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o aproveitamento das pinturas rupestre no PEA de história

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Salvador Paulo Mabetana
O APROVEITAMENTO DIDÁCTICO DAS PINTURAS RUPESTRES DE CHINHAMAPERE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA
Licenciatura em Ensino de História 
Universidade Save
Massinga
2020
Salvador Paulo Mabetana
O APROVEITAMENTO DIDÁCTICO DAS PINTURAS RUPESTRES DE CHINHAMAPERE NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA
  Monografia a ser apresentada na faculdade de Letras e Ciências Sociais, para obtenção do Grau Académico de Licenciatura em Ensino de História. 
 Supervisor: 
 Prof. Doutor Hipólito Sengulane
Universidade Save
Massinga
2022
Índice
INDICE DE FIGURAS	iii
ÍNDICE DE APÊNDICE	iv
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS	v
DECLARAÇÃO	vi
DEDICATÓRIA	vii
AGRADECIMENTO	viii
RESUMO	ix
ABSTRACT	x
INTRODUÇÃO	11
CAPÍTULO I	15
CONCEITO E TIPOS DE PATRIMÓNIO HISTÓRICO 	15
1.1. Conceito de património histórico	15
1.2. Tipos de património histórico-cultural	17
1.2.1. Património cultural material	18
1.2.2.Bens culturais materiais	18
1.2.3. Património cultural imaterial	18
1.2.4. Bens culturais imateriais	19
1.2.5. A importância do património cultural	19
1.3.Pinturas ou arte rupestre	20
CAPITULO II	23
A IMPORTÂNCIA DAS PINTURAS RUPESTRES CHINHAMAPERE NO PEA DE HISTÓRIA	23
2.1. Caracterização da área de estudo	23
2.1.1. Localização	23
2.1.2. Características físicas, climáticas e socioecónomicas do distrito de Manica	24
2.1.3. Localização das Pinturas rupestre de Chinhamapere	25
2.1.4. Etimologia e História	26
2.1.5. Descrição das pinturas rupestres de Chinhamapere	26
2.2. Escola Secundária de Chinhamapere	30
2.2.1. Localização geográfica	30
2.2.2. Historial da Escola Secundária de Chinhamapere	30
2.2.3. Percepção dos professores de História da Escola Secundária de Chinhamapere sobre	31
2.2.4. Percepção dos alunos da Escola Secundária de Chinhamapere sobre a Importância	33
2.2.5. A Importância do Estudo das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de	34
CAPITULO III	36
ESTRATÉGIAS DO USO DAS PINTURAS RUPESTRES DE CHINHAMAPERE NO PEA DE HISTÓRIA	36
3.1. Enquadramento do tema nos programas do ensino Secundário Geral (PESGH)	36
3.2. Passos da exploração das pinturas rupestres de Chinhamapere	36
3.3. Estratégias do uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história	37
3.3.1. Exploração das pinturas rupestres de Chinhamapere no momento de motivação	37
3.3.2. Exploração das pinturas rupestres no momento de mediação e assimilação	38
3.3.3. Exploração do monumento histórico no momento de domínio e consolidação	38
3.3.4. Exploração do monumento histórico no momento de controlo e avaliação	39
3.4. Sugestões do uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história	39
CONCLUSÃO	41
BIBLIOGRÁFIA	42
Apêndices	45
Anexos	59
 INDICE DE FIGURAS
Fig. 1: Mapa a delimitação dos bairros do distrito de Manica…………………………………...24
Fig. 2: Grupo de vários negróides pintados a vermelhão………………………………………...28
Fig. 3: Antílopes e Negróides pintados a vermelho e a alaranjados e Seis bosquímanos pintados a chocolate …………………………………………………………………………………………29
Fig. 4: Escola secundária de Chinhamapere e a monte onde se localizam as pinturas rupestres...30
Fig. 5: Portão da entrada da Escola Secundária de Chinhamapere̩……………………………....31
Fig. 6: Apêndice de imagens……………………………………………………………………..46
Fig.7: Anexo 1, imagem mapa da localização do distrito de Manica……………………….…...60
ÍNDICE DE APÊNDICE
Apêndice1. Imagens……………………………...…...……………………………….................46
Apêndice 2. Roteiro de entrevista para professores da ESCH…………………………………...47
Apêndice 3. Análise dos resultados das entrevistas dirigidas aos professores da ESCH….….…48
Apêndice 4. Roteiro de entrevista aos alunos da ESCH…………………………………………49
Apêndice 5. Análise dos resultados das entrevistas dirigidas aos alunos da ESCH...…………...53
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
EN6- Estrada Nacional Número Seis 	
ES- Escola Secundária
ESG- Ensino Secundário Geral
MINED- Ministério da Educação
PEA- Processo de Ensino e Aprendizagem
SNE - Sistema Nacional de Educação
DES - Direcção da Escola Secundária 
ESCH - Escola Secundária de Chinhamapere
IPS - Idade de pedra superior.
ZIP - Zona de influência pedagógica 
PES - Plano Economico Social
DaE - Director adjunto da Escola
DECLARAÇÃO
Eu, Salvador Paulo Mabetana, estudante da Universidade Save, curso de Licenciatura em Ensino de história com Habilitações em Geografia, 4º ano declaro por minha honra que esta monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. 
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição de ensino para obtenção de qualquer grau académico.
Massinga, junho de 2022
O Estudante
_________________________________________________
(Salvador Paulo Mabetana)
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família e em particular ao meu irmão Kima Mabetana que tem-me coadjuvado financeiramente. Dedico a todos meus colegas desde o ensino primário até superior e a todos meus amigos.
AGRADECIMENTO
Expresso o meu maior e profundo agradecimento ao meu supervisor Prof. Doutor Hipólito Sengulane, que sob sua orientação tornou-se possível a estruturação e produção desta Monografia.
Reservo ainda o meu afecto aos meus familiares, meus pais (Paulo Mabetana ‹‹In memoriam›› e Filipa Rafael Mentira), pela vida que concederam-me, aos meus irmãos (Blessing, Edsson, Margarida, Kima, Grácio) pela assistência que prestaram-me durante os quatro anos de formação, em especial a minha amada esposa (Penalva Chauque), meus querido filho (Kima Mabetana, keyla Mabetana) pelo apoio moral incansável que tem-me dado neste trilho estudantil, agradeço também meus sogros (Xadreque Chauque e Rita Nota).
Endereço meus agrados aos meus colegas do curso que me ajudaram a trilhar esta vida académica, (Alexandre Madime, Armando Manuel, Dionildo Macamo, Ernesto Mazive, Molivo Mauai, Fernandel Bambo, Marcos Cumba, Nazira Bie, Ruivo Mondlane, Ussumane Mufume.
Os meus agradecimentos vão também aos meus professores irmãos (Romão Manhique, José Supeia), que desde me ajudam e continuam-me ajudando pelos conselhos produtivos nessa corrida estudantil.
Endereço minha gratidão a todos os docentes da Unisave - Extensão da Massinga pela inteligência que em mim depositaram durante os quatro anos de formação.
RESUMO
A Presente monografia tem como titulo: O Aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História, um exemplo a partir da Escola Secundária de Chinhamapere. O objectivo é Reflectir sobre o aproveitamento didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História. O trabalho está organizado em capítulos: (i) O conceito e tipos de património histórico; (ii) Importância das pinturas rupestres de Chinhamapere PEA de história; (iii) Estratégias de uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história. Da pesquisa conclui-se que os professores podem usar excursões ou visitas de estudos como estratégias na leccionação dos conteúdos de forma aproximar o aluno a realidade e são de fundamental importância na medida em que auxiliar o professor na mediação e assimilação dos conteúdos. 
Palavras-chave: Ensino; História; Pinturas; Rupestres.
ABSTRACT
The present monograph is entitled: The didactic use of Chinhamapere rock paintings in history teaching an example from the Chinhamapere Secondary School. The objective is to reflect on the didactic use of rock paintings of Chinhamapere in the teaching of history. The work is organized into chapters: (i) Concept of historical heritage; (ii) Importance of Chinhamapre cave paintings in teaching history; (iii) Strategies for using Chinhamapere rock paintings in history teaching. From the research it is concluded that teachers can use field trips or study visits as strategies in the teaching contentin order to bring the student closer to reality and are of fundamental importance insofar as they help the teacher in the mediation and assimilation of contents. 
Keywords: Teaching; Story; paintings; rock
36
INTRODUÇÃO
O interesse em estudar as pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história surge pelo facto de ter frequentado o ensino secundário básico na Escola Secundária de Chinhamapere, onde durante o processo do ensino e aprendizagem de história não se usava as pinturas rupestres de Chinhamapere como fontes materiais vivas que podia tirar o aluno do abstracto, mesmo estando tão próximo da escola, motivo pelo qual me leva a desenvolver sobre importância das pinturas rupestres no processo de ensino e aprendizagem de História.
A História enquanto ciência não deve ser encarada como mais uma disciplina curricular, mas como uma possibilidade de leitura, analise e compreensão do mundo em que vivemos. Daí a importância do desenvolvimento da capacidade de observação que os locais de interesses históricos proporcionam.
Para a revisão bibliográfica da presente pesquisa foram consultadas várias obras, entre as quais, a obra de Oliveira (1964) no seu estudo intitulado ˝Pinturas Rupestre dos Contrafortes da Serra do Vumba: Monte Chinhamapere”, o autor no seu artigo faz uma descrição das pinturas rupestres locais tendo em conta as manifestações artísticas e rituais sagrados por parte das populações locais.
Como se pode notar nesta obra não estuda o assunto do ponto de vista deste projecto porque o presente projecto estuda sobre o aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História para a compressão dos conteúdos que retratam sobre o modo de vida dos homens primitivos, desde os seus costumes, crenças, cultura e comportamentos.
Duarte et al. (1979) na sua obra intitulada ˝Arte rupestre em Moçambique, pinturas de oito mil anos”, na globalidade da sua obra refere que essas manifestações simbólicas têm seu valor histórico e artístico que constituem testemunho de uma época distinta de milhares de anos o seu conhecimento e estudos permitem compreender as formas de organização da sociedade humana e sua evolução. Também esta obra difere da pesquisa que se pretende desenvolver na medida em que a pesquisa que se pretende desenvolver vai abordar assuntos ligados com a importância do uso das pinturas rupestres no PEA de história.
Antas (2004) com o titulo “A Didáctica da Histórica e o Ensino da Histórica”, refere que o professor deve procurar, sempre que possível, possibilitar ao aluno o contacto com fontes primárias e ou secundárias. A título de exemplo se o professor levar seus alunos para um monumento histórico, fazer excursões a cidades ou locais históricos causaria um impacto, atracção desenvolvendo uma imaginação mais concreta e simples, possibilitando o aluno a construir um conhecimento mais sólido, em detrimento de uma simples aula ministrada na base de métodos tradicionais.
Como se pode ver a pesquisa que se pretende realizar no presente projecto apresenta um anglo diferente da citada, na medida em que esta busca apresentar a importância do uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história para compreensão dos conteúdos da disciplina de História, enquanto, o autor limita-se em arrolar as metodologias do ensino de História em que o professor adoptaria para dinamizar os conteúdos propostos nos programas.
Vale (2010) na sua obra intitulada “A utilização de fontes no ensino de história”, na globalidade da sua obra refere que as fontes constituem, enquanto registos e testemunhos dos factos, a principal ferramenta na construção do conhecimento histórico.
Como se pode notar nesta obra não estuda o assunto do ponto de vista deste projecto porque o presente projecto estuda sobre o aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História, enquanto a obra defende que o uso de fontes históricas na sala de aula é uma possibilidade que deve ser apreciada e valorizada. A riqueza de informações que podemos extrair das fontes justifica o seu uso no fazer pedagógico de várias áreas das Ciências Humanas e Sociais porque possibilita ampliar o entendimento de objectos cuja compreensão necessita de contextualização histórica e sociocultural.
Xavier (s/d) no seu artigo intitulado “Ensino e história: o uso das fontes históricas como ferramentas na produção de conhecimento histórico” na sua globalidade refere que o professor atendendo a função cognitiva da aprendizagem do aluno pode transformar as fontes em evidencias para demonstrar ao aluno de forma didáctica que a história é feita de vestígios deixados pelos homens do passado e que se constituem no material com o qual o historiador vai utilizar para compreensão de como determinadas sociedades se estabeleceram em determinados tempos/espaços.
A abordagem que o autor faz sobre o uso das fontes históricas como testemunho na produção de conhecimento histórico difere da que se pretende estudar na medida em que a pesquisa visa estudar o aproveitamento didáctico das pinturas rupestres no PEA de história.
A presente pesquisa subordina-se ao tema: Processo de ensino e aprendizagem de História. O objecto: As Pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história. Como aspecto: Aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História, 8ª classe, na Escola Secundária de Chinhamapere.
A escolha da Escola Secundária de Chinhamapere como local da realização da pesquisa, justifica-se por ser a escola onde o pesquisador frequentou o ensino secundário básico, onde durante o processo do ensino e aprendizagem de história na 8 ͣ classe não se usava as pinturas rupestres de Chinhamapere como fontes materiais vivas que podia tirar o aluno do abstracto, mesmo estando tão próximo da escola, limitando se apenas nas fontes escritas o que contrasta com o que esta preconizado no programa de ensino da 8 ͣ classe onde são abordados esses conteúdos. Do constado a escola secundária de Chinhamapere não usam as pinturas rupestre de Chinhamapere como recurso didáctico para auxiliar os professores na mediação dos conteúdos de história. Desta maneira o problema que se levanta gravita em identificar as estratégias do aproveitamento didáctico das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história na Escola Secundária de Chinhamapere. Assim sendo, como é que as pinturas rupestres de Chinhamapere podem ser aproveitadas como recursos didácticos no PEA de história?
Como hipótese as pinturas rupestres de Chinhamapere podem ser aproveitadas como recurso didáctico no PEA de história através de planos de excursões, visitas ou jornadas de estudos que possa fazer ligação nas suas actividades de leccionação possibilitando ao aluno a construir um conhecimento mais sólido, em detrimento de uma simples aula ministrada na base da teorização.
A monografia tem como objectivo geral: Reflectir Sobre o Aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no processo de ensino e aprendizagem de História e tem como específicos: Discutir conceito e tipos de património histórico; Explicar a importância das pinturas rupestres para processo de ensino e aprendizagem de História e Propor estratégias do uso das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de história.
No que concerne ao método, a presente pesquisa privilegiou o método qualitativo na sua vertente etnográfica que permitirá a deslocação para o local de estudo com vista a colher dados na base de entrevista em forma de inquérito, escutar conversas, tirar imagens, e entender o problema a partir dos sujeitos entrevistados.
Em termos metodológicos, a pesquisa vai processar-se em três estágios de investigação: o primeiro estágio será de pesquisa bibliográfica que vai consistir na selecção das obras literárias, temas de dissertações, artigos e mais elementos didácticos que gravitam em torno do aproveitamento didáctico das pinturas rupestres no processo de ensino e aprendizagem de história. O segundo estágio vai envolver o trabalho de campo, conduzido pelas entrevistassemi-estruturadas, dirigidas a quinze (15) indivíduos dos quais três (3) professores de História da escola secundária de Chinhamapere porque é o número máximo de professores de história e (12) alunos que fizeram a 8ª classe. Ainda no concernente aos instrumentos de colecta de dados, é importante notar que os dados serão colectados com recurso a um gravador de voz (celular), máquina fotográfica para obter imagens, uso de bloco de anotações. Por fim, o terceiro estágio vai consistir na análise crítica, sistematização e compilação dos dados recolhidos, que tornarão possível a produção da redacção.
Esta pesquisa tem como referencial teórico a obra intitulada “Didáctica da História”, da autoria de Proença (1992) esta obra visa propor estratégias do ensino de história através da realidade dos alunos na sociedade. O processo de ensino e aprendizagem em história através do meio envolvente ganha um carácter motivador para os alunos, pelo facto de permitir uma compressão adequada dos conteúdos, bem como o enriquecimento do campo didáctico de história e em especial de história local, existente nas proximidades de qualquer escola. A autora reitera ainda que esta estratégia traz uma nova perspectiva para o ensino de história, ao valorizar a historicidade dos factos e ao trazerem à tona acontecimentos, personagens e lugares comuns e mais próximos aos alunos, rompendo, em consequência, com a história tradicional.
A presente monografia tem a relevância de criar uma reflexão em torno do Aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História.
O presente trabalho é composto por três capítulos:
Capítulo I: “O Conceito e tipos de património histórico”; 
Capítulo II: “Importância das pinturas rupestres no PEA de história”; 
Capitulo III: “Estratégias de uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história”. 
CAPÍTULO I
CONCEITO E TIPOS DE PATRIMÓNIO HISTÓRICO
O presente capítulo visa debater conceito e tipos de património histórico, importância do património histórico e por fim pinturas ou arte rupestre.
1.1. Conceito de património histórico
	A palavra património vem de “pater”, que significa pai e tem origem no latim. Património é o que o pai deixa para o seu filho. Assim, a palavra património passou a ser usada quando nos referimos aos bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de uma empresa. Essa ideia começou a adquirir o sentido de propriedade colectiva com a Revolução Francesa no século XVIII.
Património, de origem latina Património era utilizada pelos antigos romanos, e se referia tudo que pertencia ao pai da família ou senhor, logo, além dos bens móveis e imóveis, mulheres, filhos e escravos também faziam parte do património legado em testamento. Uma vez que a maioria da população romana não era proprietária, podemos concluir que tratava-se de uma transmissão de valores patriarcais e aristocráticos
Baltazar (2011, p. 64) considera que o património é o conjunto de todos os bens, materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem ser considerados de interesse relevante para a permanência e para a identidade da cultura de um povo, património manifesta-se na forma física e também nas expressões imateriais, como o carnaval, a festa junina[footnoteRef:1], bem como nas demais celebrações, acontecimentos e tradições da cultura popular, podendo ser classificado de acordo com a sua categoria e o valor que lhe é atribuído. [1: Festa junina é uma tradicional festividade popular que acontece durante o mês de Junho. Essa comemoração é comum em todas as regiões do Brasil, especialmente no nordeste e foi trazida para Brasil por influência dos portugueses no século XVI. Inicialmente a festa possuía uma conotação estritamente religiosa e era realizada em homenagem a santos como São João e santo António.] 
Na visão de Batistin (2008, p. 37), considera que, Património, etimologicamente, significa "herança paterna" na verdade, a riqueza comum que nós herdamos como cidadãos, e que se vai transmitindo de geração a geração.
Prats (1998) refere que:
“Património é uma construção social, um processo de legitimidade social e cultural. Falar de património pressupõe em falar de identidades, na medida em que pode ser definido como uma síntese simbólica de valores identitárias que contribuem para um sentido de pertença e identificação de um colectivo social” (p. 45). 
Desta forma, torna-se evidente que o património é tudo que um determinado grupo ou pessoas singulares herdam dos seus antepassados quer seja tangível ou intangível e que é transmitido para gerações que seguem, pode também ser visto como construção social, contribuindo para o sentido de pertença. 
O conceito de património histórico tem sido reformulado desde sua concepção desde no século XVIII. Recorrendo ao sentido etimológico do termo, Sily (2009) destaca que “ o património se forma a partir da união de dois vocábulos: patrius derivado de pater e monium, que relacionados significam o poder masculino, o poder pátrio, a herança paterna”.
Património cultural é o conjunto de bens materiais e imateriais criados ou integrados pelo Povo moçambicano ao longo da história, com relevância para a definição da identidade cultural Moçambicana. O património cultural é constituído por bens culturais imateriais e materiais (Lei 10/88, de 22 de Dezembro: 11).
O livro Património Histórico e Cultural, a obra apresentam duas diferentes ideias relacionadas ao património. A primeira está ligada aos bens que transmitimos aos nossos herdeiros e que podem ser materiais, como uma casa ou uma jóia com valor monetário determinado pelo mercado ou bens materiais de pouco valor comercial, mas de grande valor emocional, como uma foto ou uma imagem religiosa. Estes podem ser itens do património de um indivíduo e constar em seu testamento. Nesse sentido, além destes, temos o património espiritual ou imaterial inestimável, que são os conhecimentos e as infinidades de ensinamentos e lições de vida que nos deixaram (Funari & Pelegrini, 2006, p. 16).
Das citações a cima conclui-se que Património Cultural é o que um conjunto social considera como cultura própria que sustenta sua identidade e o diferencia dos outros grupos, não abarca apenas os monumentos históricos, desenhos urbanísticos, e outros bens físicos a experiencia da vivida também se condensa em linguagens, conhecimentos, tradições imateriais, modo de usar os bens e outros espaços físicos. 
Pino (2005, p. 86) traz o conceito de cultura de Geertz como “um conjunto de mecanismos de controle-planos, recitas, instituições – para governar o comportamento”. Para ele, “mecanismos de controle” consistem naquilo que G.H. Mead e outros chamaram de símbolos significantes, ou seja, “palavras, gestos, desenhos, sons musicais, objectos ou qualquer coisa que seja usada para impor um significado à experiencia”. Esses símbolos, correntes na sociedade é transmitido aos indivíduos que fazem uso de alguns deles enquanto vivem, permanecem em circulação mesmo após a morte dessas pessoas.
A cultura seria para Laraia uma espécie de guia de comportamento em cada sociedade. Ela determinaria como nos vestimos, o que é considerado adequado ou não em uma sociedade, como nos comportamos em relação aos demais, em fim, nossas acções seriam mediadas por aquilo que recebemos através da socialização (Laraia, 2003, p. 68).
Taylor em 1871, foi o primeiro a formular o conceito de Cultura em sua obra “Cultura primitiva”. Ele propôs: “ Cultura é aquele todo complexo que incluí conhecimentos, crenças, artes, moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (In Kahn, 1975, p. 29).
 1.2. Tipos de património histórico-cultural
Lemos (1981, p. 45), o autor apresenta-nos que o património cultural pode ser dividido em três grandes categorias de elementos. A primeira é referente à natureza, ao meio ambiente e a todas as riquezas naturais. A segunda refere-se ao conhecimento, às técnicas e ao saber fazer. São os elementos não tangíveis do património cultural. A terceira categoriade elementos, segundo o autor, é a mais importante, pois alia o objecto em si com o saber fazer e o meio ambiente para formar o que conhecemos como artefacto.
De acordo com a UNESCO (1972, p. 64) património cultural subdivide-se em duas perspectivas ou tipologias: património material e património imaterial. 
O artigo 3 da Lei nº 10/88 da Lei de Protecção Cultural refere que, o património histórico-cultural é constituído por bens culturais materiais e imateriais. O “património cultural imaterial”, conforme definido no parágrafo acima, se manifesta em particular nos seguintes campos: a) tradições e expressões orais, incluindo o idioma como veículo do património cultural imaterial; b) expressões artísticas; c) práticas sociais, rituais e actos festivos; d) conhecimentos e práticas relacionadas à natureza e ao universo; e) técnicas artesanais tradicionais.
1.2.1. Património cultural material 
De acordo com IPHAN (1937, p. 68) património cultural material é formado por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais – e móveis – colecções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
1.2.2. Bens culturais materiais 
O artigo 3 da Lei nº 10/88 da Lei de Protecção Cultural são os bens imóveis e móveis que pelo seu valor arqueológico, histórico, bibliográfico, artístico e científico fazem parte do património cultural moçambicano. Os bens culturais imóveis correspondem as seguintes categorias: Monumentos, conjuntos, locais ou sítios e elementos naturais; Bens culturais móveis correspondem as seguintes categorias: fosseis, instrumentos líticos, numismáticos (moedas, notas), manuscritos antigos, objectos etnográficos (utensílio instrumentos, ferramentas, máquinas, armas, vestuário e adornos).
Keesing (1961, p. 307) considera que, etnólogos, arqueólogos, antropólogos culturais e outros estudiosos consideram os objectos materiais: ferramentas, utensílios, armas, construções etc., como cultura material.
1.2.3. Património cultural imaterial
Na Convenção para salvaguarda do Património Cultural imaterial, em Paris, em 17 de Outubro de 2003, define património cultural imaterial: 
“Entende-se por “património cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objectos, artefactos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu património cultural. Este património cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interacção com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana ” (p. 5)
Da citação acima conclui-se que património cultural imaterial: estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas, inclui também conhecimentos implantados no quotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, cénicas; rituais e festas que marcam a vivência colectiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social.
1.2.4. Bens culturais imateriais
O artigo 3 da lei n° 10/88 da Lei de Protecção Cultural são bens culturais imateriais os que constituem elementos essenciais da memória colectiva do povo, tais como história e a literatura oral, as tradições populares, os ritos e o folclore, as próprias línguas nacionais e ainda obras do engenho humano e todas as formas de criação artística e literária independentemente do suporte ou veiculo por que se manifestem. Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no quotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cénicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência colectiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais.
Desta forma são considerados os bens imateriais realidades que, tendo ou não suporte em coisas móveis e imóveis representem testemunhos com valor de civilização ou de cultura com significado para a identificação e memória colectiva, tais como: as expressões orais de transmissão cultural, e os modos tradicionais de fazer nomeadamente: língua e costumes, tradições musicais e artísticas, danças, produtos caseiros.
 1.2.5. A importância do património cultural
Segundo (Pinto, 2007, p.168) património cultural preserva a memória e a história de uma sociedade. Logo, ele gera uma conexão entre as pessoas, que identificam os valores sociais, de crenças e costumes, os reconhecem e se unem em torno deles. Na mesma linha de pensamento (Jopela, 2006, p. 80), diz que esse conceito promove o senso de unidade aos indivíduos, que sentem que pertencem a um determinado lugar, se identificam com as mentalidades de outros membros, compartilham experiências e assim, transmitem esses pensamentos e tradições para outros, em um ciclo contínuo. Essa identificação gera um senso de bem-estar e funciona como um gatilho poderoso para tomadas de decisões futuras. Embora as memórias culturais não sejam sempre positivas, elas são fundamentais para preservar a história e também para serem defendidas pelos membros da sociedade
Thosby (1997, p.59) considera que sob ponto de vista económico o património tem dado origem a um novo sector e se transformando em um sector de desenvolvimento económico e social principalmente no âmbito local.
 1.3.Pinturas ou arte rupestre 
As pinturas rupestres constituem vestígios da pré-história muito disseminados pela região da África Austral, de maneira geral e de Moçambique, em particular. Elas são um conjunto de manifestações artístico-simbólicas representadas nas paredes e tetos de cavernas, grutas e abrigos rochosos, representando parte integrante do património tangível e intangível das comunidades locais (Macamo, 2003, p. 16; Jopela, 2014, p. 28).
Buco (2012, p. 11); Berrojalbiz (2015, p. 157); Taçon et al. (2010, p. 56) referem que, arte rupestre (do latim ars rupes “arte sobre rocha”) ou registro rupestre comporta um amplo conjunto de imagens produzidas sobre suportes rochosos abrigados (cavernas e grutas) ou ao ar livre (paredões e lajedos). Em princípio, a arte rupestre se refere a realizações de grupos pré-coloniais; não obstante, alguns especialistas também incluem, nessa categoria, produções recentes. 
A arte rupestre é considerada uma das formas mais antigas de manifestação artística do comportamento do homem (Phillipson 2002, p. 86; Mitchell 2002, p. 45). Essas manifestações artístico-simbólicas são encontradas nas paredes, tectos de cavernas, grutas e abrigos rochosos (Macamo 2003, p. 17). Elas representam figuras que são reconhecíveis ou não, sendo que, entre as reconhecíveis observam-se figuras humanas, animais e as não reconhecíveis são compostas por elementos como: linhas paralelas, círculos concêntricos, grade, traços de dedos e impressões das mãos (Smith, 2013, p. 150-152).
A pintura representa fatos históricos, cenas mitológicas, literárias e da história religiosa. Em acepção mais estrita, refere-se ao registo pictórico de eventos da história política, batalhas, cenas de guerra, personagens célebres, fatos e feitos de homens notáveis (Bazin, 1992, p. 14-5). 
Arte rupestre é um termo usado em arqueologia para designar qualquer pintura ou gravura feita pelo Homem numa rocha ou pedra natural. Arte rupestre é considerada uma das formas mais antigas de manifestação artística docomportamento do homem e teve início na Idade da Pedra Superior 22.000-2000 anos atrás (Phillipson 2002, p. 60-66; Mitchell 2002, p. 190).
Para Meneses (2002, p. 18) arte rupestre é um conjunto de manifestações artístico-simbólicas representadas nas paredes e tectos de cavernas e abrigos rochosos (arte parietal). As principais manifestações são as pinturas.
Por outro lado, Macamo (2003, p. 17) define arte rupestre como sendo o conjunto de manifestações artístico-simbólicas representadas nas paredes e tectos de cavernas, grutas e abrigos rochosos. A arte rupestre compreende duas tradições, nomeadamente: gravuras e pinturas, sendo que das estações identificadas em Moçambique, foram somente encontradas pinturas rupestres (Jopela, 2014, p. 13).
Após apresentar alguns conceitos de Arte rupestre é de concluir que foi uma das primeiras manifestações de artes visuais presente na vida dos indivíduos, utilizada como elemento de comunicação e como forma de expressão de sentimentos.
Pinturas rupestres são expressões gráficas realizadas em uma superfície rochosa, independente de sua qualidade e de suas dimensões, podendo ser estas as paredes e tectos de cavernas, grutas e abrigos rochosos, normalmente usa-se o ocre para a sua execução (gordura vegetal e sangue de animais) (Macamo, 2003, p. 17-19; Jopela, 2007, p. 69).
Oliveira (1971, p. 50) no seu artigo define pinturas rupestres como resultado de manifestações artísticas e de rituais sagrados por parte das populações locais.
“As pinturas rupestres podem proporcionar, valiosas pistas quanto à cultura e às crenças daquela época, em que a comunicação era realizada através de pinturas rupestres. Os desenhos representados nas cavernas eram figuras de grandes animais selvagens, quando pintavam o animal nas paredes não era apenas um desenho era a alma do animal que ali iria ficar preso para dar sorte nas caças. A figura humana raramente era representada”. (Endo, 2009, p. 5).
Desta citação conclui-se que as pinturas rupestres nos permitem conhecer a história de vida dos povos antigos, sua cultura, crenças e forma de comunicação utilizadas por ele para representar a sua vida na natureza e no meio em que viviam. Ou ainda eram entendidas pelo Homem que a realizava como um ritual mágico e premonitório, eficaz para o controle de uma realidade, como por exemplo a das caçadas. Era uma forma do homem dominar a natureza.
A arte que se desenvolveu no período que antecedeu a nossa história, que é baseada em registros escritos, é repleta de significações tanto para populações que as produziram quanto para nós, que hoje tentamos a partir dos registros que nos foram legados, decifrar e entender a cultura da época. Essa arte mostra a busca de representar a natureza dando sentido as suas formas e, como fica evidenciado em alguns registros, havia uma capacidade de demonstrar a habilidade com que se representava o movimento e muitas vezes volumes em determinadas imagens de animais. Grande parte dos painéis, compostos por pinturas rupestres, mostram figuras que representam esses animais, algumas vezes dando ideia de que estão correndo, outras vezes juntamente com imagens de figuras humanas revelando cenas de caça. (Alves, 2006, p. 40).
Dessa forma, notam-se as características da vida dos povos antigos, representados pela Arte rupestre, nota-se ainda a necessidade de valorizar a pintura rupestre, pois a mesma é fonte de conhecimentos, informações, criatividade e representa a forma de vida dos povos que habitavam naquela época.
Do capítulo conclui-se que, segundo várias abordagens, património é um conjunto social de bens que identifica a cultura de um povo, transmitido de geração em geração e está dividido em dois tipos ou categorias que são: património histórico-cultural material e património histórico-cultural imaterial. Património histórico possui grande importância na preservação da memória e a história de uma sociedade, gera uma conexão entre as pessoas e por se unir em torno delas. E também conclui-se que pinturas ou arte rupestre faz parte do património histórico-cultural, e foram as primeiras manifestações artísticas-simbólicas patentes nos abrigos rochosos utilizadas como elemento de comunicação que nos permitem conhecer a história de vida dos povos antigos, sua cultura e crenças. 
CAPITULO II
A IMPORTÂNCIA DAS PINTURAS RUPESTRES CHINHAMAPERE NO PEA DE HISTÓRIA
O presente capítulo debruça-se sobre Importância das pinturas rupestres de Chinhamapere PEA de história, iniciando pela localização da área de estudo, das pinturas rupestres, Etimologia e história, descrição, caracterização das pinturas rupestres, seguido da localização da Escola Secundária Chinhamapere, breve historial da Escola Secundária de Chinhamapere, discrição da composição física da escola secundaria de Chinhamapere, percepção dos professores e alunos sobre o aproveitamento das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de História e por fim importância das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no PEA de História.
2.1. Caracterização da área de estudo
2.1.1. Localização
A província de Manica estende-se ao longo da escarpa oriental da fronteira com o Zimbabwe tem uma extensão de cerca de 800 km e segue a escarpa de Manica limite entre Zimbabwe e Sussundenga, montanhosa da Serra Vumba, a Serra Choa entre Barué e Zimbabwe. É cortada através de montanhas e terrenos rochosos. Os picos destas montanhas chegam a atingir 3000 metros de altitude, e o vale de Manica está situado a 850 metros de altitude (Saetersdal, 2004, p. 193). 
O distrito de Manica[footnoteRef:2] localiza-se na parte central a Oeste da Província de Manica, com formato alongado e estreito, limitado a Norte pelo rio de Pungue, a Sul pelo rio Zonué que separa Distrito Manica e Sussundenga, a Este pelo distrito de Vanduzi e a Oeste, em toda a sua extensão pela República do Zimbabwe (M.A.E, 2005, p. 2). A seguir veja-se a imagem do Mapa, a delimitação dos bairros do distrito de Manica: [2: Vide no anexo 1 mapa da localização do distrito de Manica. ] 
Fig. 1: Mapa a delimitação dos bairros do distrito de Manica
Fonte: Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial (2012).
2.1.2. Características físicas, climáticas e socioecónomicas do distrito de Manica
O distrito é caracterizado por uma cadeia montanhosa, esta formação compreende especialmente basaltos, rolitos e lavas alcalinas. A maior parte dos afloramentos formam cristais e cadeias montanhosas. Algumas montanhas chegam atingir cerca de 1500-2000 metros de altitude. Existe uma correlação entre a topografia, especialmente a altitude agro-climática. Geralmente, quanto maior for a altitude, maior é a precipitação anual e com o período chuvoso longo. 
Cumpre lembrar que esta configuração montanhosa do distrito de Manica, permitiu que no passado os caçadores e recolectores vivessem em ambiente seguro comparativamente com as zonas baixas. Também essa configuração montanhosa tinha uma função mágico-religiosa visto que é lá onde esta patente a arte rupestre, produzida dentro do contexto cultural e social específico (M.A.E, 2005, p. 2-3).
O clima do distrito, segundo a classificação climática de Köppen é do tipo temperado húmido (Cw). A região montanhosa de Manica regista valores médios anuais na ordem dos 1000 a 1020 mm de chuva, a repartição das chuvas é desigual ao longo do ano, observando claramente a existência de duas estações bem distintas, a estação chuvosa e a seca (Ferro & Bouman, 1987, p. 10).
A temperatura média anual é de 21,2°C. A média anual dos valores máximos é de 28,4°C, com os valores extremos de 30,9°C (Outubro) e 24,4°C (Julho). A média anual dos valores mínimos é de 14,0°C, com os valores mensais extremos de 18,5°C (Fevereiro) no verão e 7,3°C (Julho) no inverno. (Idem).
O distrito de Manica é dotado de solos férteis. A existência de um bom clima, de recursos hídricos e o uso de adubos orgânicos (estrume de animais e restolhos de plantas e detritos armazenados) complementam significativamente a fertilidade dos solos.
De modo geral, a agriculturaé praticada manualmente em pequenas explorações familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais. A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre bem-sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas (M.A.E, 2005, p. 14).
2.1.3. Localização das Pinturas rupestre de Chinhamapere
Segundo ARPAC (2006, p. 18) pinturas rupestres de Chinhamapere localizam-se num abrigo sub-rocha no monte Chinhamapere[footnoteRef:3], em uma área de 3 pertencente ao contraforte da vertente do planalto formado pela Serra Vumba, em Vila de Manica, antiga Macequece actual cidade de Manica na latitude 11° 8ʼSul e longitude 40° 36ʼ Este, cerca de 3 km da cidade, no percurso à Machipanda pela Estrada Nacional N6 que liga ao território Zimbabueano. Seu acesso é feito por uma trilha aberta até uma povoação que fica no sopé do monte. De lá em diante, o itinerário é sobre um declive fortemente acentuado. [3: Chinhamapere vem de Mapere, que significa lepra em Chimanyika, pois o monte servia de refúgio aos leprosos em períodos de guerras interclânicas.] 
Os contrafortes da Serra Vumba e o monte Chinhamapere têm uma extensão aproximada de 15 km, e pertencem às “orogenias iniciadas no pré-câmbrico, nomeadamente, os complexos rochosos do chamado Cratão Rodesiano, formados a mais de 3.500 milhões de anos” (Muchangos, 1999, p. 20).
2.1.4. Etimologia e História
Chinhamapere provém de Mapere[footnoteRef:4] o que localmente significa Lepra. Segundo relatos orais afirmam que no passado, os doentes com lepra eram isolados no convívio familiar e deixados em locais seguros, por um lado para evitar o contágio da doença e por outro lado para garantir a segurança durante as guerras tribais. As montanhas eram lugares preferidos, visto se tratar de local por onde as pessoas se refugiavam em caso de guerra, chuva ou frio. Desde então, designaram ao monte de Chinhamapere, o que significa local onde eram acomodados doentes de lepra (Idem). [4: Mapere: localmente significa doença de lepra.] 
2.1.5. Descrição das pinturas rupestres de Chinhamapere
Durante o período colonial em Manica, pesquisas arqueológicas foram efectuadas sobre pré-história através da Missão Antropológica, dirigida por Santos Júnior (1940 e 1950). No âmbito destes trabalhos foram descobertas 13 estações com pinturas rupestres no país. Com o decorrer destes trabalhos foi descoberta em 1945 a estação arqueológica de Chinhamapere por Pires de Carvalho[footnoteRef:5], que descreveu as pinturas existentes (Jopela, 2006, p. 36). [5: Segundo oliveira (1971, p. 47) Carvalho em 1946, fez a descrição das pinturas rupestres de Chinhamapere.] 
A arte de Chinhamapere é uma expressão patrimonial (herança da ancestralidade) cujo valor ultrapassa as fronteiras étnicas, tornando-se, assim, património da humanidade. Chinhamapere contém um conjunto de imagens únicas da arte rupestre das comunidades de caçadores e recolectores e assenta um rico e conhecido contexto arqueológico. O lugar encerra eventos do passado e reflecte um longo período da pré-história e da época dos bosquímanos, primeiras comunidades que habitaram Moçambique (Jopela, 2006, p. 33)
Antes de Santos Júnior ter localizado as pinturas rupestres em Mavita, já existiam relatos da população local, sobre a existência de pinturas rupestres ao longo da Serra Vumba (Carvalho 1946, p. 38). Pires de Carvalho[footnoteRef:6], após a localização da estação de Chinhamapere, juntamente com a sua equipe elaborou os primeiros desenhos das pinturas (Alfredo da Conceição fez decalques das pinturas), a descrição da área e das pinturas (Jopela, 2014, p. 38-43). [6: Segundo Guerreiro, Pires de Carvalho era engenheiro de minas (Guerreiro, 1965, p. 3)] 
Em 1964 Octávio Roza de Oliveira publicou um estudo intitulado Pinturas Rupestre dos Contrafortes da Serra do Vumba: Monte Chinhamapere. Neste artigo Oliveira faz uma descrição das pinturas rupestres locais. Oliveira faz menção à existência de uma sobreposição de imagens em Chinhamapere, segundo ele podem ser resultado da substituição das pinturas por outras com cores mais vivas (Carvalho, 1964, p. 57-63).
Em 1965, Manuel Viegas Guerreiro publicou um artigo sobre Pinturas rupestres de Manica onde fez um estudo exaustivo sobre as pinturas conhecidas de Chinhamapere, próximo da Vila de Manica. Guerreiro tentou também interpretar as pinturas e constatou que estas são produto da vida material e espiritual de grupos nómadas que residiram na região de Manica há 7000 anos (IPS). Propôs a divisão das pinturas em duas partes sendo a primeira representada pelos seis caçadores e a segunda parte pertence ao resto do painel onde existem figuras de pessoas e de animais). O autor defendia que as pinturas tinham como objectivo essencial transmitir pormenores da vida diária destes grupos nómadas (Jopela, 2007, p. 45).
Segundo Oliveira (1962, p. 60) refere que num grandioso abrigo sub-rocha localizam-se as pinturas, do lado oeste, que ocupam uma área de três metros quadrados. Nestes três metros quadrados conseguiram os artistas enquadrar um conjunto artístico maravilhoso, já no estado de fossilização, que demonstra dois períodos, dos dez mencionados pelo saudoso pré-historiador Abade Henri Breuil, com duas sobreposições distintas, assim cremos.
Ao primeiro período[footnoteRef:7], correspondem as imagens que primeiro foram pintadas na rocha a vermelhão e alaranjado e que são constituídas por um negróide segurando o que se presume seja um atado de milho, pois que provavelmente se tratava de povos agricultores; um grupo de vários outros negróides, com arcos e flechas, outros a segurarem às costas com mortos e feridos, certamente após combate, pois era crença destes povos que os mortos ressuscitavam noutra vida. Todo este conjunto inicial está, devido às intempéries, borrado com riscos a escorrerem pela rocha, mas todo ele em completo estado de fossilização (idem). [7: Primeiro período -corresponde a paleolítico (autor, 2022).] 
Veja-se a seguir a imagem da figura que ilustra o primeiro período atribuído ao paleolítico:
Fig. 2- Grupo de vários negróides pintados a vermelhão.
Fonte: Autor, 2022.
Oliveira (1962, p. 60-62) refere que as imagens que atribuímos ao segundo período, constam de dois antílopes, em vermelhão um e em alaranjado outro (que também pode pertencer ao primeiro período) e várias figuras humanas em vermelhão estilizadas, montando uma delas um antílope em alaranjado, compreendendo a primeira sobreposição deste segundo conjunto, vindo depois a segunda sobreposição, pintada posteriormente em chocolate, dos seis caçadores Bosquímanos.
 Presume-se que os seis caçadores pintados a chocolate sejam Bosquímanos, pelas inconfundíveis características estratopégicas[footnoteRef:8]. [8: Estratopégia ou saliência excessiva das nádegas, causada pela acumulação de gorduras na região subcutânea. A estratopégia é característica da sub-raça Bosquimana e os casos que se encontrem em outros povos são devidos ao exagero da gordura entre as fibras musculares e não ao aumento da camada adiposa subcutânea. E mais vulgar nas mulheres, desde a puberdade, mas também se observa entre os homens.] 
Vejam-se as imagens das pinturas atribuídas ao segundo período a seguir:
Figura 3: Antílopes e Negróides pintados a vermelho e a alaranjados e seis bosquímanos pintados a chocolate.
Fonte: Autor, 2022.
Guerreiro (1965, p. 3-13) atribui as pinturas rupestres de Chinhamapere aos grupos Bochimanes (San[footnoteRef:9]) e aborda a questão do mesmo tipo de pinturas serem encontradas em países como a África do Sul e a Rodésia do Sul actual Zimbabwe. Fez a ligação entre as pinturas rupestres e a vida mágico religiosa dos artistas que as produziram. [9: O termo San contínua alvo de discussão. Na África do Sul as pessoas conhecidas pelo nome “Bushmen” actualmente são conhecidas por San. Porém a palavra San tem conotação pejorativa e em alguns casos não é aceite (Smith,1997, p.22).] 
Quanto aos pintores destas manifestações, que provavelmente foram os Bosquímanos, estavam forçosamente dependentes do meio que os cercava, para a obtenção dos materiais necessários à manufactura dos vários coloridos, usando, como atrás dizemos, pigmentos minerais, misturados com gorduras, onde o óxido de ferro magnético aquecido a diferentes temperaturas dava cores desde amarelo ao vermelhão e chocolate (idem).
2.2. Escola Secundária de Chinhamapere
2.2.1. Localização geográfica 
A sede da Escola Secundaria de Chinhamapere localiza-se no bairro[footnoteRef:10] Chinhamapere, junto a EN6, próximo da serra onde se localizam as pinturas rupestres de Chinhamapere e esta integrada na ZIP-Manica. A seguir veja-se alguns edifícios da Escola Secundária de Chinhamapere e a monte onde se localizam as pinturas rupestres: [10: Apêndice 1, imagem 2, vista área do bairro Chinhamapere.] 
Figura 4: Escola Secundária de Chinhamapere e o monte onde se localizam as pinturas rupestres de Chinhamapere.
Fonte: Autor, 2022.
2.2.2. Historial da Escola Secundária de Chinhamapere
A Escola Secundaria geral de Chinhamapere foi criada por despacho ministerial de 21de Janeiro de 2004, no âmbito do Plano Economico Social (PES[footnoteRef:11]) para ano 2004, Governo de Moçambique. De 1997, ano da inauguração das instalações à 2003, a Escola funcionou como Escola Primária do Segundo Grau de Chinhamapere, onde passou a leccionar 6ª a 7ª classe, a escola continha três (3) blocos e uma sala administrativa. No mesmo ano da criação passou a leccionar 8ª a 10ª classe, em dois períodos, a escola comportava 10 salas de aulas, um bloco ada de Administrativo dois balneários, casa de guarda e um salão de jogos. [11: PES- plano económico-social (2004).] 
Em 2013, arrancou um programa acelerado de construção de infra-estruturas e dois anos depois foi introduzido 11ª e 12 ª classe. Actualmente a escola contém com 27 salas de aulas, na área da gestão comporta com 7 membros da direcção, no total a escola contém com um universo de 112 funcionários, para além destas infra-estruturas uma biblioteca, uma sala de informática, um campo de futebol onze, quatro retretes, e duas em construção, um sistema de abastecimento de água funcional com capacidade de armazenar 3500 litros, graças aos esforços do governo, comunidade e parceiros. A seguir a imagem ilustra o portão da entrada da Escola Secundária de Chinhamapere:
Figura 5: Portão da entrada da Escola Secundária de Chinhamapere.
Fonte: autor (2022)
2.2.3. Percepção dos professores de História da Escola Secundária de Chinhamapere sobre a Importância das pinturas rupestres de Chinhamapere para PEA de história
Para uma melhor percepção sobre o conceito de pinturas rupestres como forma de discuti-lo enquanto recurso didáctico[footnoteRef:12], questionou-se aos professores de história da Escola Secundária de Chinhamapere sobre o que entendiam da mesma. De acordo com as respostas dadas pelos professores entrevistados subsiste a ideia de que são primeiras manifestações artísticas culturais que ilustram os pormenores de vida levados pelos homens primitivos no seu dia-a-dia por onde passavam[footnoteRef:13]. [12: Costoldi e Polinarski (2009), defendem que os recursos didácticos são de fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno, uma vez que desenvolve a capacidade de observação, aproxima o educando a realidade e permite com maior facilidade a fixação do conteúdo e consequentemente, a aprendizagem de forma mais efectiva, onde o educando poderá empregar esse conhecimento em qualquer situação do seu dia-a-dia.] [13: Vide apêndice 1, resposta 1, do questionário dos professores.] 
Com objectivo de procurar perceber a importância de estudo das pinturas rupestres no PEA de história conversou-se sobre a importância das pinturas rupestres no PEA de história, onde, os professores foram unânimes em considerar que as mesmas são importantes na medida em que servem como fonte de informação que auxiliam transmitir aos alunos modo de vida levados pelos homens primitivos no seu dia-a-dia[footnoteRef:14], e aproxima o aluno a realidade. [14: Vide apêndice 4, resposta 2, do questionário dos professores.] 
Para avaliar a intensidade e frequência da realização das visitas de estudos nas pinturas rupestres durante o PEA de História, questionou-se aos professores de história se tem ou não realizado visita de estudo com os seus respectivos educandos, perante as respostas dadas subsiste a ideia de que os professores de história da Escola Secundaria de Chinhamapere não realizam visitas de estudos as pinturas rupestres mesmo estando nas proximidades[footnoteRef:15]. [15: Vide apêndice 4, resposta 3, do questionário dos professores.] 
Para avaliar a problemática do uso das pinturas rupestres no PEA de história como recurso didáctico procurou-se saber dos professores de história da Escola Secundária de Chinhamapere sobre as dificuldades ou constrangimentos que tem enfrentado em levar os alunos para as pinturas rupestres. Subsiste a ideia de que as possíveis razões estão associadas a falta de fundos ou recursos financeiros para monitoria de visitas de estudos e outras despesas logísticas; falta de espírito de sacrifício físico/ psicológico por parte dos professores; falta de interesse na parte dos professores em cumprir com o programa (focando-se simplesmente no que esta prescrito nos manuais); falta de planificação destas actividades pelos professores nos planos analíticos[footnoteRef:16]. [16: Vide apêndice 4, resposta 4, do questionário dos professores.] 
E também procurou-se saber dos professores sobre as estratégias que podem ser usadas nas aulas. Os professores foram unânimes em considerar que a melhor estratégia que se pode usar para fazer ligação das aulas teóricas e práticas é levar o aluno ao local onde se encontra o facto a estudar[footnoteRef:17]. [17: Vide apêndice 4, resposta 5, do questionário dos professores.] 
Observando as respostas dadas pelos professores, percebe-se que o uso das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico é importante na medida em que ajudam a transmitir aos alunos informações do modo de vida dos homens primitivos e as suas actividades económicas e porque também melhora as estratégias que se podem usar para ligar a teoria e a prática. 
2.2.4. Percepção dos alunos da Escola Secundária de Chinhamapere sobre a Importância das pinturas rupestres de Chinhamapere para PEA de história 
Os alunos em primeiro lugar, mostraram que já ouviram falar das pinturas rupestres, como justificativa da resposta, a maioria entende pinturas rupestres como sendo desenhos feitos pelos nossos antepassados no decorrer dos tempos, e esses desenhos eram feitos de sangue de animais[footnoteRef:18]. [18: Vide apêndice 4, resposta 1, do questionário dos alunos.] 
Com o propósito de procurar saber dos alunos sobre o conhecimento da existência das pinturas rupestres em Moçambique em especial na província de Manica questionou-se os alunos onde a maioria dos quais dizem conhecer apenas pinturas rupestres de Chinhamapere. E também subsiste a ideia de que confundem o museu zoológico com as pinturas rupestre[footnoteRef:19]. [19: Vide apêndice 5, reposta 2, do questionário dos alunos.] 
Outro ponto abordado na entrevista, foi se já realizaram visitas de estudo as pinturas rupestres ou não. De acordo com as respostas dadas pelos alunos subsistem a ideia de que os mesmos não realizam as visitas de estudos as pinturas rupestres[footnoteRef:20]. [20: Vide apêndice 5, reposta 3, do questionário dos alunos. ] 
No concernente ao uso das pinturas rupestres de Chinhamapere nas aulas de História na escola secundária de Chinhamapere, na maioria dos alunos revelaram que, os professores não usam as pinturas rupestres de Chinhamapere durante o processo de ensino e aprendizagem para clarificar os conteúdos e torna-los compreensíveis, mesmo que o local esteja próximo da escola, ou o professor não usa as pinturas como exemplo vivo na sala de aula. Pois em prol dessas afirmaçõespode-se perceber que os professores de História da Escola Secundaria de Chinhamapere, prendem-se no método tradicional e não têm usado pinturas rupestres de Chinhamapere como um recurso didáctico para melhor clarificar os conteúdos relacionados as primeiras manifestações artísticas dos homens primitivos, criando deste modo uma aprendizagem mais inclinado no aluno[footnoteRef:21]. [21: Vide apêndice 5, reposta 4, do questionário dos alunos. ] 
Com objectivo de perceber a eficácia das visitas de estudos no PEA de história, procurou-se saber dos alunos como as visitas de estudo as pinturas rupestres podem ajudar na compreensão dos conteúdos de história[footnoteRef:22]. Sobre este ponto, os mesmos teriam dito com muita firmeza e unanimidade, que as visitas podem ajudar na compreensão dos conteúdos de história, na medida em que potenciam de certa forma a aprendizagem e promovem a interligação teoria/pratica; e também porque conseguem explorar os factos através da observação das imagens, consideram também que as visitas de estudo permitem um contacto directo com o que se pretende estudar propiciando assim na formação dos estudantes que tem capacidade de construir, criar e construir a sua visão de mundo. [22: Vide apêndice 5, resposta 5, do questionário dos alunos.] 
Analisando as respostas dadas pelos alunos entrevistados na Escola Secundária de Chinhamapere, subsiste a ideia de que os mesmos conhecem as pinturas rupestres de Chinhamapere, e que as mesmas são importantes para clarificar os conteúdos. Os alunos revelaram que os professores não usam as pinturas rupestres de Chinhamapere como prova viva que pode aproximar o aluno a realidade durante o processo de ensino-aprendizagem. 
2.2.5. A Importância do Estudo das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de História
As pinturas rupestres de Chinhamapere são semelhantes às da diáspora, como as do Egipto, Suméria e de tantas outras espalhadas pelo mundo. É necessário que se eleve a utilidade das mesmas a nível do ensino para casos de estudos locais, pois seus conteúdos têm um aproveitamento didáctico motivador. São estudos que despertam o interesse do aluno em conhecer, singularmente, a sua realidade; uma abordagem que eleva o carácter formativo do aluno na preparação para o exercício da sua cidadania. 
Entende-se aqui como diz Justamand (2007): “As Pinturas rupestre na aprendizagem dos alunos, são fontes de informação essencial e de comunicação importantes sobre os povos antigos e sua cultura” (p. 35). Dessa forma as pinturas rupestres de Chinhamapere são importantes no processo de ensino e aprendizagem dos alunos porque elas são vestígios que podem despertar a curiosidade e interesse na aprendizagem dos alunos, e podem apresentar o mundo real e aproximar os á realidade.
O uso das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico é importante na aprendizagem dos alunos na medida em que servem como fonte de informação que ajudam a transmitir aos alunos o modo de vida dos homens primitivos como ressaltaram os professores e os próprios alunos que elas servem como fonte de transmissão de informações do modo de vida dos homens primitivos e possibilitam aproximar o aluno a realidade.
 Chegando ao fim do segundo capítulo conclui-se que as mesmas são vestígios ou fontes de informações deixados pelos homens primitivos. Na grande parte das respostas da entrevista aplicadas na pesquisa, os professores e alunos da Escola Secundária de Chinhamapere consideram as pinturas rupestres de Chinhamapere importantes no processo de ensino e aprendizagem de história na medida em que servem como fonte de transmissão de informações do modo de vida dos homens primitivos e as actividades (caça e recolecção) desenvolvidas no seu dia-a-dia e enfatizam o contacto directo no momento de leccionação, embora não façam o uso destas pinturas como recurso didáctico. 
 
CAPITULO III
ESTRATÉGIAS DO USO DAS PINTURAS RUPESTRES DE CHINHAMAPERE NO PEA DE HISTÓRIA
 O presente capítulo aborda as possibilidades do enquadramento do tema nos Programas de Ensino; estratégias de exploração das pinturas rupestres de Chinhamapere de acordo com as funções didácticas no geral: introdução e motivação, mediação e assimilação, domínio e consolidação e controlo e avaliação, e por fim as sugestões do uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história
3.1. Enquadramento do tema nos programas do ensino Secundário Geral 
No que tange ao enquadramento do tema em estudo “O aproveitamento didáctico das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no PEA de história”, enquadra-se nos seguintes Programas de Ensino Secundário Geral de História (PESGH): no programa da 8ª classe e no programa da 12ª classe. Na 8ª classe, enquadra-se na primeira unidade (A História como Ciência) no conteúdo ligado as Fontes da História. E segundo vários historiadores, as fontes de história são: escritas, arqueológicas ou materiais e orais. Nesta classe inicial, o professor pode usar com frequência fontes materiais para resgatar aquilo que os alunos sabem sobre a sua própria comunidade ou aquilo que são contados ou foram contados pelos seus pais, vizinhos e o resto da comunidade.
Ainda sobre as fontes materiais, o tema “O aproveitamento didáctico das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no PEA de história”, enquadra-se também na 12ª classe concretamente na segunda unidade (Moçambique - Da comunidade de caçadores e recolectores ao surgimento das sociedades de exploração) onde o conteúdo debruça sobre a comunidade de caçadores e recolectores.
3.2. Passos da exploração das pinturas rupestres de Chinhamapere
O uso das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico constitui uma forma de ligação entre a escola e o meio que pode ser dinamizada pelos professores. Para que qualquer matéria seja facilmente assimilada pelos alunos é necessária uma preparação prévia. De facto, o uso das pinturas rupestres de Chinhamapere como um recurso de ensino que envolve um ambiente fora do usual carece de alguns passos para o sucesso na sua concretização. Veja-se alguns passos a ter em consideração:
1. Em primeiro lugar, deve-se ter em conta a correspondência com os conteúdos programáticos da disciplina com as pinturas rupestres a se explorar: Nessa perspectiva, a planificação começa por uma sondagem e uma análise das potencialidades das pinturas rupestres que se pretende explorar;
2. Após a escolha do local, devem-se definir objectivos de modo a ajustar a exploração das pinturas rupestres que passa pela realização da planificação para assegurar o sucesso da actividade. Programar o dia, as horas, a via, os meios de transporte necessários e organizar um guião para os alunos; 
3. Uma das dificuldades mencionadas pelos professores entrevistados no uso deste recurso prende-se com a falta de fundos financeiros e outras despesas logísticas, assim uma das estratégias que o professor pode usar é “negociar” com a direcção. Assim, os professores juntamente com os alunos podem ter oportunidade de irem explorar as pinturas rupestres
3.3. Estratégias do uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história
O professor ao leccionar na 8ª classe a primeira unidade temática sobre: “As fontes da história”, no conteúdo ligado as primeiras manifestações artísticas dos homens primitivos, o professor pode recorrer as pinturas rupestres de Chinhamapere, tendo como suporte as funções didácticas de plano da aula. 
3.3.1. Exploração das pinturas rupestres de Chinhamapere no momento de motivação
O uso das pinturas rupestres de Chinhamapere, pode ser feito no início da unidade a leccionar, servindo de motivação aos assuntos a tratar no contexto da sala de aula. Esta prática é importante na medida em que leva o aluno a observar, analisar e compreender o que lhe é dado a ver e com o que se cruza quase diariamente, pode ajudar a construir o processo de ensino e simultaneamente o gosto pela matéria. Nesta etapa para além de apresentar o tema e anunciar os objectivos da aula, o professor deve proporcionaraos seus alunos razões para que estes se interessem pelo tema e continuem a participar no desenvolvimento da aula. Por exemplo o professor pode introduzir fazendo questões como: (i) Quem já ouviu falar das pinturas rupestres de Chinhamapere? (ii) Quando foram feitos essas pinturas? Para que servem essas pinturas?
Como motivação o professor pode levar os alunos até as pinturas rupestres de Chinhamapere para ver as imagens patentes nas pinturas, depois voltar e explicar na sala de aulas. Durante a explicação do professor nas pinturas rupestres, os alunos podem tirar fotos gravar vídeos e é pertinente que os alunos tenham oportunidades de fazer perguntas ao professor assim como a anciã que zela pelo controle do local. É importante controlar o tempo para que se possam alcançar os objectivos previamente definidos.
3.3.2. Exploração das pinturas rupestres no momento de mediação e assimilação 
Nesta fase o professor deve fazer explicação sobre as pinturas rupestres de Chinhamapere em particular destacando a sua importância no PEA de história. O professor deve também guiar os alunos nas visitas às pinturas rupestres de Chinhamapere, explicando o que eles vêem. O professor deve usar um conjunto estruturado de perguntas para guiar os alunos, como base para que eles possam elaborar as suas próprias questões. Por exemplo: (i) O que são pinturas rupestres? (ii) qual e o seu significado? (iii) Quais foram os materiais usados para pintar?
3.3.3. Exploração do monumento histórico no momento de domínio e consolidação 
Na fase de domínio e consolidação o professor ao optar por usar as pinturas rupestres de Chinhamapere, ele pode transmitir os conhecimentos na sala de aulas depois levar os alunos até as pinturas rupestres de Chinhamapere como uma forma de consolidar o que foi previamente apreendido na sala de aulas. 
Nesta fase a exploração das pinturas rupestres de Chinhamapere surge como um mecanismo de consolidação da matéria apreendida no contexto da sala de aulas, servindo para contornar o método de estudo mais frequentemente usado, ou seja, a apresentação de conceitos e conteúdos através do manual. O professor pode recomendar aos alunos fazerem resumos, apoiando-se nos retratos das pinturas e combinando com a explicação do professor. Com vista a ganhar tempo, durante a exploração das pinturas rupestres, os alunos devem possuir uma ficha de acompanhamento previamente preparada pelo professor que estimulará uma observação mais atenta. Realçar que os resumos devem ser feitos tendo em conta as questões que procuram responder os objectivos previamente traçados no plano de aula.
3.3.4. Exploração do monumento histórico no momento de controlo e avaliação
Tratando-se do controlo e avaliação, o professor ao optar pelo uso das pinturas rupestres de Chinhamapere para perceber se na verdade a matéria leccionada sobre as primeiras manifestações artísticas foi bem assimilada por parte dos alunos. O professor pode elaborar exercícios de aplicação para o aluno responder na sala de aulas ou TPC para apresentar na aula seguinte. De acordo com as pinturas rupestres de Chinhamapere, o professor pode questionar o seguinte aos alunos: (i) O que são pinturas rupestres? (ii) Qual é a importância das pinturas rupestres? (iii) Em que contexto histórico as pinturas rupestres de Chinhamapere se enquadram? (iv) O que retratam as imagens patentes nas pinturas rupestres de Chinhamapere?
No presente capítulo conclui-se que o uso das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no ensino de história, encontram espaço de aplicação nos conteúdos já programados, o professor ao usar este recurso didáctico como estratégia de ensino deve ter em conta as funções didácticas do plano de aula. As pinturas rupestres de Chinhamapere podem servir de local destinado as actividades práticas em que os alunos irão consolidar os conteúdos dos manuais de ensino apreendidos no contexto escolar.
De realçar que este exercício pode ser replicado noutras escolas, do distrito e do país em geral. É importante que os professores não se prendam apenas nas dificuldades que podem encontrar para pôr em prática este tipo de iniciativa. Em síntese a criatividade e desejo de tornar as aulas mais criativas e de fácil assimilação das matérias por parte dos alunos deve nortear a actividade do professor
3.4. Sugestões do uso das pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA de história
Os professores de histórias podem organizar visitas de estudos a patrimónios histórico, museus, monumentos, ruinas entre outros para potenciarem as suas aulas.
 As direcções das escolas devem disponibilizar fundo para ajudar efectuar visitas de estudos aos locais de interesse histórico a exemplo, das pinturas rupestres de Chinhamapere.
Para os professores de História da Ensino Secundário de Chinhamapere, sugere-se que, ao abordar sobre as primeiras manifestações artísticas dos homens primitivos na 8ª classe, façam visitas as pinturas rupestres com vista a aproximar os alunos à realidade. 
No início de cada ano lectivo e depois de ter sido feito o plano anual de actividades as escolas devem incluir as visitas de estudos aos locais de interesses históricos nos planos analíticos da disciplina de história. 
Consciencializar as autoridades locais sobre a importância das visitas de estudos dos alunos as pinturas rupestres.
CONCLUSÃO
Terminada a monografia sobre o aproveitamento didáctico das pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no PEA de história cabe fazer as devidas conclusões:
Quanto ao primeiro capítulo, conclui-se que património histórico é um conjunto social de bens que identifica a cultura de um povo, transmitido de geração em geração e possui grande importância na preservação da memória e da história de uma sociedade e também conclui-se que pinturas ou arte rupestre faz parte do património histórico-cultural patentes nos abrigos rochosos utilizadas como elemento de comunicação que permitem-nos conhecer a história de vida dos povos antigos, sua cultura, crenças no meio em que viviam.
Quanto ao segundo capítulo os professores de História da Escola Secundária de Chinhamapere consideraram que as pinturas rupestres de Chinhamapere são de grande importância no PEA de História. Também conclui-se que os professores de história não usam as pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no processo de ensino e aprendizagem que pode despertar o interesse dos alunos.
Quanto ao terceiro capítulo, conclui-se que as pinturas rupestres de Chinhamapere no PEA podem ser exploradas tendo em vista vários momentos da aula (funções didácticas). Salientar que promover a utilização das pinturas rupestres de Chinhamapere como estratégia de ensino é importante para que a teoria seja apoiada pela prática.
Da pesquisa foi possível confirmar a hipótese segundo a qual as pinturas rupestres de Chinhamapere podem ser aproveitadas como recurso didáctico no PEA de história através de planos de excursões, visitas ou jornadas de estudos que possam ligar a teoria e a prática.
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Apêndices
APÊNDICE 1: IMAGENS.
Imagem 1: Placa da entrada do Património Históricas Pinturas Rupestres de Chinhamapere.
Imagem 2: Vista aérea do bairro Chinhamapere.
Fonte: Autor, 2022.
APÊNDICE 2: ROTEIRO DE ENTREVISTAS DIRIGIDAS AOS PROFESSORES
EXTENSÃO DE MASSINGA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM GEOGRAFIA
______________________________________________________________________________
ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA PESQUISA DE CAMPO 
	Esta entrevista enquadra-se na pesquisa sobre “ O Aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História.” E visa obter informações do campo que vai servir de suporte para o desenvolvimento da pesquisa.
1. Identificação dos entrevistados:
1.1. Código de entrevista.
1.2. Qual é o seu nome?
1.3. Qual é a sua idade________?
1.4. Anos de experiência na docência________?
2. Questionário para professores 
2.1. O que entende por pinturas rupestres?
2.2. Qual é a importância do estudo das pinturas rupestres no PEA de história?
2.3. Tem realizado visitas de estudos nas pinturas rupestres com seus alunos durante o PEA de história?
2.4. Que Dificuldades ou constrangimentos professor tem enfrentado em levar os alunos para as pinturas rupestres? 
2.5. Qual é a estratégia que pode usar para fazer ligação das aulas teóricas e praticas?
APÊNDICE N° 3: ROTEIRO DE ENTREVISTA DIRIGIDAS AOS ALUNOS.
 
EXTENSÃO DE MASSINGA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM GEOGRAFIA
______________________________________________________________________________
ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA PESQUISA DE CAMPO 
	Esta entrevista enquadra-se na pesquisa sobre “ O Aproveitamento Didáctico das Pinturas Rupestres de Chinhamapere no PEA de História.” E visa obter informações do campo que vai servir de suporte para o desenvolvimento da pesquisa.
1. Identificação dos entrevistados:
1.1. Código de entrevista.
1.2. Qual é o seu nome?
1.3. Qual é a sua idade________?
1.4. Anos de experiência na docência________?
Questionário para alunos
2.1. No seu ponto de vista o que são pinturas rupestres?
2.2. Conhece algumas pinturas rupestres em Moçambique, em particular na província de Manica?
2.3. Na disciplina de história já realizaste visita de estudo nas pinturas rupestres?
2.4. Será que os professores de história têm usado as pinturas rupestres de Chinhamapere como recurso didáctico no PEA de história?
2.5. Acha que as visitas de estudos as pinturas rupestres de Chinhamapere podem ajudar na compreensão dos conteúdos de história? Porque?
	Massinga aos 03 Março de 2022
APÊNDICE N° 4: ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS DIRIGIDAS AOS PROFESSORES DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHINHAMAPERE
EXTENSÃO DA MASSINGA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILITAÇÕES EM GEOGRAFIA
	CÓDIGO 
DA ENTREVISTA 
	
RESPOSTA
	
 CONTEÚDO 
	CATEGORI-ZAÇÃO 
	RESUMO DA IDEIA QUE SUBSISTE
	Pergunta 1
	O que entende por pinturas rupestres?
	Subsiste a ideia de que são primeiras manifestações artísticas culturais que ilustram os pormenores de vida levados pelos homens primitivos no seu dia-a-dia por onde passavam.
	Pf 1
	R1
	Entendo que

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