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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA CLÍNICA CIRÚRGICA I NOME DO ACADÊMICO(A): GABRIELA VIEIRA COSTA QUINTO PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA ROTEIRO III – INSTRUMENTAÇÃO GUANAMBI/BA 2023 ROTEIRO 3 Dr Horácio retorna ao plantão atrasado devido à paralisação dos caminhoneiros em apoio ao ditador de seu país e se depara com um jovem de 21 anos que está sendo arrumado para ser encaminhado ao Centro Cirúrgico para uma apendicectomia. A figura abaixo representa a mesa auxiliar montada para a cirurgia. Pergunta 1.1 - Divida a mesa nos 6 tempos cirúrgicos. Nomeie cada material exposto na mesa e suas funções nesta cirurgia. Essa mesa montada está de acordo com o padrão FIPGuanambi? A mesa montada para a cirurgia, está dividida em 6 tempos, onde, partindo do canto inferior direito está o tempo de diérese, no qual possui os instrumentos relacionados com as incisões e dissecações, como exemplo, temos o bisturi, cabo mais lâmina e as tesouras, de Mayo reta, Mayo (incisão de fáscias) e de Metzembaum (incisão em tecidos delicados), tesoura Mayo Hegar reta (corte de fios). O segundo tempo é o da hemostasia, onde se relaciona com o controle hemodinâmico durante toda a cirurgia. Nela está demonstrado na figura as pinças hemostáticas, Kelly (bloqueio de lesões vasculares), Rochester Reta (pinça tecidos rígidos e volumosos) e Rochester (pinça tecidos rígidos). Tempo zero Exposição Especiais Hemostasia Diérese Síntese O terceiro tempo são os instrumentos especiais que são selecionados de acordo com o tipo de cirurgia a ser feito, demonstrado na imagem a pinça de Kocher e a pinça de Collin. Servem para controle hemodinâmico. No quarto tempo, temos os materiais e instrumentos que são utilizados para a antissepsia do paciente e a montagem do campo cirúrgico, onde podemos identificar a pinça de Pean, Cheron, Backaus e cuba oval com gazes. O quinto tempo podemos visualizar os espaçadores ou afastadores, que são importantes para expor e visualizar a cirurgia. Na mesa, identificado como o Farabeuf. Por fim, temos o sexto tempo, a síntese. Nele temos o porta agulha Mayo-Hegar (segurar a agulha), pinças anatômicas com dente de rato e por fim, o fio agulhado. Nesse tempo, são necessários os instrumentos relacionados com a finalização do procedimento, para realizar a união dos tecidos e sutura. De acordo com o padrão FIPGuanambi, a mesa acima está errada, pois não houve o tempo de preensão, onde há a manipulação dos tecidos e órgãos e os tempos também, se encontram dispostos de forma errada. O modo certo seria: Pergunta 1.2 – Qual pinça você escolheria para prender o apêndice, evitando traumatizar sua serosa? A pinça de escolha, seria a pinça Foester ou Collin, pois é mais delicada e menos traumática, devido a sua ponta que consegue fazer uma maior distribuição da força de preensão, evitando assim, uma lesão. Pinça de Foester: Pinça de Collin: Pergunta 1.3 – Qual a melhor incisão para a realização desta cirurgia? Quando ela não está indicada? A apendicectomia pode ser feita por várias incisões, a melhor e mais utilizada é a incisão de McBurney, uma incisão oblíqua, perpendicular a uma linha que une a cicatriz umbilical à crista ilíaca ântero-superior, na junção do terço lateral com os dois terços mediais, porém, essa incisão não está indicada quando há dúvida diagnóstica (principalmente em mulheres) ou quando existem sinais clínicos de peritonite generalizada, sendo realizadas incisões verticais. É uma incisão que se dá uma ótima abordagem do apêndice e tem poucas complicações tardias, bem como as hernias incisionais. Pergunta 1.4 – Descreva em detalhes todo os tempos cirúrgicos, bem como o instrumental utilizado em cada tempo. • Tempo zero: realiza-se a antissepsia do paciente, para depois realizar a montagem do campo cirúrgico. Nesse tempo, é utilizado as pinças de Cheron e Pean e para fixar o campo, o Backaus. São utilizadas também, gazes e antissépticos (Clorexidina e iodo como mais comuns). • Diérese (primeiro tempo): é uma separação dos planos anatômicos ou tecidos, possibilitando a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície); é o rompimento da continuidade dos tecidos. Significa dividir, separar ou cortar. É classificada em incruenta, com laser, ou cruenta, arranamento e curetagem. Utiliza-se o bisturi (cabo+ lâmina) e tesouras (Mayo e Metzembaum). • Preensão (segundo tempo): é o tempo de preensão e manipulação dos tecidos, sendo necessários pinças (Adson, Anatômicas e dente de rato) • Hemostasia (terceiro tempo): a expressão hemostasia é o processo pelo qual se utiliza um conjunto de manobras instrumentais e manuais para prevenir ou deter uma hemorragia. Ou pode ser também a ação de impedir a circulação sanguínea em um determinado local em um período. É feito por meio do pinçamento de vasos, ligadura, eletrocoagulação ou compressão. Os Instrumentos utilizados nesse tempo, são: pinça de Kelly, pinça de Rochester, pinça de Crille e a pinça de Halstead. • Exposição (quarto tempo): Tempo que se utiliza os afastadores para haver uma boa exposição do determinado órgão. Utiliza-se os afastadores de Farabeuf, Volkmann, Doyen, Gosset, afastador de Addison, Balfort, dentre outros. • Especiais (quinto tempo): Podem ser usados nesse tempo a Vela de Hegar, Cânula de Frazier, cureta de Recamier, Pinça Collin, Mixter, Pozzi, dentre outros. Esse tempo vai depender de casa procedimento cirúrgico. • Síntese (sexto tempo): é quando ocorre a junção ou união das bordas da lesão, com o intuito de estabelecer a contiguidade do processo de cicatrização ou restauração do tecido; Une os tecidos. É tumulizada as portas agulhas Mayo- Hegar e Mathieu, pinças de preensão anatômica, dente de rato e pinça de Adson, tesoura RR, agulha e fio de sutura. Referencias: GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. In: Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia. 2007. p. 822-822. SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier, 2015. Ilias, Elias Jirjoss, Castro, Osvaldo Antonio Prado e Kassab, Paulo. Apendicectomia convencional: Qual a melhor incisão?. Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 2004, v. 50, n. 1 [Acessado 12 Março 2023], pp. 8. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-42302004000100012>. Epub 07 Maio 2004. ISSN 1806-9282. https://doi.org/10.1590/S0104-42302004000100012.
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