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Espondiloartropatias espondilite anquilosante

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TUT 3: Espondilite Anquilosante 1
🦿
TUT 3: Espondilite Anquilosante
Julia S Crescencio P7
LOMBALGIA
90% dos pacientes com lombalgia aguda melhoram dentro de 4 semanas
→ Mecânica comum\inespecífica: anormalidade anatômica ou funcional não 
associada com doença inflamatória ou neoplásica. Aumenta com atividade física e 
postura ereta, e é aliviada com repouso e decúbito.
Alterações degenerativas na coluna lombar são as causas mais comuns
Pode ter irradiação para glúteo e região sacral 
Insidioso, sem fatores desencadeantes
→ Inflamatória: piora com o repouso, melhora com a atividade e é acompanhada 
de rigidez matinal que dura ≥ 30 min.
Espondiloartropatias
→ Discopatias
Ciatalgia por compressão da raiz nervosa por um disco herniado
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ESPONDILOARTROPATIAS
São artropatias inflamatórias com envolvimento preferencial das inserções 
ligamentares e tendinosas e das interfaces entre o osso subcondral e a cartilagem 
articular.
Predomina o acometimento axial de lombossacra e sacroilíacas 
Pode ter o acometimento periférico assimétrico, geralmente oligoartricular, 
envolvendo membros inferiores
Pode envolver outros órgãos: mucosa, pele, olhos e TGI
Na maioria dos casos, os pacientes têm o antígeno HLA B27
‼ Quais são elas? espondilite anquilosante, artrite psoriásica, artrite reativa (sd. 
de reiter), artrite enteropática (associada a DII)
TUT 3: Espondilite Anquilosante 3
Obs.: a espondilite anquilosante acomete predominantemente axial e as outras são 
predominante mente periférica
Espondilite anquilosante
Epidemiologia
Predomina em homens em idade < 40-45, geralmente caucasianos
Fisiopatologia
Genéticos + ambientais 
Genética: HLA - B27 
Esse alelo é responsável por produzir moléculas apresentadoras de antígeno
Encontrado em 90% dos pacientes brancos com EA
Sozinho ele não define doença!
Ambiental: alterações da microbiota intestinal, microtraumas 
Resposta imune desproporcional → produção de citocinas inflamatórias → entesite 
(local onde ligamentos/tendões se inserem no osso)
Resposta imunológica → produção de imunocomplexos →aumento de macrófagos, 
linfócitos T e citocinas (IL 1, TNF, interferon) → inflamação, erosões ósseas, 
calcificação ligamentar, deformidade articular e anquilose óssea
Teorias do HLA-B27
Teoria do peptídeo artritogênico - HLA apresenta peptídeos bacterianos gerando 
uma reação imune mediada por células
Unfolded protein respose - HLA acumula no retículo endoplasmático causando um 
estresse que resulta na liberação de IL-23
Teoria do homodímero do HLA - o hemodímero tem uma reação anormal, capaz de 
se ligar ao alguns receptores de imunoglobulin-like, que são expressados em 
células NK e linfócitos T, causando a liberação de IL-17
Infecção intestinal - Th17 pode ser comumente encontrado na lamina própria do 
intestino, e pode ter instabilidade ao ser exposta a certas bacterias
Quadro clínico
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Dor lombar inflamatória:
Início antes dos 40
Início insidioso
>3 meses (crônica)
Melhora com exercício
Piora com repouso
Padrão de acometimento periférico:
Oligoarticular (2-4)
Assimétrico
Predomina membros inferiores
Manifestações articulares:
Entesite (principalmente tendão de aquiles - de calcâneo)
Manifestações extra-articulares: 
Uveíte anterior (aguda, unilateral, recorrente)
Insuficiência aórtica
Fibrose pulmonar
Nefropatia por IgA
Amilose AA (secundária)
Colite
Exame físico
Posição de esquiador (estágio final)
Teste de schober positivo (avalia flexão lombar)
Marcação entre as espinhas ilíacas superiores e outra marcação 10 cm acima
Se quando o pcte dobrar a diferença for < 4,5- 5,0 → pensar em EA
Patrick Fabere
Lasegue e Brudzinski 
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Aumento da distancia occipito-parede
Restrição da expansibilidade torácica
Redução da distancia mao-chao 
Laboratório
Em casos mais graves pode haver aumento de VHS e PCR, além de hemograma 
com discreta leucocitose e anemia normo-normo (de doença crônica)
O HLA B27 não faz parte da rotina diagnóstica mas pode ajudar em casos iniciais 
ou dúvidas
Imagem
Pedir primeiro a radiografia
Sacroilíte
Anquilose (não tem mais espaço articular)
Se não tiver sacroilíte: espondilite axial não-radiográfica
Sindesmófitos: ‘’coluna em bambu’’
Comprometimento ascendente 
RM de sacoilíaca
Edema 
Tratamento
Cessar tabagismo e indicar exercícios físicos
1a escolha: AINES 
Início de tratamento: contínuo com uma dose certinha e acompanhamento
Imunobiológicos
Inibidores do TNF-alfa
Se comprometimento moderado-grave pode entrar precocemente 
Metotrexato para acometimento periférico.
Artrite Psoriásica
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Entre 20-50 anos
Geralmente diagnóstico psoríase antes do quadro articular (mas pode aparecer 
durante ou após)
Envolve interfalangianas distais (como diferencia da AR)
Dactilite ou ‘’dedo em salsicha’’
Lesão ungueal 
Associação com síndrome metabólica: maior risco CV
Imagem: ‘’pencil in cup’’
Artrite Reativa (Sd. de reiter)
Semanas após uma infecção do TGI ou urinária
Chlamydia trachomatis
Shigella, salmonella
Adultos jovens, predomina em homens
Artrite, conjuntivite, uretrite, ceratoderma blenorrágico, balanite circinada (na glande 
do pênis)
Artrite enteropática
Paciente com DII
Oligoartrite assimétrica que acompanha a atividade intestinal
TUT 3: Espondilite Anquilosante 7
Pior prognóstico
Sindesmófitos
Tabagismo
Sexo masculino
Elevação de PCR persistente
Antes dos 16 anos

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