p rognós t i co . Oco r re somen te 
compressão do nervo e a pessoa apresenta 
recuperação total.
- Axoniotmese: lesão do axônio com 
preservação total ou parcial da estrutura do 
nervo. Ou seja, lesão da fibra nervosa mas 
p rese rvação do t ec ido con jun t i vo . 
Recuperação incompleta. 
- Neurotmese: lesão anatomica completa. 
Lesão completa das fibras e do tecido 
conjuntivo. Não há recuperação e não ser 
cirúrgica. 
PLEXO CERVICAL: 8 PARES 
- O plexo cervical é formado pelos ramos 
anteriores dos nervos espinhais de C1 - C4. 
- Localiza-se em um plano profundo ao ECM e 
superficialmente aos músculos escaleno 
médio e levantador da escápula. 
- As alças são característica do plexo cervical. 
- O plexo é formado por ramos superficiais 
que seguem em sentido posterior e são 
sensitivos; também é formado por ramos 
profundos que seguem em sentido anterior e 
são motores. 
- Os nervos sensitivos emergem no ponto 
nervoso do pescoço (ao redor do meio da 
margem posterior do músculo ECM).
�10 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
• Formam alça nervosa. 
• Os ramos do plexo cervical que se 
originam da alça nervosa entre C2 e C3 
são: 
- Nervo occipital menor (C2): supre a 
pele do pescoço e couro cabeludo 
postero-superior a orelha. Possui 
direção ascendente.
- Nervo auricular magno (C2 e C3): 
supre o processo mastoide, a pele 
sobre a glândula parótida e as duas 
faces da orelha. Possui direção 
ascendente. 
- Nervo cervical transverso: supre a 
pele da região cervical anterior. Possui 
direção no plano transverso. 
• Os ramos do plexo cervical que se 
originam da alça nervosa formada entre os 
ramos anteriores de C3-C4: 
- Nervos supraclaviculares: medial, 
intermédio e lateral. Enviam pequenos 
ramos para a pele do pescoço que 
cruza a clavícula e suprem a pele do 
ombro. 
• Medial: pele da articulação medial 
da clavícula. 
• Intermédio: pele da região da 
clavícula. 
• Lateral: pele da ponta do ombro. 
- Alça cervical: são nervos motores. A raiz 
superior da alça cervical conduz fibras dos 
nervos esp inha is C1 e C2, une-se 
momentaneamente do nervo hipoglosso e 
depois se separa. 
• A raiz inferior da alça cervical origina-se de 
uma alça entre os nervos C2 e C3. 
• As raizes superior e inferior unem-se 
formando a alça cervical.
• Inervam os músculos infraióideos. 
• C1 via nervo hipoglosso suprem o 
músculo tireóideo e genio-hioideo.
• C2 e C3 suprem os músculos omoioideo, 
esternoioideo, e esternotireoideo.
- C2, C3 e C4 passam pela raiz espinhal no 
forame magno encontram uma fibra saindo 
da raiz craniana e formam o nervo 
acessório. 
- C2, C3, C4 e nervo acessório suprem os 
músculos ECM e trapézio. 
- C3, C4 e C5 (formação do plexo braquial): 
foram o nervo frênico que inerva o músculo 
d ia f ragma, a p leura par ie ta l (par te 
mediastinal) e o pericárdio. 
PLEXO BRAQUIAL: 12 PARES 
- É uma importante rede nervosa que vai suprir 
o membro superior. 
- São formados por ramos de C5, C6, C7, C8 e 
T1. 
• Podem haver variações: 
- Pré-fixado (C4-C8): quando começa em 
um nível acima em C4. 
- Pós-fixado (C6-T2): quando começa 
depois em C6. Pode acarretar em mais 
problemas de compressão nervosa 
destes ramos. 
- Formam troncos, divisões e fascículos.
- Na parte inferior do pescoço, as raizes do 
plexo braquial se unem para formar três 
troncos: 
• Os troncos estão relacionados com os 
músculos escalenos, que elevam a 
costela. Vão ser chamados de superior, 
médio e inferior, de acordo com o 
músculo.
• Tronco superior: união de C5 e C6.
• Tronco médio: continuação de C7.
• Tronco inferior: união de C8 e T1. 
�11 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
- Cada tronco ramifica-se em divisões anterior 
e posterior quando o plexo atravessa a 
clavícula. 
• D i v i s õ e s a n t e r i o r e s : s u p r e m o s 
compartimentos anteriores (flexores) do 
membro superior. 
• Div i sões pos te r i o res : sup rem os 
compartimentos posteriores (extensores) 
do membro superior. 
- As divisões dos troncos formam três 
fascículos do plexo braquial: 
• São nomeados a partir da artéria axilar. 
• Fascículo lateral: divisões anteriores dos 
troncos superior e e médio unem-se para 
formar o fascículo lateral. Situa-se 
lateralmente a artéria axilar.
• Fascículo posterior: divisões dos três 
troncos unem-se unem-se para formar o 
f a s c í c u l o p o s t e r i o r . S i t u a - s e 
posteriormente a artéria axilar. 
• Fascículo medial: divisão anterior do 
tronco inferior continua como fascículo 
medial. Situa-se medialmente a artéria 
axilar.
Em casos de espessamento muscular entre a 
clavícula e a escápula, há compressão nervosa 
e vascular dando a síndrome do desfiladeiro 
torácico, causando formigamento, dor 
irradiada, extremidade fria, pulso fino em 
rotação contra-lateral. 
- O plexo braquial é divido em partes 
supraclavicular e infraclavicular pela 
clavícula. 
- Os 4 ramos da parte supraclavicular do plexo 
originam-se das raízes anteriores e troncos 
do plexo braquial. 
• Nervo dorsal da escápula.• Nervo torácico longo. 
• Nervo do músculo subclávio. 
• Nervo supra-espinal. 
• Nervos para os músculos escalenos e 
longo do pescoço. 
• Nervo frênico. 
- Os ramos da parte infraclavicular do plexo 
originam-se dos fascículos do plexo braquial. 
Nervos supraclaviculares: 
- Nervos para músculos escalenos e longo do 
pescoço: formado de C5, C6, C7 e C8. Agem 
como levantador da costela 1 e 2.
- Nervo dorsal da escápula: origina de C5. 
Inerva o rombóide maior e menor e 
levantador da escápula. 
- Nervo torácico longo: origina da raiz de C5, 
C6 e C7. Inerva o músculo serrátil anterior. 
Faz a anteriorização da escápula.
• A lesão neste nervo causa a escápula 
alada. O nervo é superficial, tornando 
comum a sua lesão. 
- Nervo supraescapular: origina da raiz de C5 
e C6. Inerva os músculos supra-espinal e 
infra-espinal. Possui função de movimento 
de rotação lateral como manguito rotador e 
adução do ombro até 45º. 
• Quando les ionado, a pessoa não 
consegue abrir o braço. 
- Nervo para o músculo subclávio: origina-
se da raiz de C5 e C6. Inerva o músculo 
subclávio. Possui função de manter a 
clavícula em posição e sua mobilidade. 
A lesão dos nervos supraclaviculares são 
decorrentes de hiperlateralização da cabeça. 
Resultam de um aumento excessivo no angulo 
entre o pescoço e o ombro. Causam distensão 
ou ruptura das partes superiores do plexo 
braquial ou avulsão das raízes do plexo. 
Paralisia de Erb-Duchenne: paralisia do 
músculos do ombro e braço supridos pelos 
nervos espinhais C5 e C6: deltoide, bíceps 
braquial e braquial. Braço acometido sem 
movimento, ao lado do corpo, com o ombro 
rodado internamente, cotovelo estendido, e 
�12 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
punho ligeiramente fletido; perda de abdução e 
rotação externa do braço; incapacidade de 
flexão do cotovelo e supinação do antebraço. 
Lesão característica de partos. 
Nervos infraclaviculares: 
- Nervo peitoral lateral: formado do fascículo 
lateral, fibras de C5, C6 e C7. Inerva o 
músculo peitoral lateral. Possui ação de 
adução. 
- Nervo peitoral medial: formado pelo 
fascículo medial, fibras de C8 e T1. Inerva o 
músculo peitoral menor e maior. Possui ação 
de rotação da escápula. 
- Nervo subescapular superior e inferior: 
saem do fascículo posterior, fibras de C5 e 
C6. O subescapular superior inerva a parte 
superior do músculo subescapular. O 
subescapular inferior inerva a parte inferior 
dos músculos subescapular e redondo maior. 
Possuem ação de manguito rotador e 
rotação interna. O redondo maior ajuda na 
adução e extensão. 
- Nervo toracodorsal: sai do fascículo 
posterior, fibras de C6, C7 e C8. Inerva o 
músculo latíssimo do dorso. Possui ação de 
extensão do braço. 
- Nervo cutâneo medial do braço: sai do 
fascículo medial, fibras de C8 e T1. Inerva a 
região medial do braço. É sensitivo. 
- Nervo cutâneo medial do antebraço: sai do 
fascículo medial, fibras de C8 e T1. Inerva a 
região medial do antebraço. É sensitivo. 
Lesão dos nervos infraclaviculares é causada 
devido hipertensão do braço. 
Lesão de Klumpke ou paralisia de Klumpke: 
menos comuns. Podem ocorrer quando o 
membro superior é subitamente puxado para 
cima ou quando o membro superior de um feto 
é tracionado excessivamente durante o parto. 
Esses eventos podem arrancar as raízes dos 
nervos espinhais da medula espinhal. Os 
músculos curtos da mão são afetados, 
resultando em mão em garra, o braço fica 
fletido e não tem reflexo palmar. 
Ramos principais do plexo braquial: 
Região do ombro: nervo axilar. 
Região posterior de braço e antebraço: nervo 
radial. 
Região anterior e medial o braço: nervo 
musculocutâneo.
Região anterior de antebraço (porção lateral) e 
região tenar na mão: nervo mediano. 
Região anterior de antebraço (porção medial) e 
restante da mão: nervo ulnar. 
- Nervo axilar: ramo terminal do fascículo 
posterior, fibras de C5 e C6. Inerva o 
músculo deltóide (abdução a partir de 45º) e 
músculo redondo maior (rotação lateral). 
• Dá origem ao nervo cutâneo lateral 
superior do braço. 
Lesão nervosa periférica: sintomas motores e 
sensitivos. Formigamento e dor. Identificação e 
avaliação: abrir até 45º e depois fazer 
resistência pedindo para o paciente tentar abrir 
mais do que 45º. A rotação lateral será feita 
porque os outros músculos compensam, mas a 
abertura maior do que 45º não.
- Nervo radial: ramo terminal do fascículo 
posterior, fibras de C5, C6, C7, C8 e T1. É o 
maior nervo. Inerva todos os músculos 
extensores do compartimento posterior do 
braço e antebraço; pele da região posterior e 
inferolateral do braço, região posterior do 
antebraço e dorso da mão lateral à linha 
axial do 4º dedo. 
• Dá origem ao nervo cutâneo lateral inferior 
do braço; nervo cutâneo posterior do 
braço; nervo cutâneo posterior do 
antebraço; ramo superficial do nervo 
radial.
• Braço: m. ancôneo (extensão do cotovelo), 
m. t r íceps braquia l (extensão do 
antebraço). 
�13 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
• Antebraço: todos os extensores, incluindo, 
mm. braquioradial, supinador, abdutor 
longo do polegar. 
Paralisia do nervo radial por compressão do 
nervo na axila (órtese muleta axilar mal 
posicionada), ocasionando a mão em gota.
A fratura do terço medial do úmero pode 
seccionar o nervo transversalmente. Quanto 
mais distal, melhor o prognóstico, ao passo 
que, quanto mais proximal, pior o prognóstico. 
Ocasiona a mão em gota. 
- Nervo músculo cutâneo: ramo terminal do 
fascículo lateral, fibras de C5, C6 e C7. 
Inerva a parte anterior e possui função 
motora e sensitiva. Inerva os músculos 
coracobraquial (flexão do braço), bíceps 
braquial (supinação) e braquial (flexão do 
antebraço e cotovelo). 
• Continua como músculo cutâneo lateral 
do antebraço. 
Lesão piora na flexão do antebraço e do 
cotovelo. Há presença de formigamento. 
- Nervo mediano: formado pelos fascículos 
medial e lateral, fibras de C6, C7, C8 e T1. 
Atravessa o músculo pronador redondo e 
inerva quase todos os flexores, exceto o 
flexor ulnar do carpo e metade lateral do 
flexor profundo dos dedos. 
• Sua inervação sensitiva palma da mão 
lateral à linha axial do 4º dedo e a ponta 
desses dedos. 
• Músculos: os flexores (exceto flexor ulnar 
do carpo e metade lateral do flexor 
profundo dos dedos) oponente do polegar, 
pronador redondo, pronador quadrado, 
palmar longo, adutor curto do polegar, e 
lumbricais. 
Síndrome do túnel do carpo: processo 
inflamatório que gera edema na região não 
maleável (túnel do carpo), e faz com que o 
nervo seja muito estimulado. Acarretando em 
um paciente que não consegue segurar coisas 
e pode apresentar hipertrofia.
Teste de Phalen: flexione ao máximo os punhos 
com o dorso das mãos encostando um no 
outro e veja se consegue permanecer na 
posição. Pode ser realizando o teste de phalen 
invertido. 
Teste de Tínel: pressione o nervo mediano na 
região do túnel do carpo e note se sente algum 
formigamento ou dor na ponta dos dedos. 
- Nervo ulnar: formado pelo fascículo medial, 
fibras de C8 e T1, e muitas vezes de C7. 
Inerva todos os músculos intrínsecos da 
mãos, adutores e 2 músculos do antebraço 
flexor ulnar do carpo e metade medial do 
músculo flexor profundo dos dedos. 
• Emite o ramo palmar superficial do nervo 
ulnar, que inerva a linha medial do 4º dedo 
e o 5º dedo. 
• Músculos: metade medial do flexor 
profundo dos dedos, flexor do dedo 
mínimo, adutor do polegar, I interósseo 
dorsal e palmar, oponente do dedo 
mínimo, abdutor do dedo mínimo, IV e III 
lumbricais, adutor do polegar, flexor curto 
do polegar e flexor ulnar do carpo. 
Síndrome do túnel ulnar: ciclistas comprimem a 
área do nervo ulnar. Em caso de lesão do 
maléolo medial do úmero, pode seccionar o 
nervo ulnar, acarretando na não inervação dos 
músculos intrínsecos do antebraço. O sinal 
clínico será dificuldade de fechar o 4º e 5º 
dedos, ocasionando a mão em garra. 
- Lesões do plexo braquial: características.• Punho caído: lesão do nervo radial. 
• Mão em benção: lesão do nervo mediano. 
• Mão em garra: lesão do nervo ulnar. 
Parte sensitiva do plexo braquial: 
- Nervo axilar emite o ramo para o nervo 
cutâneo lateral do braço. 
- Nervo músculo cutâneo se torna o nervo 
cutâneo lateral do antebraço. 
�14 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
- Do fascículo medial surgem os nervos 
cutâneos medial do braço, e nervo cutâneo 
medial do antebraço. 
- O nervo radial emite ramo superficial do 
nervo radial. 
- O nervo mediano inerva superficialmente a 
parte palmar da mão até a metade lateral do 
4º dedo. 
- O nervo ulnar emite ramo palmar superficial 
do nervo ulnar e inerva superficialmente a 
metade medial do 4º dedo e o 5º dedo. 
PLEXO LOMBAR: 5 PARES 
- São formados por ramos anteriores de L1, 
L2, L3 e L4. 
- O plexo lombar só inerva os músculos 
transverso e oblíquo interno. 
- Nervo ílio-hipogástrico: ramo de T12 e L1. 
Aparece entre o psoas maior e o quadrado 
lombar. Inerva os músculos transverso e 
oblíquo interno. Emite ramos cutâneos 
laterais e anterior. O nervo subcostal 
contribui para a formação do nervo ílio-
hipogástrico. 
• Ramo cutâneo lateral: inerva a região da 
pele sobre os músculos tensor da fáscia 
lata e glúteo médio. 
• Ramo cutâneo anterior: inerva a pele 
acima do ligamento inguinal e da região 
supra-púbica. 
- Nervo ílio-inguinal: ramo de L1. Passa entre 
o psoas maior e o quadrado lombar. Inerva 
os músculos transverso e oblíquo interno. 
• Acaba se transformando em um ramo 
genital que passa dentro do canal inguinal. 
Assim deixa o canal inguinal e se 
transforma em músculo escrotal e 
músculo labial anterior e inervam a pele da 
região anteromedial da coxa.
• Inerva a região anterior do escroto ou lábio 
maior.
- Nervo genitofemoral: ramo de L1 e L2. 
Perfura o psoas maior e se divide em dois 
ramos: genital e femoral.
• Ramo genital: no homem passa dentro do 
funículo espermático e na mulher pelo 
canal inguinal. Inerva os músculos 
cremaster (contração e relaxamento do 
testículo), túnica dartos (enruga e 
desenruga o testículo), e a pele do escroto 
ou lábio maior. 
• Ramo femoral: é sensitivo. Inerva a pele 
da região anterior da coxa.
- Nervo cutâneo femoral lateral: ramos de L2 
e L3. Perfura abaixo do ligamento inguinal e 
vai para a pele lateral da coxa. É sensitivo e 
inerva a região lateral da coxa. 
- Nervo femoral: ramo de L2, L3 e L4. Passa 
pela margem lateral do músculo psoas maior, 
passa abaixo do canal inguinal e trígono 
femoral lateralmente. Inerva os músculos 
anteriores da coxa.
• Músculos: íliopsoas, pectíneo, sartório e 
quadríceps. 
• Emite ramos cutâneos anteriores. 
• O nervo femoral ao passar pela fossa 
poplíta vira nervo safeno e inerva a pele 
sobre a veia safena magna.
- Nervo obturatório: ramo de L2, L3 e L4. 
Perfura a membrana obturatória e inerva o 
obturador externo. Inerva os músculos: 
• Obturador externo, pectíneo, adutor longo, 
adutor curto, adutor magno e grácil. 
• Emite ramo cutâneo. 
PLEXO SACRAL: 5 PARES 
- É continuação do plexo lombar. 
- O músculo de referência é o piriforme. 
- Todos os nervos atravessam o forame 
isquitático maior e saem na pelve. Apenas 
�15 PAULA R. C. PENTEADO
� 30 de março de 2019
um deles retorna à pelve pelo forame 
isquiático menor. 
- Nervo glúteo superior: ramo de L4, L5 e 
S1. Inerva o glúteo médio, mínimo e músculo 
tensor da fáscia lata. 
- Nervo glúteo inferior: ramo de L5, S1 e S2. 
Inerva o glúteo máximo.
- Nervo cutâneo femoral posterior: ramo de 
S1, S2 e S3. É sensitivo. Localizado na face 
posterior da coxa. 
• Emitem ramos com nomes próprios: 
nervos clúneos inferiores. São ramos 
terminais. 
- Nervo pudendo: ramos de S2, S3 e S4. Esse 
nervo sai pelo forame isquiático maior e volta 
pelo forame isquiático menor. Inerva o 
músculo esfíncter externo e a bexiga. 
• Emite ramos diretos: nervos retais 
inferiores, nervos escrotais ou labiais 
posteriores, músculos períneo e nervo 
dorsal do pênis ou do clitoris (sensitivo — 
ereção).
- Nervo isquiático: ramos de L4, L5, S1, S2 e 
S3. É formado pela união de dois nervos: 
fibular comum e tibial. Atravessa o forame 
isquiático maior, vai para a face posterior da 
coxa e confere a motricidade para os 
músculos posteriores. 
• Músculos: bíceps femoral, semitendíneo, 
semimembranáceo e parte do adutor 
magno. 
• Quando chega na fossa poplítea ele se 
divide novamente em nervo fibular comum 
e nervo tibial. 
Pode causar a síndrome do piriforme em 
algumas pessoas em que o nervo passa no 
meio do músculo piriforme, e na academia ou 
esportes em que a sua hipertrofia pode causar 
compressão. 
- Nervo fibular comum: ramo de L4, L5, S1 e 
S2. O fibular comum passa ao redor da 
cabeça da fíbula, mais externamente. É 
dividido, então, em nervo fibular superficial e 
nervo fibular profundo.
• Nervo fibular superficial : confere 
motricidade aos músculos fibular longo e 
fibular curto. Quando chega no maléolo 
lateral, emite ramos cutâneos (sensitivos) 
para a face lateral do tornozelo e dorso do 
pé. 
• Nervo fibular profundo : con fe re 
motricidade para os músculos tibial 
anterior, extensor longo do hálux e dos 
dedos, fibular terceiro, extensor curto dos 
dedos e do hálux. Emite ramos cutâneos 
entre o hálux e o segundo dedo. 
- Nervo tibial: L3, L4 e L5. Inerva todos os 
músculos da face posterior da perna, como o 
m ú s c u l o p o p l í t e o , p l a n t a r, s ó l e o , 
gastrocnêmio, tibial posterior, flexor longo do 
hálux e flexor longo dos dedos. 
• O nervo tibial contorna o maléolo medial e 
vai para a face plantar e emite dois ramos: 
nervo plantar medial e nervo plantar lateral 
(sensitivos). 
- Ramos diretos sem fazer parte do plexo: 
• L4, L5 e S1: nervo para os músculos 
quadrado femoral e gêmeo inferior. 
• L5, S1 e S2: nervo para os músculos 
gêmeo superior e obturador interno. 
• S1 e S2: nervo para o músculo piriforme. 
PLEXO COCCÍGEO: 1 PAR 
- S4, S5 e cóccix: inerva a pele da região 
coccígea. 
�16 PAULA R. C. PENTEADO

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