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Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 1 TVP e TEP A embolia pulmonar vem de um trombo na maioria das vezes. É uma doença/entidade não somente do cardiologista, qualquer área o profissional pode se deparar com uma TEP. Necessário ter sempre a suspeita e o diagnóstico. Embolia pulmonar e TVP, em conjunto, constituem uma das 3 grandes doenças vasculares, sendo as outras IAM e AVC. O tromboembolismo venoso (TEV) engloba EP e TVP. A maioria das mortes entre pacientes internados com embolia pulmonar é causada pela IC direita derivada da embolia pulmonar inicial, ou a partir de embolia pulmonar recorrente, apesar de anti-coagulação adequada. A taxa de mortalidade intra-hospitalar para pacientes que apresentam instabilidade hemodinâmica é de aproximadamente 30%, 10x maior do que para os pacientes que se encontram hemodinamicamente estáveis. A embolia pulmonar diminui a qualidade de vida e causa complicações importantes em longo prazo, incluindo TEV recorrente, hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTC) e síndrome pós-trombótica (também chamada de insuficiência venosa crônica) envolvendo membros inferiores. A embolia pulmonar e TVP aumentam com frequência com a idade, mas ocorrem em crianças e adolescentes da mesma forma que nos idosos. Os avanços nas estratégias diagnósticas, terapêuticas e preventivas, em conjunto com os grandes saltos na compreensão atual da fisiologia, continuam surgindo a um ritmo rápido, sem precedentes. A disponibilidade de novos anticoagulantes orais, tais como rivaroxabana, permitem o manejo de EP e TVP. Para pacientes que necessitam de terapia avançada, novas ferramentas invasivas, como trombólise facilitada por ecografia e guiada por cateter com uma dose baixa de ativador do plasminogênio tecidual, prometem uma menor taxa de complicações hemorrágicas do que as associadas à trombólise tradicional, administrada sistemicamente. Trombose venosa profunda: Na maior parte é dos membros inferiores. Ocorre nos vasos venosos à as veias possuem válvulas que auxiliam no retorno do sangue ao coração, e elas funcionam também com os impulsos musculares. A TVP caracteriza-se pela formação de trombos dentro de veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores. As principais complicações decorrentes dessa doença são: insuficiência venosa crônica/ síndrome pós-trombótica (edema e/ou dor em MMII, mudança na pigmentação, ulcerações na pele) e embolia pulmonar (EP >> alta taxa de mortalidade). A rápida adoção de estratégias Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 2 diagnósticas e terapêuticas é crucial para evitar essas complicações. Se a pessoa tem válvulas defeituosas, essas válvulas podem não funcionar direito deixando o sangue acumulado e formando trombos. Algumas situações podem dificultar o retorno venoso e favorecer a estase sanguínea, como ficar sentado por longos períodos de tempo. Fatores de risco: • Trauma cirúrgico e não cirúrgico. • Idade > 40 anos. • TVP prévia. • Imobilização. • Viagens aéreas. • Doença maligna. • IC. • IAM. • Paralisia dos MMII. • Obesidade. • Veias varicosas. • Estrogênio. • Periparto e puerpério. • DPOC. • Desordens da coagulação: deficiência da proteína C e S; resistência à proteína C; deficiência de antitrombina III; mutação e protrombina; entre outros. Os principais fatores de diretamente ligados à gênese dos trombos são: estase sanguínea, lesão endotelial e estados de hipercoagulabilidade. Portanto, idade avançada, câncer, procedimentos cirúrgicos, imobilização, uso de estrogênio, gravidez, distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos, constituem fator de risco para a TVP. A sua incidência aumenta proporcionalmente com a idade, sugerindo que esta seja o fator de risco mais determinante para um 1º evento de trombose. Desordens da coagulação: • Deficiência da proteína C e S. • Resistência à proteína C (fator V de Leiden). • Deficiência da antitrombina III. • Mutação de protrombina. • Anticorpo anti-fosfolípide e anti cardiolipina; desfibrinogenemias. • Desordens do plasminogênio. Para efeitos didáticos, os fatores de risco podem ser classificados como: 1. Hereditários ou idiopáticos: resistência à proteína C ativada (principalmente fator V de Leiden), mutação do gene da protrombina G20210A, deficiência de antitrombina, deficiência de proteína C, deficiência de proteína S, hiperhomocisteinemia, aumento do fator VIII, aumento do fibrinogênio. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 3 2. Adquiridos ou provocados: síndrome do anticorpo antifosfolipídio, câncer, hemoglobinúria paroxística noturna, idade > 65 anos, obesidade, gravidez e puerpério, doenças mieloproliferativas, síndrome nefrótica, hiperviscosidade, doença de Behçet, trauma, cirurgias, imobilização, terapia estrogênica. Tríade se Virchow: estase venosa, lesão endotelial e estado de hipercoagulabilidade. Classificação da TVP: • Relação da TVP com EP: o TVP é mais comum nos membros inferiores do que nos superiores, quanto mais próximo do território venoso profundo o trombo estiver, maior a chance de embolizar e causar TEP. **Muitos pacientes com TEP maciço não mostram ao USG evidencias de TVP, provavelmente porque o coágulo já embolizou para o pulmão. A classificação da TVP nos membros inferiores é dividida segundo a sua localização: • Proximal: quando acomete a veia ilíaca e/ou femoral e/ou poplítea. • Distal: quando acomete as veias localizadas abaixo da poplítea. O risco de EP e a magnitude da síndrome pós-trombótica (SPT) decorrente da TVP proximal são maiores. Entretanto, existe um risco de progressão da trombose distal para segmentos proximais, o que faz com que o diagnóstico e o tratamento da TVP distal sejam similares ao da TVP proximal. TVP de extremidades superiores: • Estão cada vez mais comuns devido aos implantes de marca-passo e cardiodesfibriladores ou cateteres de quimioterapia ou nutrição. • Solução: diminuir o diâmetro dos cateteres. • Esses pacientes têm risco aumentado de TEP, Síndrome da Veia Cava Superior e perda do acesso venoso. Medidas profiláticas: é a medida que apresenta custo-benefício dentro todas que podem ser implementadas, porém o paciente que a receberá deve ser cuidadosamente selecionado. • Profilaxia medicamentosa: o Heparina não fracionada. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 4 o Heparina de baixo peso molecular. o DOACS. Sintomas: • Dor na panturrilha. • Empastamento da panturrilha (sinal da bandeira). • Sinal de Homans: dor a dorso- flexão. Tratamento: • Anti-coagulação sistêmica + anti- coagulação oral. • Deambulação e meias após melhora do edema. Tratamento não farmacológico: meias elásticas de compressão gradual, filtro de veia cava, deambulação, remoção precoce de trombos. Se o paciente com TVP não for bem diagnosticado e tratado da forma correta, ele poderá levantar e ter um TEP devido ao desprendimento de um êmbolo e poderá vir a morte. Caminho até o pulmão: cava inferior à átrio direito à ventrículo direito à artéria pulmonar à pulmão. Dependendo do tamanho do embolo que se deslocou, é o local onde ele irá parar. Se for muito grande poderá parar dentro de artérias de grande calibre e comprometer a irrigação do pulmão. Se for menor, irá parar em áreas mais periféricas e não seria tão maciço. Tromboembolismo pulmonar: TEP é a consequência de um trombo formado no sistema venoso profundo, que se desprende e, atravessando as cavidades direitas do coração, obstrui a artéria pulmonar ou 1 de seus ramos. 3ª causa mais frequente de síndrome cardiovascular aguda, após IAM e AVC. É 8x maiorem indivíduos > 80 anos porque se movimentam menos e os vasos são mais acometidos devido aos fatores predisponentes. Fatores de risco relacionados ao paciente X fatores de risco relacionados ao contexto: A presença de fatores de risco para do TEV é a condição inicial para o estabelecimento de elevada suspeita clínica e, também, para a realização de adequada profilaxia. As situações em que prevaleçam um ou mais componentes da tríade de Virchow (estase venosa, lesão endotelial e estado de hipercoagulabilidade) são as propícias para o desenvolvimento da trombose. Os principais fatores de risco para o TEV são trauma cirúrgico e não cirúrgico, idade > 40 anos, TEV prévio, imobilização, doença maligna, IC, IAM, paralisia de membros inferiores, veias varicosas, estrogênio, parto, DPOC. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 5 A história de TVP é considerada fator de risco importante para recidivas. A alteração endotelial provocada pelo episódio inicial predispõe à formação de novos trombos, principalmente na presença de outros fatores de risco persistentes. Imobilização prolongada + TEV: situações que restringem a movimentação, com perda da bomba muscular, produzindo estase venosa nos membros inferiores. A mobilização prolongada está presente nas descompensações dos pacientes com ICC e DPOC e no período pós-operatório. Viagens aéreas também estão associadas a um maior risco de EP. ICC ou DPOC + TEV: a estase venosa proporcionada pela hipertensão pulmonar e a liberação de substâncias trombóticas (nestas situações) aumentam o risco de EP. AVC + TEV: a perda do tônus muscular reduz o retorno venoso, gerando estase no segmento acometido. O emprego de estrogênios como método de anticoncepção ou terapia de reposição hormonal é correlacionado com maior incidência de TEV. O tempo de uso e de suspensão dos contraceptivos também está correlacionado ao risco de trombose, sendo maior nos 4 primeiros meses após o início e desaparecendo 3 meses após a suspensão. Gravidez + TEV: causados por estase venosa e por alterações hematológicas, como aumento do nível de fatores de coagulação e do fosfolipídio A, além da redução de proteína C ativada. A TVP durante a gravidez, afeta mais frequentemente o membro inferior esquerdo, por compressão da veia ilíaca esquerda pela arteria femoral esquerda. Fatores de risco relacionados ao paciente: • Idade. • Alteração na coagulação. Fatores de risco relacionados ao contexto: • FR elevados: o Fratura de membro inferior. o Hospitalização por IC ou por fibrilação/flutter auricular nos 3 meses anteriores. o Substituição de anca ou de joelho. o Traumatismo major. o Enfarte do miocárdio nos 3 meses anteriores. o TEV prévia. o Lesão da medula espinal. • FR moderados: o Cirurgia artroscópica ao joelho. o Doenças autoimunes. o Transfusão de sangue. o Cateteres venosos centrais. o Cateteres e derivações intravenosos. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 6 o Quimioterapia. o ICC ou insuficiência respiratória. o Agentes estimulantes da eritropoiese. o Terapêutica de substituição hormonal (depende da formulação). o Fertilização in vitro. o Terapêutica com contraceptivos orais. o Período pós-parto. o Infecção (especificamente por pneumonia, ITU e vírus da imunodeficiência humana). o Doença inflamatória intestinal. o Cancro (situações de risco mais elevado de doença metastática). o AVC com paralisia. o Trombose venosa superficial. o Trombofilia. • FR baixos: o Repouso no leito por mais de 3 dias. o DM. o Hipertensão arterial. o Imobilidade por estar na posição sentado (viagem prolongada de carro ou de avião). o Idade avançada. o Cirurgia por laparoscopia (colecistectomia). o Obesidade. o Gravidez. o Veias varicosas. Classificação de TEP: A EP pode ser classificada em 3 síndromes clínicas: colapso circulatório, dispneia não explicada e dor torácica tipo pleurítica. Estas formas de apresentação clínica estão correlacionadas aos respectivos modelos fisiopatológicos: embolia maciça, embolia sub- maciças e infarto pulmonar. Nos pacientes estáveis clinicamente, a dispneia e a dor torácica são os sintomas mais frequentes. A dor torácica do tipo pleurítica correlaciona-se com os êmbolos que alcançam a periferia dos pulmões, levando ao infarto ou à hemorragia pulmonar. O infarto pulmonar ocorre quando as artérias brônquicas não são capazes de promover circulação colateral para o segmento do pulmão não perfundido; nesses casos, a hemoptise pode estar presente. A dor torácica com característica de angina de peito pode ser observada em casos graves. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 7 • Maciça: choque ou hipotensão. PA < 90 mmHg ou queda da PA ≥ 40 mmHg por + de 15 minutos, não sendo causada por arritmia, hipovolemia ou sepse. (1) Hipotensão arterial sistêmica caracteriza os pacientes com TEP maciço. Também podem ser observados sinais clínicos de insuficiência ventricular direita, como aumento da pressão venosa jugular e o aumento do componente pulmonar da 2ª bulha cardíaca. Uma taquicardia pode ser associar à presença de 3ª bulha, produzindo ritmo de galope. Um sopro de insuficiência tricúspide pode ser auscultado sendo sinal da dilatação do VD. Cor pulmonale secundário à TEP maciça pode produzir aumento da mortalidade. A súbita redução do DC causa hipofluxo cerebral, levando à perda do tônus postural, ocasionando a síncope, como forma de apresentação secundária à instabilidade hemodinâmica. • Não-maciça: é estabelecida na ausência dos sinais de EP maciça. Pode dar alta para este paciente. (3) • Sub-maciço: aqueles com EP não- maciça com sinais ecocardiográficos de disfunção de VD. o Sub-maciço de alto risco (2). Sintomas são mais parecidos com as maciças, porém sem estar em choque. o Sub-maciço de baixo risco. Pode dar alta para este paciente. Se assemelham mais aos sintomas das não maciças. Sinais e sintomas: • Embolias maciças: síncope, hipotensão arterial, choque, taquicardia, dispneia, cianose. • Embolias sub-maciças: dor torácica, dor pleurítica, dispneia, taquipnéia, tosse, hemoptise, cianose, taquicardia, febre. • TEP de baixo risco: não compromete nem circulação pulmonar e nem sistêmica. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 8 Avaliação da probabilidade clínica (pré- teste): a. Escore de Genebra. o EP ou TVP prévias. o FC de 75–94 bpm. o FC ≥ 95 bpm. o Cirurgia ou fratura no mês anterior. o Hemoptises. o Cancro ativo. o Dor unilateral num membro inferior. o Dor ou palpação venosa profunda num membro inferior ou edema unilateral. o Idade > 65 anos. b. Escore de Wells. o Suspeita de TEV. o Alternativa menos provável que EP. o FC > 100 bpm. o Imobilização ou cirurgia nas 4 semanas anteriores. o Tromboembolismo venoso ou EP prévia. o Hemoptise. o Malignidade. c. Escore de Pádua. o Câncer ativo. o TEV prévio. o Mobilidade reduzida. o Trombofilia. o Trauma ou cirurgia recente (< 1 mês). o Idade avançada (> 70 anos). o IC ou insuficiência respiratória. o IAM ou AVC. o Infecção aguda e/ou doença reumática. o IMC ≥ 30 kg/m2. o Tratamento hormonal. Exames de apoio: • ECG: sinais de sobrecarga de VD, BRD, desvio de eixo para a direita, padrão S1Q3T3 e inversão da onda T nas precordiais de V1 a V4, sendo a inversão da onda T em V1 a V4 a mais frequente. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 9 o ECG de TEP: S profunda de D1, Q patológica em D3 e uma T invertida em D3. Além de inversão da onda T nas derivações precordiais de V1 a V4. As ondas podemestar ausentes e ele ter taquicardia sinusal. • Radiografia de tórax: área de hipoperfusão pulmonar (sinal de Westmark); imagens cunciformes (sinal de Hampton); dilatação de A. Pulmonar (sinal de Palla); atelectasia; derrame pleural; elevação da semicúpula diafragmática. • D-dímero: S97% E42% – se NEGATIVO EXCLUI, mas se positivo não quer dizer que tem. • Ecocardiograma: transtorácico não visualiza o trombo, mas a função do VD. Transesofágico a acurácia para a visualização do trombo de 98% e pode ser à beira do leito. • US de MMII: diagnóstico de TVP. Avaliação complementar: • Exames de apoio ao diagnóstico: auxiliam a dar o diagnóstico da doença. • Exames de confirmação ao diagnóstico: Indiretos: busca-se sinais que se correlacionam com a presença de tromboembolia. 1. Cintilografia de ventilação/perfusão: pacientes com alta probabilidade clínica – E97% e S41%. Então: Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 10 Pacientes de alta probabilidade clínica e com alta probabilidade cintilográfica são diagnosticados com TEP. Pacientes com baixa probabilidade clínica e cintilográfica normal, o diagnóstico é excluído. Pacientes com baixa ou intermediária probabilidade, em mais de 2/3 dos casos é necessária a realização de outro método para esclarecer o diagnóstico. Diretos: identificação do trombo. Padrão ouro é a angiografia convencional, porém é difícil de ser feita, tomando conta a angioTC, porém não é o padrão ouro. 1. AngioTC: PIOPED II – tem alto valor preditivo positivo (96%) em pacientes com alta probabilidade para TEP e alto valor preditivo negativo (97%) para pacientes com probabilidade clínica baixa. Em pacientes com probabilidade clínica intermediária, tanto o VPN quanto o VPP foram de 92%. **Sempre ver qual método é o disponível. 2. AngioRM: alternativa a angioTC quando houver alergia ao contraste. Ausência de radiação. É contraindicada a pacientes com insuficiência renal crônica, devido à fibrose sistêmica (gadolínio). Permite realização de outras técnicas como perfusão, quantificação de fluxo nos grandes vasos e avaliação da função cardíaca. Desvantagens: resolução espacial menor, maior complexidade, dificuldade de monitorar o paciente. 3. Angiografia pulmonar: é o padrão ouro. Menor disponibilidade. Mais utilizada em pacientes instáveis com contraindicação ao uso de trombolíticos e com benefício à trombectomia por cateter. Tratamento – medidas gerais: • Estabilidade hemodinâmica: suporte farmacológica (agentes inotrópicos e vasoconstritores e suporte ventilatório) –– nos hipotensos (cristaloide, aminas vasopressoras nos resistentes à reposição polêmica); • Hipoxemia deve ser tratada com oxigenoterapia, intubação e suporte ventilatório mecânico podem ser necessários. • Instáveis acompanhar na UTI. • Estáveis podem ser tratados em unidades de intermediária complexidade. • Terapêutica trombolítica: PROVA! Maior benefício: 48 horas após o Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 11 início dos sintomas. Ainda útil até 6 a 14 dias de sintomas. O uso de trombolítico no tratamento de EP tem a sua base apoiada no fato desses fármacos serem mais eficazes que a heparina para dissolver trombos, e consequentemente, propiciarem melhor resultado clínico. Por outro lado, o uso de trombolíticos pode induzir a sangramentos, sendo, portanto, sua indicação limitada a subgrupos de pacientes que apresentem maior gravidade clínica. Os pacientes com instabilidade hemodinâmica e disfunção do VD, caracterizando EP maciça, representam o subgrupo de pior prognóstico, tendo indicação para o uso de trombolítico. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 12 Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 13 Infarto pulmonar Caracterizado por dor torácica pleurítica, que pode ser incessante ou ter períodos de melhora e piora. Hemoptise. O êmbolo tipicamente se aloja na periferia da árvore arterial pulmonar. Sinais e sintomas: febre, leucocitose, evidência radiológica de infarto pulmonar. Embolia pulmonar não-trombótica: • são incomuns. Podem ser – gordurosos, neoplásicos, gasoso e de líquido amniótico. • Gorduroso: trauma fechado complicado de ossos longos. • Gasoso: durante a remoção ou colocação de cateter venoso central. • Líquido amniótico: pode ser catastrófico levando à falência respiratória, choque cardiogênico e coagulação intravascular disseminado. • Drogaditos intravenosos: cabelo, algodão, talco – levando a contaminação e TEP séptico com endocardite da tricúspide ou pulmonar. Embolismo paradoxal: • Pode se manifestar através de um AVC. • Êmbolo venoso – sistema arterial – FOP. • Êmbolo: pequeno/ veia fina de MMII/ sem evidência de TVP ao USG. Desafio N2 Se ela teve dor torácica, poderia ser um TEP maciço ou sub-maciço. Está mais para um quadro pouco instável porque está hipotensa e com uma frequência respiratória aumentada, boa perfusão periférica. No ECG, uma onda T negativa nas derivações precordiais de V1 a V4. O eixo está em aVF quase desviando para a direita. Raio X tem um coração aumentado e as artérias pulmonares estão mais aumentadas. A principal hipótese diagnóstica é TEP. Ela apresenta alta probabilidade de ter uma TEP, então não é indicado que faça o teste de D-dímero (somente feita em probabilidade leve a média). Neste caso já é indicado fazer a angioTC direto. Medicina SLM – T7C Paula R. C. Penteado 04/11/2021 pág. 14 A paciente está estável, então o tratamento dela é com heparina ou fibrinolítico, a depender de como estiver a angioTC da paciente.