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Rev. 00 29/02/2016 MANUAL DE TREINAMENTO DA INSTRUMENTAÇÃO Alessandro Nogueira Rev. 00 29/02/2016 Índice 1 Diagramas....................................................................................................... 1 1.1 Diagrama Esquemático ........................................................................... 1 1.1.1 Diagrama Unifilar .............................................................................. 1 1.1.2 Diagrama Multifilar ........................................................................... 1 1.1.3 Diagrama Funcional (Elementar) ...................................................... 2 1.1.4 Diagrama de Blocos ........................................................................... 3 2 Metrologia ...................................................................................................... 5 2.1 Classificação dos Instrumentos de Medição ........................................... 5 2.1.1 Classificações por Função ................................................................. 5 2.1.2 Classes de Instrumentos ..................................................................... 6 2.2 Instrumentos de Medição ........................................................................ 7 2.2.1 Fita Métrica ........................................................................................ 7 2.2.2 Paquímetro ......................................................................................... 8 2.2.3 Instrumento de Ferro Móvel ............................................................ 12 2.2.4 Instrumento de Bobina Móvel ......................................................... 13 2.2.5 Instrumento Eletrodinâmico ............................................................ 14 2.2.6 Instrumento de Indução ................................................................... 15 2.2.7 Instrumento de Bobinas Cruzadas ................................................... 16 2.2.8 Sistema de Medição com Fio Térmico ............................................ 16 2.2.9 Instrumento Eletrostático ................................................................. 17 2.3 Características dos Instrumentos de Medição ....................................... 17 2.3.1 Faixa Nominal ................................................................................. 17 2.3.2 Amplitude da Faixa Nominal ........................................................... 17 2.3.3 Valor Nominal ................................................................................. 18 2.3.4 Faixa de Medição e Faixa de Trabalho ............................................ 18 2.3.5 Condições de Utilização .................................................................. 18 2.3.6 Condições Limites ........................................................................... 18 2.3.7 Condições de Referência ................................................................. 18 2.3.8 Constante de um Instrumento .......................................................... 19 2.3.9 Característica de Resposta ............................................................... 19 2.3.10 Sensibilidade .................................................................................... 19 2.3.11 (Limiar de) Mobilidade .................................................................... 19 2.3.12 Resolução (de um Dispositivo Mostrador) ...................................... 19 2.3.13 Zona Morta ...................................................................................... 20 2.3.14 Estabilidade ...................................................................................... 20 Rev. 00 29/02/2016 2.3.15 Neutralidade ..................................................................................... 20 2.3.16 Deriva .............................................................................................. 20 2.3.17 Tempo de Resposta .......................................................................... 20 2.3.18 Exatidão de um Instrumento de Medição ........................................ 21 2.3.19 Classe de Exatidão ........................................................................... 21 2.3.20 Erro (de Indicação) de um Instrumento de Medição ....................... 21 2.3.21 Erros Máximos Admissíveis (de um instrumento de medição) ....... 21 2.3.22 Erro no Ponto de Controle (de um Instrumento de Medição) ......... 21 2.3.23 Erro no Zero (de um Instrumento de Medição) ............................... 21 2.3.24 Erro Intrínseco (de um Instrumento de Medição) ............................ 21 2.3.25 Tendência (de um Instrumento de Medição) ................................... 22 2.3.26 Isenção de Tendência (de um Instrumento de Medição > ............... 22 2.3.27 Repetitividade (de um Instrumento de Medição) ............................ 22 2.4 Medição de Corrente e de Tensão ......................................................... 22 2.4.1 Amperímetro - Medição de Corrente ............................................... 22 2.4.2 Voltímetro - Medição de Tensão ..................................................... 23 2.4.3 Ohmímetro - Medição da Resistência .............................................. 24 2.4.4 Medição de Potência ........................................................................ 25 2.4.5 Medidores de Energia Elétrica ......................................................... 27 2.4.6 Megômetro - Megger ....................................................................... 27 2.4.7 Frequencímetro ................................................................................ 31 2.4.8 Medidor de Fator de Potência .......................................................... 32 2.4.9 Volt-Amperímetro Tipo Alicate ...................................................... 33 2.5 Simbologia dos Instrumentos de Medidas Elétricas ............................. 36 2.6 Simbologia de Instrumentação .............................................................. 39 2.6.1 Simbologia Conforme Norma ABNT (NBR-8190) ........................ 39 2.6.2 Símbolos de Linha de Instrumentos ................................................ 47 2.6.3 Símbolos Gerais de Instrumentos ou de Funções ............................ 49 2.7 Fluxogramas de Processo ...................................................................... 49 2.8 Definições de Sistemas de Controle ..................................................... 51 2.9 Unidades Dimensionais ........................................................................ 51 2.9.1 Sistema Métrico Decimal ................................................................ 52 2.10 Unidades Não Oficiais .......................................................................... 53 2.10.1 Sistemas Inglês e Americano ........................................................... 53 2.11 Outras Grandezas .................................................................................. 54 2.11.1 Elétrica ............................................................................................. 54 2.11.2 Área .................................................................................................. 55 Rev. 00 29/02/2016 2.11.3 Volume ............................................................................................ 55 2.11.4 Massa ............................................................................................... 55 2.11.5 Pressão ............................................................................................. 55 2.11.6 Temperatura ..................................................................................... 56 2.11.7 Força ................................................................................................57 2.11.8 Rotação ............................................................................................ 57 3 Materiais Metálicos ...................................................................................... 59 3.1 Metais Ferrosos ..................................................................................... 59 3.1.1 Ferro ................................................................................................. 59 3.1.2 Ferro Fundido .................................................................................. 61 3.1.3 Aço ................................................................................................... 62 3.2 Metais Não Ferrosos ............................................................................. 71 3.2.1 Cobre ................................................................................................ 71 3.2.2 Latão ................................................................................................ 71 3.2.3 Bronze .............................................................................................. 72 3.2.4 Alumínio .......................................................................................... 73 4 Materiais Não Metálicos .............................................................................. 74 4.1 Madeira ................................................................................................. 74 4.1.1 Características Físicas e Mecânicas da Madeira .............................. 75 4.2 Materiais Plásticos ................................................................................ 75 4.2.1 Classificação .................................................................................... 76 4.2.2 Principais propriedades .................................................................... 76 5 Elementos de Fixação................................................................................... 76 5.1 Parafusos ............................................................................................... 76 5.1.1 Dimensão dos Parafusos .................................................................. 77 5.1.2 Carga dos Parafusos ......................................................................... 77 5.1.3 Tipos de Parafusos ........................................................................... 77 5.2 Porcas .................................................................................................... 81 5.2.1 Tipos de Porcas ................................................................................ 81 5.3 Arruelas ................................................................................................. 82 5.3.1 Tipos de Arruelas ............................................................................. 83 5.4 Roscas ................................................................................................... 84 5.4.1 Passo e Hélice de Rosca .................................................................. 84 5.4.2 Tipos de Roscas ............................................................................... 85 5.4.3 Perfil de Rosca ................................................................................. 87 5.4.4 Sentido de Direção do Filete ............................................................ 88 6 Eletricidade................................................................................................... 89 Rev. 00 29/02/2016 6.1 Campo Eletrostático .............................................................................. 90 6.2 Linhas de Força ..................................................................................... 91 6.3 Corrente Elétrica ................................................................................... 92 6.3.1 Fluxo de Corrente ............................................................................ 93 6.4 Circuito Elétrico .................................................................................... 93 6.5 Potência Elétrica ................................................................................... 94 6.6 Resistência Elétrica ............................................................................... 94 6.6.1 Resistores Fixos ............................................................................... 95 6.6.2 Resistividade .................................................................................... 98 6.6.3 Características dos Condutores ........................................................ 99 6.7 Lei de Ohm ........................................................................................... 99 6.8 Geradores ............................................................................................ 100 6.8.1 Associação de Geradores ............................................................... 101 6.8.2 Rendimento do Gerador ( ) ......................................................... 102 6.9 Capacitores .......................................................................................... 103 6.9.1 Capacitância ................................................................................... 103 6.9.2 Força Exercida por Duas Cargas ................................................... 104 6.9.3 Materiais Dielétricos ...................................................................... 105 6.9.4 Representação Gráfica da Capacitância ......................................... 106 6.9.5 Fabricação Capacitores .................................................................. 107 6.9.6 Aplicação ....................................................................................... 108 6.9.7 Associação de Capacitores ............................................................ 108 6.9.8 Reatância Capacitiva (Xc) ............................................................. 109 6.10 Indutores ............................................................................................. 110 6.10.1 Indutância ...................................................................................... 110 6.10.2 Reatância Indutiva (XL) ................................................................. 110 6.10.3 Associação de Indutores ................................................................ 111 6.11 Corrente Contínua (CC) ...................................................................... 111 6.12 Corrente Alternada (CA) .................................................................... 111 6.13 Circuito Série ...................................................................................... 112 6.14 Circuito em Paralelo ........................................................................... 112 6.15 Leis de Kirchhoff ................................................................................ 112 6.15.1 Malha , Nó e Ramo ........................................................................ 112 6.15.2 Lei das Tensões .............................................................................. 114 6.15.3 Lei das Correntes ........................................................................... 117 6.16 Análise Nodal ..................................................................................... 117 6.17 Transformação Y ( T ) / ( ) e vice-versa ....................................... 119 Rev. 00 29/02/2016 7 Motores Elétricos ....................................................................................... 120 7.1 Motores de Corrente Alternada ........................................................... 123 7.1.1 Tipos de Motores de Corrente Alternada ....................................... 123 7.1.2 Escorregamento ............................................................................. 132 7.1.3 Rotor com Gaiola de Esquilo ......................................................... 132 7.1.4 Rotor Bobinado ..............................................................................134 7.1.5 Falhas nas Ligações dos Motores de CA ....................................... 134 7.1.6 Falhas Internas nos Motores de CA Assíncronos .......................... 135 7.2 Motor de Corrente Contínua ............................................................... 139 7.2.1 Coletor ........................................................................................... 139 7.2.2 Conjugado ...................................................................................... 139 7.2.3 Força Contra-eletromotriz ............................................................. 139 7.2.4 A Corrente do Induzido ................................................................. 140 7.2.5 Velocidade do Motor ..................................................................... 140 7.2.6 Reação do Induzido ....................................................................... 141 7.2.7 Tipos de Motores de Corrente Contínua ........................................ 142 7.2.8 Instalações de Motores de Corrente Contínua ............................... 145 7.2.9 Falhas nas Ligações dos Motores de Corrente Contínua ............... 147 7.2.10 Falhas Internas nos Motores de Corrente Contínua ....................... 148 8 Dispositivo de Controle .............................................................................. 151 8.1 Sensores Mecânicos ............................................................................ 151 8.1.1 Chaves Fim de Curso ..................................................................... 151 8.1.2 Reed-Switch ................................................................................... 152 8.1.3 Desvantagens de Sensores Mecânicos ........................................... 152 8.2 Sensores Fotoelétricos ........................................................................ 153 8.2.1 Foto-resistor (LDR) ....................................................................... 153 8.2.2 Fotocélula ...................................................................................... 154 8.2.3 Fotodiodo ....................................................................................... 155 8.2.4 Fototransitor ................................................................................... 156 8.3 Sensores Térmicos .............................................................................. 157 8.3.1 NTC e PTC .................................................................................... 157 8.3.2 Sensor Piroelétrico ......................................................................... 157 8.4 Sensor Capacitivo ............................................................................... 158 8.5 Sensor Indutivo ................................................................................... 159 8.6 Sensor Ultrassônico ............................................................................ 159 9 Transmissores ............................................................................................. 160 9.1 Transmissão Pneumática ..................................................................... 160 Rev. 00 29/02/2016 9.2 Transmissão Eletrônica ....................................................................... 161 9.2.1 Transmissor a 2 fios ....................................................................... 161 9.2.2 Transmissor a 4 fios ....................................................................... 162 9.3 Transmissores de Pressão ................................................................... 162 9.3.1 Tipos de Pressão ............................................................................ 163 9.3.2 Pressão Atmosférica ...................................................................... 163 9.3.3 Pressão Faixa Composta ................................................................ 163 9.3.4 Pressão Diferencial ........................................................................ 164 9.3.5 Pressão Dinâmica ........................................................................... 164 9.3.6 Pressão Estagnação ........................................................................ 164 9.3.7 Pressão Estática ............................................................................. 164 9.3.8 Pressão Hidrostática ....................................................................... 164 9.3.9 Pressão de Vapor ........................................................................... 164 9.3.10 Aspecto Contrutivo ........................................................................ 164 9.3.11 Instalação ....................................................................................... 165 9.3.12 Conexão Elétrica ............................................................................ 166 9.3.13 Funções Internas dos Transmissores ............................................. 168 9.4 Transmissores de Nível ....................................................................... 169 9.4.1 Tipos de Medição de Nível ............................................................ 170 9.4.2 Medição Direta .............................................................................. 170 9.4.3 Medição Indireta ............................................................................ 171 9.5 Transmissores de Vazão ..................................................................... 178 9.5.1 Tipos e Características dos Medidores de Vazão .......................... 179 9.5.2 Medidores Volumétricos ............................................................... 181 9.5.3 Medição de Vazão Através do Tubo de Pitot ................................ 187 9.5.4 Medidor Tipo Annubar .................................................................. 188 9.5.5 Medição de Vazão por Área Variável............................................ 189 9.5.6 Medidores de Vazão em Canais Abertos ....................................... 192 9.5.7 Medidores Especiais de Vazão ...................................................... 193 9.5.8 Medidor Tipo Turbina ................................................................... 197 9.5.9 Medidor de Vazão por Ultrassom .................................................. 198 9.5.10 Medidor Tipo Coriolis ................................................................... 204 9.5.11 Medidores Tipo Vortex .................................................................. 204 9.6 Transmissores de Temperatura ........................................................... 205 9.6.1 Temperatura e Calor ...................................................................... 205 9.6.2 Escalas de Temperatura ................................................................. 206 9.6.3 Medidores de Temperatura por Dilatação / Expansão ................... 210 Rev. 00 29/02/2016 9.6.4 Correlação da F.E.M. Em Função da Temperatura ....................... 221 9.6.5 Correção da Junta de Referência ................................................... 225 9.6.6 Erros de Ligação usando Fios de Cobre ........................................ 226 9.6.7 Termopar de Isolação Mineral ....................................................... 228 9.6.8 Medição de Temperatura por Termoresistência ............................ 231 9.6.9 Medição de Temperatura por Radiação ......................................... 235 9.6.10 Código de Cores Internacional ...................................................... 242 9.6.11 Limites de Ferro ............................................................................. 243 9.6.12 Tabela Termoresistências PT-100 ................................................. 244 9.6.13 Tabela Termopar TIPO J ............................................................... 245 9.6.14 Tabela Termopar TIPO K .............................................................. 248 9.6.15 Tipos e Termopares e Faixa de TemperaturaUsual – Vantagens e Restrições 252 10 Linguagem Ladder .................................................................................. 253 10.1 Componentes da Linguagem .............................................................. 255 10.1.1 As Entradas (Ou Contatos) ............................................................ 255 10.1.2 As Saídas (Ou Bobinas) ................................................................. 256 10.1.3 Blocos Funcionais .......................................................................... 256 11 Ferramentas e Seus Acessórios .............................................................. 258 11.1 Alicates ............................................................................................... 258 11.1.1 Classificação e Aplicações ............................................................ 258 11.2 Chaves de Aperto ................................................................................ 260 11.2.1 Classificação .................................................................................. 261 11.2.2 Recomendações ............................................................................. 265 11.3 Limas .................................................................................................. 265 11.3.1 Classificação .................................................................................. 265 11.3.2 Recomendações ............................................................................. 266 11.3.3 Aplicações ...................................................................................... 267 11.4 Arco de Serra ...................................................................................... 267 11.4.1 Características ................................................................................ 268 11.4.2 Recomendações ............................................................................. 268 11.5 Brocas ................................................................................................. 269 11.5.1 Classificação .................................................................................. 269 11.6 Martelo ................................................................................................ 271 11.6.1 Recomendações ............................................................................. 272 12 Equipamentos ......................................................................................... 272 12.1 Osciloscópio ........................................................................................ 272 Rev. 00 29/02/2016 12.1.1 Características ................................................................................ 273 12.1.2 Exemplos de Uso ........................................................................... 274 12.1.3 Recomendações ............................................................................. 274 12.2 Furadeiras ............................................................................................ 275 12.2.1 Tipos .............................................................................................. 275 12.3 Esmerilhadeira .................................................................................... 277 12.3.1 Tipos .............................................................................................. 278 13 Válvulas .................................................................................................. 279 13.1 Classificação das Válvulas .................................................................. 280 13.1.1 Válvulas de Gaveta ........................................................................ 281 13.1.2 Válvulas de Macho ........................................................................ 286 13.1.3 Válvulas Globo .............................................................................. 289 13.1.4 Válvulas de Retenção .................................................................... 292 13.1.5 Válvulas de Segurança e de Alívio ................................................ 297 13.1.6 Válvulas de Controle ..................................................................... 298 13.1.7 Outros Tipos Importantes de Válvulas .......................................... 300 14 Tubulações Industriais ............................................................................ 302 14.1 Principais Materiais para Tubos ......................................................... 302 14.1.1 Tubos de Aço Carbono .................................................................. 304 14.1.2 Tubos de Aços Liga ....................................................................... 306 14.1.3 Tubos de Aços Inoxidáveis ............................................................ 308 14.1.4 Tubos de Ferro Fundido e de Ferro Forjado .................................. 309 14.1.5 Tubos de Metais Não Ferrosos ...................................................... 310 14.1.6 Tubos Não Metálicos ..................................................................... 311 14.1.7 Tubos de Materiais Plásticos ......................................................... 313 14.1.8 Tubos de Aço com Revestimentos Internos .................................. 314 14.2 Desenhos de Tubulações Industriais ................................................... 316 14.2.1 Plantas de Tubulações .................................................................... 316 14.2.2 Desenhos Isométricos .................................................................... 347 15 Automação Básica .................................................................................. 352 15.1 Noções de Circuitos Lógicos .............................................................. 352 15.1.1 Tópicos da Algebra de Boole ........................................................ 352 15.1.2 Simplificação de Circuitos Lógicos ............................................... 356 15.1.3 Montagem de Circuitos com Condições Estabelecidas ................. 361 15.2 Controlador Lógico Programável ....................................................... 362 15.2.1 Surgimento do Controlador Programável ...................................... 362 15.2.2 Introdução Tecnologia de Controladores Lógicos Programáveis .. 365 Rev. 00 29/02/2016 15.2.3 Arquitetura do Controlador Programável ...................................... 369 15.2.4 Programação de PLC’s .................................................................. 379 15.3 Arquiteturas Digitais de Controle e Interface Homem-Máquina ........ 389 15.3.1 Sistema de Aquisição de Dados “DAS” ........................................ 389 15.3.2 Sistema Supervisório Controle “SPC” ........................................... 395 15.3.3 Sistema de Controle Digital Direto “DDC” ................................. 397 15.3.4 Sistema de Controle Com PLC’s ................................................... 399 15.3.5 Sistema de Controle Digital Distribuído – SDCD ......................... 402 16 Controlador PID ..................................................................................... 404 16.1 Controlador proporcional (Kp): .......................................................... 406 16.2 Controlador PI (Proporcional + Integral): .......................................... 407 16.3 Controlador PD (Proporcional + Derivativo): .................................... 407 16.4 Controlador PID (Proporcional + Integral + Derivativo): .................. 408 16.5 Características dos Controladores PID: .............................................. 408 16.6 Ajuste Empírico do Controlador PID: ................................................ 409 16.6.1 Método da Resposta Transitória: ................................................... 409 16.6.2 Método do Ganho Crítico: ............................................................. 41016.6.3 Método do Decaimento de ¼: ........................................................ 410 17 Referências ............................................................................................. 411 17.1 Apostilas ............................................................................................. 411 17.2 Livros .................................................................................................. 411 1 Rev. 00 11/03/2016 1 Diagramas 1.1 Diagrama Esquemático Destinado a facilitar o estudo e a compreensão do funcionamento de uma instalação ou parte dela. Os elementos do diagrama dispõem-se de forma que possam facilitar sua interpretação e não seguindo a disposição espacial real. Isto quer dizer que diversos elementos condutores de corrente e os dispositivos de comando e proteção estão representados conforme a sua posição no circuito elétrico e independente da relação construtiva destes elementos. Os diagramas esquemáticos são classificados em 3 tipos: 1.1.1 Diagrama Unifilar Representação simplificada, geralmente unipolar das ligações, sem o circuito de comando, onde só os componentes principais são considerados. Em princípio todo projeto para uma instalação elétrica deveria começar por um diagrama unifilar. 1.1.2 Diagrama Multifilar É a representação da ligação de todos os seus componentes e condutores. Em contraposição ao unifilar, todos os componentes são representados, sendo que a posição ocupada não precisa obedecer a posição física real em que se encontram. Como ambos os circuitos, (principal e auxiliar) são representados simultaneamente no diagrama, não se tem uma visão exata da “função” da instalação, dificultando, acima de tudo a localização de uma eventual falha, numa instalação de grande porte. 2 Rev. 00 11/03/2016 1.1.3 Diagrama Funcional (Elementar) À medida que os diagramas multifilares foram perdendo a utilidade, foram sendo substituídos pelos funcionais. Este tipo de diagrama representa com clareza os processos e o modo de atuação dos contatos, facilitando a compreensão da instalação e o acompanhamento dos diversos circuitos na localização de eventuais defeitos. Este diagrama é composto por 2 circuitos: 3 Rev. 00 11/03/2016 1.1.3.1 Circuito Principal ou de Força Onde estão localizados todos os elementos que tem interferência direta na alimentação da máquina, ou seja, aqueles elementos por onde circula a corrente que alimenta a respectiva máquina. 1.1.3.2 Circuito Auxiliar ou de Comando Onde estão todos os elementos que atuam indiretamente na abertura, fechamento e sinalização dos dispositivos utilizados no acionamento da máquina, em condições normais e anormais de funcionamento. 1.1.4 Diagrama de Blocos Consiste essencialmente em um desenho simples cujo objetivo é apresentar o princípio de funcionamento de uma instalação elétrica industrial. A necessidade dos diagramas de blocos está muitas vezes no interesse em conhecer o funcionamento de uma instalação sem ter que analisar detalhadamente o diagrama funcional completo, o que levaria muito tempo. 1.1.4.1 Layout de Montagem O Layout de montagem constitui um documento importante para orientar a montagem, localização e reparação de falhas em todos os equipamentos que constituem uma instalação elétrica. O layout que envolva máquinas, equipamentos elétricos, instalações, etc., devem refletir a distribuição real dos dispositivos, barramentos, condutores, etc., e seus elementos separados, como indicar os caminhos empregados para a interconexão dos contatos destes elementos. 4 Rev. 00 11/03/2016 1.1.4.2 Identificação de Bornes em Diagramas de Interligação Se duas ou mais partes de uma instalação estão interligadas entre si por condutores, estes são ligados em ambos os lados a blocos terminais (régua de bornes). Tanto os terminais quanto os conjuntos de bornes são identificados por letras e números. Para os condutores, foi escolhido o critério da identificação do seu destino em cada borne de conexão. Observe o exemplo abaixo que representa uma interligação de 3 réguas de bornes com suas respectivas numerações. 5 Rev. 00 11/03/2016 2 Metrologia Metrologia é a ciência das medições e suas aplicações. A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação. Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como unidade. Entende-se por unidade um determinado valor em função do qual outros valores são enunciados. O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por condições físicas, podendo-se mesmo dizer que é a materialização da unidade, somente sob condições especificas. 2.1 Classificação dos Instrumentos de Medição Existem vários métodos de classificação de instrumentos de medição. Dentre os quais podemos ter classificação por: Função Sinal transmitido ou suprimento e tipos de sinal 2.1.1 Classificações por Função Conforme será visto posteriormente, os instrumentos podem estar interligados entre si para realizar uma determinada tarefa nos processos industriais. A associação 6 Rev. 00 11/03/2016 desses instrumentos chama-se malha e em uma malha cada instrumento executa uma função. Os instrumentos que podem compor uma malha são então classificados por função. Exemplo de configuração de uma malha de controle 2.1.2 Classes de Instrumentos Podemos classificar os instrumentos e dispositivos utilizados em instrumentação de acordo com a função que o mesmo desempenha no processo. Indicador: Instrumento que dispõe de um ponteiro e de uma escala graduada na qual podemos ler o valor da variável. Existem também indicadores digitais que indicam a variável em forma numérica com dígitos ou barras gráficas. Registrador: Instrumento que registra a (s) variável (s) através de um traço contínuo ou pontos em um gráfico. Transmissor: Instrumento que determina o valor de uma variável no processo através de um elemento primário, tendo o mesmo sinal de saída (pneumático ou eletrônico) cujo valor varia apenas em função da variável do processo. Transdutor: Instrumento que recebe informações na forma de uma ou mais quantidades físicas, modifica caso necessário às informações e fornece um sinal de saída resultante. Dependendo da aplicação, o transdutor pode ser um elemento primário, um transmissor ou outro dispositivo. O conversor é um tipo de transdutor que trabalha apenas com sinais de entrada e saída padronizados. Unidade de medida Processo Indicação Controlador: Instrumento que compara a variável controlada com um valor desejado e fornece um sinal de saída a fim de manter a variável controlada em um valor específico ou entre valores determinados. A variável pode ser 7 Rev. 00 11/03/2016 medida, diretamente pelo controlador ou indiretamente através do sinal de um transmissor ou transdutor. Elemento Final de Controle: Instrumento que modifica diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de controle. OBS: Também são classificados em instrumentos de painel, de campo, à prova de explosão, de poeira, de líquidos, etc. Combinações dessas classificações são efetuadas formando instrumentos conforme as necessidades. 2.2 Instrumentos de Medição A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da qualidade dos instrumentos de medição empregados. Assim, a tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará resultado duvidoso, sujeito a contestações. Portanto, para a tomada de uma medida, é indispensável que o instrumento esteja aferido e que a sua aproximação permita avaliar a grandeza em causa, com a precisão exigida. 2.2.1 Fita Métrica Fita métrica é um instrumento de medida usada para medirdistâncias. Pode designar uma fita flexível e graduada que se utiliza para medir tecidos, ou determinados tipos de fitas métricas retácteis que consistem numa fita de metal, plástico ou fibra de vidro enrolada num invólucro. No Brasil, as fitas métricas retráteis e feitas de metal são também chamadas "trenas". As unidades de medidas das trenas são: centímetros, milímetros, polegadas e pés. 2.2.1.1 Tipos de Fitas Métricas Fita métrica de metal auto-retráctil Fita métrica de plástico Fita métrica de plástico https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tape_measure.jpg https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:M%C3%A8tre_ruban.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rotella_metrica.jpg 8 Rev. 00 11/03/2016 Fita pi 2.2.2 Paquímetro Utilizado para a medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental específico e a precisão requerida não é menor que 0,02 mm . É um instrumento finamente acabado, com as superfícies planas e polidas. O cursor é ajustado à régua, de modo que permita a sua livre movimentação com um mínimo de folga. Geralmente é construído de aço inoxidável, e suas graduações referem-se à 20ºC. A escala é graduada em milímetro e polegadas, podendo a polegada ser fracionária ou milesimal. O cursor é provido de uma escala, chamada nônio ou vernier, que se desloca em frente às escalas da régua e indica o valor da dimensão tomada. 2.2.2.1 Sistema Métrico Decimal A escala do cursor, chamada Nônio (designação dada pelos portugueses em homenagem a Pedro Nunes, a quem é atribuída sua invenção) ou Vernier (denominação dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que eles afirmam ser o inventor), consiste na divisão do valor N de uma escala graduada fixa por N.1 (nº de divisões) de uma escala graduada móvel. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http://portuguese.alibaba.com/product-gs/pi-tape-11333633.html&psig=AFQjCNHPGor0VSsZ1YHY6WUCwRsZ2z7zPw&ust=1453307838010194 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjh3Z7gp7bKAhVjmIMKHY0sAI4QjRwIBw&url=http://www.importecnica.com.br/pitape.html&psig=AFQjCNHPGor0VSsZ1YHY6WUCwRsZ2z7zPw&ust=1453307838010194 9 Rev. 00 11/03/2016 Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9 mm, e dividindo pelo nº de divisões do mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9 mm. Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa em uma divisão do nônio, concluímos que cada divisão do nônio é menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa. Essa diferença é também a aproximação máxima fornecida pelo instrumento. Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala fixa, o paquímetro estará aberto em 0,1 mm (figura esquerda), coincidindo o 2º traço com 0,2 mm (figura direita), o 3º traço com 0,3 mm e assim sucessivamente (figura central). 2.2.2.2 Sistema Inglês Ordinário Para efetuarmos leitura de medidas em um paquímetro do sistema inglês ordinário, faz-se necessário conhecermos bem todos os valores dos traços da escala. 10 Rev. 00 11/03/2016 Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o traço zero do nônio coincida com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16" (figura esquerda), no segundo traço, 1/8" (figura direita), no décimo traço, 5/8" (figura central). 2.2.2.3 Tipos de Paquímetros e Aplicações Abaixo estão representados os diversos tipos de paquímetros e suas aplicações: 11 Rev. 00 11/03/2016 12 Rev. 00 11/03/2016 2.2.3 Instrumento de Ferro Móvel 13 Rev. 00 11/03/2016 Na parte interna de uma bobina, uma chapa de ferro doce fixa é montada em oposição a uma chapa móvel. Se na bobina circula corrente, então ambas as chapas são magnetizadas identicamente em relação aos pólos resultantes, e desta forma, se repelem. Quando se dá a inversão do sentido de circulação da corrente, na bobina, as chapas são novamente magnetizadas identicamente, e continuam se repelindo. Por isto, os instrumentos de ferro móvel são adequados para a medição, tanto de corrente quanto de tensão, em corrente contínua e em alternada. As forças magnéticas das chapas exercem um conjugado sobre o eixo do ponteiro. A grandeza deste conjugado não é proporcional à corrente na bobina, mas sim ao quadrado desta corrente que está sendo medida. Portanto, uma corrente três vezes maior ocasiona uma deflexão do ponteiro nove vezes superior. Por isto, a escala de leitura tem intervalos menores nos valores mais baixos do que nos mais elevados. Por meio de uma forma adequada das chapas no instrumento, é possível corrigir este detalhe, com exceção dos valores bem baixos. Em muitos instrumentos, uma leitura exata apenas é possível na faixa contida entre dois pontos bem destacados sobre a escala. A mola montada sobre o eixo do ponteiro desenvolve um conjugado oposto ao das chapas, levando assim o ponteiro novamente a zero, quando o instrumento é desligado. O ponteiro destes instrumentos não estabiliza imediatamente a sua posição de leitura sobre a escala, em virtude de vibrações do sistema de medição. Por isto, é necessário acrescentar ao sistema câmaras de amortecimento. Este amortecimento é consequente da ação entre uma lâmina que se desloca dentro de uma câmara, deslocamento este dificultado pela resistência do ar. 2.2.4 Instrumento de Bobina Móvel No campo de um imã permanente, é montada uma bobina móvel, giratória, alternada por corrente elétrica. a corrente é levada até a bobina por meio de molas espiras, que simultaneamente desenvolvem o conjugado de oposição ao deslocamento da bobina. A rotação da bobina e consequente deflexão do ponteiro são proporcionais à corrente, o que faz com que os intervalos sobre a escala estejam igualmente distanciados. O ponto zero da escala pode tanto ficar no meio quanto na extremidade. Quando ocorre inversão do sentido de circulação da corrente, ocorre também a inversão da rotação da bobina ou da deflexão do ponteiro. Disto resulta que este instrumento apenas pode ser usado para medição de tensão ou corrente contínua. 14 Rev. 00 11/03/2016 O amortecimento do movimento do ponteiro é obtido por frenagem de correntes de histerese, oriundas do movimento de rotação de uma moldura de alumínio que envolve a bobina móvel, no campo magnético. 2.2.5 Instrumento Eletrodinâmico O sistema de medição eletrodinâmico consiste de uma bobina móvel e uma fixa. Perante a passagem de determinada corrente, as bobinas apresentarão a mesma polaridade e assim levarão o ponteiro à deflexão, por repulsão. A corrente que alimenta a bobina móvel é levada a esta por meio de 2 molas espirais, que, simultaneamente, desenvolvem uma força contrária ao deslocamento angular. Numa inversão do sentido da corrente, ambas as bobinas invertem ao mesmo tempo a sua polaridade. Com isto, as condições de repulsão entre as bobinas não se alteram e a deflexão do ponteiro se dá sempre para o mesmo lado. Por esta razão, o instrumento pode ser utilizado tanto em corrente contínua quanto alternada. Usado como amperímetro ou como voltímetro, ambas as bobinas são ligadas em série ou, perante correntes muito elevadas, são ligadas em paralelo. A principal aplicação deste tipo de instrumento é encontrada nos medidores de potência (Wattímetros). Como a potência é obtida do produto da tensão pela corrente, a bobina fixa é dimensionada como bobina de corrente, e a móvel como de tensão. A potência, em watts, pode assim ser obtida diretamente por simples leitura. Na medição de potências em corrente alternada, a potência indicada é a potência útil, porque apenas 15 Rev. 00 11/03/2016 aquela parte da corrente efetuará um trabalho, que estiver em fase com atensão, e assim seu valor P = U x I x cosφ. O amortecimento é obtido por uma câmara com ar, tal como no instrumento de ferro móvel. Às vezes são empregados instrumentos de medição blindados por uma chapa de ferro, para evitar influências magnéticas presentes no ambiente externo. Neste tipo, a bobina fixa é montada dentro de um anel de ferro fechado e laminado, evitando-se assim a formação de correntes parasitas. A precisão do instrumento é menor devido ao ferro. 2.2.6 Instrumento de Indução Este instrumento se compõe de um corpo de ferro quadripolar, que possui dois pares de bobinas cruzadas entre si. No circuito de corrente de um destes pares de bobinas, inclui-se uma indutância. Disto resulta um deslocamento de fase entre os pares de bobinas e desta forma, a existência de um campo girante. Um tambor de alumínio, montado de tal modo que apresente um movimento giratório, fica sob efeito indutivo deste campo girante. As correntes induzidas neste tambor desenvolvem um conjugado e, com isto, uma deflexão do ponteiro. A força contrária a esta deflexão é conseguida da ação das molas espirais. O amortecimento do instrumento é feito por um imã, em forma de ferradura, cujo campo atua sobre o tambor girante. O instrumento de indução, também chamado de instrumento de campo girante ou instrumento de Ferraris, apenas pode ser usado para corrente alternada. 16 Rev. 00 11/03/2016 Devido à indutância, este instrumento sofre a influência da frequência. 2.2.7 Instrumento de Bobinas Cruzadas Entre os pólos de um imã permanente, duas bobinas interligadas entre si, porém cruzadas, estão dispostas de tal forma que possam girar. Cada uma das bobinas é ligada a determinada tensão. Por esta razão, cada uma das bobinas influi com certa força magnética sobre o imã permanente. Medição, à distância, de pressões por meio de um instrumento de bobinas cruzadas. Se a tensão é igual em ambas as bobinas seus efeitos magnéticos contrários se equilibram, o que significa que as bobinas se ajustam sobre um valor central (médio). Neste instrumento, portanto, a posição zero não é obtida por meio da força de molas, mas sim pela existência de correntes iguais em ambas as bobinas. Se cada uma das bobinas estiver ligada à tensão diferente, então se apresentam também campos magnéticos de intensidade diferente, do que resulta que o campo mais forte irá determinar a deflexão do corpo da bobina. Disto se pode concluir que o instrumento de bobinas cruzadas apenas se destina a indicar diferenças de tensões. Seu emprego é encontrado sobre tudo na medição de resistências, assim como na de temperaturas e pressões, à distância para estas finalidades as tensões correspondentes são enviadas ao instrumento por meio de um divisor de tensão, que se altera em função da temperatura ou pressão. 2.2.8 Sistema de Medição com Fio Térmico Neste instrumento, é utilizada a dilatação que um fio fino sofre devido ao calor originado pela passagem da corrente. Fixa-se um fio de tração a um fio esticado de platina-irídio, estando o fio de tração fixo a uma mola, passando por um rolo ou bobina. Quando da dilatação do fio térmico, a bobina é movimentada pela ação da mola, e o ponteiro é ativado, deslocando-se. A subdivisão da escala não é uniforme, uma vez que o calor dissipado varia com o quadrado da corrente. O instrumento é adequado para corrente contínua e alternada, sendo empregado sobre tudo nas medições em alta frequência. 17 Rev. 00 11/03/2016 2.2.9 Instrumento Eletrostático O funcionamento deste instrumento baseia-se na atração recíproca de corpos eletricamente carregados, com polaridades contrárias. O instrumento se compõe de placas fixas e móveis, às quais é ligada a tensão a ser medida. Sobre o eixo do disco móvel, é montado um ponteiro. Uma mola atua no sentido contrário ao deslocamento deste. Instrumentos eletrostáticos se destinam especificamente à medição de tensões elevadas, pois apenas estas são capazes de desenvolver um conjugado suficientemente elevado. O instrumento pode ser usado tanto em corrente contínua, quanto em corrente alternada. 2.3 Características dos Instrumentos de Medição O sinal de entrada de um sistema de medição pode ser chamado de estímulo: O sinal de saída pode ser chamado de resposta. 2.3.1 Faixa Nominal [Nominal Range] Faixa de indicação que se pode obter em uma posição específica dos controles de um instrumento de medição. Faixa nominal é normalmente definida em termos de seus limites inferior e superior, por exemplo, 100 a 200º C. Quando o limite inferior é zero, a faixa nominal é definida unicamente em termos do limite superior, por exemplo, a faixa nominal de 0 V a 100 V é expressa como "100 V". 2.3.2 Amplitude da Faixa Nominal [Span] 18 Rev. 00 11/03/2016 Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa nominal. Exemplo: Para uma faixa nominal de -10V a +10 V a amplitude da faixa nominal é 20 V. Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa. 2.3.3 Valor Nominal [Nominal Value] Valor arredondado ou aproximado de uma característica de um instrumento de medição que auxilia na sua utilização. Exemplos: 100 Ω como valor marcado em um resistor padrão; 1 L como valor marcado em um recipiente volumétrico com uma só indicação; 0,1 mol / L como a concentração da quantidade de matéria de uma solução de ácido clorídrico, HCI. 25º C como ponto pré-selecionado de um banho controlado termostáticamente. 2.3.4 Faixa de Medição e Faixa de Trabalho [Measuring Range] [Working Range] Conjunto de valores de um mensurando para o qual se admite que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites especificados. "Erro" é determinado em relação a um valor verdadeiro convencional. 2.3.5 Condições de Utilização [Rated Operating Conditions] Condições de uso para as quais as características metrológicas especificadas de um instrumento de medição mantêm-se dentro de limites especificados. As condições de utilização geralmente especificam faixas ou valores aceitáveis para o mensurando e para as grandezas de influência. 2.3.6 Condições Limites [Limiting Conditions] Condições extremas nas quais um instrumento de medição resiste sem danos e degradação das características metrológicas especificadas, as quais são mantidas nas condições de funcionamento em utilizações subsequentes. As condições limites para armazenagem, transporte e operação podem ser diferentes; As condições limites podem incluir valores limites para o mensurando e para as grandezas de influência. 2.3.7 Condições de Referência [Reference Conditions] 19 Rev. 00 11/03/2016 Condições de uso prescritas para ensaio de desempenho de um instrumento de medição ou para intercomparação de resultados de medições. As condições de referência geralmente incluem os valores de referência ou as faixas de referência para as grandezas de influência que afetam o instrumento de medição. 2.3.8 Constante de um Instrumento [Instrument Constant] Fator pelo qual a indicação direta de um instrumento de medição deve ser multiplicada para obter-se o valor indicado do mensurando ou de uma grandeza utilizada no cálculo do valor do mensurando Instrumentos de medição com diversas faixas com um único mostrador, têm várias constantes que correspondem, por exemplo, a diferentes posições de um mecanismo seletor. Quando a constante for igual a um, ela geralmente não é indicada no instrumento. 2.3.9 Característica de Resposta [Response Characteristic] Relação entre um estímulo e a resposta correspondente, sob condições definidas. Exemplo: A força eletromotriz (fem) de um termopar como função da temperatura. A relação pode ser expressa na forma de uma equação matemática, uma tabela numérica ou um gráfico.Quando o estímulo varia como uma função do tempo uma forma de característica de resposta é a função de transferência ( transformada de Laplace" da resposta dividida pela do estímulo). 2.3.10 Sensibilidade [Sensitivity] Variação da resposta de um instrumento de medição dividida pela correspondente variação do estímulo. A sensibilidade pode depender do valor do estímulo. 2.3.11 (Limiar de) Mobilidade [Discrimination (Threshold)] Maior variação no estímulo que não produz variação detectável na resposta de um instrumento de medição, sendo a variação no sinal de entrada lenta e uniforme. O limiar de mobilidade pode depender, por exemplo, de ruído (interno ou externo) ou atrito. Pode depender também do valor do estímulo. 2.3.12 Resolução (de um Dispositivo Mostrador) [Resolution (of a Displaying Device)] Menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. 20 Rev. 00 11/03/2016 Para dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos significativo varia de uma unidade. Este conceito também se aplica a um dispositivo registrador. 2.3.13 Zona Morta [Dead Band] Intervalo máximo no qual um estimulo pode variar em ambos os sentidos sem produzir variação na resposta de um instrumento de medição. A zona morta pode depender da taxa de variação. A zona morta, algumas vezes pode ser deliberadamente ampliada de modo a prevenir variações na resposta para pequenas variações no estimulo. 2.3.14 Estabilidade [Stability] Aptidão de um instrumento de medição em conservar constantes suas características metrológicas ao longo do tempo. Quando a estabilidade for estabelecida em relação à outra grandeza que não o tempo, isto deve ser explicitamente mencionado; A estabilidade pode ser quantificada de várias maneiras, por exemplo: Pelo tempo no qual a característica metrológica, varia de um valor determinado; Em termos da variação de uma característica em um determinado período de tempo. 2.3.15 Neutralidade [Transparency] Aptidão de um instrumento de medição em não alterar o valor do mensurando. Exemplos: Uma balança é um instrumento discreto para medição de massas. Um termômetro de resistência que aquece o meio no qual a temperatura está sob medição, não é discreto. 2.3.16 Deriva [Drift] Variação lenta de uma característica metrológica de um instrumento de medição. Exemplo: variação na sensibilidade com o passar dos anos. 2.3.17 Tempo de Resposta [Response Time] Intervalo de tempo entre o instante em que um estímulo é submetido a uma variação brusca e o instante em que a resposta atinge e permanece dentro de limites especificados em torno do seu valor final estável. 21 Rev. 00 11/03/2016 2.3.18 Exatidão de um Instrumento de Medição [Accuracy of a Measurin Instrument] Aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro. Exatidão é um conceito qualitativo. 2.3.19 Classe de Exatidão [Accuracy Class] Classe de instrumentos de medição que satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a conservar os erros dentro de limites especificados. Uma classe de exatidão é usualmente indicada por um número ou símbolo adotado por convenção e denominado índice de classe. 2.3.20 Erro (de Indicação) de um Instrumento de Medição [Error (of Indication) of a Measuring Instrument] Indicação de um instrumento de medição menos um valor verdadeiro da grandeza de entrada correspondente. Uma vez que um valor verdadeiro não pode ser determinado, na prática é utilizado um valor verdadeiro convencional. Este conceito aplica-se principalmente quando o instrumento é comparado a um padrão de referência. Para uma medida materializada, a indicação é o valor atribuído a ela. 2.3.21 Erros Máximos Admissíveis (de um instrumento de medição) [Maximum Permissible Errors (of a Measuring Instrument)] Limites de Erros Admissíveis (de um Instrumento de Medição) [Limits of Permissible Error (of a Measuring Instrument)] Valores extremos de um erro admissível por especificações, regulamentos, etc para um dado instrumento de medição. 2.3.22 Erro no Ponto de Controle (de um Instrumento de Medição) [Datum Error (of a Measuring Instrument)] Erro de um instrumento de medição em uma indicação especificada ou em um valor especificado do mensurando, escolhido para controle do instrumento. 2.3.23 Erro no Zero (de um Instrumento de Medição) [Zero Error (of a Measuring Instrument)] Erro no ponto de controle de um instrumento de medição para o valor zero do mensurando. 2.3.24 Erro Intrínseco (de um Instrumento de Medição) [Intrinsic Error (of a Measuring Instrument)] Erro de um instrumento de medição, determinado sob condições de referência. 22 Rev. 00 11/03/2016 2.3.25 Tendência (de um Instrumento de Medição) [Bias (of a Measuring Instrument)] Erro sistemático da indicação de um instrumento de medição. Tendência de um instrumento de medição é normalmente estimada pela média dos erros de indicação de um número apropriado de medições repetidas. 2.3.26 Isenção de Tendência (de um Instrumento de Medição > [Freedom From Bias (of a Measuring\Instrument)] Aptidão de um instrumento de medição em dar indicações isenta de erro sistemático. 2.3.27 Repetitividade (de um Instrumento de Medição) [Repeatabiíity (of a Measuring Instrument)] Aptidão de um instrumento de medição fornecer indicações muito próximas, em repetidas aplicações do mesmo mensurando, sob as mesmas condições de medição. Estas condições incluem: Redução ao mínimo das variações devido ao observador; Mesmo procedimento de medição; Mesmo observador; Mesmo equipamento de medição, utilizado nas mesmas condições; Mesmo local; Repetições em um curto período de tempo. Repetibilidade pode ser expressa quantitativamente em termos das características da dispersão das indicações. 2.4 Medição de Corrente e de Tensão 2.4.1 Amperímetro - Medição de Corrente Todos os instrumentos destinados a medir correntes, que atualmente são utilizados, baseiam o seu funcionamento na ação magnética da corrente. Medidores de corrente ou amperímetros são ligados em série com o circuito de corrente, apresentando uma pequena resistência interna. Instrumentos de ferro móvel são fabricados para correntes até 250A, enquanto os de bobina móvel são executados para medir correntes de apenas alguns ampères. 2.4.1.1 Medição de Corrente Mais Elevada Liga-se exatamente ao instrumento um resistor em paralelo, designado por derivador (antigamente shunt). 23 Rev. 00 11/03/2016 Caso o amperímetro deva ser utilizado para uma faixa de medição n vezes superior a existente (fator de amplificação n), então uma parte da corrente passará pelo amperímetro e (n-1) partes deverão passar pelo derivador. Resistência Exemplo: A faixa de medição de amperímetro deve ser ampliada de 100µA para 1A. A resistência interna é de 2 ohms. Qual o tamanho do derivador ? Fator de amplificação: Para a medição de correntes alternadas elevadas, são usados transformadores de corrente. 2.4.2 Voltímetro - Medição de Tensão Medidores de tensão ou voltímetros são medidores de corrente com elevada resistência interna. Quando da aplicação de uma tensão, circula nos aparelhos uma determinada corrente, que provoca a deflexão do ponteiro. Devido à resistência interna inalterável do instrumento, a escala pode ser ajustada em volts. Voltímetros são ligados em paralelo com o consumidor ou rede. 2.4.2.1 Medição de Tensão Mais Elevadas É utilizado um resistor de pré-ligação. Se a tensão a ser medidaé n vezes superior a faixa de medição existente, então o valor de tensão a ser consumido pelo resistor é de (n - 1) volts. = Resistor de pré-ligação = Resistência interna do instrumento 24 Rev. 00 11/03/2016 Exemplo: A faixa de medição de um voltímetro de 12 volts deve ser ampliada para 60 volts. A resistência interna do instrumento é de 2000 ohms. Qual o valor de ? Fator Para a medição de tensões alternadas elevadas, empregam-se transformadores de potencial. 2.4.3 Ohmímetro - Medição da Resistência 2.4.3.1 Resistência Obtida Pela Medição da Tensão e da Corrente A determinação da resistência de uma carga pode ser feita por medição indireta. Para tanto, o elemento resistivo é ligado a uma tensão, medindo-se a sua queda de tensão e a absorção da corrente. O valor da resistência é obtido segundo a Lei de Ohms: R= E/I. Nas medições de grande precisão, devem ser levadas em consideração a resistência interna e a corrente absorvida pelo instrumento de medição. 2.4.3.2 Medição por Meio de Ohmímetro Ligando-se diversos resistores de valores diferentes a uma mesma tensão, então em cada um aparecerá uma corrente de valor diferente. As grandezas das correntes são inversamente proporcionais aso valores dos resistores. Quando da interrupção de um circuito de corrente, isto é, quando a resistência tem um valor infinitamente elevado, a corrente terá valor nulo. Por estas razões, a escala de um amperímetro pode ser calibrada em ohms e o instrumento utilizado como um ohmímetro. 25 Rev. 00 11/03/2016 A escala em ohms começa então com o valor infinito (∞). A fonte de tensão é normalmente uma bateria de 4 volts. O valor da deflexão máxima do instrumento (valor zero) é ajustado mediante o pressionamento do botão de prova (eliminação do resistor ) e pelo ajuste do resistor preligado. Quando diferentes baterias são usadas, a tensão exata é obtida por meio de um divisor de tensão. 2.4.4 Medição de Potência Nos instrumentos eletrodinâmicos utilizados para a medição de potência, um resistor é ligado antes da bobina de tensão, quando a corrente nesta bobina não deve atingir valores muito elevados. Neste caso, a ligação deve ser feita de tal forma que a bobina de corrente e a de tensão em uma de suas extremidades estejam ligadas ao mesmo polo (P). Assim, evita-se que entre as duas bobinas estejam atuando toda a tensão, o que poderia dar origem à descarga no instrumento. 26 Rev. 00 11/03/2016 Se a deflexão do ponteiro se der no sentido inverso ao desejado, então é necessário inverter a polaridade de uma das bobinas não modificaria o sentido de deflexão. Nos casos de igual carga para a fase, a potência total é 3 vezes maior que a potência de uma fase. Por esta razão, um medidor de potência pode ser ligado a um dos condutores de fase (A). A bobina de tensão é ligada entre a fase considerada (R) e o condutor neutro ou ponto de estrela. No caso de um sistema de 3 condutores, o ponto neutro é formado artificialmente por meio de 3 resistores, neste caso, o resistor de pré-ligação deve ser menor que os resistores R1 e R2, pelo valor da resistência interna do aparelho , de modo que No caso de cargas desequilibradas nas diversas fases, a medição pode ser feita por meio de 3 wattímetros. 27 Rev. 00 11/03/2016 A potência total é dada pela soma das 3 potências parciais. A bobina de corrente é ligada nas 3 fases, e os terminais das 3 bobinas de tensão são unidos entre si ou levados a um condutor neutro existente. A ligação com 3 wattímetros é pouco usada, empregando-se mais o sistema de 2 wattímetros, que permite obter o valor total, somando-se os valores medidos em ambos os instrumentos. As bobinas de corrente são inseridas em duas fases externas e as extremidades das duas bobinas de tensão são ligadas àquele condutor de fase, que ainda não recebeu ligação. 2.4.5 Medidores de Energia Elétrica Para a medição do trabalho elétrico, são empregados medidores de energia elétrica cujos valores são obtidos em função da tensão, da corrente e do tempo. Dependendo do seu emprego, são encontrados diversos tipos, classificados segundo: 2.4.6 Megômetro - Megger O megôhmetro é um instrumento de medidas elétricas destinadas à medição da resistência de isolamento dos dispositivos ou equipamentos elétricos (motores, transformadores, redes de eletrodutos metálicos, cabos, etc.). Essa resistência de isolamento é normalmente de valores elevados, na ordem de megohms (MΩ). O valor de 1 MΩ= 1.000.000 Ω. Basicamente, os megôhmetros são constituídos pelos seguintes componentes: 28 Rev. 00 11/03/2016 O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio eletrodinâmico com bobinas cruzadas, tendo como polo fixo, um imã permanente e como pólos móveis as bobinas B e B1. Quando a manivela do gerador de CC é girada obtêm-se uma tensão de valor variável, de acordo com a velocidade que esteja sendo impressa à manivela. Essa tensão é enviada ao regulador de tensão que a estabiliza em 500 ou 1000 V, sendo enviada aos bornes L e T. Se os bornes L e T estiverem abertos, haverá circulação de corrente somente pela bobina B, que recebe tensão através do resistor de amortecimento R. 29 Rev. 00 11/03/2016 O campo magnético criado por essa bobina B um deslocamento do conjunto de bobinas móveis, levando o ponteiro para o ponto infinito da escala graduada. Se os bornes L e T estiverem fechados em curto circuito haverá circulação de corrente também pela bobina B1, que receberá tensão através do resistor de amortecimento R1. O campo magnético criado pela bobina B1 será forte e oposto ao criado pela bobina, o que fará com que o conjunto de bobinas móveis se desloque para outro lado, levando o ponteiro para o ponto zero da escala graduada. Se os bornes L e T forem fechados através de um resistor Rx de valor elevado, a corrente que fluirá pela bobina B1 terá uma intensidade menor, ocasionada pela queda de tensão no resistor Rx. O campo magnético criado pela bobina B1 terá uma intensidade menor, porém ainda em oposição ao campo criado pela bobina B. Nessa situação o conjunto móvel se deslocará levando o ponteiro para um ponto intermediário da escala graduada. Esse ponto intermediário é o valor da resistência ôhmica do resistor Rx. A escala do megôhmetro é graduada em megohms e a sua graduação não é homogênea. 30 Rev. 00 11/03/2016 A leitura da escala graduada do megômetro é direta, ou seja, basta localizar a posição do ponteiro sobre a escala graduada e fazer a leitura. O ponteiro está localizado sobre o número 20. Portanto, Ri = 20 MΩ. 31 Rev. 00 11/03/2016 O ponteiro está localizado sobre o número 1,4. Portanto, Ri = 1,4 MΩ. Medição da resistência de isolamento entre a fiação e a tubulação metálica (massa) da instalação elétrica. O borne T é conectado à tubulação metálica (massa) da instalação elétrica, e o borne L é conectado à fiação da instalação. 2.4.7 Frequencímetro Para as medições em baixa frequência, é geralmente usado o freqüencímetro de lâminas. 32 Rev. 00 11/03/2016 O instrumento baseia o seu funcionamento nos efeitos de ressonância. Uma determinada quantidade de Lâminas metálicas (línguas) de diferentes frequências, próprias de ressonância, é levada a vibrar, pela ação dos impulsos magnéticos provenientes de um eletroímã alimentado com frequência nominal da rede. Com isto, uma das lâminas vibrará com maior intensidade, e exatamente aquela cuja frequência própria é a mesma cômoda frequência aplicada. Lâminas adjacentes também vibrarão, porém com menor intensidade. 2.4.8 Medidor de Fator de Potência O fator de potência podeser determinado por cálculo baseado na tensão, corrente e potência útil, ou senão diretamente por meio de um medidor de fator de potência. A construção deste instrumento corresponde ao de um instrumento eletrodinâmico blindado em invólucro de ferro, com bobinas cruzadas móveis. Os polos do núcleo de ferro, que é fixo, são estabelecidos por meio de uma bobina de corrente. Ambas as bobinas do sistema móvel de bobinas cruzadas são ligadas à tensão e apresentam um comportamento em oposição. Aplicando-se corrente alternada monofásica, uma das duas bobinas cruzadas, ligadas em paralelo, irá comandar uma indutância, enquanto a outra comandará um resistor puro. No caso de corrente trifásica, ambas as bobinas cruzadas estão ligadas a duas tensões, defasadas entre si, da rede trifásica. Em ambos os casos analisados, apresentam-se conjugados opostos nas bobinas cruzadas, devido ao defasamento, em relação à bobina de corrente. O conjugado que atua sobre a deflexão do ponteiro é determinado pela bobina, cuja tensão apresenta um maior deslocamento de fase em relação à corrente da bobina de corrente. O ponto zero 33 Rev. 00 11/03/2016 do instrumento, tal como em todos os instrumentos de bobina cruzada, é dado apenas após a ligação da tensão, estes instrumentos tem amortecimento por correntes parasitas. 2.4.9 Volt-Amperímetro Tipo Alicate O amperímetro comum é acoplado ao circuito, quando empregado para medir a corrente elétrica em CA. Podemos efetuar essa mesma medida com um volt- amperímetro tipo alicate, sem a necessidade de acoplamento com o circuito, pois esse instrumento é constituído pelo secundário de um transformador de corrente, para captar a corrente do circuito. O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos: A - Gancho (secundário de um TC); B - Gatilho (para abrir o gancho); C - Parafuso de ajuste (para zerar o ponteiro); D - Visor da escala graduada; E - Terminais (para medição de tensão); F - Botão seletor de escala. O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos internos: 34 Rev. 00 11/03/2016 a - Gancho (bobinado secundário de um TC); b - Retificador; c - Resistor shunt para medições amperimétricas; d - Galvanômetro; e - Terminais; f - Seletor de escala; g - Resistores de amortecimento para medições voltimétricas. O princípio de funcionamento do volt-amperímetro tipo alicate é do tipo bobina móvel com retificador e é utilizado tanto para medições de tensão como de corrente elétrica. Observação: Quando o volt-amperímetro tipo alicate é utilizado na medição de tensão elétrica, funciona exatamente como o multiteste. Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos condutores do circuito em que se deseja fazer a medição (seja o circuito trifásico ou monofásico). 35 Rev. 00 11/03/2016 O condutor abraçado deve ficar o mais centralizado possível dentro do gancho. O condutor abraçado funciona como o primário do TC e induz uma corrente no secundário (o próprio gancho). Essa corrente secundária é retificada e enviada ao galvanômetro do instrumento, cujo o ponteiro indicará, na escala graduada, o valor da corrente no condutor. Os volt-amperímetros tipo alicate não apresentam uma boa precisão no início de sua escala graduada, mesmo assim podem ser empregados nas medições de correntes com baixos valores (menores que 1A). Nesse caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instrumento. Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo número de vezes que o condutor estiver passando pelo gancho. Suponha que o instrumento da figura acima esteja indicando uma corrente de 3A. A corrente real que circula no condutor será: 36 Rev. 00 11/03/2016 2.5 Simbologia dos Instrumentos de Medidas Elétricas Para ter segurança no uso dos instrumentos de medidas elétricas você deverá escolher aquele que tem as características necessárias à medição a ser feita. Para tanto, observe que os instrumentos se distinguem por símbolos gravados em seus visores. Classe de precisão: A precisão do instrumento é indicada pelo seu erro em porcentagem do seu valor, no fim da escala. Exemplo: Qual é o erro de um amperímetro para 60 A da classe 1,5, quando o instrumento indica 40 A? Erro de medição ±1,5% de 60 A = 0,015 x 60 = ±0,9 A O valor real está entre 39,1 e 40,9 A. 37 Rev. 00 11/03/2016 38 Rev. 00 11/03/2016 39 Rev. 00 11/03/2016 2.6 Simbologia de Instrumentação Com objetivo de simplificar e globalizar o entendimento dos documentos utilizados para representar as configurações utilizadas para representar as configurações das malhas de instrumentação, normas foram criadas em diversos países. No Brasil Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) através de sua norma NBR 8190 apresenta e sugere o uso de símbolos gráficos para representação dos diversos instrumentos e suas funções ocupadas nas malhas de instrumentação. No entanto, como é dado a liberdade para cada empresa estabelecer/escolher a norma a ser seguida na elaboração dos seus diversos documentos de projeto de instrumentação outras são utilizadas. Assim, devido a sua maior abrangência e atualização, uma das normas mais utilizadas em projetos industriais no Brasil é a estabelecida pela ISA (Instrument Society of America). A seguir serão apresentadas as normas ABNT e ISA, de forma resumida, e que serão utilizadas ao longo dos nossos trabalhos. 2.6.1 Simbologia Conforme Norma ABNT (NBR-8190) 2.6.1.1 Tipos de Conexões 2.6.1.2 Código de Identificação de Instrumentos Cada instrumento deve se identificar com um sistema de letras que o classifique funcionalmente. Como exemplo, uma identificação representativa é a seguinte: 40 Rev. 00 11/03/2016 41 Rev. 00 11/03/2016 2.6.1.3 Simbologia de Identificação de Instrumentos de Campo e Painel 2.6.1.3.1 Instrumentos de Vazão 42 Rev. 00 11/03/2016 2.6.1.3.2 Válvulas de Controle 2.6.1.4 Alguns Arranjos Típicos de Instrumentos 2.6.1.4.1 Vazão 43 Rev. 00 11/03/2016 2.6.1.4.2 Pressão 44 Rev. 00 11/03/2016 2.6.1.4.3 Temperatura 45 Rev. 00 11/03/2016 46 Rev. 00 11/03/2016 2.6.1.4.4 Nível 47 Rev. 00 11/03/2016 2.6.2 Símbolos de Linha de Instrumentos Todas as linhas são apropriadas em relação às linhas do processo de tubulação: 48 Rev. 00 11/03/2016 2.6.2.1 Símbolos Opcionais Binários (ON – OFF) 49 Rev. 00 11/03/2016 2.6.3 Símbolos Gerais de Instrumentos ou de Funções 2.7 Fluxogramas de Processo Fluxogramas são as representações simbólicas do processo para fins de localização, identificação e análise do funcionamento de seus componentes. Os fluxogramas são desenhos esquemáticos sem escala que mostram toda a rede de tubulações e os diversos vasos, bombas, instrumentos e todo equipamento pertencente ao processo. 50 Rev. 00 11/03/2016 Nos fluxogramas de processo deve estar contido o seguinte. As tubulações principais com indicação do fluido contido e do sentido do fluxo; As principais válvulas de bloqueio, regulagem, controle, segurança, alívio etc. Todos os vasos (tanques, torres, tambores, reatores etc.) com indicação das características básicas, como tipo, dimensões principais, temperatura e pressão de trabalho, número de bandejas etc. Todos os equipamentos importantes (bombas, compressores, ejetores, filtros, trocadores de calor etc.) com indicação das características básicas, como vazão, temperatura, pressão, carga térmica etc. Todos os instrumentos principais
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