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comunicaçao oral e docencia no ensino superior

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13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=sdbi6KTZ8Nj5CEVOLYgfvg%3d%3d&l=4la0XgHyHIe1fY5aDljBWg%3d%3d&lc=NpPE4Oj%… 1/13
Este material foi elaborado especialmente para você compreender um pouco mais acerca da comunicação oral e
do trabalho docente, sobretudo quais os desa�os enfrentados por esse pro�ssional para que a comunicação
estabelecida ao longo das aulas possa contribuir com o processo de ensino e aprendizagem. Ao partir da ideia
de que sem comunicação em sala de aula di�cilmente haverá aprendizado efetivo é que este estudo se
desenvolve; ainda, contempla a importância do professor estar atento em buscar constantemente adaptar suas
ações para uma comunicação cada vez mais assertiva com seus alunos.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:
aprender sobre os processos da comunicação e o relacionamento interpessoal;
re�etir sobre os principais aspectos da comunicação oral e apresentação em público;
estudar em que consiste comunicação em ambientes digitais;
analisar a importância da desinibição e articulação de conteúdos, no processo de ensino e aprendizagem;
entender sobre a fala de improviso, a etiqueta e a ética no relacionamento com discentes.
Introdução
Qual a importância da comunicação oral no trabalho do professor? Muitas devem ser as re�exões acerca desse
assunto, e fato é que a comunicação é essencial para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça, a�nal,
se ela não fosse necessária, o estudante aprenderia sozinho, o que não se identi�ca na maior parte dos casos,
pois, mesmo o conhecimento estando muito mais acessível na atualidade, sem os direcionamentos e a
mediação do professor di�cilmente o aluno terá acesso a todos os saberem necessário para sua formação.
Veri�ca-se, nesse contexto, que o professor tem papel fundamental enquanto mediador de saberes, e, para que
esses saberes sejam de fato compreendidos pelos estudantes, o processo comunicativo precisa ser e�caz. Isso
signi�ca que não basta o docente comunicar-se. Para além disso, ele precisa ser assertivo nesta comunicação,
seja ela desenvolvida presencialmente ou em ambientes virtuais de aprendizagem.
Por esse e outros fatores, o ponto de partida para os estudos relacionados ao tema se voltará a compreender
como a comunicação acontece e qual a sua representatividade no relacionamento interpessoal, sendo tais
Comunicação Oral e Docência do Ensino Superior
Roteiro deRoteiro de
EstudosEstudos
Autora: Esp. Ruth Cássia Schreiner
Revisora: Rosangela Silveira Garcia
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=sdbi6KTZ8Nj5CEVOLYgfvg%3d%3d&l=4la0XgHyHIe1fY5aDljBWg%3d%3d&lc=NpPE4Oj%… 2/13
aspectos imprescindíveis para o pro�ssional da educação. Após essa compreensão inicial do tema, é relevante
entender as melhores maneiras de desenvolver uma boa comunicação oral, assim como as apresentações em
público, visto que a postura, o controle do nervosismo e a criatividade, entre outros fatores, serão
condicionantes de uma boa comunicação em público.
Como sequência aos estudos relacionados aos principais aspectos da comunicação, é importante compreender
mais especi�camente sobre a comunicação em ambientes digitais para posteriormente analisar a comunicação
e a articulação de conteúdos, e, para �nalizar o estudo aqui proposto, entender um pouco mais acerca da fala
de improviso e ética no relacionamento com discentes.
Partindo do pressuposto de que esses são alguns dos aspectos relevantes a serem considerados nesse processo
comunicativo, entende-se que a comunicação, para ser e�caz, depende de ações variadas. Ainda, o professor
deve estar atento e principalmente preparado para seguir, pois, em boa parte, disso dependerá o aprendizado
do estudante e os bons resultados do trabalho docente, visto que será por meio da comunicação que as
relações interpessoais poderão ser desenvolvidas e fortalecidas.
Comunicação e o Relacionamento
Interpessoal
Para que o pro�ssional da área da educação e também das demais áreas possam desenvolver um bom
processo comunicativo, é de grande valia que conheçam os processos da comunicação e relacionamento
interpessoal. Isso implica em entender como ocorre a comunicação e qual a importância do bom
relacionamento interpessoal para que ela aconteça de maneira ainda mais satisfatória.
Como ponto de partida, é relevante que se entenda em que consiste a comunicação em si, para posteriormente
analisá-la enquanto determinante das relações interpessoais. Partindo-se dessa premissa, pode-se veri�car que
o processo da comunicação compreende basicamente em que ela consiste, pois, para que haja a comunicação,
é importante que existam alguns fatores os quais a estabeleça, sendo eles: primeiramente, um assunto, ou
informação, ou um determinado contexto, seguido de um emissor, que fará uso de uma mensagem, utilizando
para isso um código, um canal e o receptor.
O código consiste em uma maneira especí�ca que possibilita ao receptor a comunicação, podendo ser a língua,
os sinais, ou os símbolos, por exemplo. O canal de comunicação corresponde ao meio que será utilizado para
que a mensagem seja recebida, ou seja, a partir do qual ela poderá acontecer. O meio pode ser tanto a
linguagem verbal quanto escrita, e ainda utilizar recursos como rádio, televisores, e-mail e chat, entre outros. No
caso da linguagem verbal, entre indivíduos que estão próximos, o canal será a oralidade, ou seja, a fala. Para
�nalizar esse ato comunicativo, conta-se ainda com o receptor, que é aquele que irá responder e indicar que a
mensagem foi devidamente recebida. Veri�que esse esquema na �gura a seguir:
Adriany Fuentes
Realce
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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Figura 1 - O processo da comunicação
Fonte: Adaptada de Diana (2019).
Compreende-se, assim, que, para que haja a comunicação, alguns fatores são imprescindíveis, e, para que ela
seja completa, além de a informação chegar ao receptor, é importante que este a assimile e retorne com
informações que possibilitem concluir que compreendeu a informação transmitida nesse processo.
Nesse contexto, é possível entender como elementos integrantes da comunicação aspectos como a codi�cação,
em que se utiliza um código conhecido para informar, a descodi�cação, que consiste na interpretação, e, por
�m, no feedback que está relacionado ao retorno do receptor, indicando que a informação foi recebida e
compreendida. Cabe ao emissor manter-se atento se efetivamente houve a compreensão e se obteve êxito no
processo comunicativo.
Uma das possíveis causas das di�culdades na comunicação pode estar relacionada às relações interpessoais. De
acordo com Passadori (2009, p. 42), “Comunicação interpessoal bem desenvolvida não signi�ca apenas ser
simpático, falar corretamente e ter uma boa voz. A comunicação é a argamassa que sedimenta todas as nossas
relações interpessoais. A primeira não sobrevive sem a segunda”.
Isso leva à re�exão de que, para manter con�abilidade e manter o receptor envolvido nas informações a serem
transmitidas, é importante que o emissor consiga manter boas relações interpessoais. Ao pensar no contexto da
sala de aula e no papel do docente, é perceptível que o docente que mantém um bom relacionamento com seus
alunos consegue trabalhar suas aulas de maneira mais dinâmica e, consequentemente, mais signi�cativa aos
estudantes.
Conforme contribuições de Rosenberg (2014), é importante que, na comunicação, além da prudência com a
maneira e com o que irá ser comunicado, exista a empatia, ou seja, que se possa compreender a situação e o
contexto a partir do que o outro vivencia, e isso em muito contribuirá tanto para as relações interpessoais
quanto para a comunicação em si e sua e�cácia.
Uma comunicação e�caz será aquela que atende ao esperado, ou seja, que consegue transmitir a mensagem ou
informaçãoenvolvendo o receptor a tal ponto que ele, além de se atentar ao que está sendo comunicado,
receba e sistematize essa informação, compreendendo-a.
Assim também ocorre com uma comunicação assertiva, justa. Isso signi�ca que não foi omissa, nem
demasiadamente longa e que atendeu ao que se propôs, de maneira clara, dinâmica, respeitosa e direta.
Comunicar-se de maneira assertiva evidencia no sujeito habilidades de comunicação, também de
relacionamento interpessoal, uma vez que elaborou a mensagem de forma adequada ao receptor, sendo clara e
concisa, além de manter o devido respeito para com o receptor.
Adriany Fuentes
Realce
Adriany Fuentes
Realce
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Comunicação Oral e Apresentação em
Público
A partir da compreensão dos principais elementos que norteiam a comunicação oral, entende-se o quão
relevante ela é para o professor em seu trabalho em sala de aula, tanto no atendimento individual do estudante
quanto de toda a turma. Nessa perspectiva, a oratória e a comunicação oral para apresentação em público são
muito importantes para esse pro�ssional.
A oratória abarca basicamente, conforme Magalhães (2014), a arte e as regras existentes para falar bem, ou
seja, envolve a técnica de falar em público. Isso signi�ca não somente passar a informação, mas prender a
atenção do público, envolvê-lo em sua fala. Por isso, muitas pessoas buscam aprofundar seus estudos e buscar
cursos de oratória. No âmbito pro�ssional, por exemplo, é de grande valia que se saiba comunicar-se bem e de
maneira e�caz. Imagine um professor que não tenha uma boa oratória. Como poderá conduzir suas aulas para
convencer e prender a atenção dos estudantes quanto à importância do conteúdo que está sendo trabalhado?
Para pessoas ou grupos de pessoas diferentes, cabe um direcionamento comunicativo também adaptado ao
per�l desse grupo; por isso, a mesma forma comunicativa com uma pessoa pode ser diferente quando se trata
de um grupo maior de indivíduos. É nesse sentido que os pro�ssionais que usualmente falam para públicos
LIVRO
Comunicação não violenta
Autor : Marshall Rosenberg
Editora : Ágora
Ano : 2019
Comentário : O respeito a si e ao próximo são cada vez mais relevantes
para os relacionamentos na sociedade atual. Para que a comunicação atinja
uma boa relação interpessoal, é importante que ela aconteça considerando
algumas características. Esse livro pode ser considerado um guia para se
manter uma boa e harmoniosa comunicação, e, conforme o primeiro e
segundo capítulos da obra, é possível analisar meios para a resolução de
con�itos e o aprimoramento dos relacionamentos. A partir da leitura, pode-
se analisar em que consiste uma comunicação adequada e condizente com
as demandas do emissor e do receptor e, sobretudo, como desenvolver a
comunicação de maneira branda e harmoniosa que seja capaz de
possibilitar bons relacionamentos interpessoais.
Disponível na Biblioteca Virtual.
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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precisam conhecer e implementar em suas falas algumas estratégias e ferramentas de comunicação, que
poderão auxiliá-los para que sejam mais assertivos.
Um ponto a ser desmisti�cado é que, embora existam pessoas que já possuem naturalmente habilidades para
comunicar-se publicamente, todos que quiserem podem desenvolver as habilidades a partir de técnicas
disponíveis na oratória de modo que poderão comunicar-se bem.
Desse modo, há pessoas que são mais comunicativas por natureza, e outras que se aperfeiçoam para serem
mais comunicativas. Com tais considerações, voltando-se ao pro�ssional da educação, entende-se que é
possível aperfeiçoar-se, propiciando aos alunos maior segurança, engajamento, entusiasmo e interação no
ensino e aprendizagem. É possível considerar que “[...] falar em público [...], é um modo de levar suas ideias a
público – de compartilhá-las e in�uenciar outras pessoas” (LUCAS, 2014, p. 4), sendo representativo para a
função docente.
Para desenvolver bem a comunicação em público, habilidades precisam ser aperfeiçoadas e técnicas
empregadas. De modo geral, pode-se considerar que a organização do assunto ou conteúdo a ser trabalhado
tem destaque, com o bom conhecimento do que será trabalhado nesse momento. Desse modo, conhecimento e
organização proporcionarão maior segurança no momento da apresentação.
Nesse processo de organização, poderão ser planejadas a utilização de recursos para exposição dos conteúdos,
por exemplo slides que auxiliarão para que não se esqueçam pontos importantes da fala nem que se fuja do
assunto e se perca na exposição do que se planejou contemplar nesse momento, podendo, inclusive, preparar
possíveis respostas para as dúvidas mais comuns sobre o tema abordado. Conforme contribuições de Lucas
(2014, p. 8), “[...] uma apresentação em público exige um nível de planejamento e preparação bem mais
detalhado do que uma conversa cotidiana. [...] exige uma linguagem mais formal. Gírias, jargões e erros
gramaticais tem pouco espaço nos discursos públicos”.
É importante também, assim como a organização e o preparo do conteúdo, treinar antes o que se pretende
falar. Isso não signi�ca que a apresentação será mecânica, mas sim que se sentirá mais preparado. No
momento da apresentação, caso esteja nervoso, é preciso respirar e tentar manter-se o mais calmo possível.
Além disso, ao iniciar a apresentação, seja você mesmo, interaja com o seu público e tenha muito cuidado com a
forma como fala, desde a entonação, e, principalmente, utilize uma linguagem adequada.
Policie-se quanto a vícios de linguagem, busque ampliar seu vocabulário com leituras e palestras, por exemplo, e
tente agir de maneira natural, mas com postura de respeito pelo assunto tratado e pelo público que está
acompanhando. Para �nalizar, atente-se ao tempo e se certi�que de que o que programou será possível, não
fale demasiadamente rápido e nem muito lentamente, ainda, é importante não �nalizar a fala sem concluir a
ideia que está abordando.
Figura 2 - Aspectos da comunicação oral – apresentação em público.
Fonte: Adaptada de Lucas (2014).
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Comunicação em Ambientes Digitais
Muitos pro�ssionais têm bom vocabulário, boa oratória e domínio do conteúdo, mas quando se deparam com
as tecnologias, mais precisamente quando precisam comunicar-se oralmente e em ambientes digitais, criam um
bloqueio e não conseguem articular o conteúdo, de modo a perder a didática que possuíam.
Seria um exemplo dessa situação, no ambiente educacional, professores que atuam no ensino presencial há
muitos anos e que articulam o conteúdo com bom vocabulário, exemplos práticos e dialogam com esse
conteúdo com os alunos no momento da explicação, permitindo dinamicidade e enriquecimento com as
considerações que os próprios estudantes têm ao compartilhar suas experiências.
Esse professor gesticula e caminha pela sala compartilhando seus saberes e trocando experiências com os
estudantes; quando se depara com a educação a distância, vai gravar uma aula e �ca perdido, pois não tem a
participação nem mesmo o retorno com as expressões faciais dos estudantes e por isso �ca bastante re�exivo,
utiliza muito termos como “é”, “tá” e não consegue gesticular tão bem quanto na sala de aula na qual ele pode
caminhar. Por isso, precisa de um tempo maior para preparar essa aula e adaptar-se à nova modalidade.
Esse problema não é tão incomum quanto se pode imaginar no meio docente, com a expansão do ensino a
distância. Muitos pro�ssionais que atuavam somente com turmas presenciais estão sendo desa�ados a adaptar
suas práticas para a educação na era digital. A maiorparte dos relatos desses professores que enfrentam
di�culdades no processo adaptativo de comunicação é o fato de que com os alunos em sua frente ele interage,
vê a expressão facial dos estudantes, analisa o per�l da turma e adapta suas aulas; contudo, isso não ocorre no
momento da gravação de uma aula, por exemplo.
LIVRO
Falar em público e convencer: técnicas e habilidades
Autor : Izidoro Blikstein
Editora : Contexto
Ano : 2016
Comentário : nesse livro, é possível compreender como a comunicação em
público deve ser organizada para que seja e�caz. Para isso, contempla
aspectos do planejamento, organização, treino, superação do medo de falar
em público e outros aspectos essenciais no que tange a essa abordagem. O
autor apresenta as principais técnicas para que a comunicação em público
aconteça e evidencia que as habilidades para a comunicação podem ser
desenvolvidas a partir do conhecimento e execução de tais técnicas,
sobretudo o planejamento.
Disponível na Biblioteca Virtual.
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Não há alunos, nem plateia, somente a câmera �lmando a comunicação que está sendo articulada e
desenvolvida pelo professor. Isso é re�exo do desenvolvimento tecnológico.
Nos ambientes virtuais de aprendizagem, a comunicação não se dá somente a partir das aulas que podem ser
gravadas ou ao vivo, mas também em lives , webinar , webconferências . Todas essas se dão a partir da
comunicação oral; dessa forma, o receptor, além da voz, pode acompanhar os gestos e expressões faciais do
emissor. Entretanto, há também, nos ambientes virtuais, outras formas de comunicação que não contam com o
som e a imagem com as expressões, por exemplo os chats, fóruns e mensagens escritas que podem ser
utilizadas. Essas seriam comunicações escritas e que também demandam grande atenção por parte do emissor,
para que a mensagem chegue da maneira desejada até o receptor. A administração de con�itos na comunicação
virtual torna-se um desa�o e por isso demanda todo o cuidado e polidez em sua elaboração.
Estamos cercados por tecnologia, e as comunicações nesse campo tiveram um salto signi�cativo em todas as
áreas. Na educação, com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e o desenvolvimento de ambientes
virtuais de aprendizagem, o professor conecta-se com os estudantes em turmas muito maiores do que em uma
sala de aula presencial, sendo possível transmitir uma aula ao mesmo tempo para milhares de estudantes nos
mais variados lugares.
Esse formato de ensino demanda um professor adaptado para ele, que atenda à dinamicidade comunicativa
que possa aproximá-lo de todos os alunos, mesmo havendo distância geográ�ca. Por isso, o contato do aluno
com o docente dependerá, conforme Mill (2012), das Tecnologias da Informação e Comunicação.
Hipertextos, interação, ciberespaço, dinamicidade, agilidade e comunicação síncrona e assíncrona fazem parte
do universo da educação em meios eletrônicos e digitais, e o professor tem papel importante nesse contexto, ao
elaborar atividades, indicar materiais, participar de gravações agendadas e ao vivo que proporcionem ao
estudante todo o conteúdo necessário para a sua formação com a agilidade e adaptabilidade que ele precisa.
Nessa perspectiva, a organização do trabalho docente e o cuidado em desempenhar uma comunicação que seja
ágil, e�caz e de compreensão acessível são fundamentais para que esse pro�ssional cumpra com seus objetivos.
Outro aspecto a ser considerado nessa abordagem são quais recursos tecnológicos, ou digitais, podem ser
utilizados pelo professor, seja na educação a distância – ambiente que a todo instante utiliza-se de comunicação
digital –, seja no ensino presencial, ao utilizar algum vídeo, por exemplo, seja no direcionamento para a
realização de pesquisas em rede.
Figura 3 - Principais características da comunicação digital
Fonte: Adaptada de Mill (2012).
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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Comunicação e a Articulação de
Conteúdos
Comunicar-se de maneira desarticulada poderá gerar problemas na interpretação e assimilação do que está
sendo informado. A organização e a articulação da fala de maneira a seguir um pensamento ordenado e
compreensível são essenciais às boas práticas comunicativas do docente.
A fala articulada é aquela em que a lógica prevalece, pois o sujeito tem o cuidado de mantê-la esclarecedora,
cuida da entonação, da velocidade da fala e, sobretudo, consegue estabelecer relações entre o conteúdo da fala
com exempli�cações, ou com outros materiais e assuntos, por exemplo. Esse tipo de fala tende a transpassar
mais con�abilidade, segurança e encantamento ao sujeito receptor.
Mas o que poderia levar o locutor, nesse caso, o professor, a uma fala desarticulada? Muitos são os motivos,
conforme pontua Polito (2017), e um deles é o medo, que advém de outros tantos fatores, como a falta de
preparação, de um conhecimento aprofundado sobre o conteúdo, pouca experiência em falar em público e
também de autoconhecimento.
Além de procurar manter-se calmo ao apresentar em público, como na sala de aula, por exemplo, é importante,
conforme destaca Polito (2016), que se busque aperfeiçoar o vocabulário, a memória, a criatividade, bem como
que haja entusiasmo e se controle o humor ao se comunicar publicamente. Possuir o controle do ritmo da fala e
da entonação da voz também são válidos, assim como, mesmo que tenha se preparado e decorado o que vai
falar, comunicar-se da maneira mais natural possível.
LIVRO
Escritos sobre educação, comunicação e cultura
Autor : Nelson De Luca Pretto
Editora : Papirus
Ano : 2016
Comentário : Esse livro apresenta um mosaico de re�exões do autor sobre
educação, do período da década de 1980 até hoje, abordando
principalmente temas relacionados com a comunicação, a formação de
professores, os livros didáticos, a ciência, as tecnologias de informação e as
questões culturais. Propõe uma ampliação do campo de atuação dos
pro�ssionais da educação na perspectiva da divulgação cientí�ca, hoje,
intensamente facilitada pelos recursos tecnológicos.
Disponível na Biblioteca Virtual.
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Nessa perspectiva de ter maior desenvoltura e menos inibição no processo comunicativo, é válido relembrar a
importância do conhecimento acerca do tema abordado e também do per�l do público que irá ser seu receptor,
pois, conhecendo seu público, poderá planejar, organizar sua fala, o conteúdo e a utilização de recursos mais
adequada. Outro aspecto a se considerar é a expressão corporal, pois o entusiasmo, o comprometimento e a
con�abilidade também serão transmitidos nos gestos e movimentos ao longo do discurso.
Compreende-se, assim, que, para ter uma comunicação mais assertiva e desinibida, do mesmo modo que maior
articulação de conteúdo, são necessários preparação, organização, planejamento e aperfeiçoamento de
algumas habilidades e técnicas.
Figura 4 - Aspectos que favorecem a desinibição e articulação dos conteúdos
Fonte: Adaptada de Polito (2016).
LIVRO
Como falar corretamente e sem inibições
Autor : Reinaldo Polito
Editora : Benvirá
Ano : 2016
Comentário : esse livro contempla basicamente como falar bem em
público. Para isso, exempli�ca esse conteúdo, ao tratar do medo de falar em
público, de estratégias, habilidades e recursos para desenvolver essa
comunicação de maneira satisfatória e agradável, tanto para quem irá falar
quanto para quem irá assistir e interagir com esse emissor.
Disponível na Minha Biblioteca.
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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Fala de Improviso e Ética no
Relacionamento com Discentes
Preparo é a palavra de destaque quando o assunto é comunicação em público, e isso vale para todos os
pro�ssionais, contudo os professores, em especial, precisam estar atentos a isso, visto que o despreparo pode
gerar desconforto tanto ao docente quanto aos estudantes que permeiam o ensino e aprendizagem.
Nesse contexto, entende-se que a fala de improviso é aquela que não foi previamente organizada e planejada
pelo emissor, e isso se deve a fatores diversos, uma vez que dependerá da situação. Por exemplo, um professor
que tem uma aula e não faz seu planejamento encontrará a turma e terá de expor de maneira improvisada o
conteúdo, o que pode, muitas vezes, gerar certo desconforto tanto ao pro�ssional, que facilmente poderá
perder-se nas falas, como também aos alunos, que poderão perceber o despreparo do docente. Ou em outras
situações, como em uma reunião ou uma palestra, por exemplo, em que se convida inesperadamente uma
pessoa para participar; nesse caso, essa pessoa falará de maneira improvisada, mas não por despreparo, e sim
pela surpresa em ter que se pronunciar.
Por isso, a fala de improviso em sala de aula não é muito bem recebida na maior parte das vezes, sobretudo
quando o professor não tem um aprofundamento no conhecimento abordado e acaba apenas tomando o
tempo de aula de maneira não proveitosa. Contudo, cabe analisar a fala de improviso sob duas vertentes: a
primeira é a que o professor agiu sem o devido comprometimento e não se organizou para planejar
adequadamente sua aula, e a outra possibilidade é a de que foi surpreendido com uma nova demanda que não
lhe possibilita tempo hábil para essa organização.
Vejamos: o primeiro caso é um tanto quanto delicado, visto que demonstra falta de compromisso e até mesmo
desrespeito para com os demais estudantes e pro�ssionais que o acompanharão, pois não se organizar para
uma fala previamente informada pode levá-lo a se dispersar no conteúdo e tornar o momento da comunicação
pouco produtivo.
Quanto ao segundo caso, ele não ocorre somente com os professores, podendo acontecer com qualquer pessoa
o fato de ser surpreendido por um momento que demande do sujeito falar em público. São exemplos disso
aqueles momentos em que é solicitado: “você tem algumas palavras para compartilhar conosco”, ou ainda: “qual
a sua opinião a respeito disso?”. Nesse caso, o próprio público não irá esperar perfeição na comunicação, uma
vez que todos percebem que o sujeito foi surpreendido pelo momento.
Nesses casos, Lucas (2014) a�rma que é importante manter a calma mesmo que esteja inseguro internamente,
tentando ao máximo não expressar insegurança ou nervosismo. Respire algumas vezes, sem que percebam
esse despreparo para o momento, e pronuncie-se perante o que está sendo solicitado. Certamente,
compreenderão caso sua fala seja breve e pontual.
O preparo, a organização e o planejamento, além de serem fundamentais para uma boa comunicação,
representam também a busca por ações éticas e de bom relacionamento com os estudantes. Ser ético, nesse
sentido, é antecipar-se no planejamento da fala e do momento de contato com esses estudantes, ou público,
compreendendo seu per�l, de modo a não levantar discussões que vão contra seus preceitos.
A ética no contexto da educação e dos processos comunicativos nela existentes relaciona-se essencialmente ao
respeito e à busca pela harmonia nos espaços educativos, de modo que a comunicação entre docentes e
discentes seja enriquecedora de saberes e satisfatória para ambos. Dessa maneira ela motiva relações
interpessoais positivas e é e�caz quanto à comunicação que resulte, sobretudo, na aprendizagem.
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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Figura 5 - E�cácia da comunicação no ensino e aprendizagem
Fonte: Elaborada pela autora.
LIVRO
Artimanhas do dizer: retórica, oratória e eloquência
Autor : Luiz Antonio Ferreira (org.)
Editora : Blucher
Ano : 2017
Comentário : saber falar em público não é privilégio de palestrantes e
motivadores comportamentais: a arte de saber escolher as palavras mais
adequadas vem sendo desenvolvida há séculos, desde a antiguidade.
Provavelmente você já se deparou com uma situação na qual o “como dizer”
importava tanto quanto “o que” dizer. Essa preocupação com a relação
retórica, vista como um fenômeno que consagra a aproximação e o
afastamento intelectual e afetivo no seio social, fez os autores do Grupo ERA
e seus convidados debruçarem-se, no presente volume, sobre os baluartes
da construção oratória. Embora haja vasta literatura sobre os assuntos aqui
tratados, o objetivo é revisitar, num tempo de tantas publicações de
natureza pragmática sobre a arte oratória, os ensinamentos que geraram a
contemporânea técnica de bem dizer. Nesse sentido, este é um livro para
iniciantes no estudo da retórica e, por isso, possui um espírito didático
muito necessário para reavivar na mente e no coração dos interessados um
pouco dessa arte que, desde o século V a.C., distingue um homem do outro
por suas qualidades elocutivas e capacidade de exortar as paixões mais
signi�cantes na incessante busca da revelação do humano em nós.
Disponível na Minha Biblioteca.
13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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Conclusão
A partir deste roteiro de estudos, �ca evidente que tão importante quanto o conhecimento acerca dos
conteúdos a serem trabalhados com os alunos e que visam sua formação é o processo comunicativo e�caz e
assertivo, pois é a comunicação que levará o docente e os estudantes a interagirem e a sistematizarem
efetivamente os saberes contemplados a partir do ensino e aprendizagem.
Com este estudo, foi possível compreender acerca dos processos da comunicação e o relacionamento
interpessoal, assim como possibilitou re�exões relacionadas aos principais aspectos da comunicação oral e
apresentação em público. Buscou-se, assim, estudar sobre os processos da comunicação e o relacionamento
interpessoal, a partir de uma análise geral do que é a comunicação e qual a sua representatividade para o
relacionamento interpessoal. Objetivou-se também compreender sobre a comunicação oral e a apresentação
em público, além de quais as características e as técnicas que envolvem a apresentação em público, a �m de
que ela ocorra de maneira estruturada.
Foi possível analisar, ainda, os principais aspectos relacionados à comunicação em ambientes digitais, sobretudo
a importância do docente saber comunicar-se nesse espaço, atendendo à demanda crescente do ensino a
distância. Na sequência, buscou-se entender a importância da desinibição e da articulação de conteúdo, no
processo de ensino e aprendizagem, ou seja, como promover uma comunicação mais dinâmica e interativa que
envolva os estudantes à aprendizagem. Por �m, foi contemplada a temática relacionada à fala de improviso e
ética no relacionamento com discentes, evidenciando, sobretudo, alguns dos motivos que levam a uma fala de
improviso e suas consequências.
Observa-se, desse modo, que são condicionantes para a boa comunicação uma série de fatores e técnicas como
a calma e o controle do nervosismo, a criatividade, o preparo e a organização, a escolha adequada dos recursos
a serem utilizados, os estudos para aprofundamento e a atualização dos saberes, bem como o treino e a ética,
que dependerão do comprometimento e preparo constante desse pro�ssional em aperfeiçoar-se a adaptar-se
às demandas e ao per�l do grupo com quem irá trabalhar.
Referências
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13/02/23, 19:47 Roteiro de Estudos
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ROSENBERG, M. B. Comunicação não violenta . São Paulo: Saraiva, 2014.
ROSENBERG, M. B. Vivendo a comunicação não violenta . Rio de Janeiro: Sextante, 2019.

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