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CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS As contribuições têm relação com a solidariedade de um grupo social ou econômico na busca de uma finalidade. Assim como os empréstimos compulsórios, há vinculação da receita. Diferenciam-se dos impostos exatamente por terem destinação específica de sua receita, podendo ter o mesmo fato gerado que eles. Também não é taxa, haja vista que não custeia serviços disponibilizados diretamente ao contribuinte. No caso da contribuição especial, esse aproveitamento é dado de forma indireta. Não é contribuição de melhoria pois não há valorização de qualquer imóvel. As contribuições visam atender a um interesse geral, porém sendo visível o benefício a uma pessoa ou determinado grupo de pessoas. As contribuições especiais devem respeitar os princípios tributários. Elas são consideradas tributos parafiscais, ou seja, que atua ao lado do Estado para a consecução de suas finalidades. Assim, via de regra, a instituição da contribuição é feita pela União, mas a arrecadação e fiscalização pode ser feita por outras entidades (públicas ou privadas), que desempenham funções de interesse público. É de competência exclusiva da União a instituição de: a) contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas : contribuição anuidade (CREA, CRM, CRC, CRE, OAB, etc.); contribuição sindical (custeia os sindicatos); contribuição sindical rural; b) contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) : CIDE-combustíveis (voltado ao financiamento de projetos ambientais, de infraestruturas de transporte e outros subsídios de combustíveis). CIDE-Royalties (voltado à educação e pesquisa); etc. c) contribuições sociais: contribuição ao salário-educação; contribuições aos serviços sociais autônomos (sistema S); contribuição social patronal (custeia a Previdência Social – seguro social (previdência, saúde pública e assistência social); contribuição ao PIS/PASEP (financia seguro desemprego e abono salarial); contribuições sobre o lucro líquido – CSU (mesmo fato gerador do IRPJ – financiamento da seguridade social); contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS; etc. Há outras contribuições, como a extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública (COSIP), existente em alguns municípios. Já o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), não tem caráter tributário, sendo um direito trabalhista (o Estado não gera um serviço como contraprestação). Exercício : pesquisar e apresentar um tipo de contribuição de sua preferência.