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UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira Faculdade de Medicina Veterinária Anna Flávia Nepomuceno Débora Apolinário Francielle da Silva Bernardo Gabriele Pasqualino Gil Mello Evaristo Kátia Táila Silva de Melo Nadine Rodrigues Natacha Sudré da Silva Samuel Fialho de Souza Boscato VACINAS PARA GATOS SUMÁRIO • Introdução • Vacinas • Panleucopenia • Calicivirose • Rinotraqueíte • Clamidiose • Leucemia Felina • Protocolo vacinal • Local de Aplicação • Sarcoma • Considerações Finais INTRODUÇÃO • Edward Jenner - primeira vacina contra Varíola no século XVIII. • Louis Pasteur – introdução da vacina em animais para erradicar a Raiva. • Hoje em dia – VGG e WSAVA que são diretrizes para vacinação de cães e gatos. • VGG – define vacinas essenciais e vacinas indicadas de acordo com região. • Vacina infecciosa - feitas com organismos atenuados, e com isso sua virulência é reduzida (vírus vivo modificado). • Vacinas não infecciosas – feitas com microrganismos mortos ou inativados. VACINAS • Essenciais segundo o WSAVA: I. Panleucopenia felina (FPV); II. Herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) conhecida como Rinotraqueíte Viral Felina (FVR); III. Calicivirose felina (FCV). OBS.: No Brasil considera-se também essencial a vacina antirábica. • Não essencial: I. Leucemia felina (FeLV). II. Clamidiose felina. • Principais vacinas comercializadas no Brasil: I. Nobivac Feline 1- HCPCh – Vírus vivo atenuado; II. Nobivac feline 1-HCPCH + Felv – Vírus vivo atenuado + Felv inativado; III. Zoetis Felocell CVR; IV. Fellovel CVR-C; V. Fel-O-Vax LvK IV + CaliciVax. PANLEUCOPENIA • Doença contagiosa de felinos causada pelo vírus da panleucopenia felina (FPV) e parvovírus canino (CPV) • Contato com secreções e da mãe para o filhote na forma intrauterina • Gatos jovens com até 12 meses de idade são os mais acometidos pela doença - mortalidade alta • Os principais sintomas da doença são: I. Vômito; II. Diarreia; III. Anorexia; IV. Apatia; V. Desidratação; VI. Hipotermia. • Formas de diagnóstico: I. PCR; II. ELISA. CALICIVIROSE • Doença contagiosa de felinos causada por um vírus de RNA com grande variabilidade genética – elevada capacidade de mutação. • A doença geralmente é caracterizada por uma infecção aguda, leve e limitada apenas ao trato respiratório superior. • A transmissão desse vírus pode ocorrer por cuidadores de animais, confinamentos, lixos, alimentos, água entre outros. • Os principais sintomas são: I. Febre; II. Claudicação; III. Descarga nasal e ocular; IV. Conjuntivite; V. Úlceras e ou vesículas na cavidade oral. • Formas de diagnóstico: I. Cultura; II. PCR; RINOTRAQUEITE • Causada pelo Herpesvírus tipo 1 (FHV-1) - Este vírus se replicam tanto nas células epiteliais da conjuntiva e do trato respiratório superior como também em neurônios. • A principal forma de contaminação é pela exposição a secreções oronasais provenientes de gatos infectados, utensílios, comedouros, toalhas, gaiolas e mãos pessoas contaminadas com secreções desses gatos. • As vacinas disponíveis apresentam efeitos satisfatórios no controle da doença, evitando o aparecimento dos sinais clínicos. • Principais sintomas: I. Febre; II. Secreções nasais e oculares em excesso; III. Espirros; IV. Conjuntivite; V. Tosse e falta de ar. • Formas de diagnóstico: I. PCR; CLAMIDIOSE • Doença infecto-contagiosa, causadora de doenças do trato respiratório superior e de conjuntivite aguda à crônica em gatos domésticos, causada pela Chlamydophila felis (bactéria). • A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções oculares contaminadas e, indiretamente, pela contaminação de fômites. • Sintomas: I. Muita secreção ocular serosa durante a fase aguda; II. Inchaço da conjutiva; III. Hiperemia (aumento da quantidade de sangue circulando) da mucosa conjuntival; IV. Blefarospasmos. • Formas de diagnóstico: I. Cultura de swab conjutival; II. Teste ELISA; LEUCEMIA FELINA • Transmitida pelo vírus pertencente à família Retroviridae e ao gênero Gammaretrovirus. • Sua transmissão ocorre devido a exposição à urina, sangue, saliva, via transplacentária ou contato com fômites. • Os sintomas da doença ocorrem devidos aos efeitos oncogênicos, citopáticos e imunossupressores do vírus. • Este retrovírus felino está associado a uma série de doenças degenerativas ou proliferativas, tais como leucemias, linfomas e fibrossarcomas. • O tratamento para linfoma e leucemia consiste em protocolos quimioterápicos, mas o prognóstico é ruim. • Formas de diagnóstico: I. ELISA; II. PCR; PROTOCOLO VACINAL • Baseia-se em três fatores: vacinas essenciais (recomendadas), não essenciais (opcionais), e não recomendadas. • O Médico Veterinário definirá o melhor protocolo vacinal de acordo com o estilo de vida do paciente e condições físicas de saúde. • A utilização da vacina contra a leucemia viral felina (FeLV) pode ser considerada essencial para gatos com idade inferior a 12 meses. • Só devem receber vacina contra FeLV aqueles animais testados e que não apresentaram antígenos nas amostras sanguíneas. • Como as vacinas contra clamidiose além de conferirem baixa proteção já foram associadas a reações adversas, só devem ser vacinados os gatos com grande exposição ao agente etiológico. LOCAL DE APLICAÇÃO • As vacinas devem ser administradas em um local diferente em cada ocasião. • A escolha desses locais deve ser baseada na facilidade de ressecção cirúrgica de qualquer FISS que possa se desenvolver. SARCOMAS • Tumor causado pela aplicação de vacinas em gatos. • Nódulo solitário firme, ou com formação difusa, aderido à região em que foi administrado a vacina ou o fármaco. • Devido à uma resposta inflamatória presente na área de aplicação. • Vacinas contra a raiva e o vírus da leucemia felina são as mais corriqueiras quanto ao surgimento do fibrossarcoma. • As vacinas de vírus morto apresentam na sua composição além do vírus, o adjuvante, que parece ser o grande responsável pela reação inflamatória. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Não existe atualmente, no Brasil, um protocolo ou guia para vacinação de cães e gatos. • O guia desenvolvido pela WSAVA, é um guia de alcance internacional e pode apresentar alguma carência de informação no que diz respeito às recomendações para as diferentes localidades do mundo. • Devem ser avaliadas quanto a sua necessidade observando fatores como idade do animal, avaliação do veterinário e características epidemiológicas das doenças em cada região. • As vacinas devem ser administradas sempre em locais diferentes a cada aplicação. • Independentemente do estilo de vida do gato, consultas anuais devem ser feitas para uma melhor avaliação do animal, podendo ter condições de vidas alteradas e possibilitando a detecção precoce de várias doenças. Obrigado(a) a todos pela paciência e atenção!!
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