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Alfabetização e Letramento

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Aline Ruiz
ALFABETIZAÇÃO 
E LETRAMENTO
E-book 3
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
BREVE PANORAMA DOS MÉTODOS 
DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL ����������4
MÉTODO SINTÉTICO: ALFABÉTICO, 
FÔNICO E SILÁBICO �������������������������������12
MÉTODO ANALÍTICO: 
PALAVRAÇÃO, SENTENCIAÇÃO E 
GLOBAL DE CONTOS �������������������������������19
PROPOSTA DE PAULO FREIRE 
PARA A EDUCAÇÃO ��������������������������������26
CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������31
SÍNTESE ������������������������������������������������������� 32
2
INTRODUÇÃO
Até aqui você já estudou sobre os conceitos de al-
fabetização e letramento e de que forma eles têm 
sido trabalhos conjuntamente nas últimas décadas. 
Além disso, estudamos sobre as principais teorias 
de alfabetização, a fim de conhecermos teóricos e 
suas proposições no campo da educação.
Talvez você esteja se perguntando em como usar 
essas teorias em sala de aula; realmente, essa é uma 
pergunta que também tem motivado diversos autores 
em suas pesquisas. Ou ainda qual a melhor forma 
de alfabetizar. Como estudamos, não há exatamente 
uma forma única e correta, pois há muitas variáveis 
que podem transformar o trabalho docente.
Nesta unidade, estudaremos sobre os métodos de 
alfabetização e conheceremos alguns outros teóricos 
que pensaram sobre esse assunto.
Vamos lá?
3
BREVE PANORAMA 
DOS MÉTODOS DE 
ALFABETIZAÇÃO NO 
BRASIL
No Brasil, a partir do final do século 19, especialmen-
te após a proclamação da República, a educação 
se tornou um dos destaques, mesmo que de forma 
ainda utópica, uma vez que a escola não era um es-
paço para todos. 
Mortatti (2019) aponta que, nesse período, a escola 
se consolidou um espaço institucionalizado de pre-
paro das novas gerações. A universalidade da escola 
se tornou uma importante bandeira de modernização 
e progresso do Estado-Nação. 
Assim, saber ler e escrever se tornou uma forma pri-
vilegiada de aquisição do saber, do conhecimento e 
importante para o desenvolvimento social. Até então, 
a leitura e a escrita eram práticas que estavam res-
tritas a poucas pessoas da sociedade e se dava de 
forma privada, uma vez que as aulas normalmente 
ocorriam dentro de casa ou nas poucas escolas do 
Império. A partir da proclamação, leitura e escrita 
passaram a ser obrigatórias na escola, a qual deveria 
ser laica e gratuita. Dessa forma, “caracterizando-
-se como tecnicamente ensináveis, as práticas de 
leitura e escrita passaram a ser submetidas a ensino 
organizado, sistemático, metódico e intencional, de-
4
mandando, para isso, a preparação de profissionais 
especializados.” (MORTATTI, 2019).
Um novo mundo se apresenta, aos cidadãos e ao 
governo, uma vez que a tônica desse período passa a 
ser a cultura letrada. Dessa maneira, cria-se a neces-
sidade de pensar os métodos utilizados. Será neces-
sário criar um método de alfabetização de crianças? 
Qual deles será o melhor? Essas questões se ligam 
diretamente à ideia do fracasso da alfabetização no 
Brasil, tema muito recorrente nos estudos de edu-
cação. Afinal, temos os métodos, mas por que eles 
não são eficazes?
A fim de compreender como se deu esse período 
na história da educação brasileira, Mortatti (2019) 
toma como exemplo São Paulo e as políticas que 
foram engendradas nessa província/estado, no que 
tange aos métodos de ensino inicial da leitura e da 
escrita desde o final do século 19. Para essa análise, 
a autora divide esse período em quatro momentos. 
Vamos analisar esses momentos mais detidamente 
para que entendamos como se deu esse processo 
no nosso país.
O primeiro momento ela denomina como “a meto-
dização do ensino da leitura”. No final do século 19, 
como observamos anteriormente, as escolas eram 
mantidas pelo Império, as quais eram muito precá-
rias, não eram divididas em séries, o que demandava 
muito mais dos professores e alunos. O material 
também era muito precário, composto por livros 
produzidos ou editados na Europa. Normalmente, 
5
começava-se o ensino com as “cartas de ABC” e, 
posteriormente, passava-se a ler e copiar documen-
tos manuscritos.
No que competia à leitura, utilizam-se métodos de 
marcha sintética, o qual vinha da parte para o todo: 
“da soletração (alfabético), partindo do nome das 
letras; fônico (partindo dos sons correspondentes às 
letras); e da silabação (emissão de sons), partindo 
das sílabas.” (MORTATTI, 2019). Assim, começava-se 
“o ensino da leitura com a apresentação das letras e 
seus nomes (método da soletração/alfabético) ou de 
seus sons (método fônico, “fonêmico” ou “fonemáti-
co”), ou das famílias silábicas (método da silabação), 
sempre de acordo com certa ordem crescente de 
dificuldade.” (MORTATTI, idem). Já na escrita, ela 
se restringia à caligrafia e ortografia, sendo o ensino 
baseado em cópias e ditados.
As primeiras cartilhas produzidas no Brasil no final 
do século 19 baseavam-se nos métodos de mar-
cha sintética (de soletração, fônico e de silabação) 
e passaram por vários estados brasileiros durante 
muitas décadas.
Em 1876, foi publicada em Portugal a Cartilha Maternal 
ou Arte da Leitura, escrita por João de Deus, um poeta 
português. A partir de 1880, o “método João de Deus” 
presente nessa cartilha passou a ser divulgado sistema-
ticamente, especialmente em São Paulo e no Espírito 
Santo. 
Fugindo do que se seguia à época, o “método da 
palavração” ou “método João de Deus” tinha como 
6
princípios o que estava sendo discutido dentro da 
linguística mais moderna da época. Era necessário 
ensinar a leitura a partir da palavra e somente depois 
que se analisam os valores fonéticos das letras.
Dessa forma, o que marca esse primeiro momento 
é a necessidade de se ter um método para ensinar 
leitura e escrita.
A autora define o segundo momento como “a institu-
cionalização do método analítico”. A partir de 1890, 
há a implementação de uma reforma na instrução 
pública do estado de São Paulo que passa a servir de 
modelo para os demais estados brasileiros. Nessa 
reforma, houve a reorganização da Escola Normal 
de São Paulo e a criação da Escola-Modelo Anexa.
Essa reforma trouxe novos métodos de ensino, em 
especial o que era considerado revolucionário na 
época: o método analítico para o ensino de leitura, 
o qual era utilizado na Escola-Modelo Anexa.
Assim, os professores que se formavam nessa esco-
la defendiam fervorosamente o método analítico e 
passaram a disseminá-lo para outros estados brasi-
leiros, como uma espécie de missão dos professores 
paulistas.
Diferentemente do que vinha sendo feito na marcha 
sintética, “o método analítico, sob forte influência da 
pedagogia norte-americana, baseava-se em princí-
pios didáticos derivados de uma nova concepção 
– de caráter biopsicofisiológico – da criança, cuja 
forma de apreensão do mundo era entendida como 
7
sincrética.” (MORTATTI, 2019). De acordo com esse 
método, o ensino de leitura deveria começar pelo 
“todo” para então caminhar à análise das partes que 
o compõem.
Dessa forma, as cartilhas produzidas durante esse 
segundo momento, baseavam-se no método de mar-
cha analítica (processos da palavração e sentencia-
ção), afinal, era necessário se adequar às instruções 
oficiais do estado. 
Como toda mudança, nem todos estavam de acordo 
com ela. Alguns defendiam os métodos tradicionais 
sintéticos, especialmente a silabação, outros defen-
diam os novos métodos.
Nesse momento, que durou até meados dos anos 
1920, “o ensino inicial da escrita era entendido como 
uma questão de caligrafia (vertical ou horizontal) e 
de tipo de letra a ser usada (manuscrita ou de im-
prensa, maiúscula ou minúscula), o que demandava 
especialmente treino, mediante exercícios de cópia 
e ditado.” (MORTATTI, 2019).
Dessa forma, esse momento ficou marcado por levar 
em consideração que o ensino de leitura e escrita 
envolvia questões didáticas – como ensinar – su-
bordinadas às questões psicológicas da criança, ou 
seja, como ela desenvolve suas habilidades visuais, 
auditivase motoras.
O terceiro momento é descrito como “alfabetiza-
ção sob medida”. Em 1920, foi proposta a “Reforma 
Sampaio Dória” (Lei 1.750/20) que estabelecia a au-
8
tonomia didática por parte do corpo docente. Isso 
levou os professores, em meados da década de 1920, 
a aumentarem a resistência quanto ao método analí-
tico, anteriormente proposto, o que os levou a buscar 
outros meios para solucionar os problemas de ensino 
e aprendizagem iniciais na alfabetização.
As cartilhas passaram a se basear em modelos mis-
tos, como analítico-sintético e vice-versa, e começou-
-se a produzir manuais e guias para o professor. 
Então, nesse terceiro momento, surgiu uma nova 
tradição no ensino de leitura e escrita: “a alfabeti-
zação sob medida, de que resulta o como ensinar 
subordinado à maturidade da criança a quem se 
ensina. As questões de ordem didática, portanto, 
encontra(va)m-se subordinadas às de ordem psico-
lógica.” (MORTATTI, 2019)
O quarto e último momento ficou denominado como 
“alfabetização: construtivismo e desmetodização”. 
Você já aprendeu sobre o construtivismo e suas ba-
ses teóricas, o que permite analisar então a questão 
da “desmetodização” proposta nesse momento.
A partir da década de 1980, a forma tradicional de 
alfabetização passa a ser questionada, porque há 
urgências que precisam ser solucionadas, entre elas 
o fracasso da alfabetização escolar.
As ideias construtivistas tinham acabado de chegar 
ao Brasil, especialmente as ideias desenvolvidas pela 
pesquisadora argentina Emilia Ferreiro.
9
De acordo com Mortatti (2019), o construtivismo não 
aparece como um método novo, mas como uma “re-
volução conceitual”, que demandava outros aspectos, 
como abandonar as teorias e práticas tradicionais, 
acabar com os métodos de alfabetização e questio-
nar a necessidade das cartilhas.
Novamente, aquilo que é novo tem dificuldade de 
ser aceito. Assim, as autoridades educacionais e a 
comunidade acadêmica passam a produzir muitos 
materiais sobre o construtivismo para convencer os 
professores de que há uma nova maneira de se lidar 
com a alfabetização. Esse posicionamento leva à 
confecção de cartilhas de alfabetização construtivas 
e socioconstrutivistas. 
Nesse quarto momento, que autora diz ainda estar 
em curso, há uma aceitação do construtivismo de 
forma institucional, como na criação dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais.
A autora enfatiza que hoje temos pesquisas que 
buscam nas práticas tradicionais – como a marcha 
sintética, inovações. Além disso, as práticas de letra-
mento têm modificado a estrutura da alfabetização.
REFLITA
Este programa do “De olho na educação”, da TV 
Cultura, recebe a jornalista Flávia Yuri Oshima, jor-
nalista especializada em educação, e vencedora 
duas vezes do prêmio Jornalismo em educação. 
O programa aborda aspectos importantes sobre 
10
a educação no Brasil, sobretudo a alfabetização. 
Além de Flávia, outros importantes pesquisado-
res comentam sobre os problemas da alfabetiza-
ção hoje e como é possível solucioná-lo. Por que, 
ainda hoje, a alfabetização no Brasil apresenta 
problemas? Como solucionar a questão do fra-
casso na alfabetização? Vamos refletir mais so-
bre esse assunto!
Disponível: https://www.youtube.com/
watch?v=-VHEGpbNxIY. 
Agora que estudamos esse breve panorama dos mé-
todos de alfabetização no Brasil, vamos investigá-los 
mais detalhadamente.
11
https://www.youtube.com/watch?v=-VHEGpbNxIY
https://www.youtube.com/watch?v=-VHEGpbNxIY
MÉTODO SINTÉTICO: 
ALFABÉTICO, FÔNICO E 
SILÁBICO 
Como estudamos anteriormente, os métodos clás-
sicos de alfabetização são divididos em sintéticos 
e analíticos. Vamos entender como isso funciona.
Os métodos sintéticos seguem a marcha que vai das 
partes para o todo. Assim, temos o método alfabético, 
que entende como unidade a letra; o método fônico, que 
toma como unidade o fonema; e o método silábico, que 
compreende como unidade um segmento fonológico 
pronunciável, no caso, a sílaba. 
O método alfabético ou de soletração é um dos mais 
antigos, e se tem notícia de que era usado na antigui-
dade. Baseia-se em “aprender os nomes das letras 
do alfabeto, reconhecer cada letra fora da ordem, 
soletrar seu nome, decorar alguns quadros de síla-
bas e depois tentar redescobri-las em palavras ou 
textos, a partir da soletração – com separação por 
hifens ou espaços que vão guiando a oralização.” 
(FRADE, 2014). 
A soletração indica dizer o nome das letras ao vê-las 
nas sílabas e palavras, com o intuito de se traduzir 
em sons a palavra que está sendo vista. O problema 
é que isso afasta o aluno que está aprendendo do 
significado da palavra que está sendo soletrada.
12
As listas ou tabelas com diversas sílabas recebem 
o nome de silabários. Esses podem variar de acordo 
com o idioma e o número de combinações possíveis 
entre as letras que são apresentadas aos alunos. 
Dessa forma, “as sílabas são aprendidas como uma 
sequência de letras que são soletradas e, devido à 
falta de sentido desse segmento, era comum colocar 
os alunos para cantarem as combinações, o que se 
denomina cantilena.” (FRADE, 2014).
Esse método tem sido criticado, especialmente pela 
memorização e falta de sentido, uma vez que as sole-
trações nem sempre representavam algo de concreto 
para os alunos.
Figura 1: Cartas de ABC. Fonte: Oldrevival. 
13
http://1.bp.blogspot.com/-16sFRMRRmMg/VfNF6T9em0I/AAAAAAAAAg4/KTPqKhHsTh0/s1600/cartadoabc2.jpg
Em algumas regiões do Brasil, esse método ainda 
continua a ser usado e “Cartas de ABC”, como a da 
Figura 1, ainda são comercializadas. É importante 
ressaltar que o conhecimento do alfabeto é essen-
cial, como ele ainda vem sendo trabalhado de outras 
maneiras com os aprendizes.
O método fônico ou fonético privilegia as corres-
pondências grafofônicas, sendo organizado a partir 
da relação entre fonema e grafema, ou seja, entre o 
som da fala e a escrita. Esse método surgiu como 
uma reação às críticas que se faziam em relação ao 
método de soletração.
Neste método, começa-se o ensino a partir da forma 
e som das vogais e, na sequência, das consoantes. 
Assim, “cada letra (grafema) é aprendida como um 
som (fonema) que, junto a outros fonemas, pode for-
mar sílabas e palavras.”, sendo que devem respeitar 
a ideia do mais simples para os mais complexos. 
(FRADE, 2014).
Para tentar resolver a falta de sentido e aproximar 
mais os alunos daquilo que estava sendo ensinado, 
apresentavam-se palavras significativas, como vin-
culada a alguma imagem, som, personagem, ono-
matopeia ou uma história.
14
Figura 2: Cartilha Nacional de Hilário Ribeiro. Fonte: Histedbr. 
Acesso em: 24 jul. 2019.
De acordo com Frade (2014), em a Cartilha Nacional, 
de Hilário Ribeiro, publicada em 1880, sugere-se ao 
professor uma forma de destacar o som, como no 
exemplo “o professor pronunciará vvvvá e, em segui-
da, perguntará às crianças: o que é que soa antes 
do a? Naturalmente, os alunos aproximarão o lábio 
inferior dos dentes de cima e emitirão a voz inicial 
vvvv vocalizada pelo professor”. Assim, destacando 
um fonema isolado.
Hoje, ainda alguns materiais trabalham dessa forma, 
apresentando cartazes com figuras que destacam a 
letra de seu som. A principal crítica que se faz a esse 
método está na “impossibilidade de que um fonema 
que aparece na corrente da fala de forma contextu-
alizada seja pronunciado sem apoio de uma vogal.” 
(FRADE, 2014), ou seja, nós não usamos, em Língua 
15
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_cartilhas.htm
Portuguesa, as consoantes de forma isoladas, elas 
precisam de uma vogal para que o som seja feito.
SAIBA MAIS
Neste programa da TV Unesp, a professora Rosa 
Manzoni, do Departamento de Educação da Fa-
culdade de Ciências em Bauru, discute a Política 
Nacional de Alfabetização, em que uma das pro-
postas é a adoção do método fônico na alfabeti-
zação de crianças. Atente-se ao que é dito pela 
professora sobre esse método e porque ele divi-
de os especialistas.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0663kgsqoFM. 
O método silábico se baseia no entendimento da 
sílaba, e não do fonema, o que pode ajudar na con-
cretização mais rápida dos segmentos da fala com 
segmentos da escrita. Aqui, o que está sendo anali-
sado pelos alunos é a sílaba.
Esse método faz parte dos sintéticos, logo, deve ser 
pensado a partir do mais fácil ao mais difícil, tendo 
assim uma progressão das sílabas tidas como mais 
simples para as mais complexas.
16
http://1.bp.blogspot.com/-16sFRMRRmMg/VfNF6T9em0I/AAAAAAAAAg4/KTPqKhHsTh0/s1600/cartadoabc2.jpg
http://1.bp.blogspot.com/-16sFRMRRmMg/VfNF6T9em0I/AAAAAAAAAg4/KTPqKhHsTh0/s1600/cartadoabc2.jpg
Figura 3: Cartilha da infância de Thomaz Galhardo. Fonte: Anos 
Dourados. Acesso em: 24 jul. 2019.
Um exemplo de material bastante usado é a Cartilha 
da Infância, de Thomas Galhardo (Figura 3). Nessa obra, 
apresentam-se a estrutura silábica e exercícios com frases 
curtas ou textos, sendo as palavras separadas sílabas 
por hifens.
17
http://www.anosdourados.blog.br/2011/11/imagens-escola-livro-escolar-cartilha.html
http://www.anosdourados.blog.br/2011/11/imagens-escola-livro-escolar-cartilha.html
 Os métodos sintéticos vistos aqui buscam privile-
giar a audição na relação com os sinais gráficos; por 
isso, são comuns exercícios de leitura em voz alta 
e ditado. É preciso compreender que há uma lógica 
por trás de cada método, dependendo daquilo que 
está sendo ensinado: “em certos casos, a sílaba é 
a melhor unidade para o ensino; em outros, a aná-
lise do fonema pode ajudar a estabelecer algumas 
distinções entre palavras quando a relação do fone-
ma com a fala é mais direta.” (FRADE, 2007, p. 26). 
Além disso, enquanto professores, sempre estamos 
buscando aquilo que traga a atenção do aluno para 
aquilo que está sendo ensinado. 
18
MÉTODO ANALÍTICO: 
PALAVRAÇÃO, SENTENCIAÇÃO 
E GLOBAL DE CONTOS
Agora, partimos para compreender melhor o que são 
os métodos analíticos e como eles buscam resolver 
a questão da alfabetização. Ao contrário do que foi 
proposto nos métodos sintéticos, os analíticos pro-
põem partir do todo para as partes menores.
Aqui, privilegia-se na alfabetização o trabalho com 
sentido, focando no reconhecimento que o aprendiz 
faz do todo para, então, caminhar para as informa-
ções menores. Assim, toma-se como unidade de 
análise a palavra, a frase e o texto.
Soares (1986, apud FRADE, 2007) aponta que 
Comênio foi o introdutor do método da palavra-
ção, por volta da segunda metade do século 17. 
Normalmente, as palavras são apresentadas de 
forma agrupadas para os alunos, que passam a re-
conhecê-las pela visualização e pela configuração 
gráfica que apresentam. Nas aplicações, as figuras 
podem acompanhar as palavras e, durante o proces-
so, a repetição acaba refletindo na memorização.
As atividades são desenvolvidas por meio de cartões 
para fixação com palavras de um lado e desenhos 
do outro, exercícios cinestésicos para o ensino do 
movimento da escrita etc. 
No Brasil, esse método surgiu como uma possibi-
lidade mais moderna, sendo concretizado no livro 
19
Primeira Leitura, de Arthur Joviano, lançado em 1907. 
Essa obra era uma resposta às críticas que se faziam 
aos silabários. No entanto, esse autor era contra o 
uso de desenhos; para ele, devia-se usar apenas a 
forma da palavra. Dessa forma,
em seu livro são apresentadas várias listas 
de palavras que antes foram ditas e compre-
endidas num processo oral. Sugere-se que a 
decomposição – análise – seja empreendida 
apenas com algumas poucas palavras retiradas 
de uma ampla lista de palavras trabalhadas 
para serem reconhecidas globalmente, bem 
depois do tempo da lição em que eram apre-
sentadas, com o intuito de não incentivar de-
masiado o trabalho de decomposição. (FRADE, 
2007, p. 27)
No que se refere ao método da sentenciação, a uni-
dade passa a ser a sentença. Ela deverá ser compre-
endida globalmente para depois ser decomposta em 
palavras e, por último, em sílabas. Há também outra 
possibilidade, que é a de comparar palavras e isolar 
elementos que as compõem para, assim, escrever 
novas palavras.
Embora haja registros de métodos analíticos no final 
do século 19, no Brasil, ele chegou mais tarde, por 
volta de 1930, com a denominação de método global 
de contos ou de historietas. Nesse caso, a unidade é 
o texto. Nele, a marcha seguida “parte do reconheci-
mento global de um texto que é memorizado e “lido” 
20
durante um período, para o reconhecimento de sen-
tenças, seguida do reconhecimento de expressões 
(porções de sentido), de palavras e, finalmente, das 
sílabas” (FRADE, 2007, p. 27). 
Vários manuais defendem que as etapas nesse mé-
todo devem ser definidas a partir da compreensão 
dos alunos. Assim, a fase da sentenciação só será 
sistematizada a partir do momento em que o aluno 
passa a reconhecer as frases separadas; a silaba-
ção só será possível quando os alunos conseguirem 
compreender que aquela palavra começa igual a uma 
outra lida na história, e assim por diante.
REFLITA
Neste vídeo, produzido pela Universidade 
Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), do Paraná, 
a professora Priscila Pacheco conversa com a 
professora Jucilene Stroka Mendes, que atua no 
1º ano do ensino fundamental como professora/
alfabetizadora. Jucilene fala sobre a importân-
cia da alfabetização, multiplicidade de materiais 
para esse momento, e outros pontos importan-
tes. Além disso, no início do vídeo, a professora 
Priscila fala da legislação brasileira atual sobre a 
alfabetização.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=_VLnZAjOr34.
21
https://www.youtube.com/watch?v=_VLnZAjOr34
https://www.youtube.com/watch?v=_VLnZAjOr34
Esse método defende que as crianças passam a en-
tender as coisas a partir do momento em que elas 
estão dentro de um aspecto global, e não isolado. 
A leitura, então, é uma atividade de interpretação e 
a análise das partes do que foi lido deve acontecer 
sempre posteriormente.
O método global, de acordo com Frade (2014), en-
controu apoio no que estava sendo pensado pelo 
psicólogo educado Belga, Decroly. Para ele, a apren-
dizagem das crianças acontece a partir das observa-
ções, associação e expressão de ideias. Além dele, 
esse método também se aproximou das ideias do 
psicólogo suíço Claparède, o qual defendia dois prin-
cípios: “ir do simples para o complexo significa ir do 
todo às partes; a palavra e a frase oferecem à criança 
uma configuração total, ou um perfil geral necessário 
a esse movimento.” (FRADE, 2014). 
22
Figura 4: O livro de Lili de Anita Fonseca. Disponível em: http://
projetotertuliasliterarias.blogspot.com/2009/06/entre-silencios-e-
-dialogos_4271.html. Acesso em: 24 jul. 2019.
O Livro de Lili foi lançado em 1940 (Figura 4) e exem-
plifica as etapas/fases que deviam ser seguidas por 
quem resolvesse utilizar o método:
23
fase da história – reconhecimento global de 
um texto (feito juntamente com as crianças 
ou produzido por um autor), que é memorizado 
e “lido” durante um período; fase da sentença 
– reconhecimento e identificação rápida de 
sentenças do mesmo texto, que depois são 
recortadas e remontadas; fase de porção de 
sentido – reconhecimento de expressões em 
sentenças conhecidas; fase de palavração – 
reconhecimento de palavras nas sentenças e 
depois decomposição/recorte de sentenças 
em palavras – fase da silabação, que ocorreria 
quando as crianças já tivessem feito vários 
exercícios de observação de semelhanças e 
diferenças entre as palavras. (FRADE, 2014).
Hoje em dia, pensamos muito sobre a escolha dos 
textos que vamos usar para o processo de alfabe-
tização. Eles devem sempre ser de circulação na 
sociedade, não devem ser criados para esse fim, para 
que as crianças consigam desenvolver diferentes 
competências.
Dessa forma, os métodos analíticos focam no tra-
balho com frases ou contos, proporcionando às 
crianças a compreensão do sentido de um texto; 
as habilidades dos alunos devem ser consideradas 
nas atividades, prioriza-se as habilidades de ouvir, 
falar eescrever.
24
FIQUE ATENTO
Você sabe o que são cartilhas? Usamos aqui vá-
rias vezes essa palavra e você, provavelmente, já 
a ouviu outras vezes. Então, vamos entender o 
que isso significa.
Neste curto texto, as pesquisadoras Francisca 
Izabel Pereira Maciel e Isabel Cristina Alves da 
Silva Frade explicam sobre as cartilhas e dão um 
breve panorama histórico sobre a palavra. Convi-
do você a entender melhor esse termo!
Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/
app/webroot/glossarioceale/verbetes/
cartilhas-e-materiais-para-aprender-a-ler.
Podcast 1 
25
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PROPOSTA DE PAULO 
FREIRE PARA A 
EDUCAÇÃO
Como estamos estudando ao longo dessa disciplina, 
a alfabetização sempre foi um problema no Brasil. 
Em alguns momentos, por não ser acessível a todas 
as pessoas; em outros, por não contemplar uma al-
fabetização integral. Por esse motivo, ela é sempre 
pauta de discussão dos trabalhos acadêmicos e nas 
redes de professores. Como garantir o sucesso na 
alfabetização?
Entre as pessoas que se preocupavam com essa pau-
ta no país está Paulo Freire. Você já deve ter ouvido 
falar dele, mas talvez não saiba exatamente o que 
ele fez ou o porquê de sua pedagogia ser estudada 
tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo.
Como sabemos, a escola não era acessível a todos. 
Ela passou a ser gratuita e voltada a todos os ci-
dadãos após a proclamação da República, mesmo 
assim, muitas pessoas ainda estavam fora da es-
cola. A alfabetização de crianças passou a ser um 
problema a se enfrentar, mas e os jovens e adultos? 
Eles também não sabiam ler e escrever e precisa-
vam aprender. Foi pensando nesse público que Paulo 
Freire desenvolveu sua teoria.
26
Figura 5: Paulo Freire (1921-1997). Fonte: Wikipedia.. Acesso em: 
24 jul. 2019.
Há lugares que apontem como Método Paulo Freire, 
no entanto, ele nunca chegou a criar um método de 
alfabetização. Por isso, a maior parte dos autores 
prefere usar proposta para o que foi idealizado por 
Freire.
Uma das propostas consistia na criação de um 
“Círculo de Cultura”, que deveria ser composto por 
alfabetizandos e um professor orientador, o qual de-
veria incentivar os alunos a falarem de suas vidas 
nas comunidades em que viviam. A sala também 
deveria ficar organizada em círculo para que todos 
27
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:M%C3%A1rio_Schenberg_e_Paulo_Freire.jpg
os alunos participassem, favorecendo a interação 
entre a turma.
A teoria desenvolvida por Paulo Freire era constituída 
pela linguagem e pelo diálogo, sendo os pontos de 
partida para entender os grupos em que se trabalhava 
a alfabetização. De acordo com Maciel (2014), ao 
entender a realidade dos alunos, “o orientador do 
Círculo enfatizava a conscientização e a superação 
da visão acrítica do mundo, a partir dos significados 
sociais discutidos e da seleção de palavras geradoras 
advindas do universo vocabular e coletivo do grupo”. 
Dessa forma, “as palavras constituem a unidade me-
nor da pesquisa, assim como os fonemas, a unidade 
menor da proposta de ensino.” (MACIEL, idem).
A proposta didática de Paulo Freire se fazia como um 
processo dinâmico, em que as formas de se trabalhar 
eram revistas a cada passo, tornando-se, assim, um 
“método processual coletivo de alfabetização”. 
SAIBA MAIS
Em 1963, Paulo Freire desenvolveu na cidade de 
Angicos, no Rio Grande do Norte, um projeto pio-
neiro na Educação de Jovens e Adultos. Neste 
documentário, feito pela Universidade Federal do 
Semi-Árido (Unifersa), os alunos relembram, após 
50 anos, como foi essa experiência. É uma opor-
tunidade bastante interessante para entender esse 
trabalho feito pelo educador e conhecer um pouco 
mais da história de nosso país.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=PkN97kOriJc.
28
https://www.youtube.com/watch?v=PkN97kOriJc
https://www.youtube.com/watch?v=PkN97kOriJc
A partir dos Círculos, Paulo Freire tinha a dimensão 
de quem era o seu público e de que local ele vinha. 
Por sua formação em Sociologia, ele aliava conceitos 
dessa área com a educação. 
De acordo com Moreira (2013, p. 28):
Todo histórico das metodologias aplicadas à 
alfabetização mostrou uma preocupação para 
a validação de técnicas que se mostravam efi-
ciente ou não para essa etapa de ensino. A 
tentativa de evitar o fracasso escolar resultou 
nessa aquarela de métodos, que até então vi-
savam a aperfeiçoar as técnicas destacando 
aspectos cognitivos e metodológicos, não se 
mostravam suficientes para evitar a dificul-
dade que a escola apresentava nessa etapa. 
As investigações nessa área não cessaram 
e, a partir de estudos, outras vertentes mais 
atuais evidenciaram outros aspetos ainda não 
mencionados para o ensino da leitura e da es-
crita, como a Psicolinguística, com a desme-
todização da alfabetização; e a sociolinguísti-
ca, considerando fatores sociais na fala dos 
estudantes.
Assim, era possível visualizar a forma como os fa-
tores externos – condições econômicas e sociais 
– interferem na aprendizagem.
Para ele, não deveria haver a divisão de que o pro-
fessor sabe tudo e o aluno não sabe; por isso, essa 
29
troca se fazia tão importante. Esse fator afasta o que 
é proposto por Freire da educação tradicional que, 
normalmente, compreende o aluno como um “objeto 
a modelar e equipar do exterior por um processo 
de transmissão do saber do professor para o aluno, 
pois abomina, dentre outras coisas, a dependência 
dominadora.” (DREYER, 2011, p. 3.593).
Em sua proposta, os alunos eram alfabetizados con-
forme a realidade em que se inseriam. Então, um 
exemplo simples para entendermos como funciona-
va a proposta: se a comunidade que estava sendo 
alfabetizada era composta por pescadores, palavras 
como peixe, rede, vara são muito comuns na vida 
daquelas pessoas. Assim, começava-se o proces-
so de alfabetização a partir dessas palavras, o que 
elas tinham em comum, qual som elas produziam 
etc. Dessa forma, a proposta se conectava à vida 
daquelas pessoas e elas conseguiam visualizar na 
leitura e na escrita palavras que faziam parte da vida 
oral delas o tempo todo.
Em 1963, na cidade de Angicos (RN), foram alfabe-
tizadas em 45 dias 300 trabalhadores, o que apare-
ceu um milagre para a época. O então presidente 
do Brasil, João Goulart, convidou Paulo Freire para 
organizar o Plano Nacional de Alfabetização. No 
entanto, em 1964, aconteceu o Golpe de Estado e 
Paulo Freire foi exilado e seu método foi considerado 
subversivo pelo Estado. No entanto, suas ideias ainda 
são pesquisadas no mundo todo e estão inseridas 
nos materiais usados hoje em sala de aula, especial-
mente os voltado para a EJA.
Podcast 2 
30
https://famonline.instructure.com/files/118226/download?download_frd=1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Magda Soares (2016, p. 50) aponta que métodos “são 
conjuntos de procedimentos que, com base em teo-
rias e princípios linguísticos e psicológicos, orientam 
essa aprendizagem, em cada uma de suas facetas”, 
mas que eles não atuam de forma autônoma, sem 
obstáculos ou limitações, uma vez que são constitu-
ídos no processo de interação entre alfabetizador(a) 
e alfabetizados. 
É importante nos atermos a essa ideia proposta por 
Soares, pois não há um método que se faça sozinho. 
Ele se faz na interação com os alunos e a realidade 
em que se inserem – daí a importância dos trabalhos 
de Paulo Freire para a educação brasileira.
Assim, a ideia desse módulo é levar você a entender 
que, no curso da história, diversos grupos pensaram 
sobre a alfabetização e como conseguir resolver 
um problema tão grave: o analfabetismo. As teorias 
convergem para essa resolução, no entanto, elas não 
conseguem dar conta do problema.É necessário respeitar os processos de aprendiza-
gem dos alunos e adequar, conforme a resposta que 
aquele grupo está dando ao processo. Você perce-
berá que a maioria dos métodos, hoje em dia, atua 
de forma mista, aliando, muitas vezes, questões dos 
métodos sintéticos e dos analíticos, constituindo um 
novo método; por isso, é importante conhecê-los, 
mas não os tomar como a solução para tudo.
31
Síntese
COMPORTAMENTALISMO OU 
BEHAVIORISMO
MÉTODOS SINTÉTICOS MÉTODOS ANALÍTICOS
Alfabético: o aluno aprende inicialmente as letras, depois forma as 
sílabas juntando as consoantes com as vogais. Por fim, forma palavras 
e constrói o texto.
Fônico: a aprendizagem se dá a partir da associação entre fonemas e 
grafemas, ou seja, sons e letras.
Silábico: o aluno aprende primeiro para sílabas para depois formar as 
palavras.
Palavração: o ensino parte da palavra. Primeiro os alunos terão 
contato com as palavras em uma sequência, englobando os sons da 
língua. Depois de adquirir um certo número de palavras, o aluno passa 
à formação de frases.
Setenciação: a unidade inicial de ensino é a frase, depois ela é 
dividida em palavras e, por fim, chega-se às sílabas.
Global: a unidade de ensino é o texto. Há a leitura de diversos textos 
com começo, meio e fim, depois passa-se para unidades menores como 
a frase.
PALAVRAÇÃO
SENTENCIAÇÃO
GLOBALA
LF
A
B
ÉT
IC
O
FÔ
N
IC
O
S
IL
Á
B
IC
O
Referências 
bibliográficas 
& consultadas
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TFOUNI, L.V. Letramento e alfabetização. 3. ed. 
São Paulo: Cortez, 2000.
	INTRODUÇÃO
	BREVE PANORAMA DOS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL
	Método sintético: alfabético, fônico e silábico 
	Método analítico: palavração, sentenciação e global de contos
	PROPOSTA DE PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Síntese

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