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07/06/2021
1
MANEJO NUTRICIONAL DO 
PACIENTE NEFROPATA
M.V. Msc. Stephanie de Souza 
Theodoro
Residência em Nutrição e Nutrição Clínica
de Cães e Gatos
Doutoranda em Medicina Veterinária
Laboratório de Pesquisa em Nutrição e 
Doenças Nutricionais de Cães e Gatos 
“Prof. Dr. Flávio Prada” – UNESP 
Jaboticabal
Clínica das Doenças
Carenciais, Endócrinas
e Metabólicas
Clínica das Doenças Carenciais, 
Endócrinas
e Metabólicas
1. Introdução
2. DRC
3. Definição
4. Fisiopatogenia
5. Sinais clínicos
6. Diagnóstico
7. Estágios
8. Tratamento
9. Dieta
1
2
07/06/2021
2
Para função renal adequada é necessário:
• Tecido renal normal
• Adequada perfusão sanguínea 
• Eliminação normal de urina pelo sistema urinário 
R I N S
FUNÇÕES:
● O rim remove os resíduos por filtração
sanguínea, seguido de reabsorção e secreção
tubular
Está envolvido na homeostase do organismo
① A filtração glomerular resulta na
formação de urina na cápsula de
Bowman
② A reabsorção em massa do filtrado
ocorre no túbulo contorcido proximal
com secreção ou reabsorção adicional de
compostos aniônicos e catiônicos
③ Na alça de Henle a urina concentrada é
diluída através da reabsorção seletiva de
água e sódio
④ O túbulo contorcido distal e os ductos
coletores ajustam o conteúdo de soluto e
água da urina
1
2
3
4
R I N S
3
4
07/06/2021
3
Arteríola 
eferente
Arteríola 
aferente
FUNÇÕES:
● Regulação metabólica do status
ácido-base;
● Função endócrina -
eritropoietina e vitamina D;
● Regulação da pressão arterial -
produção de renina e secreção
adrenal de aldosterona.
Quando a função renal diminui, 
há uma interrupção desses 
processos normais, resultando 
na retenção de compostos que 
devem ser excretados como, 
fósforo e creatinina e perda de 
compostos que devem ser 
retidos, como água e proteína.
R I N S
5
6
07/06/2021
4
É uma alteração degenerativa de um ou dos 
dois rins que está presente durante 3 ou mais
meses e acomete principalmente animais
idosos.
Tem caráter progressivo, não tem cura e seu
diagnóstico, na maioria das vezes, é
realizado tardiamente, quando o tratamento
é ineficaz e o tempo de sobrevida curto.
Definição:
7
8
07/06/2021
5
DOENÇA RENAL CRÔNICA
● Principal nefropatia (mais comum)
● Acomete principalmente cães e gatos idosos
● Deficiência estrutural/funcional, irreversível e progressiva dos rins
○ Um ou ambos
○ Perda da capacidade de filtração
○ Pelo menos 3 meses
● Início assintomático – dificulta o diagnóstico
● Sinais clínicos: 25% néfrons funcionais
● Progressiva
Incidência de 0,5 a 
1,5% em cães e gatos.
Centro Médico de 
Minnesota (EUA): 10% 
cães e 30% gatos com 
mais de 15 anos são 
diagnosticados com 
DRC
• Normalmente desconhecida
• Destruição do tecido renal
• Perda de néfrons - redução da TFG
• Mecanismo compensatório: hipertrofia dos néfrons 
remanescentes → aumento da TGF → aumento dos danos renais 
e progressão da doença
ETIOPATOGENIA DA 
DOENÇA RENAL 
9
10
07/06/2021
6
● Doenças primárias: 
○ Amiloidose, neoplasias renais, doenças inflamatórias ou 
infecciosas, doenças congênitas, obstruções, hipertensão...
● Envelhecimento 
● Isquemia:
○ Hipóxia renal tubular
● Fatores ambientais:
○ Medicamentos, plantas tóxicas, metais pesados, 
pigmentos, venenos...
Causas da DRC:
DRC – sinais clínicos
Lesão – Perda
de néfrons
Compensação
Perpetuação da 
lesão
Perda de 
néfrons
AZOTEMIA
SÍNDROME 
URÊMICA
ÓBITO
↓ TFG
↓ capacidade de 
concentrar urina
11
12
07/06/2021
7
SINAIS CLÍNICOS
Azotemia
● Acúmulo de compostos nitrogenados (creatinina, uréia e fósforo) 
no sangue sem alterações clínicas
Uremia
● Alterações laboratoriais → azotemia
● Manifestações clínicas
SINAIS CLÍNICOS
HIPERFOSFATEMIA
● Hiperparatireoidismo Secundário Renal 
○ Rins eliminam a maior parte do fósforo da dieta 
○ Excreção comprometida na DRC → hiperfosfatemia→↑ 
síntese e secreção de PTH → hiperparatireoidismo
secundário renal
○ Desmineralização óssea 
(mandíbula de borracha) e 
calcinose de órgãos
● Excesso de fósforo: contribui 
para a progressão da DRC
13
14
07/06/2021
8
Menor n. de 
néfrons
funcionais
↓TFG
↓ Capacidade 
de concentrar 
urina
Poliúria e 
Polidipsia
Desequilíbrio 
hidroeletrolítico
Alteração nas 
concentrações 
de Na e K
SINAIS CLÍNICOS
Acidose metabólica:
● Associada a progressão da doença: perda da
capacidade de excretar íons H+ → dificuldade na
reabsorção do bicarbonato→ acidose metabólica
● Sinais: anorexia, náuseas, vômito, letargia,
debilidade, atrofia muscular, perda de peso e
desnutrição
SINAIS CLÍNICOS
15
16
07/06/2021
9
● Anamnese
○ Idade, sexo, raça, alimentação, manejo, doenças e tratamentos 
prévios
● Exame físico
○ Avaliação completa do paciente – pele e pelagem, hidratação, 
edema subcutâneo, ascite, exame da cavidade oral e demais 
mucosas, TPC, pulso, auscultação cardíaca, palpação abdominal e 
renal, ECC
● Imagem
○ Alterações no tamanho, forma, localização e presença de 
mineralização renal
DIAGNÓSTICO
17
18
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjE376c4Y7VAhVBUZAKHacxBroQjRwIBw&url=http://clinicasobichos.blogspot.com/2015/02/insuficiencia-renal-cronica-em-gatos.html&psig=AFQjCNH6_nAhAEEhE5eqHDw3MMZqh5GUZg&ust=1500327377037682
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjam5Lc6efkAhWAD7kGHQQ0AwYQjRx6BAgBEAQ&url=http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/clinicacv/AULUSCAVALIERICARCIOFI/manejo-nutricional-na-doenca-cardiaca.pdf&psig=AOvVaw2r6I1J4Elb9oSbbnGmnHHK&ust=1569358374246178
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Exames Laboratoriais
e US
Exames Laboratoriais:
- Azotemia:
Aumento de creatinina
Aumento de ureia
- Diminuição da densidade 
urinária
- Hiperfosfatemia
- Hipocalemia
- Hipoalbuminemia
- Proteinúria
Ultrassonografia:
- Perda da arquitetura renal
- Relação cortico-medular 
alterada
● Urinálise: 
○ ↓ densidade urinária
○ Proteinúria
○ Cilindrúria
○ Alteração do pH urinário
● U P/C
DIAGNÓSTICO
19
20
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11
ESTADIAMENTO – IRIS 2019
Estágio 
Sob risco
Toxinas ou fármacos nefrotóxicos, raça, 
doenças infecciosas, idade avançada
Estágio I
Não azotemico, ausência de sinais clínicos, 
baixa concentração urinária, proteinúria, 
alteração em exames imagem
Estágio II
Azotemia discreta, presença ou ausência 
de sinais clínicos, pode ou não haver 
proteinúria ou hipertensão arterial
sistêmica
Estágio III
Azotemia moderada pela queda da TFG e 
sinais de uremia.
Estágio IV
Azotemia renal severa. Sinais referentes à 
síndrome urêmica.
Falência renal, uremia e risco iminente de 
morte.
21
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ESTÁGIOS 
ESTÁGIOS
CREATININA: Degradação do 
músculo esquelético influenciada 
pela massa muscular
SDMA: Derivado da L-arginina 
e liberado após proteólise: 
marcador da TFG.
PROTEINÚRIA: lesão glomerular
HIPERTENSÃO: diminuição da taxa de filtração glomerular
Valores de fósforo esperados na 
DRC
<4,5mg/dL para IRIS 2 
<5,0mg/dL para IRIS 3 
<6,0mg/dL para IRIS 4
DIAGNÓSTICO
23
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07/06/2021
13
Objetivos:
1. Assegurar a ingestão
adequada de todos os
nutrientes
2. Retardar a progressão da
DRC e preservar a função renal
restante por mais tempo;
3. Proporcionar qualidade de
vida reduzindo os sinais clínicos
da DRC.
Estágios 1 e 2: poucos sinais extra-
renais clínicos e a ênfase
terapêutica está na redução da
progressão.
Estágio 3: os sinais extra-renais se
tornam mais comuns e mais
graves.
Estágio 4: tratamentos
sintomáticos pra melhorar a
qualidade de vida sendo mais
relevantes do que para retardar
a progressão da DRC.
Tratamento
● Descontinuar qualquer medicação potencialmente
nefrotóxica
● Identificar e tratar alterações pré e pós-renais
● Descartar condições como pielonefrites, nefro e
urolitíases com exames de imagem
● Verificar a pressão arterial e realizar UPC
Tratamento
Manejo hídrico: pode haver desidratação ou não.
Desidratação: realizar fluidoterapia IV ou SC com o fluidode
escolha, seja Ringer com lactato ou NaCl 0,9%
Fornecer água potável 
25
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● Mesmas indicações do Estágio 1
● Considerar o uso de dieta terapêutica para pacientes renais:
o Redução do consumo de proteína (questionável?): 
Pacientes Renais: cães 14-20% (MS) ou 2,62 g/kg0,75 e gatos 24-28% 
(MS) ou 3,97 g/kg0,67
Adultos saudáveis: cães 21% (MS) ou 4,95 g/kg0,75 e gatos 33,3% (MS) 
ou 6,25 g/kg0,67
Sobrecarga 
dos néfrons
Néfrons 
hipertrofiam
↑ fluxo 
plasmático 
glomerular e 
↑ TFG
↑ gradiente de 
pressão e ↓ a 
seletividade da 
barreira 
glomerular
Passagem de 
proteínas com peso 
molecular maior e 
substâncias com 
cargas positivas
Tratamento
Reduzir ou não reduzir??
• ↓ proteína→↓ turnover 
protéico→
imunocomprometimento
• ↓ proteína→↓ massa
muscular magra→↑ 
morbidade e mortalidade
• Necessidade protéica é
maior: turnover, 
senilidade, doenças
MODERADA/REDUZIDA
• Proteína de alto valor
biológico
• Associação com fontes
vegetais (menor teor de P):
➢ Reduz acúmulo de resíduos 
nitrogenados
➢ Reduz ingestão de P
➢ Reduz a proteinúria
PROTEÍNA
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Necessidade Nutricional do Paciente com 
DRC
Depende do estágio da DRC que o paciente se encontra
Estágio 2, 3 
ou 4
Depende do estágio da DRC que o paciente se encontra
Estágio 2, 3 
ou 4
Necessidade Nutricional do Paciente com 
DRC
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Exemplo de cálculo
Proteína: 52g/1000kcal
Paciente: cão DRC III – 10kg 
100,75 x 95 = 534,2 kcal/dia
52 gramas ------- 1000 kcal
X gramas --------- 534,2 kcal
X = 27,8 gramas de proteína/dia
Dieta com 4kcal/g
1000kcal – 52g PB
400kcal (100g) – x
X = 20,8% proteína bruta
Dieta com 3,5kcal/g
1000kcal – 52g PB
350kcal (100g) – x
X = 18% proteína bruta
FÓSFORO
● Cães: Redução do consumo para pacientes crônicos em
que o nível de P sanguíneo fique entre 2,7 - 4,6 mg/dL
pode ser benéfico para pacientes com DRC.
● Gatos: Podem ter [P] normais, porém podem ter o PTH ↑,
portanto manter os níveis sanguíneos entre 2,7 - 4,6 mg/dL
também é benéfico.
PTH ↑ 
↑ Reabsorção de Ca 
e P (hiperfosfatemia) 
nos ossos e ↑ 
fosfatúria
↑ fosfatúria: 
lesão 
glomerular: 
↓ TFG
Hiperfosfatemia e 
Hipocalcemia: 
hiperparatiroidismo secundário 
renal
Mineralização de tecidos 
moles
↑ P: gênese e 
progressão da 
DRC
Tratamento
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17
Scott et al., 1991 (J. Am. Soc. Nephrol. 1991; 1:1169-1179)
Restrição de Fósforo na função renal de cães com DRC:
Grupo 1: P 0,44% (71,4 ± 1,8 mg/kg)
Grupo 2: P 1,5% (249,3 ± 4,5 mg/kg)
Tratamento
FÓSFORO
Adultos saudáveis: cães 0,46% (MS) ou 0,11 g/kg0,75 e gatos 0,67%
(MS) ou 0,13 g/kg0,67
Pacientes Renais: cães 0,2-0,5% (MS) ou 0,1* g/kg0,75 e gatos 0,3-
0,6% (MS) ou 0,03 g/kg0,67
Se mesmo com a restrição na dieta, os níveis de P estiverem
elevados, utilizar quelantes de fósforo:
Hidróxido de Alumínio
Carbonato de Alumínio*
Carbonato de Cálcio*
Dose inicial do HIDROXIDO DE ALUMINÍO 30 a 60 mg/kg/dia dividido
após as refeições
Monitorar níveis de Ca e P a cada 4 a 6 semanas até estabilização
dos sinais clínicos e parâmetros laboratoriais
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CÁLCIO:
Adultos saudáveis: cães 0,58% (MS) ou 0,14 g/kg0,75 e
gatos 0,79% (MS) ou 0,15 g/kg0,67
Pacientes Renais: cães 0,9-0,8% (MS) e gatos 1,0-0,65%
(MS)
- Aumento tem ação dupla: bloquear/reduzir a absorção
intestinal de P e controle do hiperparatireoidismo secundário
renal.
Tratamento
● Mesmo tratamento dos estágios 1 e 2
Manter nível de P < 5 mg/dL
● Tratamento dos sinais clínicos extra renais:
- Desidratação
- Náusea e vômito
- Gastroenterite
- Anorexia
- Anemia
- Acidose metabólica
Tratamento
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Mesmo tratamento dos estágios 1, 2 e 3
- Níveis de fósforo < 6 mg/dL
- Considerar o uso de sondas enterais
Proporcionar qualidade de vida ao paciente 
renal!!
Tratamento de suporte de acordo com a 
apresentação dos sinais clínicos!!
Tratamento
Hipertensão: Reduzir para <160 mmHg e minimizar o risco de danos
extra-renais (SNC, retina, coração)
Gatos: bloqueador de canais de cálcio, como anlodipino 0,125 a 0,25
mg/kg/SID ou bloqueador do receptor de angiotensina, como
telmisartan 2 mg/kg/SID.
Cães: IECA, como benazepril 0,5 mg/kg/SID
Níveis ideais de Na para adultos: cães 0,12% (MS) ou 0,03 g/kg0,75 e 
gatos 0,10% (MS) ou 0,02 g/kg0,67
Reduzir os níveis de Sódio da dieta: não há comprovação 
científica de que esta redução influencie na melhora da 
TFG ou da hipertensão arterial sistêmica.
Tratamento
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SÓDIO
MODERADO
Não restringir → pode
levar a ativação de
mecanismos
compensatórios e
aumento da pressão
arteiral
POTÁSSIO
TEORES AUMENTADOS
Quantidade excretada é
maior por perdas urinárias,
vômito e anorexia
• Gatos: hipocalemia
• Cães: hipo ou hipercalemia
• DOSAR!
PROTEINÚRIA: níveis limítrofes de UPC devem ser
acompanhados:
1. Investigar doença associado que possa ser
tratado/corrigido.
2. Considere a biópsia renal como um meio de identificar a
doença subjacente
PROTEINÚRIA AVANÇADA
3. Administre um inibidor do SRAA (IECA ou BRA) e dieta
coadjuvante.
4. Monitorar a resposta ao tratamento/progressão da
doença:
- concentração estável de creatinina e diminuição da UPC =
boa resposta.
- Aumento de creatinina e/ou aumento de UPC = doença
está progredindo.
Tratamento
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Tratamento
HIPOVITAMINOSE D:
• Rim é o responsável pela conversão da vit D ativa →
CALCITRIOL
• Suplementação de calcitriol reduz a concentração de PTH
• Só se suplementa calcitriol após correção da 
hiperfosfatemia
▪ Risco de mineralização dos tecidos moles.
Deve monitorar o PTH sérico na suplementação de calcitriol, 
bem como o cálcio, cálcio iônico e o fósforo!
Alta energia da dieta = > 3,7 kcal/g
Quanto ↑E = ↓a qtd em gramas Apetite seletivo
Alimento 
concentrado em 
nutrientes
Macronutrientes da Dieta
- Proteína
- Gordura
- Amido
Gordura > 15% e Amido > 60%
Fonte de Energia das 
dietas para pacientes 
renais crônicos
ENERGIA
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EPA & DHA
• Ômega 3
• ↓ proteinúria, previne a hipertensão glomerular e diminui 
a produção de eicosanóides pró-inflamatórios
• Melhora TFG
• Aumenta a sobrevida
- Fornece energia para as bactérias do TGI, se
proliferam e consomem amônia
- Diminui a concentração de compostos
nitrogenados por sua excreção por via fecal
Fibras Fermentáveis
43
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Tratamento
Sinais gastrointestinais:
1. Náuseas: antagonistas dos receptores H2 dehistamina →
ranitidina
2. Vômitos: medicamentos de ação central → maropitant e
ondansetrona
3. Gastrite e úlceras: protetores gástricos → sucralfato
Anemia:
1. Transfusão: terapia emergencial
2. Eritropoietina: Ht menor do que 20%
3. Suplementação IV de vitaminas do complexo B: auxiliam na
eritropoiese
4. Suplementação de ferro
45
46
https://www.petz.com.br/fotos/1563899198007.jpg
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24
DIETAS PARA CÃES
DIETAS PARA GATOS
47
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MANEJO ALIMENTAR
Não alterar a dieta em
crises e situações de
estresse (hospitalização) →
animal pode criar aversão à
dieta!
Assegurar aporte hídrico;
Estimular o apetite:
● Água morna, palatabilizantes, 
caldos
● Mirtazapina: cães 0,6 mg/kg 
SID e gatos 1,9 mg/gato q48h
Uso de Sondas Enterais
● Indicação: anorexia, hiporexia ou apetite
depravado (alotriofagia)
● Fornecer a quantidade ideal em kcal e
nutrientes
● Facilitar manejo de medicações e
fornecimento de água por via oral
● Sonda Nasoesofágica/nasogástrica
ou Esofágica
- Estágio da doença renal crônica
- Possibilidade de anestesia geral
- Tempo de permanência com a sonda enteral
Tratamento
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50
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Nunca forçar a alimentação!
ACOMPANHAMENTO
• Exames laboratoriais
• Avaliação do peso 
corporal
• Avaliação do escore 
de condição corporal
• Ajuste da dieta
51
52
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwipuN6347vhAhXBILkGHStUCUoQjRx6BAgBEAU&url=https://vetiologia.blogspot.com/2017/07/falta-de-apetite-severa-em-caes-e-gatos.html&psig=AOvVaw1iZ0ICqlaxeQNaR1VwgcPq&ust=1554650719796241https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiH8MnV47vhAhWeHLkGHc46CjoQjRx6BAgBEAU&url=https://pt.pngtree.com/freepng/error-cross_2289244.html&psig=AOvVaw2_UjGEPZpZ7pXyBtWLt5y5&ust=1554650785800257
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27
CASO CLÍNICO
Zara Maria
1ª Consulta: 01/06/2016
Diagnóstico ultrassonográfico 
de nefropatia (Displasia Renal)
PA = 180 mmHg
ECC: 7/9
Exames clínicos:
Creatinina: 2,0 mg/dL
Fósforo: 6,2 mg/dL
Exame físico:
Animal levemente 
desidratado;
Apetite normal;
PU/PD;
Vômitos esporádicos.
Tratamento:
Benazepril 0,25 mg/kg
Ômega 3 – 500mg/dia
Hill’s Prescription Diet k/d
Canina, Bull Terrier, Fêmea, 3 anos, 27 kg
Retorno 20/07/2016 – 27 kg
PA = 170 mmHg
Exames clínicos:
Creatinina: 2,4 mg/dL
Uréia: 99 mg/dL
Fósforo: 6,1 mg/Dl
Urinálise: 
Densidade: 1.020
pH: 5,0
Proteína: +++
Hemácias +
Cilindros granulosos raros
Retorno 21/09/2016 - 26,8 kg
Exames clínicos:
Creatinina: 2,3 mg/dL
Uréia: 152 mg/dL
Fósforo: 2,5 mg/Dl
Urinálise: 
Densidade: 1.020
pH: 5,0
Proteína: ++
Sangue oculto: +
Células transicionais: +
Cristais amorfos: +++
UP/C: 0,659
Exame físico
Hidratada;
Mucosas normocoradas;
Apetite normal;
Nega vômito.
53
54
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiYifq83Y7VAhUMOZAKHQEMBHEQjRwIBw&url=http://www.saudeanimal.com.br/2016/12/05/bull-terrier/&psig=AFQjCNHw2qVODdjIZkC5WTrwMOwymjGv0g&ust=1500326377902475
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Retorno 21/09/2016 
● Ultrassonografia:
○ Rins com contornos irregulares, ecogenicidade das corticais 
aumentada, espessamento e perda discreta de arquitetura renal 
(nefropatia crônica);
○ Estômago com parede espessada, maior evidência da camada mucosa 
e presença de pontos hiperecogênicos (processo 
inflamatório/calcificação distrófica)
○ Duodeno com parede espessada, maior evidência das camadas 
muscular e submucosa, área com redução de espessura e perda da 
definição de estratificação em mucosa e submucosa na porção final 
(lesão em parede duodenal: erosão/úlcera)
Zara Maria
Zara Maria
Diagnóstico:
DRC estágio 2 
proteinúrico, 
hipertenso
Zara Maria
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https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiYifq83Y7VAhUMOZAKHQEMBHEQjRwIBw&url=http://www.saudeanimal.com.br/2016/12/05/bull-terrier/&psig=AFQjCNHw2qVODdjIZkC5WTrwMOwymjGv0g&ust=1500326377902475
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Nova consulta - 29/03/2017 
● Tratamento em outro veterinário
○ Manteve tratamentos clínicos;
○ Reduziu Ômega-3 para 500 mg em dias 
alternados;
○ Dieta caseira nefropata + obesidade
Zara Maria
Ômega 3
Dose recomendada Bauer: 140 mg/kg0,75 
Zara: 26 kg = 11,51 kg0,75
11,51 x 140 = 1611,97 miligramas de 
EPA + DHA
**500 mg em dias alternados
Anamnese nutricional:
DRC congênita descoberta há 9 meses;
PU/PD
Trocou dieta renal Hills para dieta caseira há 
3 meses
Nunca usou hidróxido de alumínio
Relata diminuição da ingestão hídrica após 
dieta caseira (animal desidratado no exame 
físico)
Animal ganhou peso
ECC: 7/9 EMM: 2/3
Zara Maria
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https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiYifq83Y7VAhUMOZAKHQEMBHEQjRwIBw&url=http://www.saudeanimal.com.br/2016/12/05/bull-terrier/&psig=AFQjCNHw2qVODdjIZkC5WTrwMOwymjGv0g&ust=1500326377902475
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DIETA CASEIRA ZARA
Ingredientes Quantidade em 
gramas
Arroz Branco Cozido 390
Vagem Cozida 195
Peito Bovino Cozido 65
Azeite de Oliva 18,4
Queijo Cottage 20
Clara de Ovo Cozida 70
Nutrifull Dog 2,6
INVIÁVEL!
EM: 1030,99 kcal
Nutrifull Dog
● NUTRIFULL DOG é um suplemento alimentar que contém
aminoácidos, minerais, vitaminas e maltodextrina, indicado
para auxiliar na manutenção da boa qualidade da nutrição
oferecida diariamente aos cães.
● Cloreto de colina, L-carnitina, DL-metionina, triptofano,
vitamina B1, glicina, L-lisina, treonina, vitamina B6,
maltodextrina, vitamina B2, ácido fólico, ácido nicotínico,
sulfato de ferro, selenito de sódio, sulfato de cobre, fosfato
bicálcico, vitamina D3, vitamina E, sorbitol, vitamina A,
vitamina B12 - 0,1%.
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DIETA CASEIRA ZARA
Teores 
Esperados 
Descrição Unidade Uso Mínimo Máximo
EM MS kcal/g MO 55,3059
PB g/100g MS 17,3324
19,000
0 19,5000
Arginina g/100g MS 0,8741 0,6500
Fenilalanina g/100g MS 0,5968 0,6800
Histidina g/100g MS 0,3495 0,2900
Isoleucina g/100g MS 0,5771 0,5800
Leucina g/100g MS 1,0448 1,0300
Lisina g/100g MS 0,8041 0,5300
Metionina g/100g MS 0,3001 0,5000
Tirosina g/100g MS 0,4362
Treonina g/100g MS 0,5116 0,6500
Triptofano g/100g MS 0,1258 0,2100
Valina g/100g MS 0,7238 0,7400
EE g/100g MS 13,0351
25,000
0 26,0000
Fibra Alim g/100g MS 6,1568
MM g/100g MS 1,4457
Ca g/100g MS 0,0658 0,6300 0,9000
P g/100g MS 0,1182 0,3500 0,5000
K g/100g MS 0,2737 0,6300
Na g/100g MS 0,1036 0,1300 2,2500
Zn mg/100g MS 2,4887 9,0000 35,5000
Mg g/100g MS 0,0316 0,0900
Cu mg/100g MS 0,1320 0,9000 3,5000
Se ug/100g MS 30,6832 37,5000
I mg/100g MS 1,3800
Fe mg/100g MS 2,0325 4,5000 177,5000
Mn mg/100g MS 0,8414 0,7300 21,2500
Vit A UI/100g MS 722,5648
757,500
0
50000,000
0
Tiamina B1 mg/100g MS 0,1161 0,2600
Riboflavina B2 mg/100g MS 0,1627 0,7500
Niacina B3 mg/100g MS 1,7056 2,0500
Piridoxina B6 mg/100g MS 0,2504 0,1900
Ác Fólico B9 ug/100g MS 4,800 32,2500
Cobalaminha B12 ug/100g MS 0,2044 4,1900
Vit D UI/100g MS 2,4214 69,0000 400,0000
Vit E UI/100g MS 0,8764 4,5000
Vit K ug/100g MS 16,0940
Ác Pantotênico B5 mg/100g MS 0,8860 1,7800
Colina mg/100g MS 31,7997
205,000
0
MIX mg/100g MS 93,3500
100,000
0 100,0000
Fenilalanina + 
Tirosina g/100g 1,0330 0,8900
PA: 170 mmHg (anterior: 120-130 mmHg)
Exames clínicos:
○ Creatinina: 4,9 mg/dL (anterior: 2,3 mg/dL)
○ Uréia: 157 mg/dL (anterior: 152 mg/dL)
○ Fósforo: 5,9 mg/Dl (anterior: 2,5 mg/dL)
Zara Maria
Tratamento nutricional:
Substituição da dieta (NE manutenção: 1125,24 kcal/dia)
Hill’s Prescription Diet k/d Canine 280 g/d
Dieta Caseira Cães com IRC (18% PB e 24% EE)
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● Quanto mais precoce é diagnosticada a DRC, maior o tempo
de progressão da doença e realizar o acompanhamento e o
tratamento corretos!
● Realizar o terapia dietética a partir do estágio 2 e de acordo
com o quadro clínico do paciente!
● Restrição de Fósforo retarda a progressão da doença!
● Equilíbrio entre teor de proteína e perda de massa muscular!
● Garantir a ingestão ideal de kcal e nutrientes!
● Proporcionar qualidade de vida no estágio final da DRC!!!
Considerações Finais
OBRIGADA!
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