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Ajustes ventilatórios iniciais e Assincronias: Paciente neonato e pediátrico Djulia Sena Juliane Amaral Santarém- PA 2023 Ventilação Mecânica invasiva No começo da década de 1970, iniciou se a ventilação especifica para pediatria e neonatologia, utilizando de fluxo e recebendo ciclos mandatórios do ventilador mecânico (ventilação mandatória intermitente). Nas ultimas décadas, houve mudanças na forma de realizar a VMI, com adaptações nos modos e modalidades ventilatórias em pediatria e neonatologia Indicações Falência Respiratória Falência de bomba (disfunção de caixa/parede torácica, DNM, disfunção do SNC Doenças pulmonares Desequilíbrio da relação V/Q Shunt pulmonar Redução da CRF Outras Como suporte em pacientes intubados (proteção de vias aéreas) Diminuição do trabalho da respiração Otimização dos níveis de CO2 (trauma cerebral com aumento da PIC) Modos Ventilatórios Ventiladores ciclados a tempo e limitados a pressão e de fluxo contínuo (TCPL) Quais parâmetros devem ser ajustados? PIP PEEP Tempo inspiratório Fluxo Inspiratório Frequência respiratória Fração inspirada de oxigênio PIP – Pico de pressão inspiratória FAIXA DE VARIAÇÃO: 15 A 35 CmH2O ESCOLHA: Fisiopatologia da doença Determine uma expansibilidade torácica 0,5 a 1 cm Boa ausculta do MV Gasometria elevadas: VC e da eliminação CO2 PMVA com melhora da oxigenação Risco de barotrauma e BDP baixas: hipoventilação alveolar hipoxemia hipercapnia PMVA > 8 a 10 cmH2O Suporte ventilatório mais intensivo Maior risco de lesão pulmonar PIP VC alvo de 5 a 8ml/kg PEEP – Pressão positiva expiratória final PEEP recruta alvéolo atelectasiado melhora CRF, vent/ perfusão, complacência ( PEEP 5 a 8 cmH20) ↓ Complacência, diminuir retorno venoso, menor débito cardíaco, ↑RVP e retenção CO2 (↓VC) É o parâmetro mais eficaz para aumentar a PMVA TI- Tempo inspiratório FAIXA DE VARIAÇÃO: Crianças 0,6 a 0,8 segundos Respeitar 3 a 5 constantes de tempo Usar a Constante de Tempo como um hábito clínico Promover relações I:E adequadas FR- Frequência respiratória 2/3 da FR normal da criança PaCO2 adequada: 45 a 60 cmH2O) Fluxo inspiratório De 3 a 4 vezes o VM 1 a 3 l/Kg/min Faixa de variação: 8 a 12 l/min Início da VMA Doença parenquimatosa: FC = 20 Pulmão normal (hipóxia) : FC 20 – 30 Escolares FR 20 e Adolescentes FR 14 Rel I/E 1:2 ou 1:3 FiO2- Fração inspirada de oxigênio NECESSÁRIA PARA MANTER: Elevar a PMVA como recurso para hipoxemia se FiO2 > 0,50/O,60. Manter vigilância sobre os níveis oferecidos de O2 PaO2 entre 50 e 80 mmHg SaO2 entre 93 e 96 % Modos de controle Modo pressão controlada: Fluxo: parâmetro resultante (livre) Volume: parâmetro resultante (livre) Pressão: parâmetro controlado (fixo) Tempo: variável de ciclagem FiO2: a menor possível para manter a oxigenação entre 88 – 94% PIP : Pressão inspiratória Recém – nascido (até 1 mês):15-20 Lactentes (até 2 anos): 15-20 Pré- escolar (até 6 anos): 15-20 Escolares (até 10 anos): 15-20 Adolescentes: 15-25 Sugestões de Parâmetros iniciais: PEEP: Pressão Expiratória Final Positiva Recém – nascido (até 1 mês): 5-8 cmH2O Lactentes (até 2 anos): 5-8 cmH2O Pré- escolar (até 6 anos): 5-8 cmH2O Escolares (até 10 anos): 5-8 cmH2O Adolescentes: 5-8 cmH2O FR: Frequência Respiratória: Recém – nascido (até 1 mês): 30-40rpm Lactentes (até 2 anos): 20-30rpm Pré- escolar (até 6 anos): 15-25rpm Escolares (até 10 anos): 12-20rpm Adolescentes: 10-15rpm TI: Relacionado à Constante de Tempo. Recém – nascido (até 1 mês): 0,4-0,6 Lactentes (até 2 anos): 0,5-0,7 Pré- escolar (até 6 anos): 0,7-0,9 Escolares (até 10 anos): 0,8-1,0 Adolescentes: 1,0-1,3 Assincronias Podem se definidas como um desacoplamento entre a oferta do ventilador mecânico e a demanda do paciente Avaliação da demanda fisiológica x representação gráfica Por meio de gráficos escalares e/ou loops Gráficos de pressão, fluxo e volume Fases do ciclo ventilatório Gráfico fluxo x tempo em modo controlado a volume Curva fluxo x tempo Esforço ineficaz Esforço muscular, sem ocorrência do disparo do ventilador Causas: ajuste inadequado da sensibilidade de disparo (pouco sensível) Fraqueza muscular respiratória ou outras condições que reduzam o drive respiratório. Esforço ineficaz Esforço ineficaz Otimização de ajustes de sensibilidade; Nova calibração do sistema ou troca do aparelho Duplo disparo Ocorrência de duas inspirações consecutivas, com um breve período expiratório, empilhamento de fluxo. Causas: Ajustes de volume e fluxo não atendem as demandas do paciente; tempo inspiratório curto; níveis de PS insuficientes e alta demanda ventilatória. Assim, o esforço inspiratório permanece mesmo após o término do tempo inspiratório, sendo esse esforço forte o suficiente para provocar o disparo de um segundo ciclo. Duplo disparo