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Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 1 Resumão para estágios Resumo por: Nayara Silveira Magalhães Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 2 Sumário: Unidade de Terapia Intensiva: página 3 – 13. Fisioterapia Respiratória: página 13 – 21. Fisioterapia Cardiovascular: página 21 – 24. Fisioterapia Neurofuncional: página 24 – 28. Fisioterapia Ortopédica: página 28 – 41. Fisioterapia na Saúde da mulher: página 42 – 55. Fisioterapia na Saúde da Criança: página 55 – 61. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 3 Unidade de Terapia Intensiva: Avaliação do paciente: 1. Anamnese 2. Exames complementares 3. Nível de consciência 4. Sinais vitais 5. Inspeção clinica 6. Inspeção respiratória 7. Função neuromioarticular Anamnese: Dados pessoais – Nome, idade, sexo, estado civil, profissão, cidade, bairro, endereço, telefone. Queixa principal, HDA (registro da doença – quando começou, como aconteceu, se evoluiu, se usa medicamentos e etc), HDP (se apresenta patologias associadas – diabete, pressão alta, asma e etc, antecedentes patológicos ou cirúrgicos), histórico familiar (se a família apresenta alguma doença), hábitos de vida (fumante, etilista, sedentário). Nível de consciência: Alerta/orientado: atende as instruções e coopera na realização. Contactuante: cumpre ordens. Confusão: desorientado, responde apenas a comandos simples. Delirium: confusão associada à oscilação entre agitação e quietude, não cooperativo. Torporoso: inconsciente, mas responde a estímulos dolorosos com movimentos voluntários. Coma: ausência ou redução da capacidade de despertar e responder a estímulos. Escala de Glasgow (ECG): avalia o nível de consciência (abertura ocular, resposta verbal e motora). Utilizada em pacientes SEM sedação. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 4 Pontuação: 3: menor responsividade. 4 – 8: coma profundo. 9 – 12: coma moderado. 13 – 15: coma leve. Escala de Richmond (RASS): avalia o grau de sedação e agitação. Utilizada em pacientes sedados. Sinais vitais: Frequência cardíaca: 60-100 bpm. FC prevista = 208 – (idade x 0,7). FC máxima = 220 – idade. Frequência respiratória: Adultos: 12 – 16 rpm. Crianças: 20 – 30 rpm. Bebês: 30 – 60 rpm. Saturação de pulso (SpO2): 95% Alerta – menor que 88% Temperatura: 36-37,5 °C. Pressão arterial: PAS = 90-140 mmHg. PAD = 60-90 mmHg Escala de Glasgow menor ou igual 8 com diminuição da tosse é indicação de IOT. < 0 – algum grau de sedação. > 0 – algum grau de agitação. Pressão arterial média: PAM= PAS + (PADx2) 3 Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 5 Dispneia: principal desconforto cardiorrespiratório. Subdividida em alguns tipos: Repouso e/ou a pequenos, médios e grandes esforços. Ortopneia (DD). Trepopneia (DL). Platipneia (ortostática – em pé). Dispneia paroxística noturna (dormir). Escala de BORG modificada: avaliar o grau de desconforto respiratório durante o exercício. Verificar no paciente: Dispositivos – cateter, sonda, dreno. Acessos – central ou periférico. Alterações tegumentares – hidratação, edema, coloração (cianose, palidez, hiperemia), perfusão. Sinais de aumento do trabalho respiratório (uso da musculatura acessória inspiratória, prensa abdominal, batimentos das asas do nariz, padrão paradoxal, tiragens). Ritmo respiratório. Tipos de tosse: Produtiva: se escuta o som do deslocamento de secreções brônquicas, podendo ou não apresentar expectoração. Improdutiva: não produz nenhum tipo de ruído durante a tosse, exceto o ar, não há produção de secreção. Eficaz: quando consegue reproduzir as fases da tosse (irritação –inspiração – compressiva – expulsão). Ineficaz: dificuldade ou ausência em uma ou mais fases da tosse. Fases da tosse: irritativa – inspiratória – compressiva – expulsão. Analisar o escarro: qualidade, aspecto, viscosidade e odor. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 6 Função neuromioarticular: Escala MRC (Medical Research Council): aplicar em pacientes acordados e colaborativos. É aplicado nos quatro membros, são três movimentos por membro, a resistência é aplicada no final do movimento. Ela varia de 0 a 60 pontos (≤48 indica fraqueza muscular adquirida na UTI). Movimentos analisados: MMSS: Abdução do ombro (5 pontos). Flexão do cotovelo (5 pontos). Extensão do punho (5 pontos). MMII: Flexão do quadril (5 pontos). Extensão de joelho (5 pontos). Dorsiflexão de tornozelo (5 pontos). Graduação dos pontos: 0 – nenhuma contração 1 – contração visível sem movimento 2 – movimento ativo com eliminação da gravidade. 3 – movimento ativo contra a gravidade. 4 – movimento ativo contra a gravidade e resistência. 5 – força normal. Oxigenoterapia: é a administração de oxigênio em concentrações maiores do que no ar ambiente (>21%). Objetivo da oxigenoterapia: corrigir a hipoxemia aguda, corrigir sintomas associados à hipoxemia crônica e corrigir a carga de trabalho imposta pela hipóxia. Hipóxia: redução do aporte de oxigênio para tecidos (SaO2 < 90%). Hipoxemia: baixa concentração de oxigênio no sangue arterial (PaO2 < 80). Hiperoxemia/hiperóxia PaO2 >120mmHg. PaO2 ideal = 109 – (0,43 x idade) Índice do oxigênio ou respiratório: ≥ 300 normal 200 – 209 lesão pulmonar leve 100 – 199 lesão pulmonar moderada <100 lesão pulmonar grave Via aérea artificial: dispositivo utilizado para estabelecer a permeabilidade das vias aéreas e/ou garantir a ventilação. Indicações da via aérea artificial: Obstrução total ou parcial das VAS Risco de broncoaspiração Redução dos mecanismos de proteção das VAS Necessidade de ventilação mecânica Como calcular o índice? PaO2 / FiO2 FiO2 = 21 + 4n (fluxo ofertado). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 7 Dispositivos de via aérea artificial: Cânula orofaríngea: tubo de borracha, metal ou de plástico, desenhado para ajustar-se ao palato curvo, mantendo a língua longe da porção posterior da faringe. Cânula nasofaríngea: tubo macio, feito de borracha ou látex, que é introduzido pelo nariz do paciente, com sua ponta distal posicionada na base da língua, separando-a da parede da faringe. Máscara laríngea Tudo endotraqueal: tubo inserido por via nasal (nasotraqueal) ou oral (orotraqueal) até a traqueia. O TOT é o mais utilizado. Orotraqueal (TOT): mais fácil de inserir, menor resistência, menor possibilidade de acotovelamento. Nasotraqueal (TNT): mais fácil de estabilizar, facilita higiene oral, menor ocorrência de engasgo. Cuidados: posicionamento da cabeça – hiperextensão (DD). Cuidados na fixação – 2 a 5 cm acima da carina. Posicionamento externo – centralizado. Pressão do Cuff – 25 a 30cmH2O. * Sempre verificar se não houve intubação seletiva (apenas um pulmão ventilando), através da ausculta pulmonar, expansibilidade do tórax e raios-X. Tubo endotraqueal duplo lúmen seletivo: indicado para ventilação monopulmonar. Cânula de traqueostomia Cânula de cricotireoidostomia Traqueostomia: técnica cirúrgica de abertura da parede anterior da traqueia, abaixo do nível das cordas vocais (1º e 2º anel traqueal), a fim de facilitar a entrada de oxigênio quando o ar está obstruído. Indicações da traqueostomia: intubações prolongadas (> 14 dias), desmame difícil (ela facilita o desmame), necessidade de VM prolongada, incapacidade de manter vias aéreas pérvias, permite a remoção eficaz de secreções, evita a broncoaspiração em pacientecom déficit de deglutição. Cuidados: proteção da pele com gazes, higiene da cânula, posicionamento externo – centralizado, umidificação e fixação. Volumes pulmonares: VC- volume corrente → volume de ar mobilizado em um ciclo respiratório. VRI – volume de reserva inspiratório → corresponde ao máximo de ar que é possível inspirar ao fim de uma inspiração normal. VRE – volume de reserva expiratório → máximo de ar que pode ser exalado a partir da posição de repouso respiratório (fim de uma inspiração normal). VR – volume residual → volume de ar que permanece no pulmão ao fim de uma expiração máxima. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 8 Ventilação pulmonar: é o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões. Ocorre em função da diferença de pressão entre o alvéolo e o ar atmosférico. Inspiração: pressão alveolar é menor que a pressão atmosférica, então o ar é sugado do meio de maior pressão para o meio de menor pressão. Expiração: pressão alveolar é maior que a pressão atmosférica, então o ar é sugado para atmosfera. Gasometria arterial: coleta de sangue de alguma artéria para avaliar, principalmente, distúrbios acidobásicos. pH arterial = 7,35 a 7,45. Pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) = 35 a 45 mmHg. Concentração de bicarbonato (HCO3/BIC) = 22 a 26 mEq/L. Excess de bases (BE) = +2 a -2 mEq/L. Pressão parcial de oxigênio (PaO2 ) = 80 a 100 mmHg. Saturação arterial de oxigênio (SaO2) = 94 a 97,5%. Acidose Respiratória (pH<7,35): : diminuição do pH plasmático devido ↑ PaCO2 maior que 45mmHg. Acidose Metabólica (pH<7,45): : diminuição do pH plasmático devido ↓ HCO3 - menor que 22mmol/L. Alcalose Respiratória (pH>7,45): aumento do pH plasmático devido ↓ PaCO2 menor que 35mmHg. Alcalose Metabólica (pH>7,45) : aumento do pH plasmático devido ↑ HCO3 - maior que 26mmol/L. Alcalose Mista: combinação da alcalose metabólica com respiratória (↑ pH ↑ HCO3 - ↓PCO2). Acidose Mista: combinação da acidose metabólica com respiratória (↓ pH ↓ HCO3 - ↑PCO2). Distúrbios Compensados: situações em que o pH está estável com descompensação de pCO2 e HCO3. Insuficiência respiratória tipo I – PaO2 < 60mmHg. Insuficiência respiratória tipo II – PaCO2 > 50mmHg Ventilação mecânica não invasiva (VNI): suporte ventilatório sem utilização de via aérea artificial (TET, TQT), sendo a conexão entre o paciente e ventilador por meio de uma interface (máscara, dispositivos). Objetivo da VNI: correção da hipoxemia (redução de O2), da acidose causada por hipercapnia (aumento de C02), aliviar o trabalho da musculatura respiratória, reverter/evitar a fadiga da musculatura respiratória, prevenir a IOT e a TQT, reduzindo os riscos de pneumonia nosocomial e lesões traqueais. Modos ventilatórios: Espontâneo (modo que o paciente tem autonomia ventilatória, mas ainda pode receber um suporte pressórico, mesmo que mínimo). Assisto-controlado (modo que o paciente não tem autonomia ventilatória, mas é capaz de disparar o ventilador mecânico). Controlado (modo que o paciente não tem autonomia ventilatória alguma). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 9 IPAP/PPico: pressão positiva inspiratória nas vias aéreas (quanto de pressão está ofertando na inspiração) – sempre maior que EPAP. EPAP/PEEP: pressão positiva expiratória nas vias aéreas (quanto de pressão está ofertando na expiração). PEEP: pressão expiratória final positiva (quanto de pressão expiratória positiva que fica na via aérea do paciente). PS: pressão de suporte (diferença entre IPAP – EPAP, que determina o volume). BIPAP: dois níveis de pressão (um pra inspiração e um pra expiração). CPAP: um nível de pressão (mesmo nível pra inspiração e expiração). Sinais de sucesso da VNI (resposta no período entre 30min - 2h): diminuição da FR, da PCO2, do uso dos músculos acessórios, aumento da SpO2, do nível de consciência e da PaO2. Sinais de insucesso da VNI (resposta no período entre 30min - 2h): necessidade de FiO2 >60% e queda rápida da oxigenação (SpO2) após a retirada da máscara. Ventilação mecânica invasiva (VM): substitui parcial (paciente + ventilador) ou totalmente a ventilação espontânea do paciente (uso de via aérea artificial). Indicações da VM: Insuficiência respiratória. Parada cardiorrespiratória. Hipoventilação e apneia. Prevenção de complicações respiratórias. Trabalho muscular respiratório insuficiente. Aumento do trabalho muscular respiratório. Fadiga muscular respiratória. Intra e pós-operatórios de cirurgias de grande porte. Deformidade torácica grave / instabilidade torácica. Modo ventilatório: processo pelo qual o ventilador mecânico determina, como e quando os ciclos ventilatórios são ofertados ao paciente. Segundo o grau de participação do paciente: Assisto/Controlado (A/C) Ventilação por Pressão de Suporte (PSV): Pressão Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) Segundo o parâmetro programado para controle: Ventilação por Pressão Controlada (PCV) Ventilação por Volume Controlado (VCV) Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 10 Ciclo ventilatório: período de tempo que compreende uma inspiração e uma expiração. Disparo (início da inspiração) – tempo, pressão e fluxo. Limite (durante a inspiração) – tempo, volume, pressão e fluxo. Ciclagem (mudança da fase inspiratória para a fase expiratória). Variável basal (durante a expiração/PEEP que mantém a pressurização). Volume: quantidade de gás que o pulmão acomoda até o final da inspiração (fluxo vs. tempo) – ml ou litros. Fluxo: velocidade de entrada do ar (variável) – L/min. Pressão: é a tensão que as moléculas de gás exercem dentro do pulmão – cmH2O. Parâmetros ventilatórios: Trigger/Sensibilidade (disparo a fluxo/pressão): -2 cmH2O ou 1 a 5 L/min. Frequência respiratória (FR): 12 a 16 irpm. Volume corrente (VC): 6 a 8 ml/kg. Volume minuto (VM): 8 a 10 L/min. Fração inspirada de oxigênio (FiO2 ): 21 a 100%. Relação ins/ex (I:E): 1:2. Fluxo inspiratório (ú): 40 a 60 L/min (velocidade com que o VC é ofertado). Tempo inspiratório (Ti): 0,8-1,2s. Pressão inspiratória (Pins): suficiente para gerar VC de 6 a 8 ml/kg. Pressão de pico (PPico): máximo 45 cmH2O (pressão nas vias aéreas). Pressão de platô (PPlatô): ↓ 30cmH2O (pressão nos alvéolos). Pressão positiva expiratória final (PEEP): 3 a 5 cmH2O. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 11 Modo assisto/controlado (A/C): pode ser ciclos mandatórios (disparo pelo ventilador, quando o paciente não conseguiu disparar) ou assistidos (disparo pelo paciente), ou os dois ao mesmo tempo, nesse caso monitorar a FR total (FR mandatório + FR do paciente). Pressão Controlada (PCV) – controla a pressão e o volume fica livre (de acordo com as características mecânicas do sistema respiratório do paciente). O que ajustar? Pins ou PC, Tins/ I:E, FR, PEEP, FiO2 (21 a 100%) e Trigger (se vai ser pressão ou fluxo). O que monitorar? FR total e VC. Volume Controlado (VCV) – controla o volume e a pressão fica livre (de acordo com as características mecânicas do sistema respiratório do paciente). O que ajustar? VC, FR, PEEP, FiO2, F. ins/T. inp, Trigger. O que monitorar? FR total, Ppico, Pplatô. Modo espontâneo: Ventilação por Pressão de Suporte (PSV): é oferecido um auxilio na inspiração (pressão de suporte de 5 - 25 cmH2O). Parâmetros de ajuste: PS, PEEP, FiO2,% ciclagem. Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP): mesma pressão durante o ciclo respiratório. Parâmetros de ajuste: PEEP e FiO. Peso predito: Homens: 50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4) Mulheres: 45,5 + 0,91 x (altura em cm – 152,4) Volume corrente ideal: Peso predito x 6 até peso predito x 8 Resistencia de viasaéreas: Rva (cmH2O/L/s) = PPico – Pplatô Fluxo insp (L/s) Complacência estática: Cest (ml/cmH2O) = VC PPlatô – PEEP Complacência dinâmica: Cdin (ml/cmH2O) = VC PPico – PEEP Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 12 Parâmetros de normalidade: Resistência de vias aéreas: <12 cmH20/L/s. Complacência estática: 50 a 80 ml/cmH20. Complacência dinâmica: 30 a 50 ml/cmH20. Desmame da ventilação mecânica: processo de transição da ventilação mecânica para ventilação espontânea em pacientes que permanecem em VMI por um período superior às 24h. Extubação ou decanulação (traqueostomia): retirada da via aérea artificial. Elegibilidade para o desmame: Reversão ou estabilização da insuficiência respiratória e/ou do quadro que levou à VM Presença de drive ventilatório Sem intervenção cirúrgica próxima Parâmetros de oxigenação próximos da normalidade. Teste de respiração espontânea (TER): teste utilizado para verificar se o paciente é capaz de respirar sem ou com mínimo auxílio do ventilador, durante 30 a 120 minutos. Formas de realizar o teste (TER): Tubo T + oxigenoterapia (FiO2 ≤40%): desconectar o ventilador, conectar o tudo T e ofertar um pouco de oxigênio. PSV: deixar conectado no ventilador mas reduzir o máximo de suporte ventilatório. Preditivos de sucesso no desmame: só devem ser calculados em situações de difícil decisão e não como um instrumento isolado. Índice de Respiração Rápida e Superficial (IRRS) – índice de Tobin ≤ 105 rpm/L (cálculo = FR (rpm) / VC (L)). Índice Integrativo de desmame ≥ 25 ml/cmH2O/rpm/L (cálculo = Cest x SaO2 / IRRS). Como extubar? Três principais fatores devem ser avaliados antes de se prosseguir com a retirada do TOT: Capacidade de manutenção da permeabilidade das vias aéreas e pouca secreção. Avaliação do nível de consciência e cooperação (escala de coma de Glasgow >8). Avaliação da permeabilidade das vias aéreas (cuff leak test). Deu tudo certo? Agora vamos extubar: Elevar a cabeceira a 30⁰ ou mais. Pausar dieta/tirar fixação do tubo. Cuff leak test consiste em verificar o fluxo aéreo ao redor do tubo orotraqueal (TOT) primeiramente com o cuff insuflado, comparando-se a média do volume exalado após sua desinsuflação. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 13 Orientar o paciente sobre o procedimento. Aspirar tubo e VAS. Entrar com sonda de aspiração e abrir o vácuo. Desinsuflar o Cuff. Solicitar uma inspiração profunda e tracionar o tubo com o vácuo aberto. Sucesso no desmame: tolerância ao TRE antes de ser submetido à extubação. Falha no desmame: insucesso no TER. Corrigir as causas da falha e aumentar PS para oferecer conforto e realizar novo TER após 24hrs se possível. Complacência: capacidade de distensão de um corpo. Elastância: capaz de retornar a configuração original após a remoção da força de distensão. Padrão respiratório: determinado pelo segmento corporal onde predomina o movimento. Respiração torácica/costal/apical: predominante na porção superior da caixa torácica. Respiração diafragmática ou abdominal: predominante na porção inferior do tórax e abdome superior. Respiração mista ou toracoabdominal: compartimento torácico e abdominal movem-se com a mesma amplitude. Respiração paradoxal: retração da parede abdominal e projeção externa do tórax na fase inspiratória. Sinais de aumento do trabalho respiratório: Uso de musculatura acessória. Prensa abdominal. Batimentos das asas do nariz (BAN). Tiragens. Padrão paradoxal. Ritmos respiratórios: Taquipneia: aceleração do ritmo respiratório. Hiperpneia: frequência respiratória aumentada e profunda. Bradipneia: frequência respiratória lenta e com profundidade normal. Apneia: suspensão momentânea da respiração. Dispneia suspirosa: presença de inspirações profundas em meio a um ritmo respiratório normal. Fisioterapia Respiratória Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 14 Ritmo de Cantani: aumento da amplitude dos movimentos respiratórios. Respiração de Kussmaul: inspiração rápida e profunda, seguida de uma pausa. Ritmo de Biot: rápidas e curtas inspirações seguidas por períodos regulares ou irregulares de apneia. Ritmo de Cheynes-Stockes: períodos de apneia, seguidos por hiperpneia crescente e decrescente, a qual se mantém até a instalação de nova apneia. Tipos de tórax: Enfisematoso: arredondamento exagerado do tórax, largo e curto. Raquítico: depressão na parte inferior do peito, associado à desnutrição. De pombo: proeminência no esterno, tórax retangular. Infundibuliforme: depressão na parte inferior do esterno. Cifótico/cifoescoliótico/escoliótico/lordótico: devido a hábitos posturais. Ausculta pulmonar: sons provocados pelo fluxo turbulento na traqueia e grandes vias aéreas, que abrangem alta, média e baixa frequência. Sons normais: Murmúrio vesicular: som alveolar bem distribuído por todo o pulmão (sons suáveis e de tons baixos). Brônquico: sons ocos, de baixa frequência. Bronquiovesicular: reflete uma mistura da frequência dos sons brônquicos e do murmúrio vesicular. Sons anormais: Murmúrio vesicular diminuído: soam mais baixo devido a menor mobilização de volume de ar. Sibilos: podem ser de alta (som comparado a um rangido) ou baixa (som comparado com roncos) frequência. Estertores finos: soam como um velcro abrindo. Estertores grossos: sons curtos e de estalo durante a respiração, tem uma frequência mais baixa e volume maior do que os estertores finos. Estridor: som alto, de alta frequência (obstrução ao nível da laringe e/ou traqueia). Atrito pleural: som semelhante a um rangido, produzida pelas camadas das pleuras que perdem sua lubrificação (inflamação). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 15 Orientações para uma boa ausculta: tórax despido, orientar o paciente para realizar uma respiração profunda com a boca aberta, realizar a ausculta durante dois ciclos respiratórios e sempre comparar os dois pulmões. Espirometria: é um exame que avalia a função pulmonar. Paciente sentado, inspira o máximo e em seguida expira o máximo rápido e forte. Em seguida é ingerido o bronquiodilatador e é repetido o procedimento. Cálculo da espirometria -> VEF1 / CVF (quanto conseguiu expirar, se tem alguma obstrução). VEF1: volume expiratório forçado no primeiro segundo. CVF: capacidade vital forçada. Classificação da espirometria: Gold 1 (leve): >80% do previsto. Gold 2 (moderado): 50-79% do previsto. Gold 3 (grave): 30-49% do previsto. Gold 4 (muito grave):<30% do previsto. Patologias: Fibrose cística: doença obstrutiva, genética autossômica recessiva, causada por um gene defeituoso (na produção do canal do cloro) que faz com que o corpo produza secreções espessas e desidratadas, que se acumulam no trato respiratório. Doença conhecida como “mucoviscidose” e “suor salgado” (devido ao defeito na passagem de cloro). Diagnostico: Ílio meconial, insuficiência pancreática, manifestações pulmonares típicas e/ou história de fibrose cística na família. Teste positivo de Cl- no suor. Teste do pezinho. Mapeamento genético. Bronquiectasia: ocorre uma dilatação permanente dos brônquios, a pressão inspiratória atua sobre a parede dos brônquios, dilatando-a. Os brônquios perdem parte de sua estrutura, perdem cílios e acumulam muco. Diagnóstico: Radiografia de tórax. Tomografia computadorizada. DPOC: caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo devido a anormalidades das vias aéreas e/ou alveolares, geralmente por exposição significativa a partículas ou gases nocivos (tabagismo). Ela envolve a bronquite crônica (inflamação dosbrônquios e bronquíolos, espessos e com constante produção e muco) e o enfisema pulmonar (destruição alveolar, perda da elasticidade, aprisionamento aéreo). Diagnóstico: Raio-X (pulmão alongado, bem preto e grande espaço intercostal – hiperinsuflação). Espirometria (<0,7 pós bronquiodilatador = obstrução). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 16 Clinica do paciente (anamnese + exame físico). Asma: doença crônica comum, caracterizada por inflamação, broncoconstrição, hiperreatividade e remodelamento das vias aéreas. Asma alérgica: inicio na infância, está associada com histórico familiar de doenças alérgicas. Os pacientes respondem bem ao corticoide inalatório. Asma não alérgica: adultos com asma, sem associação com alergias. Geralmente respondem menos ao corticoide inalatório. Asma com obesidade: alguns pacientes obesos têm sintomas respiratórios proeminentes. Asma de inicio tardio: apresentam a doença pela primeira vez na vida adulta. Asma com limitação de fluxo aéreo fixo: alguns pacientes com asma de longa duração desenvolvem devido ao remodelamento das vias aéreas. Diagnósticos: Anamnese Exame clínico Provas de função pulmonar Avaliação da alergia Tuberculose: doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium Tuberculosis (Bacilo de Koch) que afeta principalmente os pulmões. A transmissão ocorre pela inalação de partículas contaminadas com bacilos provenientes da fala, do espirro e principalmente da tosse. Diagnóstico: Radiografia de tórax Baciloscopia de escarro (expectoração) Cultura (recolhimento de urina, fezes, sangue...) Prova tubercolínica (injeção intradérmica – reação alérgica no local de hipersensibilidade, a partir do diâmetro consegue diferenciar se a pessoa adquiriu recentemente ou não). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 17 Pneumonias: doença inflamatória aguda que acomete o parênquima pulmonar ou os espaços aéreos, pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou mesmo sem foco infeccioso. Há um grande numero de secreções acumuladas nos alvéolos. A infecção pode ser via inalatória, aspiratória ou hematogênica (corrente sanguínea). Classificação: Local de aquisição: comunitária (PAC) ou nasocomial/hospitalar. Tipo de comprometimento: broncopneumonia, lobar, intersticial. Tempo de evolução: aguda, subaguda e crônica. Provável agente causador: infeccioso ou não infeccioso. Diagnostico: Exame físico Radiografia Hemograma Ausculta pulmonar Atelectasia: colapso completo ou parcial de um pulmão ou de uma seção (lóbulo) de um pulmão. Diagnóstico: Raio X (deslocamento das cissuras, desvio do mediastino para o lado acometido, deslocamento Hilar, elevação do diafragma para o lado afetado, aproximação dos arcos costais, hiperinsuflação compensatório do lado não afetado). Ultrassom Oximetria de pulso e/ou arterial Tomografia computadorizada Derrame pleural: acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural, que é o espaço entre as pleuras visceral (fica em contato direto com os pulmões) e parietal (fica em contato direto com a caixa torácica), as quais deslizam uma sobre a outra, separadas por uma fina película de líquido. Tipos de derrame pleural: Transudato: passagem de líquido de um compartimento pro outro, líquido claro e transparente. Não há processo inflamatório e/ou infeccioso. Exsudato: o líquido pleural exsudativo é rico em proteínas e células inflamatórias, tem aparência mais viscosa e opaca, por vezes, com sinais de sangue. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 18 Diagnóstico: Exame físico, ausculta e percussão. Radiografia de tórax. Tomografia computadorizada. Ultrassonografia. Pneumotórax: presença de ar no espaço pleural, que pode levar a um colapso parcial ou completo do respectivo pulmão. O diagnóstico do pneumotórax é baseado na história e exame físico, e confirmado com a utilização de métodos de imagem. Inaloterapia: administração de substâncias/fármacos (aerossóis) diretamente ao trato respiratório. É indicada para pacientes que apresentam broncoespasmo ou hipersecreção brônquica. Dispositivos de inalação: Nebulímetros liofilizados / pó seco: sistema que permite a desintegração de uma dose do fármaco em pó. Como aplicar: Carregar a dose – Expirar normalmente – Inserir a peça bucal, acoplando-a bem nos lábios – Inspirar rápido e profundamente – Alcançar a CPT e realizar pausa inspiratória (10s) – Expirar normalmente. Nebulímetros pressurizados / dosimetrados: câmara spray com válvula de mensuração (dosificadora) que transforma uma dose controlada do fármaco líquido em gás. Como aplicar: Retirar a tampa e agitar o dispositivo – Posicionar o dispositivo a 4-5cm da boca – Expirar normalmente – Inspirar lenta e profundamente e acionar o dispositivo – Alcançar a CPT e realizar pausa inspiratória (10s) – Expirar normalmente. Nebulizadores a jato: pressão de ar comprimido promove a dispersão do líquido em pequenas partículas. Nebulizadores ultrassônicos: fragmentação do líquido por meio da oscilação de um transdutor piezoelétrico. Como aplicar nos nebulizadores: Diluir medicamento em 4-5ml de soro fisiológico – Ar comprimido ou O2 de 6- 8L/min/corrente elétrica – Adaptar a máscara à face – Respirar em VC (estimular respiração bucal). Procedimentos desobstrutivos: auxiliar a mobilização e a eliminação de secreções, melhorando as trocas gasosas e evitando complicações. Sinais e sintomas de retenção de secreção: Tosse ineficaz Expectoração ausente ou ineficaz de escarro Padrão respiratório exaustivo Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 19 Diminuição dos ruídos respiratórios Presença de crepitação ou roncos Taquipneia Taquicardia Procedimento 1 – drenagem postural ou posicionamento: tem como objetivo remover secreções brônquicas das regiões periféricas para as regiões centrais dos pulmões pelo emprego da ação da gravidade. Dessa forma, o posicionamento do paciente (quadril do paciente mais elevado que os ombros) favorece a remoção de secreção por meio das forças gravitacionais. Contraindicações da DP: Hemoptise Hipertensão arterial acentuada Edema cerebral Aneurismas da aorta e do cérebro Cardiopatias associadas com arritmia ou edema pulmonar Doenças do esôfago ou diafragma que produzam refluxo do conteúdo gástrico Pacientes hemodinamicamente instáveis Procedimento 2 – compressão torácica: compressão passiva do gradil costal do paciente, realizada na fase expiratória, com o objetivo de deslocar as secreções localizadas em brônquios de menor calibre para os de maior calibre. Contraindicações compressão torácica: História de pneumotórax espontâneo Derrame pleural Edema agudo de pulmão Fratura de costela Procedimento 3 – tosse dirigida: inspirar profundamente, ou ser auxiliado por meio da aplicação de uma pressão positiva inspiratória durante a assistência ventilatória não invasiva. Ao finalizar a inspiração, o fisioterapeuta deve aplicar uma rápida pressão manual, durante a fase expiratória, sobre a margem costal lateral ou epigástrica. Paciente deve permanecer sentado e, durante a compressão, realizar uma inclinação anterior do tronco (fase de expiração brusca). Contraindicações da tosse dirigida: Gestantes Afecções abdominais agudas Aneurisma da aorta abdominal Hérnia de hiato. Procedimento 4 – aumento do fluxo expiratório (AFE): AFE ativo assistido: posição supina ou decúbito elevado, estimulando o paciente a expirar o terapeuta deve realizar compressão manual com as mãos na posição torácica e outra na região abdominal. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 20 AFE passivo: posição supinaou decúbito elevado, ao expirar observando o movimento expiratório o terapeuta deve realizar compressão manual com as mãos na posição torácica e outra na região abdominal. Procedimento 5 – pressão expiratória positiva (PEP): paciente expira contra um sistema ocluído por uma esfera metálica de alta densidade, o que impõe resistência (flutter, shaker, acapella e cornet). Como realizar: 1. Sentado, com a coluna ereta e cabeça ligeira mente estendida, usar técnica de controle da respiração. 2. Realizar 2 a 3 inspirações profundas sustentadas por 2 a 3 segundos. 3. Ajustar a angulação do dispositivo para que proporcione a maior sensação de vibração nos pulmões. 4. Colocar o dispositivo na boca, segurar as bochechas e expirar com fluxo suficiente para vencer a resistência do dispositivo (dobro do fluxo basal), atingindo a CRF. 5. Evitar a tosse durante a fase inicial de deslocamento de secreções. 6. Após algumas respirações, inspire profundamente (até a CPT), manter por 2 a 3 segundos e então expire com fluxo alto alcançando a CRF. 7. Repetir essa sequência quantas vezes for necessário. Exercícios respiratórios: 1 – Inspiração profunda: inspiração profunda até o VRI, lenta e uniforme por via nasal, seguida por uma expiração oral lenta e uniforme até o VRE. O objetivo principal é melhorar a amplitude ventilatória. 2 – Inspiração em tempos/fracionada: são inspirações nasais, suaves e curtas, interrompidas por pausas inspiratórias programas em dois, três, quatro até seis tempos, finalizadas com expiração oral até a CRF. 3 – Inspiração máxima sustentada (SMI): inspiração ativa forçada que deverá ser sustentada por um determinado intervalo de tempo. Pode ser realizada com a ajuda de um espirometro de incentivo. O principal objetivo é o incremento de CPT (ganho de volume). 4 – Soluços inspiratórios: inspirações curtas e sucessivas efetuadas pelo nariz de forma acumulativa até atingir a CPT, seguida de uma expiração oral completa e suave. Reexpande bases, incrementa CRF e VRE com consequente melhora da complacência. 5 – Expiração abreviada: são inspirações nasais profundas seguidas por expirações orais abreviadas. Melhora CRF, CPT e do VRE. 6 – Inspiração desde a CRF: expiração oral tranquila até o repouso expiratório, seguido de uma inspiração profunda. Expansão das bases pulmonares. 7 – Inspiração desde o volume residual: expiração oral forçada até o volume residual, seguida de uma inspiração até a capacidade inspiratória. Incremento da ventilação em ápices pulmonares. Espirometria de incentivo: expansão pulmonar através de uma diminuição espontânea e sustentada da pressão pleural. É realizada utilizando um dispositivo que fornece “feedback visual” que atingiu o fluxo ou o volume esperado. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 21 Contraindicações da espirometria: Pacientes inconscientes ou incapazes de cooperar Pacientes que não consegue usar adequadamente o dispositivo Incapazes e gerar inspiração adequada Crises asmáticas EPAP com válvula de spring load: o sistema EPAP é composto por uma máscara facial e válvula unidirecional, onde, na fase expiratória, é conectado um dispositivo que funciona como um resistor que determinará o nível de PEEP. Contraindicação da EPAP com válvula: Hemoptíase ativa Pneumotórax Freno labial: técnica respiratória que consiste em uma inspiração nasal com a boca fechada seguida de uma expiração por meio dos lábios semicerrados o máximo possível. Facilitação no recrutamento dos músculos abdominais durante a expiração e uma melhora nas trocas gasosas pulmonares. Sangue arterial: rico em oxigênio. Sangue venoso: rico em gás carbônico. Circulação: ... sangue venoso -> veia cava inferior -> átrio direito -> ventrículo direito -> artéria pulmonar -> pulmões -> hematose -> sangue arterial -> veia pulmonar -> átrio esquerdo -> ventrículo esquerdo -> artéria aorta -> corpo ... Ausculta cardíaca: Fisioterapia Cardiovascular Foco pulmonar: segundo espaço intercostal esquerdo, logo ao lado do esterno. Foco mitral: quinto espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular. Foco aórtico: segundo espaço intercostal direito, logo ao lado do esterno. Foco tricúspide: quinto espaço intercostal esquerdo. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 22 Dentre os principais métodos diagnósticos das doenças cardiovasculares estão a monitorização da PA, radiografia de tórax, Ecocardiograma, eletrocardiograma e teste ergométrico. Monitorização residencial da PA (MRPA): feito para controle da PA em pacientes hipertensos ou para auxiliar no diagnostico de hipertensão. Devem ser feitas 3 medidas em jejum e 3 medidas antes do jantar, por 5 dias. Efeito avental branco: diferença ≥ 20mmHg na PAS ou ≥10 mmHg na PAD entre as medidas realizadas dentro e fora do consultório. Hipertensão do avental branco: medidas no consultório ≥140/90mmHg e medidas fora do consultório dentro da normalidade. Hipertensão mascarada: medidas no consultório dentro da normalidade e medidas no MAPA ou MRPA com hipertensão. Monitorização ambulatorial da PA (MAPA): é considerada quando são realizadas pelo menos 16 medidas em vigília e 8 durante o sono. Indicado para confirmar diagnóstico de hipertensão. O comprimento transverso do coração corresponde à metade do comprimento transverso do tórax. Índice cardíaco torácico – (A + B) / C = 0,5 Ecocardiograma (ECO): ultrassonografia cardíaca que avalia a estrutura e a função das câmeras cardíacas. ECO transtorácico: imagens geradas a partir da parede torácica. ECO transesofágico: imagens geradas a partir da parede esofágica ou gástrica. Teste cardiopulmonar de exercício/ergoespirometria: avalia as respostas metabólicas, cardiovasculares e ventilatória ao exercício. Realizado com carga incremental ou constante. Realizado na bicicleta ou esteira. O exercício é limitado por sintomas ou exaustão. O teste é interrompido quando ocorre o aumento do numero de carga, mas não ocorre o aumento do consumo de oxigênio. O potencial de condicionamento físico do paciente é o limiar de lactato/anaeróbio, que é o ponto em que marca a equivalência entre consumo de oxigênio e produção de gás carbônico. Eletrocardiograma: representação gráfica do sistema elétrico do coração. Onda P: despolarização dos átrios – sístole atrial (altura= 2,5mm e comprimento= 3mm). Intervalo P-R: tempo de condução do impulso do nó AS até o nó AV, não há contração muscular (duração= 0,12 até 0,2). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 23 Complexo QRS: despolarização ventricular – sístole ventricular, maior que a onda P (amplitude= 5 a 30mm). Intervalo S-T: período de inatividade elétrica. Onda T: repolarização ventricular – diástole ventricular (amplitude= 10-30% do QRS). Contagem da frequência cardíaca em ritmo regular: contar o número de quadrados grandes (0,2mm) entre duas ondas consecutivas (QRS, por exemplo).adicionar 0,2 na contagem para cada quadrado pequeno (0,04) restante. Dividir 300 (1 minuto) pelo número encontrado. Contagem da frequência cardíaca em ritmo irregular: se o ECG registrar 10 segundos, contar o número de complexos QRS e multiplicar por 6. Se o ECG for diferente de 10 segundos, contar 30 quadrados grandes (6s) e multiplicar por 10. Marcapasso: minúsculos geradores capazes de controlar precisamente o ritmo cardíaco por meio de impulsos elétricos. Cardioversor desfibrilador implantável (CDI): dispositivo programado para detectar e sessar arritmias, podendo causar estimulação antitaquicardia e antibradicardia, cardioversão e desfibrilação. Patologias: Morte súbita: é a morte natural, inesperada. Pode ser testemunhada (dentro de 1 hora do inicio de sintomas novos ou agravados) ou não testemunhada (ocorre em até 24h doinicio de sintomas novos ou agravados). Parada cardiorrespiratória: uma condição súbita e inesperada de deficiência absoluta de oxigênio tissular. Ritmos chocáveis: taquicardia ventricular e fibrilação ventricular. Ritmos não chocáveis: assistolia (sem contração) e atividade elétrica sem pulso (EASP). Hipertensão arterial sistêmica: elevação sustentada dos níveis pressóricos. Hipertrofia ventricular esquerda: resposta adaptativa do miocárdio a uma sobrecarga fisiológica (exercício) ou não (hipertensão). Insuficiência cardíaca: quando o coração é incapaz de bombear sangue suficiente para atender as necessidades. Classificação da IC: Duração e local: Insuficiência cardíaca crônica: condição progressiva e persistente. Insuficiência cardíaca aguda: condição rápida ou gradual. Insuficiência cardíaca sistólica: redução do volume sistólico. Insuficiência cardíaca diastólica: falha no enchimento ventricular. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 24 Insuficiência cardíaca de baixo débito: baixo débito cardíaco. Insuficiência cardíaca de alto débito cardíaco: alto debito cardíaco. Com base na fração de ejeção: Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida: FEVE <40%. Insuficiência cardíaca com fração de ejeção intermediária: FEVE 40-49%. Insuficiência cardíaca com fração de ejeção elevada: FEVE ≥ 50%. Funcionalidade, segundo NYHA: Classe funcional I: ausência de sintomas. Classe funcional II: atividades físicas habituais causam sintomas (leves). Classe funcional III: atividades físicas menos intensas causam sintomas (moderados). Classe funcional IV: incapacidade para realizar qualquer atividade, sintomas (graves) em repouso. Estágios da IC: A- Risco de desenvolver IC. Sem doença estrutural ou sintomas de IC. B- Doença estrutural cardíaca presente, sem sintomas de IC. C- Doença estrutural cardíaca presente, com sintomas de IC. D- IC resistente ao tratamento clínico, requer intervenção especializada. Edema agudo de pulmão: ocorre por desequilíbrio entre a pressão hidrostática do capilar (aumentada) e a pressão hidrostática do interstício pulmonar (normal). Doença arterial coronariana: estreitamento dos vasos que irrigam o coração em decorrência do espessamento da parede interna devido ao acúmulo de placas. Aterosclerose: doença degenerativa, inflamatória e crônica que acontece como resposta da camada íntima de artérias a inúmeros agentes agressores. Angina estável: dor precordial ao esforço, estresse ou com início súbito, aliviada com repouso ou nitrato sublingual. Angina instável: dor precordial intermitente ao repouso ou aos mínimos esforços. Infarto agudo do miocárdio: corresponde à interrupção da passagem de sangue para o coração, o que provoca a morte das células cardíacas e causa sintomas como dor no peito que pode irradiar para o braço. IAM sem supra de ST (infradesnivelamento do intervalo ST). IAM com supra de ST (supradesnivelamento do intervalo ST). FEVE = Função Ventricular Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 25 Classificação do IAM: Klip I: sem evidência de congestão pulmonar. Klip II: estertores pulmonares ou terceira bulha. Klip III: edema pulmonar. Klip IV: choque cardiogênico. Avaliação fisioterapêutica: Independência funcional em AVD’s. Estado mental e cognitivo. Coordenação motora. Equilíbrio Plasticidade = são mudanças funcionais ou estruturais que ocorrem no cérebro (em adultos e em crianças durante a fase de desenvolvimento) para se ajustar ás mudanças no ambiente interno ou externo. Acidente Vascular Cerebral ou Encefálico (AVC ou AVE), popularmente chamado “derrame cerebral, é uma condição patológica em que parte do cérebro é privada de oxigênio. Pode ser isquêmico (vaso sanguíneo bloqueado ou comprimido) ou hemorrágico (vazamento de sangue – enfraquecimento do vaso, atrito, aumento de pressão). O AVC depende muito da região que está sendo afetada. Ex: cerebelo afetado, então a coordenação motora é afetada. Como reconhecer um AVC: Dormência, fraqueza ou paralisia (lado do corpo). Fala arrastada ou incapacidade de falar. Visão comprometida. Confusão. Dor de cabeça. Complicações ou “sequelas”: comprometimento de comunicação (afasia) e espasticidade. Afasia: distúrbio que compromete a formulação e compreensão da linguagem, não causada por dificuldade intelectual. Afasia de broca: é a dificuldade ou incapacidade de articular um discurso, de produzir linguagem eficientemente. Afasia de wericke: é alteração na linguagem oral e escrita com maior comprometimento da compreensão. Afasia de condução: ocorre com a lesão sobre o fascículo arqueado que conecta as áreas de Borca e Wernicke Fisioterapia Neurofuncional Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 26 Espasticidade: desordem motora caracterizada por um aumento na velocidade dos reflexos de estiramento tônicos, com exacerbação dos reflexos tendinosos. Ocorre um aumento da resistência ao movimento passivo dependente da velocidade e variação da direção imposta, e um aumento da resistência ao movimento passivo em relação a um limiar de velocidade ou ângulo articular específico. Traumatismo crânio-encefálico (TCE): lesão física ao cérebro por uma força mecânica externa ou projétil, que resulta em perda da consciência, amnésia pós-traumática e déficits neurológicos. Lesão Axonal Difusa (LAD): estiramento, com/sem torção, do tecido neuronal em decorrência dos efeitos súbitos da aceleração e desaceleração (ex., mecanismo de “chicote”). Contusão: impacto direto na cabeça, podendo ser de baixa velocidade e com repetição ou de grande velocidade de forma única, como golpes ou em decorrência de quedas. Laceração: penetração ao tecido cerebral por um projétil, fragmento do osso craniano, material metálico, dentre outros. Complicações motoras: imobilismo: a imobilização do musculo esquelético (voluntária ou não) produz a atrofia muscular de forma seletiva, alterando a estrutura morfológica e fisiológica em resposta a ausência de demanda física. Parkinson: doença neurodegenerativa que afeta predominantemente neurônios produtores de dopamina em uma área específica do cérebro, chamada de substância negra. Sua evolução é progressivamente lenta. A ausência desses neurônios causam complicações visíveis – movimentos não controlados e não intencionais. Sinais: Bradicinesia (lentidão). Tremor em repouso. Rigidez. Alteração no controle postural. Lesão medular: dano em alguma parte da medula espinhal ou dos nervos na extremidade do canal espinhal. Escala ASIA – avalia a função sensorial e motora para classificar os tipos de lesão. Classificação do grau neurológico funcional: completa (quando atinge todas as vias motoras ou sensitivas) ou incompleta (quando compromete somente algumas das vias motoras ou sensitivas). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 27 Ataxia cerebelar: doença degenerativa do sistema nervoso, que atinge o cerebelo, que é a região do cérebro responsável pelo equilíbrio. Ataxia espinocerebelar ou doença de Machado Joseph (genética). Ataxia de Friedreich (hereditária com prognóstico de 15-20 anos). Tremor cerebelar (tumor, acidente vascular). Quadro motor da ataxia: Dessimetria: sequencias de movimentos corretivos. Rechaço: não consegue frear após a resistência acabar. Tremor de intenção: durante o movimento. Comprometimento dos ajustes posturais: desequilíbrios. Síndrome do motoneurônio superior: qualquer lesão ou doença que comprometa o motoneurônio superior, suas vias e comunicações, pode provocar sintomas motores. Consequências motoras da síndrome: Positivas: excesso de recrutamento muscular (hipertonia), espasticidade (desordem motora caracterizadapor um aumento na velocidade nos reflexos de estiramento tônico). Rigidez é diferente de espasticidade. A rigidez é articular, podendo ser uma consequência da espasticidade. Negativa: fraqueza e hipotonia. Esclerose múltipla: doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central). Isso acontece porque o sistema imunológico confunde células saudáveis com "intrusas", e as ataca provocando lesões. O sistema imune do paciente corrói a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina. A esclerose múltipla se caracteriza por ser uma doença potencialmente debilitante. Ao longo do tempo, a degeneração da mielina provocada pela doença vai causando lesões no cérebro, que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 28 A doença não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença. Células ósseas: Osteoblastos: responsável pela síntese e mineralização do osso. Osteoclastos: participam dos processos de absorção e remodelação do tecido ósseo. Osteócitos: responsáveis pela regeneração dos ossos. Fratura: descontinuidade parcial ou total do tecido ósseo. Classificação das fraturas: Quanto à integridade da pele: aberta ou fechada. Quanto ao tipo de fratura: transversa, oblíqua, espiral, cominutiva ou impactada. Quanto à estabilidade: instável ou estável. Quanto ao deslocamento: sem desvio ou deslocada. Fraturas especiais: Fratura em galho verde: fratura incompleta com ruptura da cortical e deformidade angular e também ruptura do periósteo. Fratura subperiostal: ocorre quando uma força de compressão transmitida ao longo do eixo do osso consegue fraturar o trabeculado ósseo, mas não consegue romper o periósteo. Fratura epifisiólise: o agente traumatizante produz uma força de cilhamento pela linha fisária. Fratura de estresse ou de fadiga: ocorre após ações repetidas e cíclicas sobrecargas. Consolidação das fraturas: Primária -> estabilidade absoluta, sem movimento. Não há formação de calo ósseo. É necessário existir uma compressão a fim de unir a fratura. Fisioterapia Ortopédica Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 29 Secundária -> estabilidade relativa, com movimento. Há formação de calo ósseo. Mineralização e substituição por osso, a partir de uma matriz cartilaginosa. As lesões nos tecidos moles (músculo / tendão / ligamento) podem ser: Traumática: lesão aguda, ocasionada por um traumatismo direto (ex: foi descer a escada e fez uma entorse no tornozelo). São sentidos imediatamente à lesão. > Dor, edema, hematoma, escoriação. Uso excessivo: microtrauma de repetição, ocasionada por sobrecarga corporal contínua. Podem ser por fatores intrínsecos (fraqueza muscular, extensibilidade muscular insuficiente e etc) ou fatores extrínsecos (tipo de calçado, superfícies inadequadas e etc). São sentidas gradativamente. > Dor, edema, perda de função. Escoriação: ferimento leve em que as camadas mais superficiais da pele são raspadas/arranhadas, deixando a região na famosa “carne viva”. Laceração: ruptura irregular de profundidade variada, pode envolver um sangramento significativo. Contusão: lesão aguda, resultante de um trauma direto (batida) aos tecidos moles. Contratura muscular: pontos ou regiões localizadas de espasmo muscular. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 30 Distensão muscular: estiramento ou ruptura de fibras musculares e/ou tendão. Pode ser classificada em 3 graus. Grau I – distensão leve, ocasiona microrrupturas nas fibras musculares, não há perda significativa de força ou restrições de movimento. Grau II – distensão média, com rupturas mais significativas, mas não completa. A dor aumenta durante o movimento, limitação do movimento ativo por redução de força. Gray III – distensão grave, com ruptura total das fibras musculares. Há perda da função do músculo lesionado. A dor é intensa mesmo sem movimento. Entorse: lesão articular que ocorre quando os ligamentos são distendidos e sofrem rupturas parciais ou totais. Pode ser classificada em 3 graus. Grau I – distensão leve, ocasiona microrrupturas nos ligamentos. Grau II – distensão média, com rupturas mais significativas, mas não completa. Grau III – distensão grave, com ruptura total do ligamento. A dor é intensa mesmo sem movimento. Luxação: deslocamento das superfícies articulares de sua posição normal. Amputação: remoção parcial ou total de um membro. Pode acontecer de forma traumática ou cirúrgica. Tendinite: inflamação ou irritação do tendão. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 31 Bursite: inflamação das bolsas de líquido (bursa) que protegem as articulações. Capsulite adesiva: inflamação da cápsula que reveste a articulação do ombro, caracterizada por dor e rigidez, conhecida como ombro congelado. Artrite: inflamação da articulação. Artrose: degeneração da cartilagem e do osso subjacente. Sinovite: inflamação da membrana sinovial, um tecido que reveste a parte interna de algumas articulações. Síndrome do túnel do carpo: neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo, estrutura anatômica que se localiza entre a mão e o antebraço. Tenossinovite DeQuervain: inflamação da bainha do abdutor longo e extensor curto do polegar. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 32 Tenossinovite: é a tendinite acompanhada por uma inflamação da cobertura protetora sobre o tendão (bainha do tendão). Contratura de Dupuytren: é um enrijecimento progressivo das bandas do tecido fibroso (fáscias) no interior das palmas das mãos, provocando a contração dos dedos que pode acabar resultando em uma mão com aspecto de garra. Epicondilites: é a inflamação dos tendões extensores (epicondilite lateral) ou flexores (epicondilite medial) dos músculos do antebraço, na região dos epicôndilos. Síndrome do impacto do ombro: compressão mecânica e irritação dos tecidos moles subacromiais. Ocorre uma inflamação. Fascíte plantar: é um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar. Síndrome do impacto femoroacetabular: os ossos do quadril possuem uma alteração no seu formato, ocorrendo um atrito demasiado, gerando dor “sinal em C”. Pode ser: CAM: alteração no fêmur. PINCER: alteração no acetábulo. MISTA: CAM + PINCER. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 33 Síndrome femoropatelar: dessaranjo biomecânico (adução do fêmur, pronação do pé, etc) na articulação femoropatelar que gera dor na região anterior, peri ou retropatelar. Cifose: é a inversão da curvatura normal da coluna cervical com ou sem comprometimento da coluna torácica. Hiperlordose: é o aumento acentuado da curvatura normal da coluna lombar. Escoliose: é a lateralização da coluna vertebral na vista posterior. Pode comprometer qualquer porção da coluna vertebral. Cervicalgia: é a condição dolorosa da coluna cervical. Cervicobraquialgia: é a condição dolorosa da coluna cervical com irradiação para o MMSS e/ou para a cabeça. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 34 Lombalgia: é a condição dolorosa da coluna lombar. Lombociatalgia: é a condição dolorosa da coluna lombar com irradiação para o MMII. Hérnia de disco: condição onde parte de um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas. Espondilólise: é a fratura naregião posterior de uma vértebra. Espondilolistese: é o deslizamento anterior de uma vértebra. Avaliação: Anamnese: dados pessoais (nome, idade, profissão e etc), queixa principal (o que levou o paciente procurar a fisioterapia), HDA, HDP, história familiar, dor do paciente (localização, intensidade (0-10), sensação (pontada, fisgada, queimando e etc), quanto tempo sente a dor, quando melhora e quando piora). Exame físico: inspeção (olhar/analisar o corpo como um todo), palpação (palpar estruturas acometidas), sinais vitais, avaliação postural, antropometria, goniometria, força, testes especiais, marcha, equilíbrio, exames complementares. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 35 Avaliação postural: o paciente deverá se posicionar de forma natural. Durante a avaliação você deverá analisar se está dentro do padrão de normalidade ou não, e anotar todas as alterações (na vista anterior, lateral e posterior). Avaliação dos pés: Hálux: ( ) alinhado ( ) valgo. Dedos: ( ) paralelos ( ) sobrepostos. Pisada: ( ) normal ( ) pronada ( ) supinada. Arco longitudinal medial: ( ) evidente e simétrico ( ) plano ( ) cavo. Ângulo tíbio-társico: ( ) preservado – 90º ( ) aumentado ( ) diminuído. Tendão de Aquiles: ( ) alinhado ( ) desalinhado. Avaliação dos joelhos: Patelas: ( ) direcionadas pra frente – normal ( ) convergentes ( rotação medial fêmur) ( ) divergentes (rotação lateral fêmur) ( ) patela alta. Joelho: ( ) alinhado ( ) valgo ( ) varo ( ) fletidos ( ) hiperextendidos. Avaliação da pelve: Espinha ilíaca AS: ( ) pelve alinhada ( ) pelve inclinada ( ) pelve rodada. Cristas ilíacas: ( ) alinhadas ( ) desalinhadas. Pelve: ( ) alinhada ( ) anteroversão ( ) retroversão. Avaliação do tórax: Escapulas: ( ) alinhadas ( ) aladas ( ) abduzidas. Costelas: ( ) alinhadas ( ) desalinhadas. Avaliação coluna: Coluna cervical: ( ) normal ( ) com protração (queixo pra frente) ( ) com retração (testa pra trás). Coluna torácica: ( ) normal ( ) hipercifoses ( ) retificação. Anteroversão Retroversão Alada Abduzida Protração Retração Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 36 Coluna lombar: ( ) normal ( ) hiperlordose ( ) retificação. Escoliose: ( ) sim ( ) não. Avaliação ombros: Ombros: ( ) normal ( ) protusos ( ) retraídos ( ) com rotação medial ( ) com rotação lateral ( ) elevados ( ) deprimidos. Antropometria: 1) Comprimento: indicam a distância entre dois pontos anatômicos. Os instrumentos utilizados são o paquímetro ou a fita métrica. Estatura: Referência: do vértex do crânio até a região plantar. Técnica: avaliado em posição ereta com os pés unidos. Colocar em contato com a parede: cintura escapular, cintura pélvica e região occipital. A medida é realizada após uma apnéia inspiratória (pedir para o paciente inspirar e segurar um pouquinho para que você possa realizar a medida). Comprimento do MS: Referência: do acrômio até a extremidade do dedo médio. Técnica: avaliado em posição ortostática. Comprimento do MI: Referência 1: do trocânter até a região plantar. Técnica 1: avaliado em posição ortostática. Referência 2: da EIAS (espinha ilíaca antero-superior) até o maléolo medial. Técnica 2: avaliado em decúbito dorsal. 2) Perímetros: correspondem as circunferências. O instrumento utilizado é a fita métrica. Utilizada para acompanhar evoluções, principalmente em relação à trofismo muscular. A superfície da fita métrica deve estar em contato com a pele, e não tracionando. O segmento avaliado deve estar descoberto. Cabeça: Referência: limite superior das sobrancelhas, protuberância occipital e borda superior da orelha. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 37 Técnica: avaliado com o paciente sentado, com a cabeça ereta, olhar na linha do horizonte. Deve-se realizar uma leve pressão para eliminar o volume do cabelo. Ombro: Referência: do ombro direito ao esquerdo. Realizar a medida na região de maior volume dos deltoides (abaixo da articulação acromioclavicular). Técnica: avaliado em posição ortostática. Realizar a medida após a expiração. Cintura: Referência: região de menor volume da região abdominal. Técnica: avaliado em posição ortostática. Abdominal: Referência: região de maior volume abdominal (na linha umbilical). Técnica: avaliado em posição ortostática. Realizar a medida após a inspiração. Quadril: Referência: região de maior volume da região glútea (região do trocânter). Técnica: avaliado em posição ereta, coxas aduzidas e braços ao longo do corpo. Coxa: Referência proximal: linha abaixo da prega glútea. Referência média: ponto médio entre a prega inguinal e borda superior da patela. Referencia distal: 3 centímetros acima da borda superior da patela. Técnica: avaliado em posição ortostática. Tornozelo: Referência: região acima dos maléolos. Referência medida tornozelo-pé: maléolo lateral -> base do primeiro metatarso -> base do quinto metatarso -> maléolo medial -> maléolo lateral. Técnica: pé apoiado (paciente sentado ou em pé). Expansibilidade torácica: Referência proximal: região inferior das clavículas. Referência média: linha dos mamilos. Referência distal: região do processo xifoide do esterno. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 38 Técnica: avaliado na inspiração e expiração, com o paciente sentado ou em pé. Goniometria: Ombro: Flexão (0-180º): Extensão (0-50º): Abdução (0-180º): Adução (0-40º): Rotação interna (0-70º): Rotação externa (0-80º): 1 2 3 1 2 Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 39 Cotovelo: Flexão (0-150º): Extensão: é a volta da flexão. Supinação (0-90º): posição neutra e realizar a supinação. Pronação (0-85º): posição neutra e realizar a pronação. Punho: Flexão (0-85º): Extensão (0-85º): Desvio radial (0-20º): Desvio ulnar (0-40º): Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 40 Quadril: Flexão 0-80º (com joelho estendido) ou 0- 145º com joelho fletido. Extensão (0-30º): Abdução (0-45º): Adução (0-30º): Rotação interna (0-40º): Rotação externa (0-50º): Tornozelo: Dorsiflexão (0-30º): Plantiflexão (0-50º): Inversão (0-35º): Eversão (0-15º): Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 41 Joelho: Flexão (0-140º): Extensão (140-0º retorno da flexão): Coluna: Flexão (0-80º): Extensão (0-30º): Inclinação lateral (0-30º): Rotação (0-45º): Flexão cervical (0-50º): Extensão cervical (0-75º): Inclinação lateral (0-45º): Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 42 Assoalho pélvico: representa o conjunto de partes moles que fecham a pelve, formado por músculos, ligamentos e fáscias. Tem como função: sustentação (sustentar vísceras abdominais e pélvicas), continência urinária (fechamento do esfíncter urinário), continência fecal (fechamento do esfíncter anal) e suporte (resistir às forças exercidas pelo aumento da pressão intra-abdominal). Períneo: é uma PARTE do assoalho pélvico, se constitui na região superficial, o assoalho pélvico é tanto superficial quanto profundo. Serve como ponto de apoio e sustentação para todas as camadas musculares. A mulher já nasce com as células germinativas femininas (óvulo), ao longo da vida há uma perda gradual, até o esgotamento (climatério), o esgotamento final determina a última menstruação (menopausa). Progesterona – prepara o úteropara receber o óvulo fertilizado. Normalmente, os níveis aumentam após a ovulação. Caso exista uma gravidez, os níveis mantem-se altos para que as paredes do útero continuem se desenvolvendo. Caso não ocorra gravidez, ocorre uma redução. Estrogênio – responsáveis pela regulação do ciclo hormonal durante a fase fértil, determina os caracteres sexuais secundários. FSH – proliferação de células foliculares ovarianas. Estimula a secreção de estrógeno. Em conjunto com o LH. LH – responsável pelo amadurecimento dos folículos, ovulação e produção de progesterona. Síndrome do ovário policístico: caracterizada pela hiperandrogenismo (excesso de androgênico) e anovulação crônica. Associada a infertilidade. Endometriose: caracterizada pela presença de tecido endometrial, glandular ou estromal fora dos limites uterinos. Endometriomas ovarianos: cistos de paredes espessas e conteúdo hemorrágico antigo no interior dos ovários. Endometriose superficial: diminutos implantes na superfície do peritônio e das capsulas ovarianas. Endometriose profunda ou infiltrativa: nódulos ou espessamentos peritoneais com mais de 5 mm de espessura, infiltrando profundamente as estruturas comprometidas. Alterações fisiológicas da gestação: I. Sistema endócrino: a placenta produz maior quantidade de hormônios. Progesterona – produzida primeiramente pelo corpo lúteo e posteriormente pela placenta. Ajuda a manter a gravidez, relaxa a musculatura e estimula o desenvolvimento das células mamarias. Fisioterapia na Saúde da Mulher Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 43 Estrogênio – contribui para a flexibilidade da articulação pélvica, aumento do útero, mama e genitália. Relaxina – presente apenas em gestantes. Promove relaxamento de articulações pélvicas e cápsulas articulares. Gonadotrofina coriônica (HCG) – produzida logo após a fecundação e implantação do óvulo. Prolactina – estimula a produção de leite. Sistema tegumentar: manchas na pele, estriar no abdômen e mamas, varizes, alterações de unhas e cabelos, aumento da atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. II. Sistema cardiovascular: hipertrofia do musculo cardíaco, aumento da frequência cardíaca e do volume sistólico, consequentemente do debito cardíaco. Há também redução da resistência vascular periférica e pequenas alterações da pressão arterial (redução). Dificuldade de retorno venoso (microvarizes, edemas, cansaço nas pernas). Tratamento – deambulação, atividade física, meias compressivas, hidroterapia, exercícios metabólicos. Cuidar com sintomas de edema! Pode evoluir para TVP (teste - sinal da bandeira) e hipertensão arterial. III. Sistema respiratório: aumento da frequência e incursões respiratórias, elevação do diafragma, aumento do consumo de oxigênio, capacidade inspiratória e volume-minuto aumentam. Há redução do volume de reserva expiratória, volume residual e capacidade residual funcional. Dispneia. Tratamento – exercícios respiratórios, técnicas de expansão pulmonar. IV. Sistema gastrointestinal: estomago e intestinos são deslocados pelo útero em crescimento, as gengivas tornam-se hiperemiadas e amolecidas, maior salivação, pode haver azia e constipação intestinal. Tratamento – comportamentais (exercícios físicos, hábitos alimentares e posicionamento), reeducação do reflexo da evacuação (identificar o melhor horário para evacuar – depois da refeição, evitar distrações), deambulação, mobilização pélvica. V. Sistema musculoesquelético: aplainamento do arco longitudinal do pé, aumento do ângulo tíbio-társico (encurtamento de tríceps sural), hiperextensão do joelho (encurtamento de quadríceps femoral), anteversão pélvica (encurtamento de íliopsoas), hiperlordose lombar (encurtamento de quadrado lombar), protusão de ombros (encurtamento de peitorais), aumento progressivo da lordose lombar, maior flexibilidade e extensibilidade das articulações, parestesia, cervicalgia ou lombalgia, diástase abdominal. Orientações posturais: maneira correta de dormir, de se levantar e etc. A partir da vigésima semana não é indicada a posição DD, a melhor posição é decúbito lateral esquerdo. Exercícios e estabilização lombopélvica auxiliam na redução da dor. Uso de órtese à noite para estabilização em casos de síndrome do túnel do carpo. Diástase abdominal: adaptação fisiológica, possibilita o crescimento uterino (tratamento MAP (exercícios do assoalho pélvico) e transverso abdominal (musculatura profunda e depois superficial). Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 44 VI. Sistema urinário: aumento da frequência urinária, aumento do tamanho e peso dos rins e etc. Verificar sintomas de infecção do trato urinário (TUI) e incontinência urinária (é qualquer perda involuntária de urina), se tiver infecção do TUI – encaminhar para maternidade. Avaliação da IU: não realizar o toque, apenas visualizar a contração. Tratamento – treinamento do assoalho pélvico, cinesioterapia para assoalho pélvico, exercícios para períneo, exercícios de Kegel (a força deve ser feita no estilo de segurar o xixi, concentrar para não contrair junto o bumbum e pernas, não trancar a respiração quando contrair, fazer enquanto estiver expirando). Gestação de alto risco: 1) Síndromes hipertensivas na gravidez (DHEG): alteração mais comum durante a gestação (PAS ≥ 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg). Classificação da hipertensão: Hipertensão arterial crônica: hipertensão de qualquer etiologia precedente à gestação Ou diagnosticada antes da 20ª semana de gravidez. Pré-eclâmpsia: hipertensão mais proteinúria e/ou edema patológico. Eclâmpsia: surgimento de convulsão ou coma em gestante com pré-eclâmpsia. Hipertensão arterial crônica com pré-eclâmpsia sobreposta. Hipertensão gestacional: única alteração observada na gestante é o aumento da PA na segunda metade da gravidez (Hipertensão sem proteinúria e/ou edema patológico). Hipertensão transitória: surge durante o trabalho de parto ou puerpério imediato. 2) Diabetes Mellitus Gestacional (DMG): intolerância à glicose – deficiência da ação da insulina. 3) Placenta prévia: implantação inadequada da placenta, antecedendo a posição fetal. 4) Deslocamento prematuro da placenta: separação abrupta da placenta antes do nascimento do feto, em gestações acima de 20 semanas. 5) Incompetência istmo cervical: incapacidade do colo uterino, por defeito estrutural ou funcional, de reter o concepto até o termo da gestação. 6) Ruptura prematura das membranas (RUPREME): rompimento da bolsa amniótica. Líquido é perdido antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional. 7) Trabalho de parto prematuro: antes de 37 semanas de gestação ou antes do desenvolvimento fetal ser completo. Orientar sobre posicionamento: DLE – evita compressões venosas e diminuir edemas. DD – curtos períodos. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 45 DV modificado – alívio do desconforto e pressão lombar. Uso de apoios. Puerpério: período compreendido entre a dequitação da placenta e seis semanas após o parto. Período em que o corpo esta se reestabelecendo. Ingurgitamento mamário: caracterizado pelo excesso de leite nas mamas, popularmente chamado de "leite empedrado" que pode ocorrer em qualquer fase da amamentação embora seja mais comum nos primeiros dias, após o nascimento do bebê. Os mamilos ficam achatados o que dificulta a "pega" do bebê e amamentar fica mais difícil. Como evitar: iniciar a mamada o mais rápido possível; amamentar sempre que o bebê quiser ou no máximo a cada 3 horas; certificar-se de que o bebê esteja esvaziando corretamente a mama; alternar as mamas. E em caso de ingurgitamento, é necessário fazer a ordenha manual (retirada do leite). Ordenha manual: requer prática e insistência. O passo a passo: Lave muitobem as mãos e limpe as suas mamas com água; Separe um recipiente esterilizado (uma mamadeira, por exemplo, fervida por cinco minutos). Procure um lugar calminho; Massageie as duas mamas com a palma da mão. Onde houver carocinhos, capriche mais. Esta massagem tem a finalidade de desobstruir os canais por onde o leite passa; 5. Inicie a ordenha comprimindo com os dedos polegar (por cima) e indicador e médio (por baixo) a região atrás da rodela escura (aréola). Não adianta apertar somente a pontinha (mamilo), pois o leite fica armazenado em volta da aréola, mais atrás. 6. Faça movimentos ritmados, como se o bebê estivesse sugando, mantendo os dedos presos na pele - evite deslizá-los sobre o seio para não "ralar". 7. Demora um pouquinho para o leite começar a descer (de 3 a 5 minutos). Isto porque quando você estimula o seio, uma mensagem é enviada para o cérebro avisando que tem alguém querendo leite. Dicas para uma boa amamentação: O seio deve ser preparado antes Ambiente tranquilo Oferecer seio para o bebê sempre que ele quiser Toda aréola deve ser abocanhada Alternar a mama Evitar limpezas excessivas Lábios para fora “boquinha de peixe” Barriga com barriga. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 46 Uma boa pega (nariz e queixo do bebê em contato com o seio da mãe) é essencial para o sucesso da amamentação. Não interromper a amamentação, mas caso seja necessário, deve interromper colocando o dedo mínimo entre a aréola e a boca do bebê. Atuação da fisioterapia no aleitamento materno: minimizar estresse ou situação adversa; tratamento de queixas dolorosas – alongamento antes e após a mamada; identificar pontos dolorosos nas mamas – ensinar a massagear e ordenhar a mama corretamente para evitar a estase láctea; orientações posturais. Posicionamento da mãe para amamentação – posição confortável. Posição sentada: com as costas apoiadas, braços apoiados (diminui em 25% a sobrecarga lombar), pés apoiados (90º joelho e tornozelo), travesseiro no colo para apoiar o braço. Posição deitada: deite-se de lado com um travesseiro sob a cabeça, coloque o bebê apoiado no braço, de forma que ele permaneça com a cabeça reta durante a mamada. Posição invertida: variação da posição clássica. Sentada, coloque o bebê contra o corpo e segure-o com o braço oposto ao seio oferecido. A cabeça do bebê fica apoiada nas mãos da mãe. Se necessário, use um travesseiro. Bola de futebol americano: sentada, apoie o corpo do bebê no seu antebraço. Segurando sua cabeça, enquanto as pernas dele ficam sob o seu braço. Essa posição é recomendada pra prematuros e gêmeos. Cavaleiro: coloque o bebê sentado na sua perna, de frente para você, na posição “cavalinho”. Isso permite que a cabeça permaneça em um nível um pouco acima do da mama. É recomendada para bebês prematuros, sonolentos, dificuldade de pega. * Toalha enrolada em círculo para a mãe sentar – adaptação para mulheres com dor na episiorrafia e dificuldade de manter a postura sentada. Incontinência urinária: qualquer perda involuntária de urina. Apresenta 4 tipos: IU de urgência: Desejo eminente de urinar, havendo uma contração do detrusor. Não consegue inibir completamente essas contrações, desencadeando urgência ou urge-incontinência. Contrações involuntárias podem ser desencadeadas por qualquer estímulo como enchimento rápido, alterações posturais, caminhada, barulhos de água. Síndrome da bexiga hiperativa: Disfunção do trato urinário inferior que compreende os sintomas de urgência, com ou sem urge-incontinência, As causas da BH são provavelmente de origem multifatorial, incluindo causas neurogênicas (esclerose múltipla, Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 47 Parkinson, doença vascular cerebral, Alzheimer) e não neurogênicas, como obstrução vesical, prolapso genital, anormalidades nos receptores vesicais, fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, além de fatores comportamentais. IU de esforço: Sem contração do detrusor. Pode ser causada por alterações anatômicas, congênitas ou adquiridas. IU mista: Compreende a perda involuntária de urina associada ao esforço e também com a sensação de urgência. Tratamento da IU: Evitar a contração da musculatura parasita (músculos acessórios do assoalho pélvico – adutores, abdomem e glúteos). Contração durante a expiração. Ao menos 24 contrações diárias. Diferentes posições corporais, incluindo: DD, DL, de joelhos, sentada, em pé, caminhando e etc (simular AVD´s). Cinesioterapia – exercícios proprioceptivos (conscientizar sobre a correta contração do períneo – posição supina em DD), exercícios simples (envolvem a mobilidade da cintura pélvica – ponte), exercícios elaborados (envolvem a mobilidade da cintura pélvica e escapular – em pé) e exercícios com esforço (imposição de esforço ao assoalho pélvico – abdominal convencional, que tem aumento da pressão intra-abdominal). Manobra Knack: contração dos músculos do assoalho pélvico previamente a uma situação de aumento da pressão intra-abdominal (tosse). Paciente deve manter a contração durante essa situação. Reflexo de A3 de Mahony: através da contração do assoalho pélvico podemos interromper a micção e inibir o sistema parassimpático. Realizar contrações rápidas e intensas quando houver urgência miccional. Eletroterapia – a estimulação elétrica pode melhorar a função urinária melhorando a força e a coordenação dos músculos do assoalho pélvico e inibindo as contrações da musculatura detrusora. Contraindicações: processo infeccioso, gravidez, neoplasias na região ou próximo à região, prolapso genital (quando bexiga, útero intestino deslocam inferiormente), dispositivos intrauterinos com componentes metálicos (DIU), constrangimento ou desconforto excessivo e durante a menstruação (higiene). Orientações: paciente em posição de litotomia (DD, com flexão de joelho e quadril), usar luvas, utilizar gel estéril e em pequena quantidade para facilitar a introdução do eletrodo intracavitário, eletrodos sempre esterilizados. Resumo criado por Nayara Silveira Magalhães (@nayarasilveira_). Página | 48 Estimulação no nervo tibial posterior – uso do TENS: tratamento dos sintomas de urgência, frequência, urge incontinência. A estimulação irá causar um estímulo motor e sensorial, que será projetado para medula espinhal, na mesma área onde as projeções da bexiga são encontradas, então ocorrerá inibição das contrações involuntárias da bexiga. Os eletrodos são posicionados lateral e posteriormente ao maléolo medial e na face medial da perna. O correto posicionamento dos eletrodos é confirmado por meio da observação de contrações rítmicas de flexão do hálux. Parâmetros: frequência 10hz, largura de pulso 200 a 250, intensidade é a que o paciente tolerar sem dor, duração 20 a 30 minutos. Cones vaginais: dispositivos compostos de ácidos inoxidável, revestidos de plásticos, com diferentes pesos, com um fio de nylon em sua extremidade para facilitar sua remoção. Colocar na posição deitada, dentro de um preservativo não lubrificado. Objetivo: proporcionar um treinamento funcional dos MAP durante a realização de atividades de vida diária. As pacientes iniciam o treinamento com o cone que consigam manter dentro da vagina por um minuto em postura ortostática. Quando conseguem deambular com um cone de determinado peso dentro da vagina por um período de vinte minutos, são orientadas a continuar o treinamento com um cone mais pesados. Biofeedback: resposta através de sinais sonoros e/ou visuais. Objetivo: avaliação da função muscular, determinar metas, acompanhar evoluções e despertar propriocepção e treinamento da musculatura do assoalho pélvico. Indicações: ausência da contração muscular, inversão de comando perineal, melhor performance e resistência muscular. Educador perineal:
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