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Atividade avaliativa - PC VI - MANDADO DE INJUNÇÃO , MANDADO DE SEGURANÇA E AÇÃO CIVIL PÚBLICA

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Atividade avaliativa complementar
MANDADO DE INJUNÇÃO (ART. 5º, LXXI)
VALDENI DE SOUSA BRITO
Responda as questões abaixo:
1. ( F ) Os servidores públicos do Poder Judiciário do Estado de Tocantins estão sem aumento de sua remuneração desde janeiro de 2018 e sofrem com grave perda inflacionária. Por essa razão, a associação representativa dessa categoria de servidores pretende adotar as medidas cabíveis para viabilizar a produção desse princípio aplicável à Administração Pública. Considerada essa situação, pode-se afirmar ser cabível a impetração de mandado de injunção para a repressão à infração ao dever de legislar, qualquer que seja a omissão.
2. (V) Cabe mandado de injunção quanto à omissão de regulamentação de norma constitucional, podendo ser ajuizado por qualquer pessoa cujo exercício de um direito, liberdade ou prerrogativa constitucional esteja sendo inviabilizado em virtude da falta de norma reguladora da Constituição Federal.
3. (V) De acordo com a referida lei, o mandado de injunção coletivo pode ser promovido Pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis.
4. (V) O tribunal do Tocantins julgou procedente o pedido formulado pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins em sede de mandado de injunção coletivo. Logo após o trânsito em julgado do acórdão, sobreveio a Lei nº 186, que supriu o estado de mora legislativa e regulamentou a norma constitucional. À luz dessa narrativa, a Lei nº 186: produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados pelo acórdão, mesmo que a norma não seja mais favorável.
5. (V) Acerca do mandado de injunção e seus efeitos, pode-se afirmar que a decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. Todavia, poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.(	)
6. 	(V) A legitimação constitucional conferida à Defensoria Pública para a propositura do mandado de injunção coletivo está ligada a sua finalidade essencial na tutela de interesse difusos, coletivos e individuais homogêneos que tenham repercussão em interesses tutelados, especialmente relevantes para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5.º da Constituição Federal.
7. (F) Recebida a petição inicial, será ordenada a notificação do impetrado sobre o conteúdo da petição inicial, devendo-lhe ser enviada a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de cinco dias, preste informações.
8. (V) Há ausência de norma regulamentadora de direito social na Constituição da República, cuja edição é de competência da União, ao que se soma a constatação de que a mora legislativa já fora reconhecida em diversas decisões do tribunal competente, o Sindicato dos Radiologistas do Estado Tocantins, organização sindical regularmente constituída e em funcionamento há mais de 1 (um) ano, ingressa com Mandado de Injunção Coletivo perante o Supremo Tribunal Federal, pugnando pelo estabelecimento das condições necessárias à fruição do referido direito, de interesse de todos os servidores públicos lotados no Hospital de Diagnóstico por Imagem do respectivo ente, uma fundação pública estadual. Com o trânsito em julgado da decisão do Supremo Tribunal Federal, julgando procedente o pedido formulado, seus efeitos podem ser estendidos a casos análogos por decisão monocrática do relator.
9. (F) A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente incabível ou manifestamente improcedente, podendo o impetrante apelar, facultado ao relator, no prazo de cinco dias, retratar-se.
10. (F) Findo o prazo para apresentação das informações pelo impetrado e por órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, os autos serão conclusos para decisão.
11. (F) A Lei n. 13.300 de 2016 acolheu a posição concretista intermediária. Nesse cenário, é possível que o órgão omisso venha a suprir a omissão, mas em caso de mora o Supremo Tribunal Federal poderá concretizar os direitos fundamentais.
12. (V) Luiz Fernando estava impossibilitada de fruir determinado direito constitucional em razão da ausência de norma regulamentadora, que deveria ter sido editada pelo Congresso Nacional. Esse estado de mora legislativa vinha sendo reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos cinco anos, em diversos mandados de injunção anteriores, tendo o Congresso Nacional descumprido sistematicamente o prazo fixado para que a mora fosse sanada. Considerando a sistemática estabelecida pela ordem jurídica,
em especial pela Lei nº 13.300/2016, a injunção requerida por Luiz fernando deve será deferida, para estabelecer o modo como se dará o exercício do direito ou as condições em que o interessado pode promover ação própria visando a exercê-lo.
MANDADO DE SEGURANÇA
Responda as questões abaixo:
1. (F) De acordo com STJ, no Brasil a teoria da encampação não é aplicada no mandado de segurança
2. (V)O mandado de segurança coletivo só pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional ou organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há mais de um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados, independentemente de suas finalidades estatutárias.
3. (V) Conforme prevê a Lei do Mandado de Segurança, das decisões em MS proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.
4. (F) Será cabível mandado de segurança contra atos de gestão comercial praticados por administradores de empresas públicas.
5. 	(V) A fixação de prazo decadencial para o ajuizamento do mandado de segurança viola o direito à inafastabilidade da jurisdição.
6. (V) No âmbito do processo de mandado de segurança, não se admite a
imposição ao pagamento de honorários advocatícios, apesar da possibilidade de aplicação das penas em razão da prática de litigância de má-fé.
7. (F) Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar em mandado de segurança caberá apelação.
8. (V) A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes. Já os sindicatos possuem ampla legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença,
independentemente de autorização dos substituídos.
9. (F) O direito de requerer mandado de segurança extinguir- se-á decorridos 180 (cento e oitenta) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato
impugnado.
10. (F) Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, somente uma delas poderá requerer o mandado de segurança.
11. (F) O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do
direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 60 (sessenta) dias, quando notificado judicialmente.
12. (V) Sobre o procedimento do MS, a inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração.
13. (F) Sobre o procedimento do MS, o ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após a denúncia e antes do despacho da petição inicial.
14. (V) Concedido o mandado, o juiz designará audiência com intimação do paciente e da autoridade coatora.
15. (V) A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidosna segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
16. (V) No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em
cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição.
17. (V) O STF admite a legitimidade do parlamentar, e somente do parlamentar, para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de lei ou emenda constitucional incompatíveis com disposições constitucionais que disciplinam o processo legislativo.
AÇÃO POPULAR
1. (V) a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a
juízo do respectivo representante legal ou dirigente.
2. (F) O Ministério Público acompanhará a ação, sendo-lhe vedado apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, podendo, se o interesse público assim o indicar, defender o ato impugnado.
3. (V) Preocupado com as irregularidades existentes na construção de um balneário que não observou o procedimento de licenciamento ambiental permanente e com os impactos ambientais delas decorrentes, João, vereador na cidade de Miracema Duarte, após passar anos discutindo o problema na Câmara de Vereadores, consulta um advogado para saber o que pode fazer
em relação ao tema. Em resposta, o advogado informa que ele poderá ajuizar ação popular.
4. (V) A Ação Popular poderá ser ajuizada por eleitor, a partir de 16 anos de idade.
5. (V) E em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o Tesouro Público concorra com menos de 50 por cento do patrimônio ou da receita anual, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.
6. (V) A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.
7. (V) Pode ser intentada tanto contra pessoas jurídicas quanto físicas desde que tenham autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos dele.
8. (F) Na ação popular, é facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte
9. (V) A ação popular sujeita-se a prazo prescricional quinquenal previsto expressamente em lei, que a jurisprudência consolidada do STJ aplica por analogia à ação civil pública.
10. (F) Compete ao STF julgar ação popular contra autoridade cujas resoluções estejam sujeitas, em sede de mandado de segurança, à jurisdição imediata do STF.
11.( F ) Para o cabimento da ação popular é exigível a demonstração do prejuízo material aos cofres públicos.
12. ( F) Nicácio, brasileiro nato, após completar 18 anos de idade, alistou-se como eleitor junto ao órgão competente da Justiça Eleitoral. À luz da sistemática constitucional afeta aos direitos e às garantias fundamentais, a condição de eleitor de Nicácio era imprescindível para que ele pudesse ajuizar Mandado de Segurança .
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
1. (V) A Ação Civil Pública, conforme dispõe o texto da Lei que a disciplina, editada em 1985: é a ação utilizada para fins de responsabilização por danos causados ao meio ambiente. O Ministério Público possui legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar.
2. (F) De acordo com a jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça, caso seja julgada procedente ação civil pública proposta por associação para tutela de direitos individuais homogêneos de consumidores, com fundamento na Lei da Ação Civil Pública e no Código de Defesa do Consumidor, possuirão legitimidade para a
liquidação e a execução da sentença apenas os indivíduos filiados à autora no momento da decisão condenatória, independentemente de autorização específica para ajuizamento da ação.
3. (V) O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis.
4. (F) Nas ações civis públicas, os recursos, em regra, terão efeito suspensivo, tendo em vista a natureza dos bens em discussão.
5. (F) A Lei de Ação Civil trata das ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados por interesse difuso ou coletivo, tais como o meio-ambiente, consumidor etc. Apesar da referida lei não ter feito menção expressa à ordem urbanística, sua proteção é possível por se tratar de um interesse difuso.
6. (V) Para o STJ e para o STF, a legitimidade da Defensoria Pública é para os interesses metaindividuais em sentido amplo, estejam ou não tais interesses relacionados aos potencialmente necessitados.
7. (F) Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, vedada igual iniciativa aos demais legitimados
8. (V) Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.
10. (V) as ações de que trata essa lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais.
11. (V) A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo- -se de nova prova.
12. (V) Caso a ação civil pública para ressarcimento de danos tenha sido ajuizada pelo Distrito Federal, o Ministério Público não precisará participar do feito na condição de fiscal da lei nessa situação específica.

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