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Infecções oportunistas -Em associação de SIDA e IO primeiro trata a IO, espera o paciente melhorar, depois de 1 semana a 15 dias inicia a TARV TB e criptococose esperar de 15 a 30 dias -Pneumonia com germes atípicos, clínica sugestiva e Raio-X normal pedir TC Pneumocistose -CD4 menor que 200 -Paciente apresentando mesmos sintomas que COVID, mas é um quadro mais subagudo, com duração de mais ou menos 3 semanas, diferenciando do COVID, e com tosse seca, diferenciando de TB -Manifestações clínicas quadro subagudo de dispneia progressiva, febre, tosse não produtiva e desconforto torácico Taquipneia, taquicardia, AR normal ou com crepitação Raio-x infiltrado intersticial peri-hilar e simétrico TC vidro fosco -Fatores de risco: CD4< 200 céls/mm3 CD4< 14% Carga viral elevada Diagnóstico -Laboratório Hipóxia pO2 < 70 LDH (lactato desidrogenase) aumentado > 500 o Lactato desidrogenase aumenta em quase todas as doenças pneumológicas o Aumenta em lesão celular e em desvio de via glicolítica 1,3 Beta-D-glucan marcador de infecção fúngica -Raio-x, TC vidro fosco -Aumento de lactado desidrogenase -Clínico + exames complementares -Pesquisa do microrganismo Lavado broncoalveolar (LBA) precisa do cirurgião torácico difícil PCR -Maioria tratada empiricamente Tratamento -Bactrim 15-20 mg/dia 8/8h por 21 dias em hipóxia, associa corticoide -Alternativas em caso de alergias Clindamicina + Primaquina Dapsona + Trimetoprim -Corticoides recomendados junto com remédio para doença moderada a grave e pO2 < 70 Prednisona 40 mg de 12/12h nos primeiros 5 dias, com redução progressiva pela metade até completar 21 dias -TARV deve ser iniciada dentro de 2 semanas de tratamento -Alto risco de eventos adversos tratado hospitalar, com monitoramento Risco maior que benefício Profilaxia -Primária CD4 < 200 ou doença definidora de SIDA Bactrim 2 cp 160-800 mg por dia até CD4 maior que 200 por 3 meses proteção cruzada pata Toxoplasmose -Secundária CD4 < 200 que já teve história prévia SMX-TMP na dose de 160- 800mg três vezes por semana ou 80-400mg/dia até alcançar LT-CD4+ acima de 200 céls/mm3 por pelo menos três meses. Neurotoxoplasmose -Manifestação com déficit neurológico focal hemiparesia, disfasia e alterações motoras -Cefaleia, sinais focais, febre e convulsões Diagnóstico -Contagem de CD4 abaixo de 100 -Lesão expansiva em TC hipodensas, com realce anelar ou nodular após a injeção de contraste preferencialmente em núcleos da base e substância cinzenta -Confirmação histopatológica -Tratamento empírico até a confirmação melhora clínica entre 10-14 dias após antiparasitário -IgG anti-T. gondii -Em caso de presença de lesão expansiva com ausência de melhora após 2 semanas do tratamento biópsia da neurocirurgia Tratamento -Sulfadiazina 1.000mg (peso <60kg) a 1.500mg (peso ≥60kg) VO, a cada seis horas + pirimetamina 200mg VO no primeiro dia, seguida de 50mg/dia (peso <60kg) a 75mg/dia (peso ≥60kg) VO + ácido folínico 10mg/dia VO, durante SEIS SEMANAS; -Alternativa SMX-TMP na dose de 25mg/kg de SMX, duas vezes por dia, VO ou EV, durante SEIS SEMANAS. Após esse período de tratamento, deve-se prescrever terapia de manutenção. -Indica-se o uso de corticosteroides nos casos de edema cerebral difuso e/ou intenso efeito de massa -Iniciar TARV após 2 semanas de tratamento -Profilaxia primária CD4< 100 céls/mm3 e IgG positivo para toxoplasmose SMT+TMP 2CP/dia -Profilaxia secundária História prévia de NTX Sulfadiazina+ pirimetamina+ ácido folínico (em doses menores) Até CD4> 200 céls/mm3 por mais de 6 meses e sem novos sintomas Neurocriptococose -Manifestações clínicas se apresenta com sonolência e confusão mental, muitas vezes sem rigidez de nuca Cefaleia, febre, mal-estar, náusea, vômito e rebaixamento do nível de consciência acometimento sistêmico Nem sempre há sinais meníngeos, mas pode haver manifestações de hipertensão intracraniana Diagnóstico -Geralmente CD4 abaixo de 100 -Íons, enzimas, TC, Punção lombar com análise do LCR → pleocitose linfocítica, proteínas elevadas, glicose reduzida, pressão de abertura liquórica > 25 cmH2O, tinta da China positiva, e cultura para fungo Quando disponível, pedir ensaio de fluxo lateral (LFA) no líquor diagnóstico em aproximadamente 10 min Se pedir TC e vier sem lesão expansiva não é neurotoxo Pede punção lombar criptococo Tratamento -Fase de indução (pelo menos 2 semanas) Anfotericina B desoxicolato 0,7 – 1 mg/kg/dia + Flucitosina 100 mb/kg/ dia dividida em 4 tomadas diárias Na ausência de flucitosina Fluconazol 800 mg/dia dividido em 3 tomadas diárias -Fase de consolidação (pelo menos 8 semanas) Fluconazol 400/800 mg / dia -Fase de manutenção (pelo menos 12 meses com 2 contagens de CD4 maior que 200 em intervalo de 6 meses) Fluconazol 200 mg/diaS -Tratamento com Anfotericina com Flucitocina ou Fluconazol sistêmico por semanas -Pode fazer punção lombar ou derivação ventricular externa de alívio geralmente de 3 em 3 dias -Manejo da HIC secundária a meningite criptocócica: Se pressão de abertura liquórica > 25 cmH2O + sinais de HIC = realizar punção lombar e retirar 20-30 ml de líquor Repetir a PL de alívio diariamente até a estabilização da PIC, da pressão de abertura e/oumelhora clínica Se PIC persistentemente elevada após 7-10 dias de PL diária → considerar a abordagem neurocirúrgica para derivação liquórica (lombar externa ou lombo-peritoneal) Manitol, acetazolamida e corticosteroides NÃO devem ser usados Triagem de criptococo em PVHIV -Teste de aglutinação em látex ou LFA em soro ou plasma -Pacientes sem manifestações clínicas de doença criptocócica e antigenemia isolada punção lombar para descartar a doença -Prevenção em pacientes sem doença Fluconazol 800 mg/dia durante 2 semanas depois de 2 semanas Fluconazol 400 mg/dia por 8 semanas Após as primeiras 2 semanas pode iniciar TARV Tuberculose -Prevenção de TB ativa rastreio de infecção latente de TB Prova tuberculínica (PT) anual se PT > 5 ou IGRA positivo deve-se tratar Todas as PVHIV com CD4 < 350 devem receber tratamento para ILTB, desde que descartada TB ativa o Isoniazida (INH) por 6-9 meses o Rifapentina 900mg/semanal + Isoniazida 900mg/semanal por 12 semanas -CD4>350-400 cel/mm³ → apresentação similar ao HIV negativo, com doença limitada ao pulmão, sintomas clássicos Reativação de TB -CD4<200 cel//mm³ → sinais e sintomas de envolvimento extrapulmonar, alterações radiográficas inespecíficas TB primária -Pode aparecer em qualquer CD4 Diagnóstico -Exames de PBAAR, PCR, cultura de micobactéria, LBA, biópsias, TRM -Raio-x Tratamento -Esperar 2 semanas após tratamento de TB se CD4 < 50, esperar 8 semanas -Fase intensiva (2 meses): RHZE (rifampicina, isoniazida,pirazinamida e etambutol) -Fase de manutenção (meses seguintes): Se forma pulmonar e formas extrapulmonares, exceto SNC → RH (rifampicina e isoniazida) por 4 meses Se SNC → RH por 7-10 meses Quando há contraindicação a esquemas de ARV que permitem o uso de rifampicina → uso de rifabutina -Coinfecção TB-HIV Quadro leve: TDF+3TC+EFV Quadro grave: TDF+ 3TC+DTG (dose dobrada) Mycobactériose -Mycobacterium avium inalação ou ingestão -CD4 < 50 -Parece leishmaniose visceral -Manifestações clínicas Doença disseminada → febre, sudorese noturna, emagrecimento, dor abdominal, diarreia, hepatoesplenomegalia, linfonodomegalias o Laboratório → anemia e elevação de FAL Formapulmonar isolada: < 5% dos casos -Diagnóstico Isolamento da bactéria por hemocultura, cultura de linfonodos, aspirado de medula óssea, cultura de escarro -Tratamento MAC: Claritromicina 500mg BID + Etambutol 15mg/kg MID por +- 1 ano -Profilaxia primária Azitromicina 1200 mg/semana -Profilaxia secundária Claritromicina+ Etambutol (mesmas doses de tratamento) CMV e Herpes vírus -Risco de reativação em CD4 < 100 -Paciente com avançada imunossupressão, sem uso de TARV ou em falha virológica -Lesão ocular, úlcera esofagianas e intestinais Diagnóstico e Tratamento -Retinite por CMV comprometimento ocular inicia em um dos olhos, mas sem tratamento sistêmico pode afetar o olho contralateral Escotomas, redução da acuidade visual e perda visual súbita Diagnóstico com base na lesão retiniana por fundoscopia, dados laboratoriais e imunossupressão avançada -CMV no aparelho digestivo mais presente no esôfago e cólon Diagnóstico por endoscopia e biópsia, dados laboratoriais e imunossupressão avançada -Tratamento Ganciclovir EV 5 mg/kg 12/12h por 14-21 dias Alternativamente, recomenda-se foscarnet 60mg/kg a cada oito horas ou 90mg/ kg a cada 12 horas, por 14 a 21 dias. -Profilaxia secundária ganciclovir 5mg/kg/dia por pelo menos 3 a 6 meses após início de uso regular de TARV Candidíase esofágica -CD4 < 200 -Presença de placas esbranquiçadas removíveis -Diagnóstico EDA e cultura -Candidíase orofaríngea → Fluconazol 100 mg/dia por 7-14 dias Alternativa → suspensão oral de Nistatina 5ml (gargarejar e engolir 4-5 x ao dia) -Candidíase esofágica → Fluconazol 100-400 mg/dia por 14-21 dias Alternativa → itraconazol oral 200 mg/dia, voriconazol 200 mg VO ou EV ex/dia Histoplasmose -Causada pelo fungo Histoplasma capsulatum inalação de esporos presentes no solo -CD4 < 150 -Apresenta principalmente por pneumonia infiltrado retículo-nodular difuso, febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia, linfonodomegalias e lesões cutâneas -Diagnóstico cultivo micológico e histopatológico por biópsia ou raspado de lesões Amostra de medula ou sangue periférico Profilaxia de IO Primária -Prevenção para a doença -CD4< 200 → pneumocistose e neurotoxoplasmose: SMT+TMP 2cp/dia ou 1 cp/dia ou 2cp 3 vezes na semana Secundária -Evitar reicidiva de IO anterior
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