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Mandado de injuncao

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Aluno: Juan Gomes Novo
Matricula: 201703259092
Pratica Simulada Constitucional
EXCELENTISSIMO DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (Art. 125, §1º CRFB)
Sindicado dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/YYYY-ZZ, com sede na Rua ..., nº XX, Bairro ..., Cidade ..., Estado de São Paulo, CEP XXXXX-XXX, representada neste ato por seu Presidente, Sr. Caio, brasileiro, estado civil solteiro, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, por intermédio de seu advogado, procuração em anexo, com escritório profissional à Rua ..., nº XX, Bairro ..., Cidade ..., Estado ..., onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente presença de Vossa Excelência propor, com fulcro no Art. 5º LXXI da CRFB/88, regulamentado pela Lei nº 13.300/16.
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
 Em face do Prefeito do Município Y, ante a ausência de regulamentação do direito Constitucional de aposentadoria especial dos servidores públicos, do Município, conforme § 4º, incisos II e III, do artigo 40, da Constituição Federal.
DOS FATOS
A impetrante exerceu durante dezesseis anos atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se a exposição constante a agentes nocivos à saúde, neste caso tendo assim direito a adicional por insalubridade como todos aqueles que trabalham nesta função.
Neste caso como assegurado pelo Art. 5º LXXI da CRFB/88, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Assim como esta regulamentado pela Lei nº 13.300/16, propõe-se o mandado de injunção para que possa ser regulamentado direito assegurado pela Constituição Federal. 
Com isso solicita-se apenas direitos assegurados a Teresa, que segundo lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais.
Da Legitimidade – Art. 5 LXX CRFB 
A) Ativa - Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
III – por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada para tanto, autorização especial.
B) Passiva – Possui legitimidade passiva aquele que pode ser chamado a assumir o polo passivo do processo, ou seja, ser réu em uma demanda judicial. Neste caso, o sujeito passivo é o prefeito, pois compete a este apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial a servidores públicos municipais, previsto na CRFB.
DOS FUNDAMENTOS 
A) Como estabelece o Art. 5º LXXI CRFB/88, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do
Direito a vida, a igualdade, a liberdade a segurança e a propriedade.
Desta forma assegurada pelo o direito a igualdade, todos aqueles expostos a situação de serviços insalubres possuem direito a adicional por insalubridade, como previsto na CRFB. Sendo assim, havendo ausência de norma regulamentadora tornando inviável o direito assegurado que neste caso é a Lei Complementar, cabe o Mandado de Injunção para que possa ser regulamentado tal direito. 
B) Todo e qualquer servidor que atua com agente nocivo a saúde tem o direito de se aposentar de forma especial, ou seja, com adicional a insalubridade, desta forma com tempo reduzido, como prevê o Art. 40, § 4, II e III da Constituição. No entanto a ausência de norma regulamentadora torna inviável o direito garantido. 
Cabe ao Prefeito iniciar o Projeto de Lei Complementar, que irá regulamentar a aposentadoria dos seus servidores. Art. 24, XII CRFB/88, que diz que compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: previdência social, proteção e defesa a saúde.
Seguindo assim a competência concorrente, além disso está previsto na Lei Orgânica do Município que compete exclusivamente ao Prefeito a elaboração de tal norma regulamentadora. 
OBS: No intuito de alcançar seu direito a aposentadoria especial, os segurados regidos pelo regime próprio, começaram a impetrar Mandados de Injunção junto ao STF, pois a Corte Maior havia deixado de lado o entendimento que o Mandado de Injunção limitar-se-ia a uma declaração da mora legislativa, sob o argumento de que não lhe competia o exercício da atividade legislativa em razão do princípio da separação dos poderes.
Dessa forma, ficou caracterizado, no Julgamento do MI 721, o dever do Poder Judiciário em afastar a inércia Legislativa, de forma a viabilizar a imediata aplicação do direito no caso concreto, sob pena de termos uma Constituição ineficaz.
Hoje em dia, consolidado o entendimento do STF sobre a eficácia do Mandado de Injunção, as barreiras existentes com relação a aposentadoria especial foram quebradas, e o segurado que deseja se aposentar na categoria especial tem a opção pela via judicial.
Porém, com o crescimento exponencial de Mandados de Injunção sobre a matéria no Tribunal e no intuito de facilitar o acesso a aposentadoria especial de servidor público, o STF editou a Sumula Vinculante de número 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”.
Para o STF enquanto perdurar a mora do Executivo e do Legislativo, aplicar-se-á as regras do RGPS, ou seja, serão aplicados subsidiariamente os art. 57 e 58 da Lei 8.213/91 que dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social. 
DO PEDIDO
1 - A notificação da Autoridade Omissa, no caso o Prefeito, no endereço fornecido na inicial, para que, querendo, preste as informações que entender pertinentes no prazo do Art. 5, I da Lei nº 13.300/16;
2 - A ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no feito – Art. 5 II da Lei;
3 - Intima-se o Ministério Público Estadual, para atuar no caso, de acordo com o Art. 7º da Lei nº 13.300/16;
4 - Condenação do Impetrante as custas processuais;
5 - A juntada de documentos. 
Dá-se à causa o valor de R$ XXX para efeitos procedimentais.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
(Data, Local)
ADVOGADO
OAB/__ Nº __.___

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